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Big2: teria sido o Big Bang seguido por um Big Chill?

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Grande Resfriamento Físicos australianos estão propondo que o início do Universo - aqueles primeiríssimos e problemáticos femtossegundos, quando nada do que se conhece em física funciona - podem ter-se parecido com o congelamento da água. Segundo eles, esses primeiros momentos poderiam ser modelados de uma forma que lembra a água se congelando, o que eles chamaram de Big Chill - grande resfriamento, em tradução livre. Assim, o famoso Big Bang teria sido imediatamente seguido por um Big Chill. O Big Bang é imaginado como uma explosão que gerou algo similar a um plasma, extremamente quente e denso, que desde o início começou a esfriar. Até aí nenhuma novidade. Mas a forma como algo esfria depende da estrutura desse algo. James Quach e seus colegas afirmam que o nosso entendimento da natureza do Universo pode melhorar se prestarmos atenção às trincas e rachaduras comuns em todos os cristais, incluindo o gelo de água. Quantum Graphity "Albert Einstein assumiu que o e

Não param os receios provocados pelo asteroide Apophis

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A Rússia irá enviar em 2020 para o asteroide Apophis um “trator gravitacional” para testar a tecnologia de desvio das órbitas de objetos espaciais que possam ameaçar a Terra. Em 2023 , partirá um aparelho para pousar em Ganímedes, satélite de Júpiter, e procurar indícios de vida. Estes dois projetos figuram na apresentação doTSNIIMASH (Instituto de pesquisa central de construção de máquinas), uma estrutura filial da Roskosmos, no Congresso Internacional Aeroespacial que encerra os seus trabalhos na sexta-feira em Moscou. A apresentação foi organizada no âmbito do programa Estratégia para o desenvolvimento da atividade espacial até 2030 entregue pela Roskosmos ao governo nesta primavera. Depois da descoberta do Apophis, há 8 anos, os cálculos demonstraram que ele pode colidir com a Terra em 2029 com uma probabilidade de 1:37. Depois se verificou que não haveria catástrofe. Mas se o asteroide entrar num “funil” gravitacional com apenas centenas metros de largura, então irá c

Um enxame com um segredo

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Esta imagem do Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO, mostra o enxame estelar globular Messier 4. Esta enorme bola de estrelas antigas é, na realidade, um dos mais próximos enxames estelares globulares e aparece na constelação do Escorpião, próximo da brilhante estrela vermelha Antares. Messier 4, com destaque para a estrela rica em lítio/Créditos: ESO   Uma nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, mostra o espectacular enxame estelar globular Messier 4. Esta bola de dezenas de milhares de estrelas antigas é, na realidade, um dos mais próximos e mais estudados enxames globulares. Um trabalho recente revelou que uma das estrelas deste enxame tem propriedades estranhas e invulgares, aparentemente possuindo o segredo da juventude eterna. Em torno da nossa galáxia, a Via Láctea, orbitam mais de 150 enxames estelares globulares, que datam do passado distante do Universo. Um dos mais próximo

Aos 35 anos, Voyager 1 é o objeto terrestre mais distante

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Voyager 1 tinha um computador com memória de 68 kilobytes Foto: Nasa/Divulgação A sonda espacial Voyager 1 completa 35 anos nesta quarta-feira. Lançada no dia 5 de setembro de 1977, do Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), ela foi planejada para visitar e estudar os dois maiores planetas do Sistema Solar: Júpiter e Saturno. Essa missão inicial se encerrou em novembro de 1980. Mas a sonda foi muito além: a jornada já a levou para 18 bilhões de quilômetros de distância do Sol, à camada exterior da heliosfera, fronteira com o - até agora - insondável espaço interestelar. A campeã anterior, a Pioneer 10, foi ultrapassada em 1998.    Com o feito, a Voyager 1 conquistou o recorde de objeto terrestre que viajou a maior distância no espaço. Em 15 de junho deste ano, cientistas da Nasa declararam que a sonda está próxima de se tornar a primeira nave produzida por humanos a deixar o Sistema Solar. A Voyager 1 tinha companhia antes do lançamento: a Voyager 2, sua sonda irmã, lançada

Cor Rosa na Lua?

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Imagem por Maximilian Teodorescu , Dumitrana ( Ilfov ), Roménia Quando olhamos a superfície lunar de novas maneiras isso levanta novas questões. A imagem acima é uma imagem RGB da costa oeste do Mare Crisium e mostra uma coloração rosada que parece estar ligada à recente Cratera Proclus. A borda nítida dos raios da Proclus é a fronteira da região rosada desse modo esse material rosado parece ser material ejetado. Se for isso mesmo a distribuição surpreende. O material ejetado rosa empoeira as colinas e os anéis da cratera ao sul (esquerda), mas a cor rosa vai muito mais distante para o norte. A cor rosa cobre a Macrobius e o terreno ao redor e vai até ao anel leste da Cleomedes. Essa distribuição é muito mais extensa do que aquela observada nas imagens em preto e branco. Se todo esse material rosa for material ejetado pela cratera no momento da sua formação então existe muito mais desse material do que se sabia anteriormente. E a concentração em direção a nordeste sugere que

A Terra pode ser engolida por um buraco negro?

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Até pode, mas a probabilidade é ínfima, menor do que ganhar 100 vezes seguidas na Mega-sena. É muito mais fácil, por exemplo, o planeta ser destruído antes por um asteróide gigantesco ou ficar chamuscado na explosão do Sol, daqui a 4,5 bilhões de anos. "O fato é que não existem muitos buracos negros por aí. Ainda que houvesse 100 milhões deles vagando por nossa galáxia, eles estariam distribuídos em mais de 900 quatrilhões de quilômetros", diz o astrofísico Félix Mirabel, do Instituto de Astronomia e Física do Espaço, na Argentina. Como esses corpos não emitem nem refletem luz, é quase impossível detectá-los. E, mesmo se um astronauta pudesse ligar um holofote perto de um buraco negro, a luz seria engolida antes que pudesse iluminar qualquer coisa. Por isso, esses objetos escuros são um dos maiores mistérios da ciência. Só sabemos que eles existem porque quando um buraco negro captura algum astro no espaço, a matéria arrebenta e solta uma infinidade de raios X, denun

O que é um buraco branco?

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Representação de um buraco branco. Do ponto de vista da astrofísica, um buraco branco é o oposto de um buraco negro. Mas isso só vale mesmo de forma conceitual, porque, na prática, não existe nenhuma comprovação da existência de buracos brancos no espaço. Eles nada mais são do que uma conseqüência hipotética da Teoria da Relatividade - aquela do Einstein mesmo. Complicado, né?! Vamos tentar, então, colocar a coisa de uma forma mais simples, para desespero dos astrofísicos. Você já deve ter ouvido que um buraco negro suga toda a matéria e a luz ao seu redor, fazendo com que elas simplesmente desapareçam. No passado, alguns astrofísicos acreditavam que essa matéria poderia entrar pelo buraco negro e aparecer em outro universo, através de um buraco branco. Ele seria, portanto, uma espécie de lado oposto do buraco negro: um lugar onde energia e matéria apareceriam espontaneamente. "Essa teoria parte do princípio de que existam outros universos, além do nosso. Só que até hoje ne

Antigas esferas no Aglomerado Globular M4

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Essa surpreendente imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA mostra o centro do aglomerado globular de estrelas conhecido como M4 . O poder do Hubble consegue resolver o aglomerado com sua multitude de esferas brilhantes, cada uma delas sendo na verdade uma colossal fornalha nuclear. O M4 é um objeto relativamente próximo da Terra, a 7200 anos-luz, fazendo dele um alvo fácil para ser estudado.  Ele contém algumas dezenas de milhares de estrelas e é o lar de muitas anãs brancas, ou seja, o núcleo de estrelas moribundas que tiveram suas camadas externas expelidas para o espaço. Em Julho de 2003, o Hubble ajudou a fazer a impressionante descoberta de um planeta chamado PSR B1620-26 b, com uma massa 2.5 vezes a massa do planeta Júpiter, que está localizado nesse aglomerado. Estima-se que ele tenha uma idade de 13 bilhões de anos – quase três vezes a idade do Sistema Solar. O que também é incomum é que esse planeta orbita um sistema binário