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Colisões galácticas e matéria escura

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Parece uma junção entre o clássico Star Trek e uma balada da época disco, mas na verdade estamos vendo uma imagem da matéria escura e de gás quente no coração do aglomerado de galáxias Abell 520. A 2,4 bilhões de anos-luz da Terra, esse aglomerado se formou a partir do choque de uma série de aglomerados menores de galáxias. Nos escombros dessas colisões, os astrônomos encontram um núcleo enorme de galáxias brilhantes e uma fonte de estudo da matéria escura. Essa imagem combina registros de três diferentes telescópios, o Hubble, o Chandra e o do Havaí. A cor natural das galáxias foi camuflada com a luz estelar laranja, e as áreas verdes representam as nuvens de gás quente que restaram da colisão. É a parte central azul do mapa que mostra a localização da maior parte da massa do Abell 520, com muito gás, mas poucas galáxias. Esse núcleo denso de matéria escura revela que as galáxias não estão ancoradas à matéria escura, como se pensava antes. Fonte: hypescience.com [NewScientist]

Telescópio dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra

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Super flares em estrelas semelhantes ao sol estão na mira do Kepler.Foto: Nasa/BBC Brasil   O telescópio espacial Kepler vem fornecendo novas descobertas sobre as colossais explosões que podem afligir algumas estrelas. Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como "super flares" (super chamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali. Felizmente o Kepler mostra que as "super flares" são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol. O telescópio da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, observa 100 mil estrelas em um pedaço de céu entre 600 e 3 mil anos-luz da Terra.   As novas observações foram relatadas na revista Nature.  A maior explosão solar registrada foi provavelmente o evento conhecido como "Carrington", em 1º de setembro de 1859. Descrito pelo astrônomo inglês Richard Carr

Nascimento do maior superaglomerado de galáxias

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  O observatório espacial Herschel descobriu um gigante filamento contendo bilhões de estrelas novas. O filamento conecta dois aglomerados de galáxias que, juntamente com um terceiro grupo, que está originando um dos maiores superaglomerados de galáxias no Universo. O filamento é a primeira estrutura do gênero visto em uma época cósmica crítica, quando o acúmulo de coleções colossais de galáxias gerando superaglomerados começou a tomar forma. A ponte brilhante da galáxia oferece aos astrônomos uma oportunidade única para explorar como as galáxias evoluem e se fundem para formar superaglomerados. "Estamos entusiasmados com este filamento, porque pensamos que a intensa formação de estrelas que vemos em suas galáxias está relacionada com a consolidação do superaglomerado circundante", diz Kristen Coppin, um astrofísico da Universidade McGill, no Canadá, e autor de um novo artigo no Astrophysical Journal Letters.  "Esta ponte luminosa de formação estelar nos dá um i

Imagem infravermelha da Cygnus X

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Créditos: ESA / PACS / SPIRE / Martin & Hennemann Motte Frédérique,Laboratoire AIM Paris-Saclay, CEA / IRFU - CNRS / INSU - Univ. Paris Diderot, França A imagem infravermelha da Cygnus X feita pelo Observatório Espacial Herschel se espalha por 6×2 graus através de uma das regiões mais próximas e mais massivas de formação de estrelas localizada no plano da nossa galáxia, a Via Láctea (e aqui é apresentada de forma dividida). De fato, o rico berçário estelar já abriga o massivo aglomerado de estrelas massivo conhecido como associação Cygnus OB2. Mas essas estrelas são mais evidentes pela região varrida pelos seus ventos energéticos e pela radiação perto da parte inferior desse campo, e não são detectadas pelos instrumentos do Herschel nos comprimentos de onda longos do infravermelho. O Herschel revela os complexos filamentos da região de gás frio e poeira que geram locais densos onde novas estrelas massivas estão se formando. A Cygnus X localiza-se a aproximadamente 4500 anos-l

Peso pesado dos pulsares desafia Einstein

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O pulsar J0348+0432 é o pulsar mais massivo conhecido.Crédito: NASA   Os objectos mais densos do Universo têm um novo campeão de pesos pesados: um pulsar tão pequeno que pode quase situar-se dentro da ilha de Manhattan mas que tem uma massa 2,4 vezes a do Sol. O pulsar poderá ser usado para ajudar a testar a teoria da relatividade geral de Einstein - mas a sua própria existência pode colocar esta teoria científica em risco. Os pulsares são "cadáveres" estelares com uma rápida rotação que varrem o céu com um feixe tipo-farol de ondas de rádio à medida que rodam. Os pulsares mais rápidos encontram-se em sistemas binários com outro objecto como uma estrela ou uma anã branca. O pulsar roda mais rápido ao roubar material da sua companheira. Esta combinação pode continuar por milhares de milhões de anos até que os objectos colidem e fundem-se. De acordo com a teoria da relatividade geral de Einstein, que descreve como a gravidade funciona, os dois corpos excitam fortes on

O céu que nos envolve

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Observação da noite estrelada é fundamental para compreensão de cenas do cotidiano Da próxima vez que alguém perguntar quantos anos você tem, pense uns dois segundos antes de responder. O que exatamente seu interlocutor deseja saber? O que ele está perguntando, que você pode responder, eventualmente sem saber é: quantas voltas você já deu em torno do Sol?  E isto porque um ano é exatamente o período que a Terra consome para dar uma volta inteira ao redor do Sol. A extensão da órbita da Terra em torno do Sol é de aproximadamente 900 milhões de km. Isso significa que se você tem, digamos, 30 anos, já viajou 27 bilhões de km em torno de sua estrela-mãe. Interpretada assim, uma pergunta sem muito sentido, como a idade de alguém, passa a ser interessante e permite colocar a vida de cada um de nós num contexto especial.  Para saber detalhes, por exemplo a velocidade com que se viaja em torno do Sol, basta uma operação de divisão: 900 milhões de quilômetros por 365 dias e quase seis horas

Nasa calcula que 4.700 asteroides podem ser perigosos para a Terra

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Sonda WISE observou asteroides com órbitas próximas à Terra e com tamanho suficiente para resistir à passagem pela atmosfera Na imagem, cedida pela Nasa, um conjunto de asteroides próximos da Terra. Foto: EFE/NASA A Nasa calcula que há 4.700 asteroides potencialmente perigosos para a Terra, segundo os dados da sonda WISE, que analisa o cosmos com luz infravermelha, informou nesta quarta-feira (16) a agência espacial americana. A agência assinalou que as observações da WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) permitiram a melhor avaliação da população dos asteroides potencialmente perigosos de nosso sistema solar. Esses asteroides têm órbitas próximas à Terra e são suficientemente grandes para resistir à passagem pela atmosfera terrestre e causar danos se caírem no nosso planeta. Os novos resultados foram recolhidos pelo projeto NEOWISE, que estudou, utilizando luz infravermelha, uma porção de 107 asteroides potencialmente perigosos próximos à Terra com a sonda WISE para fazer

Vênus transita em frente ao Sol em junho pela última vez até 2117

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Pesquisadores aproveitam o fenômeno para testar novas técnicas para visualizar planetas distantes da Terra Vênus transitará diante do Sol entre 5 e 6 de junho. Foto: Getty Images O planeta Vênus poderá ser visto em junho durante o trânsito em frente ao Sol, um fenômeno que não ocorrerá novamente até 2117 e ajudará na busca de exoplanetas, informou nesta quarta-feira (16) o periódico científico britânico "Nature".  Vênus, o segundo planeta do Sistema Solar em ordem de distância do Sol e o terceiro menor, transitará diante do Sol entre 5 e 6 de junho, disse o astrônomo Jay Pasachoff, da Williams College (EUA), em um artigo publicado pela revista. "Esperamos que o trânsito de Vênus nos proporcione uma visualização de exoplanetas", explicou o astrônomo. Apesar de Vênus ser visível a partir da Terra em poucas ocasiões, Pasachoff confia que neste ano a visualização seja melhor que a de 2004, já que a atividade solar é mais intensa agora. Os pesquisadores aproveita

Nebulosa da Tarântula

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Créditos da Imagem:NASA, ESA, ESO, D. Lennon (ESA/STScI) et al., and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA) A maior e mais violenta região de formação estrelas conhecida em todo o Grupo Local de Galáxias localiza-se na nossa galáxia vizinha da Grande Nuvem de Magalhães. A imagem acima mostra a Nebulosa da Tarântula na distância de Nebulosa de Orion, uma região de formação de estrelas local. Também conhecida como 30 Doradus, o gás rosa e vermelho indica uma massiva nebulosa de emissãoo, embora partes remanescentes de supernovas e nebulosas escuras também existam nesse local. O nó brilhante de estrelas à esquerda do centro é chamado de R136 e contém muitas das estrelas mais massivas, quentes e brilhantes que são conhecidas. A imagem acima é considerada um dos maiores mosaicos já criados com observações do Hubble e tem revelado detalhes sem precedentes dessa enigmática região de formação de estrelas. A imagem acima foi lançada para comemorar os 22 anos do Telescópio Espacial Hubble e

As Estranhas Luas de Marte

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Foi somente em 1877, ao observar uma noite o céu com seus instrumentos, que o astrônomo americano Asaph Hall viu pela primeira vez duas luas circundando Marte; luas que nenhum outro astrônomo declarara ter visto até então. Contudo, Jonathan Swift, autor da fantasia política As Viagens de Gulliver, escreveu sobre elas muito antes de Hall, chegando a dar-lhes, sem muito interesse, as proporções e órbitas. Mas isso foi em uma narrativa imaginária, escrita em 1726, cerca de 150 anos antes que Asaph Hall as tivesse descoberto "oficialmente".  Swift escreveu sobre "as duas pequenas estrelas ou satélites, que giram ao redor de Marte. A estrela que gira na órbita menor dista do centro do planeta primário exatamente três de seus diâmetros, e a que gira na órbita maior, cinco; aquela gira ao redor do planeta no espaço de dez horas, e esta em vinte e uma horas e meia".  Como é que Swift sabia? Teria ele lido a respeito do assunto em algum lugar, em alguma publicação descon

Sonda detecta fluxo de água em Marte

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Estruturas no solo seriam formadas por água corrente, diz estudo.Descoberta é o mais perto que se chegou de detectar água líquida. Talvez seja possível prever como será nosso planeta daqui a alguns bilhões de anos olhando para como Marte está agora. É o que indica um estudo do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA). A partir da análise de um fragmento vulcânico, os cientistas acreditam que a atmosfera do Planeta Vermelho há 3,5 bilhões de anos era muito mais densa, o que possibilitaria a existência de vastos oceanos por lá naquela época. O planeta Marte, atualmente, tem uma superfície seca. Recentes descobertas de vestígios de água fazem referência apenas ao passado: houve água um belo dia, hoje já não há mais. Existe um consenso entre os cientistas que uma das principais razões para isso é a baixa densidade da atmosfera. Cerca de cem vezes menos densa que a nossa, uma atmosfera como aquela não permite, por condições de pressão, que haja fontes estáveis de água em estado líquid

Reciclagem pode ser resposta para mistério galáctico

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Imagens das seis galáxias com detectadas e tiradas com a Câmera Avançada de Pesquisas do Telescópio Espacial Hubble. Imagem divulgada 14 de março de 2012.CRÉDITO: K. Rubin, MPIA As galáxias não parecem ter tanta matéria para que continuem formando tantas estrelas como as que vemos. Agora, astrônomos pegaram uma no ato de reciclar material que havia jogado fora antes, o que pode explicar esse mistério. Novas observações ofereceram a primeira evidência direta de gás fluindo para dentro de galáxias distantes, que estão criando estrelas. Isso oferece suporte para a teoria da “reciclagem galáctica”. A própria Via Láctea, por exemplo, parece transformar o equivalente à massa solar em matéria, em novas estrelas, a cada ano. Isso acontece mesmo que a nossa não possua material cru suficiente, como gás e poeira, para ter continuado esse processo por mais do que um par de bilhões de anos. E observações de muitas ouras galáxias sugerem que o comportamento da Via Láctea é comum. De acordo co