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Desenhando o universo

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A longa história de como a humanidade tentou explicar o espaço Como surgiu o Universo? Qual a origem e o destino dos planetas e estrelas ? O espaço é realmente infinito? Os homens sempre quebraram a cabeça para responder essas perguntas, refletindo, muitas vezes, as crenças filosóficas e religiosas de seu povo. Cada resposta trouxe uma legião de outras perguntas, que exigiram dos físicos exercícios de abstração ainda mais extremos. Os novos modelos do espaço parecem mais bizarros que aqueles feitos há milhares de anos. Veja aqui um resumo dessa história fascinante. Séculos 6 e 5 a.C. - Pré - Socráticos Os primeiros filósofos gregos elaboraram várias explicações para o cosmo. De acordo com Anaximandro, o Universo surgira da água e os seres humanos descendiam dos peixes; a Terra seria um disco achatado e flutuante, circundado por tubos furados de névoa luminosa, com um círculo de fogo por fora. Século 4 a.C. - Modelo geocêntrico Aperfeiçoando idéias d

Além da fronteira do Cosmos

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A ideia de que o Universo se expande a partir de um ponto central, embora intuitiva, está erradaOnde termina o Universo? A resposta depende de muitos fatores. Quando os cosmólogos afirmam que o Universo está em expansão, as pessoas imaginam uma espécie de explosão a partir de um ponto central, feito uma bomba. As galáxias que se afastam são como os detritos da bomba, voando pelo espaço. Embora seja intuitiva, essa imagem está errada. A expansão do Universo é uma expansão do próprio espaço, o qual, após a teoria da relatividade geral de Einstein, ganhou plasticidade: ele pode se expandir, contrair-se ou se dobrar como um balão de borracha. As galáxias -que, feito ilhas num oceano, são os marcos cósmicos de distância- são carregadas pela expansão do espaço. Se elas têm um movimento adicional, por exemplo, quando duas próximas se atraem gravitacionalmente, ele é superposto ao seu afastamento inexorável, causado pela expansão do espaço. Uma das consequências imediatas dessa expans

As Cores Vivas de uma Gaivota Cósmica

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Esta imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO mostra parte da maternidade estelar chamada Nebulosa da Gaivota. Esta nuvem de gás, conhecida como Sh 2-292, RCW 2 e Gum 1, parece formar a cabeça de uma gaivota e brilha intensamente devido à radiação muito energética emitida por uma estrela jovem muito quente que se encontra no seu centro. A imagem detalhada foi obtida pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros. Créditos: ESO Esta nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO mostra parte de uma maternidade estelar conhecida como a Nebulosa da Gaivota. Esta nuvem de gás, com o nome formal de Sharpless 2-292, parece formar a cabeça de uma gaivota e brilha intensamente devido à radiação muito energética emitida por uma estrela jovem muito quente que se situa no seu centro. A imagem detalhada foi obtida pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros. As nebulosas encontram-se entre os objetos visualme

A joia de ouro da astronomia

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Cientistas do Centro Goddard da Nasa vistoriam espelho do Telescópio Espacial James Webb (Foto: C.Gunn/Nasa)   CIENTISTAS DA NASA já começaram a desempacotar a encomenda que haviam feito à empresa Ball Aerospace, do Colorado: o magnífico espelho que será a peça crucial do Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble. Os primeiros dois segmentos hexagonais do espelho (de um total de 18) chegaram na semana passada ao Centro Goddard de Vôos Espaciais da Nasa, em Greenbelt, na periferia de Washington, onde o telescópio será montado. Após ter sofrido um dos estouros de orçamento mais drásticos da história da Nasa (de US$ 1,6 bilhão para 6,5 bilhões), o projeto foi salvo no Congresso dos EUA no ano passado. Os componentes principais do telescópio começaram a se materializar, finalmente, nos últimos meses. O brilho dourado reluzente do segmento do espelho na foto acima não é só aparência. Feito de berílio, um metal super leve e resistente, ele é polido com precisão nanomét

Hubble produz imagem detalhada do universo distante

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Cientistas usam supertelescópio para compor retrato de milhares de galáxias e objetos Para fazer a foto, o telescópio observou um pequeno pedaço do céu por mais de 500 horas.Nasa   Muito longe   Tal como o portfólio de um fotógrafo, reunindo as melhores fotos ao longo de sua carreira, astrônomos fizeram uma montagem compondo as imagens dos objetos celestes mais distantes já vistos pelo Telescópio Espacial Hubble. A equipe do Hubble já havia feito um trabalho semelhante, chamado Hubble Ultra Deep Field (visão de campo ultraprofundo) reunindo fotos coletadas entre 2003 e 2004 de uma região conhecida como constelação da Fornalha. Agora, o novo trabalho foi batizado de eXtreme Deep Field (XDF), onde o termo "extremo" é posto uma ordem de magnitude acima do "ultra". A imagem não é uma foto única, é uma combinação de fotos capturadas pelo Hubble ao longo dos últimos 10 anos, de uma pequena região no centro da região maior do trabalho original. Câmeras

Um Ônibus Espacial Sobre Los Angeles

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Crédito da imagem e direitos autorais: Stephen Confer Não é todo dia que um ônibus espacial pousa no famoso LAX. O aeroporto internacional de Los Angeles foi o último destino do ônibus Espacial Endeavour depois de completar um tour pelos céus da Califórnia e pousar no topo de um 747 modificado pela última vez. Durante seu último voo o ônibus espacial e os caças de escolta foram fotografados perto de alguns dos ícones da Califórnia como a Ponte Golden Gate em San Francisco, as placas de Hollywood, e o horizonte de Los Angeles. Anteriormente, em Maio, o ônibus espacial Enterprise foi registrado sobrevoando ícones da cidade de Nova York em sua jornada para o Intrepid Sea, Air & Space Museum. A foto acima mostra o ônibus espacial se aproximando na última semana do LAX enquanto cruzava sobre uma das ruas de Los Angeles. Agora aposentados, todos os ônibus espaciais são peças de museus, com o Endeavour planejado para ser rebocado pelas ruas de Los Angeles para que seja colocado

As ‘tragadas sombrias’ causaram colossais buracos negros galácticos?

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Um processo chamado de Dark Gulping (‘tragadas sombrias’ em tradução livre) pode responder um dos maiores mistérios da astronomia: como, quando o universo ainda estava em seus primeiros milhões de anos de idade, foram formados buracos negros gigantescos que ficam no centro das galáxias? A grande maioria das galáxias, talvez todas elas, possuem um forte centro gravitacional, um buraco negro supermassivo que teria o tamanho aproximado de nosso sistema solar. Este buraco negro é o que mantem todos os astros de uma galáxia unidos em forma aspiralada. Cientistas desenvolveram um modelo para estudar interações gravitacionais entre o halo invisível de matéria escura e cada galáxia. Essas interações fazem com que a matéria escura forme um centro compacto de massa, que pode ser gravitacionalmente instável, dependendo das propriedades da matéria escura. Se esse esquema for perturbado por algo, essa massa escura central entraria em colapso de forma muito rápida, e sem deixar um traço de

Onde estão as estrelas desta região do espaço?

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O que mais impressiona nessa região repleta de estrelas? Certamente é a falta delas. Mas esse misterioso espaço escuro que aparece no meio da região cheia de estrelas não está realmente vazio. Essa forma cósmica escura é a Nebulosa Pipe, também conhecida como Barnard 59. Ela está localizada a cerca de 600-700 anos-luz da Terra na direção da constelação de Ophiuchus (Serpentário). Pipe cria essa região negra no espaço porque é uma nebulosa escura. Essas nebulosas são espessas concentrações de gás e poeira visíveis quando obscurecem parte de uma nebulosa brilhante. A Nebulosa Pipe bloqueia a luz proveniente das estrelas de fundo localizadas próximo do centro da Via Láctea. Essa incrível imagem foi registrada pelo Wide Field Imager, instrumento acoplado ao telescópio MPG/ESO de 2.2 metros, localizado no Observatório de La Silla, no Chile. Fonte: Hypescience.com

Buracos negros tem forma de rosquinha

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Você não vai querer comer um, mas pode se reconfortar em saber que um buraco negro e o material ao seu redor têm o formato de uma rosquinha (ou um donut), não importando a massa do buraco negro. Os buracos negros não podem ser observados diretamente, pois tem uma atração gravitacional tão poderosa que absorvem a própria luz. Mas eles podem ser detectados através dos objetos que são afetados por este campo gravitacional, ou horizonte de eventos. Objetos que estão entrando no buraco negro emitem uma poderosa radiação, pois aceleram quase à velocidade da luz e se superaquecem. “Esse ambiente deveria ser muito bagunçado e complicado, mas toda a matéria que está fluindo para buracos negros tem a mesma aparência, não importando o quão massivo ele seja”, disse Barry McKernan, professor da Universidade Municipal de Nova York. Barry e seus colegas analisaram os dados de 245 núcleos de galáxias com seus colossais buracos negros no interior. Estes buracos negros se alimentam de gás que p

Há 20 anos, Nasa lançava sonda Mars Observer à órbita marciana

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A sonda foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a partir de sua órbita.Foto: Nasa/Divulgação No dia 25 de setembro de 1992, a Nasa pôs em prática uma ambiciosa missão. A sonda espacial Mars Observer foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a partir de sua órbita. Nas costas desse plano, havia um grande fardo a carregar, já que, 17 anos antes, a agência espacial americana enviou a Marte as duas naves do projeto Viking, o qual entrou para a história como a primeira missão a pousar de forma segura na superfície de outro planeta. O amplo sucesso desse projeto anterior contribuiu para a expectativa de que o êxito se repetisse. Em agosto de 1993, no entanto, três dias antes de ingressar na órbita de Marte, a comunicação com a sonda Mars Observer foi perdida. O que permaneceu, para os cientis

Chandra mostra que Via Láctea está rodeada por halo de gás quente

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Esta ilustração de artista mostra um enorme halo de gás quente (azul) em torno da Via Láctea. Também são visíveis, para baixo e para a esquerda da nossa Galáxia, as Nuvens de Magalhães. O halo gasoso está desenhado com um raio de aproximadamente 300.000 anos-luz, embora possa ser muito maior. Crédito: NASA/CXC/M. Weiss; NASA/CXC/Ohio State/A. Gupta et al. Astrónomos usaram o Observatório de Raios-X Chandra da NASA para desvendar evidências de que a Via Láctea está embebida num enorme halo de gás quente que se prolonga por centenas de milhares de anos-luz. A massa estimada do halo é comparável à massa de todas as estrelas na Galáxia. Se o tamanho e massa deste halo gasoso for confirmado, poderá ser também uma explicação para o que é conhecido como o problema do "barião desaparecido" da nossa Galáxia. Num estudo recente, uma equipa de cinco astrónomos usaram dados do Chandra, do observatório espacial XMM-Newton da ESA e do satélite japonês Suzaku para colocar limites

Quasares os devoradores do cosmo - Parte 2

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Corpos celestes encontrados nos confins do universo, os quasares emitem tanta radiação que tornam impossível a vida como a conhecemos À medida que vai sendo sugada pelo buraco negro relacionado ao quasar, a matéria se junta numa estrutura espiralada cuja temperatura chega a milhões de graus. Calcula-se que entre 65 mil e 100 mil quasares sejam visíveis atualmente, mas eles eram bem mais comuns há bilhões de anos. Para os astrônomos, estudar esses objetos significa não apenas investigar os extremos da matéria, mas também vislumbrar momentos essenciais da evolução do universo. Segundo a teoria mais aceita hoje em dia, quando as primeiras galáxias surgiram, buracos negros se formaram em seus núcleos. Um buraco negro é um objeto do qual praticamente nada (nem mesmo a luz) pode escapar, e seu tamanho aumenta à medida que ele vai devorando mais matéria. Por isso, ficar no centro da galáxia é perfeito para ele, pois sempre haverá abundância de “alimento” ali. Conforme a matéria