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A Terra pode ser engolida por um buraco negro?

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Até pode, mas a probabilidade é ínfima, menor do que ganhar 100 vezes seguidas na Mega-sena. É muito mais fácil, por exemplo, o planeta ser destruído antes por um asteróide gigantesco ou ficar chamuscado na explosão do Sol, daqui a 4,5 bilhões de anos. "O fato é que não existem muitos buracos negros por aí. Ainda que houvesse 100 milhões deles vagando por nossa galáxia, eles estariam distribuídos em mais de 900 quatrilhões de quilômetros", diz o astrofísico Félix Mirabel, do Instituto de Astronomia e Física do Espaço, na Argentina. Como esses corpos não emitem nem refletem luz, é quase impossível detectá-los. E, mesmo se um astronauta pudesse ligar um holofote perto de um buraco negro, a luz seria engolida antes que pudesse iluminar qualquer coisa. Por isso, esses objetos escuros são um dos maiores mistérios da ciência. Só sabemos que eles existem porque quando um buraco negro captura algum astro no espaço, a matéria arrebenta e solta uma infinidade de raios X, denun

O que é um buraco branco?

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Representação de um buraco branco. Do ponto de vista da astrofísica, um buraco branco é o oposto de um buraco negro. Mas isso só vale mesmo de forma conceitual, porque, na prática, não existe nenhuma comprovação da existência de buracos brancos no espaço. Eles nada mais são do que uma conseqüência hipotética da Teoria da Relatividade - aquela do Einstein mesmo. Complicado, né?! Vamos tentar, então, colocar a coisa de uma forma mais simples, para desespero dos astrofísicos. Você já deve ter ouvido que um buraco negro suga toda a matéria e a luz ao seu redor, fazendo com que elas simplesmente desapareçam. No passado, alguns astrofísicos acreditavam que essa matéria poderia entrar pelo buraco negro e aparecer em outro universo, através de um buraco branco. Ele seria, portanto, uma espécie de lado oposto do buraco negro: um lugar onde energia e matéria apareceriam espontaneamente. "Essa teoria parte do princípio de que existam outros universos, além do nosso. Só que até hoje ne

Antigas esferas no Aglomerado Globular M4

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Essa surpreendente imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA mostra o centro do aglomerado globular de estrelas conhecido como M4 . O poder do Hubble consegue resolver o aglomerado com sua multitude de esferas brilhantes, cada uma delas sendo na verdade uma colossal fornalha nuclear. O M4 é um objeto relativamente próximo da Terra, a 7200 anos-luz, fazendo dele um alvo fácil para ser estudado.  Ele contém algumas dezenas de milhares de estrelas e é o lar de muitas anãs brancas, ou seja, o núcleo de estrelas moribundas que tiveram suas camadas externas expelidas para o espaço. Em Julho de 2003, o Hubble ajudou a fazer a impressionante descoberta de um planeta chamado PSR B1620-26 b, com uma massa 2.5 vezes a massa do planeta Júpiter, que está localizado nesse aglomerado. Estima-se que ele tenha uma idade de 13 bilhões de anos – quase três vezes a idade do Sistema Solar. O que também é incomum é que esse planeta orbita um sistema binário

Dawn Prepara-se Para Sair de Vesta e Rumar Até Ceres

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A sonda Dawn chegou a Vesta a 16 de Julho de 2011, e tem partido prevista para 5 de Setembro. Crédito: NASA/JPL-Caltech A sonda Dawn da NASA está a caminho de se tornar na primeira a orbitar e a estudar dois distantes destinos no Sistema Solar, com o objectivo de ajudar os cientistas a responder várias questões acerca da formação do nosso Sistema Solar. A sonda tem partida prevista do asteróide gigante Vesta dia 5 de Setembro, quando começar a sua viagem de dois anos e meio até ao planeta anão Ceres. A Dawn começou a sua odisseia de 5 mil milhões de quilómetros de exploração dos dois objectos mais massivos da cintura principal de asteróides em 2007.  A Dawn chegou a Vesta em Julho de 2011 e vai alcançar Ceres no início de 2015.  Os alvos da Dawn representam dois ícones da cintura de asteróides, testemunhas de grande parte da história do nosso Sistema Solar. Para escapar a atracção de Vesta, a sonda irá espiralar para fora tão gentilmente quanto lá chegou, usando um sistema esp

Uma Supernova na Galáxia NGC 5806

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Créditos: ESA / Hubble e NASA Uma nova imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA e ESA mostra a NGC 5806 , uma galáxia espiral localizada na constelação de Virgo (a Virgem). Ela localiza-se a aproximadamente 80 milhões de anos-luz da Terra. O que também pode ser visto nessa imagem é uma explosão de supernova chamada de SN 2004dg . As exposições que estão combinadas nessa imagem foram feitas no começo de 2005 com o objetivo de ajudar a apontar a localização da supernova, que explodiu em 2004. A consequência dessa explosão de luz, gerada pela explosão de uma estrela gigante no final da sua vida, pode ser vista como um ponto amarelado apagado perto da parte inferior da galáxia. A NGC 5806 foi escolhida por ser uma das várias galáxias em estudo sobre supernovas, pois nos arquivos do Hubble já existiam imagens de alta resolução da galáxia, coletadas antes da estrela explodir. Como as supernovas são relativamente raras, e como também é impossível

Qual é a temperatura do espaço?

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Depende de que parte do espaço estamos falando. Em geral, funciona assim: quanto mais próximo dos astros, maior a temperatura. Outro fator que pesa é a presença de matéria: o calor pode ser retido por ela. À medida que o espaço vai ficando vazio, a temperatura cai. No vácuo total (ausência de matéria), a temperatura despenca para até 272 ºC negativos, 1 grau acima do zero absoluto. "É como medir a temperatura mínima do espaço. Não há local mais frio que esse. São regiões vazias e afastadas de corpos aquecidos", diz o astrônomo Enos Picazzio, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Para ter uma idéia da friaca, a menor temperatura já registrada na Terra foi de 89,2 ºC negativos, na Antártida. Já no espaço interestelar, em que não chega a reinar o vazio absoluto (há gases, grãos e poeira), a temperatura varia. No topo da atmosfera terrestre, por exemplo, a temperatura é algo em torno de 27 ºC. "Mas isso não significa que o espaço acima

Sonda colhe novos indícios da existência de gelo na Lua

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Mas reduz estimativa da quantidade de depósitos em cratera do satélite Radar da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter indica que pode existir gelo nas paredes da cratera Shackleton (Nasa). Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, divulgaram nesta quinta-feira dados que reforçam a hipótese de que haja gelo na cratera Shackleton, no polo sul da Lua. No entanto, a quantidade de gelo, estimada com base em informações da sonda Lunar Reconnaissence Orbiter (LRO), é menor do que os pesquisadores supunham. A suspeita da existência de gelo na cratera havia sido divulgada em junho por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que também analisaram imagens feitas pela Lunar Reconnaissence Orbiter. À época, eles estimaram que suas paredes poderiam ser compostas por até 22% de gelo. Agora, com base nos dados do radar da sonda, cientistas da Nasa afirmam que o gelo em suas paredes não deve passar de 10%.  Vários dos instrumentos da LRO fizeram contribuições para es

Sonhos de viagens à Lua

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A morte recente de Neil Armstrong , o intrépido astronauta americano cuja principal distinção foi ter sido o primeiro humano a pisar na Lua, inevitavelmente me levou ao dia 20 de julho de 1969, quando, com os olhos incrédulos grudados na TV, assisti com meus primos a um feito que mais parecia ficção do que realidade. O poder transformador da imagem de um ser humano saltitando pelo solo lunar foi tal que, mesmo para um menino carioca de 10 anos, a vida jamais seria a mesma. Explorar a Lua adquiriu um significado mítico: o primeiro passo para a conquista do espaço e a emancipação cósmica da humanidade. Sabendo das dificuldades de virar astronauta no Brasil, optei por aprender sobre a ciência do espaço, devidamente complementada por obras de ficção tratando da exploração imaginária do nosso satélite natural. Afinal, como disse o pioneiro da exploração espacial Robert H. Goddard, "é difícil dizer o que é impossível, pois o sonho de ontem é a esperança de hoje e a realidade de am

M45: O Aglomerado Estelar das Plêiades

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Crédito da imagem e direitos autorais: Robert Gendler Talvez considerado o mais famoso aglomerado estelar do céu, as Plêiades podem ser vistas sem binólculos até mesmo nos centros poluído das cidades. Também conhecido como as Sete Irmãs, e M45 as Plêiades é um dos aglomerados mais brilhante e mais próximo de nós. As Plêiades contém mais de 3000 estrelas, está localizado a aproximadamente 400 anos-luz de distância, e só tem 13 anos-luz de diâmetro. Bem evidente na imagem acima estão as nebulosas de reflexão azuis que envolvem as estrelas mais brihantes. Estrelas de baixa massa, apagadas, anãs marrons também têm sido encontradas nas Plêiades. Um fato que precisa de destaque aqui , é que os proeminentes efeitos de difração são causados pelo próprio telescópio e podem chamar a atenção ou fornecendo uma falsa impressão de aprimoramento da imagem, dependendo do seu ponto de vista. Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap120903.html

Cientistas estudam como evitar colisão de asteroide com a Terra

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No ano passado , foi anunciado um investimento de 4 milhões de euros para o estudo de asteroides próximos à Terra (NE, na sigla em inglês). Capitaneado por sete países, a pesquisa aguarda aprovação da Nasa - a agência espacial americana - para a liberação de uma missão espacial. Contudo, cientistas dizem que, mesmo que conheçamos os objetos em rota de colisão com nosso planeta, não é tão fácil impedir uma colisão. As missões têm como objetivo verificar com mais precisão a formação das rochas, que é o que mais nos preocupa", explica Patrick Michel, diretor de pesquisa do Observatório da Costa Azul, na França, durante a 18ª Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês). Conforme o astrofísico, a Terra recebe diariamente o equivalente a 10 mil t de rochas e detritos. Rochas maiores, no entanto, com poder de causar grandes estragos são remotas. "Não há ainda evidências de ameaça de colisões em escala regional para os próximos 20 anos. Para coli