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Porque o bóson de Higgs dá sentido ao universo [partícula de Deus]

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Na última quarta-feira (4), em uma coletiva de imprensa realizada no laboratório CERN (Organização Europeia de Pesquisas Nucleares) em Genebra, na Suíça, cientistas anunciaram o que pode ser a descoberta de uma das partículas elementares para a formação de tudo o que existe: o bóson de Higgs . Há anos, pesquisadores trabalhando no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), o maior acelerador de partículas que existe, procuram o bóson, partícula que foi proposta pela primeira vez por Peter Higgs em 1964, 48 anos atrás.  Agora, duas equipes separadas do LHC – ATLAS e CMS – chegaram a resultados parecidos que estão em conformidade com as previsões teóricas sobre as partículas subatômicas do Modelo Padrão da Física, com a inclusão do bóson de Higgs. Isso indica que a partícula de fato existe. O bóson teria massa de 125.3 GeV, e os resultados têm o nível de certeza de 4,9 sigma (o ideal é 5 sigma, nível necessário para reivindicar uma descoberta, pois significa

Bóson de Higgs: o que é, o que faz, e o que fazer com ele

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Nesta quarta-feira, 4 de julho de 2012, os cientistas do CERN, laboratório europeu de partículas de alta-energia, anunciaram que nos dados coletados em dois anos de colisões de prótons estão os rastros de uma estranha partícula , uma partícula que eles tem 99% de certeza de que é uma nova partícula, algo nunca visto antes em laboratório. O bóson de Higgs é um dos componentes do chamado Modelo Padrão da Física. O que nos leva a outras perguntas…       Retrato de Família A nossa história começa com a descoberta do elétron, em 1876, por J. J. Thompson. Em 1911 um outro inglês, Ernest Rutherford, propôs o primeiro modelo para o átomo, que seria composto por um núcleo e uma eletrosfera. Rutherford também foi o descobridor do próton, que ele achou que era uma partícula fundamental (ou seja, não composta de outras partículas).A descoberta de outras partículas nos anos que se seguiram levaram à criação de um modelo que usava partículas fundamentais, os léptons e quarks, par

Uma família de nebulosas na Via Láctea

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O telescópio WISE da NASA flagrou um ângulo diferente de uma família de nebulosas localizada na constelação de Órion, a mais visível do Hemisfério Norte nas noites de inverno. Na imagem, a enorme nuvem espacial ganha uma versão atualizada a partir de dados infravermelhos coletados pelo WISE. Os objetos mais frios, como a poeira das nebulosas, aparecem nas cores verde e vermelha.Os astrônomos estavam interessados em estudar as áreas mais brilhantes dessa região sem tanto brilho. Vista pela nova perspectiva, o campo espacial contém uma vasta nuvem de gás e poeira onde as estrelas nascem.  No centro, podem ser vistas três nebulosas: da Chama, Cabeça de Cavalo e NGC 2023.  A Nebulosa da Chama é a mais brilhante da imagem, pois recebe em seu interior a iluminação de uma estrela que tem 20 vezes a massa do Sol e que só não é tão brilhante por causa da poeira ao redor, que a faz parecer 4 bilhões de vezes menor do que realmente é. A NGC 2023 é o círculo brilhante menor, logo abaixo da Ne

Vários microblazares são observados

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© NRAO (galáxia ARP 220)   Astrônomos encontraram evidências de centenas de buracos negros em uma galáxia a milhões de anos-luz de distância. A descoberta, feita com uma rede mundial de radiotelescópios, dá aos cientistas uma nova maneira de descobrir como os buracos negros são criados. Esses objetos, conhecidos pelos astrônomos como microblazares, foram teoricamente previstos mais de uma década atrás. Os astrônomos acreditam que os microblazares são versões reduzidas dos faróis cósmicos conhecidos como blazares. Em um blazar, um buraco negro supermassivo abastecendo-se do gás denso no centro de uma galáxia cria jatos potentes que podem ser observados da Terra, se forem dirigidos para nós. Uma equipe liderada por astrônomos na Chalmers University of Technology e Onsala Space Observatory tem acompanhado os sinais de rádio a partir do núcleo da galáxia ARP 220, que está 250 milhões de anos-luz da Terra. Além de um número de supernovas, eles também descobriram al

Disco de poeir Anel rodeava estrela, mas imagens não o identificam mais; astrônomos não sabem o que aconteceu a que origina planetas 'simplesmente desapareceu'

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Anel rodeava estrela, mas imagens não o identificam mais; astrônomos não sabem o que aconteceu   Reprodução gráfica do que seria um anel de poeira em volta de uma estrela Astrônomos do Observatório Gemini, de La Serena, no Chile, reportaram um caso curioso de "desaparecimento" na revista Nature. Segundo eles, o disco de poeira e gás que se formou ao redor de uma estrela parecida como Sol - e que pode ser um dos elementos responsáveis pela formação de planetas como a Terra - não está mais no local. E ninguém sabe o porquê. Normalmente, esses discos são formados por componentes que formam planetas rochosos como o nosso, diz Ben Zuckerman, um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta. Compostos por material em temperaturas relativamente altas, as composições podem ser identificadas por telescópios que identificam luz infravermelha. O disco ao qual os astrônomo se referem rodeia a estrela TYC 8241 2652 e foi identificado pela primeira vez em 1983 por um sa

Estrela Gigante Vermelha Inflando Uma Gigantesca Bolha de Gás

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Uma estrela brilhante é circundada por uma tênue concha de gás nessa incomum imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA. A estrela U Camelopardalis, ou simplesmente U Cam para simplificar, é uma estrela que está perto do fim da sua vida. À medida que seu combustível começa a acabar, ela se torna instável. A cada poucos milhares de anos, ela expele uma concha esférica de gás enquanto que uma camada de hélio ao redor de seu núcleo começa a fundir. O gás ejetado na última erupção da estrela é claramente visível nessa imagem como uma apagada bolha de gás ao redor da estrela.   A U Cam é um exemplo de uma estrela de carbono. Esse é um tipo bem raro de estrela que tem como característica ter uma atmosfera  que contém mais carbono do que oxigênio. Devido à sua baixa gravidade superficial, normalmente metade da massa total de uma estrela de carbono pode ser perdida por meio de poderosos ventos estelares.Localizada na constelação de Camelopardalis, A

Previsão de explosão de supernovas maciças

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Por que é que algumas estrelas velhas de grande massa longe da Via Láctea não explodem em um fenômeno supernova?  Por intermédio do recém-lançado NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) será possível efetuar uma varredura do entulho de supernovas após a explosão captando raios X de alta energia. A distribuição do material em um remanescente de supernova informa muito a respeito da explosão original. Um elemento de interesse particular é de titânio-44. A criação deste isótopo de titânio através da fusão nuclear requer uma certa combinação de energia, pressão, e matérias-primas. Dentro da estrela em colapso, onde a combinação ocorre a uma profundidade que é muito especial. Tudo abaixo sucumbe à gravidade e colapsa para formar um buraco negro. Tudo acima será soprado para fora na explosão. O Titanium-44 é criado nesta ejeção. O NuSTAR irá mapear a distribuição de titânio-44 em remanescentes de supernovas, em busca de evidências de assimetrias. Assim, o padrão de como

Partícula de Deus encontrada? Cientistas podem anunciar descoberta do bóson de Higgs esta quarta

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O CERN (Laboratório Europeu para Física de Partículas), que abriga o famoso Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider – LHC), acelerador de partículas que fica na Suíça, convidou cinco grandes físicos teóricos – incluindo Peter Higgs, da Universidade de Edimburgo (Escócia), professor de física que deu nome a partícula de Deus – para uma conferência na próxima quarta-feira (4 de julho). Isso gerou especulações de que o bóson de Higgs finalmente foi encontrado. Parece coisa certa que os cientistas de duas missões independentes – CMS e ATLAS – desenhadas para provar a existência da partícula vão anunciar que ela foi finalmente “descoberta”.   O bóson de Higgs A partícula de Deus foi proposta pela primeira vez por Peter Higgs em 1964, 48 anos atrás.O bóson de Higgs, como foi nomeado, é tido como a chave para entender todo o universo. Isso porque ela é, supostamente, a partícula que dá a todas as outras sua massa – por exemplo, aos átomos, que formam toda a matéria do m

O mistério da ausência de oxigênio molecular

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A procura por oxigênio molecular interestelar (O 2 ), têm uma longa história, e a motivação para essas pesquisas evoluiu. Antes do final de 1990, os esforços para detectar O 2 foram impulsionados por um desejo de confirmar o seu papel previsto como um importante reservatório de oxigênio elementar dentro de densas nuvens moleculares e como o refrigerante de gás mais importante de nuvens típicas após o monóxido de carbono (CO). Mas o O 2 nunca foi encontrado. A satélite SWAS (Submillimeter Wave Astronomy Satellite), em 1998, e o satélite Odin, em 2001, ambos não conseguiram detectar O 2 num grande número de fontes níveis com uma pequena percentagem das abundâncias previstas por modelos químicos em equilíbrio na fase gasosa. A conclusão forçou uma mudança na ênfase das buscas. Hoje, o interesse no O 2 já não reside no fato de ser um importante reservatório de oxigênio elementar ou em seu poder de arrefecimento. Em vez disso, as pesquisas tornaram-se um meio importante para tes

Astrônomos descobrem pulsar mais rápido já encontrado

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Objeto compacto e denso é formado durante a explosão de uma estrela. Corpo celeste estudado atinge até 10,5 milhões de quilômetros por hora.   Uma equipe de astrônomos que utilizou três telescópios diferentes – dois posicionados no espaço e um na Terra – descobriu o que pode ser o pulsar mais rápido já detectado. Um pulsar é uma estrela de nêutrons, um objeto compacto e muito denso, formado durante a explosão de uma estrela – fenômeno conhecido como “supernova”. Esses corpos celestes são expulsos pela explosão da supernova e têm grande velocidade de rotação. O IGR J11014, pulsar estudado por esta pesquisa, publicada pela revista científica “The Astrophysical Journal Letters”, atinge uma velocidade estimada entre 8,7 milhões e 10,5 milhões de quilômetros por hora. Ele está localizado a cerca de 30 mil anos-luz da Terra. Os astrônomos chegaram a essa conclusão observando a radiação emitida pela estrela. Para isso, foram usados os telescópios Chandra, da Nasa, XMM-Newt

Primeiras estimativas de tamanhos e distâncias em astronomia

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Não sabemos ao certo quando o homem, nos primórdios de sua existência, começou a observar os astros. Sabemos que a matemática e a astronomia foram algumas das primeiras ciências estabelecidas por ele. A astronomia é considerada a mãe do método científico. Dela nasceu o processo observação – modelo – constatação. Foi observando os astros que o homem começou a especular, montar hipóteses e eventualmente teorias que levaram à construção de modelos que puderam ser confrontados à luz destas observações. Muito do conhecimento acumulado sobre o universo como um todo vem da Grécia antiga. Foram os sábios gregos destes tempos, os primeiros a realizar observações sistemáticas do céu e os primeiros a apresentar um modelo cosmológico baseado nestas observações: o modelo geocêntrico. Aristarco foi o primeiro deles a propor um modelo com o Sol no centro e a Terra e os demais planetas conhecidos na época, girando ao seu redor. São também dele os cálculos da razão entre os tamanhos do Sol e da Terr

Tornados magnéticos emitidos pelo Sol 'esquentam' atmosfera, diz estudo

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Cientistas da Noruega analisaram solares imagens captadas por telescópio. Estudo foi publicado nesta quinta (28) na revista 'Science'. Pesquisadores da Noruega descreveram nesta semana na revista “Science” o funcionamento dos tornados magnéticos que saem do Sol. Segundo as observações científicas, esses turbilhões emitidos pelo Sol aquecem as camadas exteriores da atmosfera solar, mas para isso, a liberação dos tornados requer uma grande quantidade de energia. De acordo com os autores do estudo, o processo é, provavelmente, capaz de transferir energia necessária do interior da estrela para aquecer sua atmosfera superior. (Foto: Wedemeyer-Böhm et al. (2012)/Vapor/Universidade de Oslo) Fonte: G1