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O Universo Esburacado

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Nem a luz escapa de ser engolida pelos objetos mais misteriosos do Universo, cuja existência desafia a relatividade e a mecânica quântica. Logo que a relatividade geral de Einstein foi divulgada, em 1915 , vários físicos começaram a brincar com as equações, para ver que fenômenos estranhos poderiam ser previstos por essa nova teoria da gravitação. Um deles era o alemão Karl Schwarzchild, então servindo no Exército alemão na 1a Guerra Mundial (na qual morreria). Do front, ele fez cálculos que mostravam que, se uma quantidade suficientemente grande de massa fosse amontoada num espaço suficientemente pequeno, o resultado seria uma implosão completa – a matéria seria toda agrupada num ponto infinitamente quente e denso, denominado uma singularidade. Nos arredores, a força gravitacional se torna tão intensa que, a partir de uma determinada distância do ponto central, nada pode escapar – nem mesmo a luz. Essa é a descrição básica de um buraco negro. A solução apresentada p

Meteoros podem introduzir metano em atmosferas alienígenas

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Talvez o tópico mais interessante da astronomia ultimamente é a busca por vida alienígena. Enquanto não temos uma nave espacial que seja capaz de cruzar as vastidões interestelares em velocidades superaltas, o que nos resta é usar espectrógrafos e examinar as atmosferas alienígenas em busca de subprodutos da vida. Mesmo que não conheçamos a vida de outros planetas, conhecemos a química, e ela é a mesma em todo o universo. Por conta desta química, alguns gases têm vida bastante curta em qualquer atmosfera, e sua presença indica um processo que continua repondo as quantidades que são perdidas por degradação ou reação com outros gases. Nos dizeres do astrobiólogo David Grinspoon, estamos procurando o desequilíbrio. Dois gases que têm sido considerados a dica da presença de vida são o oxigênio e o metano. O oxigênio é extremamente reativo, e a presença de O2 em alguma atmosfera indica que há algum processo, provavelmente biológico, repondo o oxigênio perdido. Outro gás que também

13,2 bilhões de anos-luz: a foto mais distante que o Hubble consegue tirar

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Essa imagem mostra galáxias em sua juventude, emergindo da escuridão apenas metade de um bilhão de anos após o Big Bang. Esse ponto é o mais distante que o Telescópio Espacial Hubble é capaz de captar. Algumas das manchas de luz nesta exposição estão caminhando em direção a Terra por 13,2 bilhões de anos.  Galáxias mais distantes que essas não podem ser captadas pelo telescópio porque a sua luz é deslocada para comprimentos de onda infravermelhos que são invisíveis para o Hubble. Não sabemos ainda, conclusivamente, se o universo é infinito ou se terá um fim, mas sabemos que teve um começo: o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos. Nessa época, ele era tão pequeno e concentrado que nossa noção de padrão de espaço e tempo é distorcida. Como apenas uma quantidade finita de tempo passou desde esse suposto começo, algumas estrelas muito distantes não tiveram tempo suficiente para sua luz chegar até nós. Como a luz demora certo tempo para viajar pelo universo e chegar a seu destino,

Antigo fluxo é descoberto em Marte

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Crédito da imagem : NASA, JPL- Caltech, MSSS Uma nova evidência de um antigo fluxo foi descoberta em Marte. O rover Curiosity da NASA tem andado por feições superficiais incomuns que carregam fortes lembranças dos bancos de fluxos encontrados na Terra. Visível na imagem acima, por exemplo, está uma pequena escarpa saliente de rocha que muito provavelmente foi criada pela erosão de água que ocorreu abaixo dela. A textura da rocha se assemelha muito a conglomerados sedimentares, ou seja, a parte remanescente mais seca de muitas pequenas rochas que em algum momento da história geológica estiveram unidas. Abaixo da rocha podem-se observar numerosos e pequenos pedregulhos, possivelmente suavizados pela queda no próprio fluxo de corrente ou ao redor dele que em algum momento provavelmente fluiu nessa região. Os pedregulhos na camada de fluxo provavelmente caíram à medida que o banco foi erodido. Destacada com um círculo no canto superior direito está uma rocha maior possivelmente ta

Hubble retrata uma galáxia espiral empoeirada

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O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA tem nos presenteado com outra imagem espetacular de uma galáxia próxima. A imagem acima destaca a galáxia NGC 4183, vista aqui com um belo fundo composto de galáxias e estrelas. Localizada a aproximadamente 55 milhões de anos-luz de distância do Sol e se espalhando por aproximadamente 80000 anos-luz, a NGC 4183 é um pouco menor que a Via Láctea. Essa galáxia, que pertence ao Grupo de Galáxias da Ursa Major localiza-se na constelação do céu do norte conhecida como Canes Venatici, os Cães de Caça. A NGC 4183 é uma galáxia espiral com um núcleo apagado e uma estrutura de braços espirais abertos. Infelizmente, essa galáxia é vista de lado desde a Terra, e assim nós não podemos apreciar seus braços espirais em sua totalidade. Mas nós podemos apreciar seu disco galáctico. Os discos das galáxias são na sua maioria compostos de gás, poeira e estrelas. Existe uma evidência de poeira sobre o plano galáctico, visível c

Curiosity descobre que tempo em Marte é surpreendentemente quente

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Este é o primeiro panorama a 360º a cores obtido pelo rover Curiosity em Marte. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS O rover Curiosity da NASA está desfrutando de um tempo quentinho no Planeta Vermelho - e a Primavera ainda nem chegou ao seu local de aterragem. Segundo os cientistas, a estação meteorológica a bordo do Curiosity, apelidada de REMS (Remote Environment Monitoring Station), mediu as temperaturas do ar até um máximo de 6 graus Celsius durante a tarde marciana. E as temperaturas subiram acima de zero durante mais de metade dos dias marcianos, ou sols, desde que o REMS foi ligado. Estas medições são um pouco inesperadas, uma vez que o Inverno ainda está a chegar ao fim na Cratera Gale, o local 4,5º para Sul do equador marciano onde o Curiosity aterrou no dia 6 de Agosto. "O facto de estarmos a medir estas temperaturas quentes já durante o dia é uma surpresa e é muito interessante," afirma Felipe Gómez, do Centro de Astrobiologia em Madrid, num comunicado. O o

Você já brilhou nas estrelas!

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Cada pedacinho de seu corpo veio de uma estrela. É possível mesmo que tenham vindo de mais de uma estrela. Permitindo uma imagem poética, afirmo: Você já brilhou nas estrelas! A grande maioria dos átomos de nossos corpos teve origem em uma estrela. Antes do surgimento das primeiras estrelas o universo só havia conseguido “fabricar” elementos leves como o Hidrogênio (ainda hoje o elemento que existe disparadamente em maior quantidade no universo); Helio e talvez um pouquinho de Lítio. As primeiras estrelas que surgiram, assim como os primeiros possíveis “planetas” em seu entorno, eram formadas unicamente por esses elementos. Planetas no entorno de estrelas da primeira geração seriam planetas semelhantes aos nossos gigantes gasosos (Júpiter; Saturno; Urano e Netuno). Foi necessário que existissem estrelas para que elas durante suas existências e nos processos de suas “mortes” transformassem inicialmente Hidrogênio em átomos de Hélio e em seguida nos demais elementos da “tabela p

9 projetos milionários que pretendem desvendar os mistérios da energia escura

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A energia escura é um dos “cálices sagrados” da ciência desde a descoberta, em 1998, que a expansão do universo está acelerando.  Apesar dos investimentos na área, apenas recentemente foi confirmada a existência da energia escura, embora sua natureza ainda permaneça um mistério. Com a notável exceção dos projetos que estão em andamento no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), todos os projetos de investigação da energia escura envolvem observação cosmológica, e podem ser divididos em dois grandes grupos: as observações executadas em terra e as executadas no espaço.   A detecção da energia escura é feita a partir da busca pelos seus efeitos, ou seja, áreas onde há menos matéria são áreas onde a energia escura atua com mais força, e vice-versa. Mapeando a presença de matéria, mapeia-se também a energia escura, ou seus efeitos. Parte das observações tenta medir os “grumos” de matéria gerados pelas ondas de pressão que percorriam o universo quando ele era mais denso:

Aquecimento global pode ser combatido com nuvem de poeira de asteroide com 5 quatrilhões de Kg .

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Pesquisadores escoceses apresentaram uma ideia intrigante para combater o aquecimento global. O princípio seria retirar poeira de um asteroide para criar nuvens gigantescas que agiriam como filtros dos raios solares. A pesquisa é da Universidade de Strathclyde e a instituição acredita que um asteroide de tamanho médio poderia ser desviado para uma posição próxima à da Terra para que o processo seja realizado. Se o asteroide for mantido em órbita com a Terra, isso criaria um campo gravitacional favorável para manter as partículas de poeira próximas de nós, evitando assim que elas se dispersem e desapareçam no espaço. Esta ideia é a mais recente de um projeto ambicioso que visa alterar o clima do planeta, refletindo, desviando ou absorvendo a radiação solar. Um estudo realizado pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas para Mudanças do Clima afirma que as temperaturas irão subir entre 1,1 ºC e 6,4 ºC até o fim deste século. Russell Bewick, um dos chefes da pesquisa, declar

Brasil ajudará a construir observatório com 100 telescópios

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Os cientistas acreditam que os raios gama atestam a existência de um "Universo não-termal", onde outros mecanismos permitem a concentração de grandes quantidades de energia em um único quantum de radiação. [Imagem: CTA] Raios gama - Para entender de que modo corpos celestes - como remanescentes de supernovas, galáxias com núcleo ativo e quasares - emitem radiação gama, um grupo de 1.000 pesquisadores de 27 países vai construir o observatório Cherenkov Telescope Array (CTA). O experimento, que tem participação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP, contará com tecnologia de ponta, capaz de medir a radiação gama produzida durante os fenômenos astrofísicos. A radiação gama tem energias extremamente elevadas, mas tudo indica que ela não é gerada pela emissão termal dos corpos celestes.  Assim, os cientistas acreditam que os raios gama atestam a existência de um "Universo não-termal", onde outros mecanismos permitem a concentração de grandes qu

Energia escura pode simular a forma do universo

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Nós vivemos em uma época especial. Nas últimas duas décadas, cientistas vêm trabalhado sob a suposição de que sabem tudo sobre o universo. Eles sabem que a quantia da matéria e a energia que contém. Sabem que a forma é plana, e podem traçar a história dos primeiros momentos depois do big bang, e podem ainda prever o destino. Ou pelo menos, pensavam que podiam. E por que tanta confiança? Quantidades raras da radiação deixadas pelo big bang orientaram os cientistas a acreditar que poderiam trabalhar com a curvatura do universo dentro de alguns por centos. Eles determinaram quanta energia o universo contém, e existe uma forma exótica chamada energia escura, que dirige a expansão do espaço. Porém, descobertas recentes surpreendem os cientistas, mostrando que estas alegações podem ser prematuras. Como eles aprenderam mais sobre a energia escura e seu efeito na expansão do espaço e tempo, descobriram que a energia escura e a forma ou geometria do universo são entrelaçadas. Alterando o

Energia escura é observada nos colossos do universo

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Cientistas encontraram mais evidências intrigantes da existência de energia escura, um dos fenômenos mais confusos da natureza. Cerca de 74% do universo é feito de energia escura , enquanto a matéria escura, uma misteriosa forma de matéria que os cientistas podem apenas detectar observando sua força gravitacional atuando sobre objetos, forma cerca de 22%. Sobram apenas 4% do universo composto por coisas que podemos ver e tocar; os prótons elétrons e nêutrons normais chamados de matéria bariônica. Os cientistas ainda não sabem o que é a energia escura, mas eles observam que seu puxão causa a aceleração da expansão do universo. Agora eles conseguiram ver esta força misteriosa atuando em algumas das maiores estruturas conhecidas pelo homem: os super-agrupamentos de galáxias e os super-vazios intergalácticos. Super-agrupamentos são áreas do espaço particularmente lotadas, cada uma com muitas galáxias espremidas em uma região de apenas 500 milhões de anos-luz, enquanto os super

Estudo descobre estrutura de jatos de buraco negro

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Simulações mostram jatos do buraco negro supermassivo do centro da galáxia M87. As imagens mostram modelos para três frequências diferentes - de 0,5 a 0,99 vezes o limite teórico para a velocidade de rotação de um buraco negro.Foto: Avery E. Broderick/University of Waterloo/Perimeter Institute/Divulgação   Um estudo que envolveu instituições de diversos países (dos Estados Unidos a Taiwan) conseguiu observar pela primeira vez a estrutura de jatos que são emitidos por um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia. Segundo os pesquisadores, as observações indicam que esses buracos negros estão girando e a matéria que cai dentro deles gira no mesmo sentido. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira na Science, da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês). Acredita-se que esses jatos são emitidos devido à queda de matéria nos buracos negros através de um disco de acreção. Eles se estendem por milhares de anos-luz e podem ter grande influênci

Cometa poderá brilhar tanto quanto a Lua Cheia em 2013

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Em 2011, cometa Lovejoy foi um espetáculo para os astrônomos.Foto: ESO/Divulgação Os astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok descobriram um cometa que passará próximo à Terra em 2013 e pode ser um dos mais brilhantes já observados - possivelmente 1 mil vezes mais brilhante que Vênus e quase tanto quando a Lua Cheia. As informações são do site da TV CBC. Os russos encontraram o objeto, que está antes da órbita de Júpiter, na semana passada. No final de novembro do ano que vem ele passará a cerca de 1,1 milhão de km da superfície visível do Sol, o que pode significar o fim para o cometa. Os astrônomos acreditam que ele será facilmente visto durante meses no hemisfério norte, enquanto se aproxima da nossa estrela. Na parte debaixo do Equador, a visão fica mais complicada - somente parte da cauda poderá ser vista em algumas regiões. Malcolm Hartley, do Observatório Astronômico do Austrália, conta ao site que não dá para ter certeza de como vai ser o cometa. "Pode s

Curiosity acha resquícios de possível rio em Marte

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Segundo a Nasa, esta rocha é na verdade formada por pequenos fragmentos fundidos Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS/Divulgação A sonda Curiosity , da Nasa, encontrou indícios de que o local do seu pouso em Marte já esteve cheio de água, elemento considerado crucial para a possibilidade de ter havido vida no planeta, disseram cientistas nesta quinta-feira. As informações são das agência Reuters e AFP. A Curiosity, um laboratório móvel completo, do tamanho de um carro pequeno, pousou em 6 de agosto dentro de uma depressão próxima ao equador marciano. Análises de uma lasca de pedra encontrada nos arredores indicam que ali já houve uma corredeira. Imagens enviadas pela sonda e divulgadas nesta quinta-feira mostram pedras arredondadas incrustadas na rocha. Rebecca Williams, cientista ligada ao projeto, disse que essas pedras são grandes demais para terem sido transportadas pelo vento. "O consenso da equipe científica é que são seixos transportados pela água em um riacho vigoroso

. . . e assim surgiu nosso planeta!

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Nada é eterno!   Temos fortes razões para acreditarmos que o próprio Universo (matéria tempo espaço) teve um início e deverá ter um fim. Hoje acreditamos que o início do Universo se deu há aproximadamente 13,7 bilhões de anos e o Sistema Solar se formou há aproximadamente 5 bilhões de anos. O Sol é uma estrela como outra qualquer. Só na nossa galáxia (agrupamento de estrelas com seus respectivos sistemas planetários; gases e poeira do qual fazemos parte) acreditamos que existam entre 200 e 250 bilhões de estrelas. As estrelas, e seus sistemas planetários, têm pelo menos uma característica em comum com os seres vivos: elas 'nascem', 'vivem' e 'morrem'. As estrelas se formam a partir da contração de imensas nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias, entre as estrelas (3/4 da massa de uma galáxia está na forma de gás e poeira). Uma nuvem interestelar se mantêm em equilibrio durante bilhões de anos. Por um lado, a atração gravitacional de cada partí

Universo assassino

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Explosões estelares. Asteróides gigantes devastando planetas. Conheça alguns dos perigos que ameaçam a Terra em sua viagem pela Via Láctea Quem gosta de relaxar sob a abóbada de uma bela noite estrelada não faz idéia dos fenômenos selvagens e brutais que ocorrem o tempo todo no céu. Só a distância imensa que separa a Terra das áreas mais turbulentas do Cosmo nos protege de entrar de cabeça nesta verdadeira roleta russa sideral em que astros nascem e morrem a cada minuto, de modo violento. E, mesmo assim, protege apenas em parte. Em 1998, por exemplo, a atmosfera terrestre foi chamuscada pela explosão de uma estrela situada a 200 quatrilhões de quilômetros – distância um bilhão de vezes maior do que a que nos separa do Sol. “O efeito do bombardeio não foi grande”, diz o engenheiro eletrônico americano Umran Inam, da Universidade Stanford, na Califórnia. “A luz da detonação apenas eletrificou o ar e, com isso, bloqueou as transmissões de rádio durante alguns minutos.” Certo, foi s