Postagens

Quanta matéria escura é necessária para formar estrelas?

Imagem
CRÉDITO: ESA / SPIRE Consortium / Hermes Consortium Matéria escura é uma substância invisível que os astrônomos podem medir apenas indiretamente, através de sua influência gravitacional sobre a matéria regular, visível. Apesar disso, é um ingrediente vital para as galáxias formarem estrelas. Criar estrelas é muito parecido com cozinhar: você precisa dos ingredientes corretos nas proporções adequadas. Um desses ingredientes é a matéria escura. Os cientistas dizem que se começasse com muito pouca matéria escura, a galáxia se esgotaria em desenvolvimento. Se começasse com muito, o gás não arrefeceria eficientemente para formar uma grande galáxia, e isso acabaria em galáxias menores. Já com a quantidade certa de matéria escura, uma galáxia repleta de estrelas irá aparecer. E qual é esse valor ideal? Um novo estudo acaba de descobrir o limite inferior dessa substância invisível para acender a formação de uma estrela: uma massa igual a 300 bilhões de sóis. Se o valor de 300 bilh

O que são as sondas espaciais?

Imagem
Voyager 1(NASA) São naves que carregam equipamentos de laboratório e câmeras para lugares ainda inacessíveis ao homem. Em Marte e em Vênus, os planetas mais próximos da Terra, várias sondas já pousaram. Outras passaram raspando por Mercúrio, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Só Plutão, o mais distante, ainda não recebeu nenhuma visita. Mas a participação dessas exploradoras espaciais começou bem mais perto, com a própria Lua, quando, ainda em 1959, a ex-União Soviética mandou suas primeiras sondas para lá. Uma delas, a Luna 3, fez as pioneiras fotos do lado escuro do nosso satélite. Entre as americanas, as estreantes foram as sondas Ranger, que tiraram mais de 17 mil fotos da Lua na década de 60. Essas imagens, claro, foram essenciais para que, em 1969, astronautas fossem levados para lá com relativa segurança. Depois da Lua, os soviéticos mandaram com sucesso esses equipamentos para Vênus: em 1975, suas sondas Venera 9 e 10 tiraram as primeiras fotos a partir da superfície de o

Galáxia Elíptica M60, e a Galáxia Espiral NGC 4647

Imagem
Crédito: NASA, ESA, Hubble Heritage Team ( STScI / AURA) A gigantesca galáxia elíptica M60 e a galáxia espiral NGC 4647 parecem um estranho casal nesse retrato cósmico bem nítido feito pelo Telescópio Espacial Hubble. Mas elas estão numa região do espaço onde as galáxias tendem a se juntar, no lado leste do próximo Aglomerado de Galáxias de Virgo. Localizada a aproximadamente 54 milhões de anos-luz de distância, a brilhante forma simples parecida com um ovo da M60 é criada pela organização aleatória das estrelas mais velhas, enquanto que as estrelas azuis jovens da NGC 4647, o gás e a poeira estão organizados em braços espirais rodando em um disco achatado. Estima-se que a galáxia espiral NGC 4647 seja mais distante que a M60, localizada a 63 milhões de anos-luz de distância. Também conhecido como Arp 16, o par de galáxias pode estar na eminência de um significante encontro gravitacional. A M60, também conhecida como NGC 4649 tem aproximadamente 120000 anos-luz de diâmet

Como sabemos que o universo está se expandindo?

Imagem
O Prêmio Nobel de Física de 2011 foi atribuído conjuntamente a três cientistas que descobriram que a expansão do universo está acontecendo de maneira acelerada. Esse fenômeno é atribuído a uma força misteriosa chamada de energia escura. E como é que os cientistas descobriram isso? Desde os anos 90, os vencedores do Nobel, os físicos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, estudam as supernovas do tipo Ia – as violentas explosões resultantes da morte de estrelas anãs brancas.  Quando uma estrela de pequena massa (como o nosso sol) funde todo seu hidrogênio em hélio, ela se expande em uma gigante vermelha e começa a fundir o hélio em carbono e oxigênio. Então, a estrela lança suas camadas exteriores formando uma nebulosa planetária, deixando para trás o denso núcleo de carbono e oxigênio. Este núcleo morto é chamado de anã branca, que normalmente tem o tamanho da Terra com a mesma massa do nosso sol. Se uma anã branca tem uma companheira estelar, ela pode sugar material

Metano em Marte pode ser resultado de redemoinhos eletrificados

Imagem
O metano encontrado em Marte sempre foi um mistério para os cientistas, por que ele é um gás que dura pouco tempo na atmosfera marciana e, para haver nuvens de metano como as que já foram detectadas desde 1999, a substância teria que estar sendo criada por algum processo. A fonte deste metano, seja geológica, seja biológica, não havia sido encontrada. Agora, uma equipe de cientistas mexicanos, trabalhando sob a direção do professor Arturo Robledo-Martinez, da Universidad Autónoma Metropolitana, de Azcapotzalco, México, propõe, em um trabalho publicado no Geophysical Research Letters, que o metano é produzido pelos redemoinhos de poeira e tempestades de poeira do planeta. Os redemoinhos, ou “dust devils“, são produzidos quando uma bolsa de ar quente junto a superfície consegue atravessar uma camada de ar frio. À medida que o ar quente sobe, ele gira pela conservação do movimento angular. Mais ar quente acorre à região do redemoinho, alimentando-o, o que faz com que os redemoinh

Conheça o “Alfabeto Galáctico”

Imagem
Sabe aquela brincadeira de procurar nuvens com formato de objetos e animais? Membros de um projeto online fazem algo parecido, mas, ao invés de nuvens, eles observam galáxias. Criado em 2007, o projeto Galaxy Zoo reúne voluntários do mundo todo para analisar e classificar galáxias conforme seu formato. Até agora, mais de 250 pessoas analisaram cerca de 1 milhão de imagens, o que facilita a vida de cientistas e os ajudam a estudar a formação e evolução das galáxias. O trabalho vem produzindo resultados curiosos: já foram encontrados equivalentes galácticos de todas as letras do alfabeto latino, por exemplo. Até mesmo animais entraram na galeria, depois que voluntários encontraram uma galáxia em forma de pinguim. Curiosidade: essa história de reconhecer formas específicas em imagens aleatórias é resultado de um fenômeno psicológico chamado pareidolia. De todas as cores e formatos “Humanos são melhores do que computadores em tarefas de reconhecimento de padrões como esta, e nó

Novas observações: o universo está expandindo como um balão gigante

Imagem
Todo mundo sabe que o universo está expandindo. É fato consumado que essa expansão está acelerando. Mas novas medidas de galáxias brilhantes e distantes feitas por cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, através de lentes gravitacionais, indicam que o universo está “crescendo” como um balão gigante. A primeira medida desse fenômeno, baseada em supernovas, foi feita na década de 1990, pelos pesquisadores laureados com o Prêmio Nobel de Física, em 2011. “Mas o método usado pelos laureados foi construído em cima de várias suposições, por isso se fazem necessárias checagens desses resultados, para dar mais robustez à conclusão”, explica Masamune Oguri, líder do grupo de pesquisa na Universidade de Tóquio. Segundo Oguri, a expansão cósmica acelerada é um dos problemas centrais da cosmologia moderna, e tais resultados também ajudarão na compreensão da energia escura, que, de acordo com os cientistas, é a principal responsável pela aceleração da expansão do universo. Mais informa

Energia escura é real, dizem astrônomos

Imagem
Os mapas extragalácticos selecionados pelos pesquisadores como relevantes são mostrados como conchas, representando uma distância crescente da Terra, da esquerda para a direita. [Imagem: Terra: NASA/BlueEarth; Via Láctea: ESO/S.Brunier;CMB:NASA/WMAP] Realidade desconhecida Energia escura, a misteriosa força teorizada para explicar a aceleração da expansão do Universo, "está realmente lá". É o que garante uma equipe de astrônomos das universidades de Portsmouth e Munique. Ao término de um estudo que durou dois anos, os astrônomos concluíram que a probabilidade da existência real da energia escura é de 99,996%.  "A energia escura é um dos maiores mistérios científicos do nosso tempo, por isso não surpreende que muitos pesquisadores questionem sua existência," comentou Bob Nichol, membro da equipe. "Mas, com nosso trabalho, estamos mais confiantes do que nunca que esse exótico componente do Universo é real - ainda que nós continuemos sem saber do que

Qual o espaço necessário para reunir toda matéria do universo?

Imagem
Esta pergunta é difícil de ser respondida com precisão porque existem muitos fatores desconhecidos. Entretanto, se aceitarmos as seguintes três hipóteses, poderemos chegar a uma resposta aparentemente razoável. A primeira questão é: "qual o tamanho do universo?" Ninguém sabe, mas esta Pergunta do Dia presume que o universo seja um cubo com 30 bilhões de anos-luz de cada lado. Isto significa que o universo inteiro contém cerca de 2,7 E+31 anos-luz cúbicos. A próxima questão é: "quanta matéria o universo contém?" A massa do universo no momento é uma questão aberta porque não existe uma forma fácil de colocarmos o universo em uma balança. Essa página da NASA (em inglês) e o artigo " Extensão, idade e massa do universo" (em inglês) abordam as diferentes técnicas usadas pelos cientistas para estimar a massa do universo. O último artigo (em inglês) também inclui uma estimativa de 1,6E+60 quilogramas para a massa do universo. Outras estimativas fornecem

Perdidos no Espaço

Imagem
Essa imagem do limbo da Lua ilustra os primeiros estágios de algo que estamos acostumados a ver e saber como acontece. Em primeiro plano podemos ver uma cratera mais jovem com 35 km de largura formada no anel de uma cratera maior e pré-existente como 65 km de largura. Ambas as crateras não tem nome, a maior está nas coordenadas 31.7ºS, 57.1ºE. Pelo fato de ter se formado no terreno a cratera mais jovem se inclinou em direção ao interior da mais velha. Imagine como isso seria se a lava fluísse pelo assoalho da cratera maior, como aconteceu na cratera Plato ou na Archimedes, ou na borda de uma bacia. O anel mais baixo e grande parte do interior da cratera seriam cobertos pela lava, deixando somente o anel à direita a mostra. Visto de cima nós não poderíamos notar a inclinação do anel, mas nessa visão oblíqua isso é mostrado de forma clara. Será que era assim que a Fracastorius, ou o Sinus Iridum, ou a metade da cratera ao redor do Straight Wall se pareciam antes da lava fluir por al