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O incrível bailado de um telescópio espacial

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Este movimento do telescópio ao redor da Terra foi cuidadosamente planejado. [Imagem: NASA/DOE/Fermi LAT Collaboration] Bailado espacial O espirógrafo é um brinquedo que permite que crianças tracem curvas matemáticas muito complicadas, mas encantadoras. Cientistas da NASA deram-se conta de que o caro e moderníssimo telescópio de raios gama Fermi parece brincar nos céus, conforme ele circunda a Terra a cada 95 minutos. Esta imagem compreende oito quadros individuais, de um filme mostrando 51 meses da posição do Fermi no espaço. Os traços geométricos mostram os movimentos do telescópio, incluindo sua órbita em torno da Terra, a precessão de seu plano orbital, a forma como ele passa pelo sul e pelo norte em órbitas alternadas, e muitas outras variáveis. Este movimento está longe de ser aleatório . A órbita do telescópio Fermi foi determinada para que ele pudesse varrer os céus inteiros a cada três horas, capturando explosões de raios gama - a forma mais energética d

Descoberto sistema estelar mais próximo desde 1916

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WISE J104915.57-531906 está no centro da imagem maior, que foi obtida pelo satélite WISE. Aparecia como um único objecto, mas uma imagem mais nítida obtida pelo Observatório Gemini revelou que era um sistema binário. Crédito: NASA/JPL/Observatório Gemini/AURA/NSF De acordo com um artigo que será publicado na revista Astrophysical Journal Letters, um par de estrelas recém-descobertas é o terceiro sistema estelar mais próximo do Sol. A dupla é o sistema mais próximo descoberto desde 1916. A descoberta foi feita por Kevin Luhman, professor de Astronomia e Astrofísica da Universidade Penn State e investigador do Centro para Exoplanetas e Mundos Habitáveis da mesma instituição. Ambas as estrelas no novo sistema binário são "anãs castanhas", que são estrelas demasiado pequenas em massa para se tornarem quentes o suficiente para despoletar a fusão do hidrogénio. Como resultado, são muito frias e ténues, mais parecidas com um planeta gigante como Júpiter do que uma estrela b

6 Perguntas Muito Intrigantes sobre o Universo

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Como se formaram as galáxias? Esse tem sido uma das áreas mais estudadas pela astrofísica, e a teoria mais aceita para explicar a origem dessas galáxias é que elas surgiram nos primórdios do universo, quando este era um caótico mar de partículas subatômicas. Mas o mais difícil de explicar é porque elas se juntaram para formar os corpos celestes, já que a expansão do universo forçava a matéria a se espalhar, afastando as partículas uma das outras. Uma das teorias para explicar isso é que em algumas regiões do universo havia mais partículas do que o normal, onde a atração gravitacional venceu a expansão cósmica, forçando as partículas a se juntarem. Se todas as galáxias se afastam da Terra, estamos no centro do universo? Nunca. Isso porque o universo não possui um centro. Imagine o universo com uma bexiga que está sendo enchida com ar com vários pontos em caneta que representam as galáxias. À medida que ela se expande, os pontos vão se afastando entre si, e se você se colo

8 Astrônomos que você deveria conhecer melhor

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Astrônomos que marcaram a historia da astronomia   George E. Hale: 1868-1938 Fundador de três importantes observatórios, Hale é considerado o primeiro astrofísico da história. Formado pelo MIT, em Harvard, passou grande parte da vida como professor, montando um laboratório sobre estudos do Sol em Pasadena, na Califórnia. Hale precisou ser afastado de seu cargo de diretor de um de seus observatórios, por ter alucinações no fim de sua vida.   Karl Schwarzchild: 1873-1916 Este astrônomo alemão é reconhecido por dois grandes serviços que prestou à ciência; além de ter esmiuçado a Teoria da Relatividade Geral de Einstein, também foi o primeiro astrônomo a estudar e publicar artigos sobre a existência de buracos negros no espaço.   Edwin Hubble: 1889-1953 O astrônomo que dá nome ao telescópio mais famoso do mundo foi um grande pesquisador da distância entre objetos espaciais. Foi Hubble quem descobriu a medida entre a Terra e a nebulosa de Andrômeda e publicou importan

Teria a Via Láctea engolido outras galáxias?

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Uma descoberta recente pode alterar a história da Via Láctea: um estudo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (“Notícias Mensais da Real Sociedade Astronômica”) afirma que nossa galáxia absorveu uma galáxia satélite menor 10 milhões de anos atrás, em um evento que teria culminado com o encontro dos buracos negros centrais das galáxias. A colisão teria sido tão forte que teria arremessado um grupo de estrelas antigas para fora do núcleo a hipervelocidades. Bolhas de Fermi As astrônomas Kelly Holley-Bockelmann , da Universidade Vanderbilt (na cidade de Nashville, Tenesse, EUA), e Tamara Bogdanović , do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Atlanta, EUA), chegaram a esta teoria a partir da observação das assim chamadas Bolhas de Fermi , duas bolhas gigantescas e difusas de raios-gama que estão emergindo do centro da galáxia, acima e abaixo do plano galáctico. Atualmente, elas têm 25.000 anos-luz de comprimento. Acredita-se que o raio-gama que emitem seja

Cientistas descobrem que a “ligação paramagnética” pode existir no espaço

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Você não precisa ser “expert” em química para saber que existem, basicamente, dois tipos de ligações: a iônica e a covalente. Na iônica, a atração eletrostática faz com que íons de carga oposta se juntem e covalente, os elétrons são compartilhados entre os átomos. Mas os cientistas da Universidade de Oslo, Noruega, descobriram outra forma de união entre os átomos. A “ligação paramagnética”, que só pode acontecer nas proximidades de estrelas de nêutrons (corpos celestes supermassivos, com alta gravidade e com período de rotação rápido) ou anãs brancas (produto final da evolução da vida de uma estrela). A descoberta aconteceu acidentalmente quando o professor Trygve Helgak e sua equipe estavam utilizando um computador para simular o comportamento de moléculas de hidrogênio em um campo magnético forte. Eles queriam saber o que acontecia quando os átomos eram submetidos a 105 Teslas, 10.000 vezes mais fortes que qualquer campo magnético artificial já feito na Terra. A eq

Será que esta estrela é mais velha que o próprio universo?

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Há décadas cientistas tentam calcular com precisão a idade da HD 140283 (mais conhecida como “Estrela Matusalém”): estimativas feitas no início dos anos 2000 sugerem que ela teria 16 bilhões de anos – mais do que a idade estimada do universo (13,8 bilhões de anos). Recentemente, porém, novas observações deram base para estimativas mais precisas. Graças ao Telescópio Hubble, da NASA, descobriu-se que a Estrela Matusalém fica a 190,1 anos-luz da Terra – um dado cinco vezes mais preciso do que o anterior, obtido pelo satélite Hipparcos, da Agência Espacial Europeia. Com essa informação em mãos, é possível medir o brilho da estrela e, assim, deduzir diversas de suas propriedades (inclusive sua idade).   De acordo com teorias atualmente aceitas, é possível estimar a idade de uma estrela com base em seu índice de combustão e a quantidade de determinados elementos químicos presentes. “Junte todos esses ingredientes e você terá uma idade de 14,5 bilhões de anos, com uma incerteza resi

As Mudanças na Remanescente de Supernova Cas A Observadas pelo Hubble

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O painel acima é composto de 8 imagens separadas feitas com a Advanced Camera for Surveys (ACS) do Telescópio Espacial Hubble, e mostra a remanescente de supernova Cas A como um anel quebrado de brilhante material ejetado estelar aglomerado e filamentar. Esses enormes filamentos de detritos brilham com o calor gerado pela passagem da onda de choque de uma explosão de supernova. As várias cores do gás indicam as diferenças na composição química. Os filamentos verdes brilhantes são ricos em oxigênio, os filamentos vermelhos e roxos, ricos em enxofre e os filamentos azulados são compostos na sua maior parte de hidrogênio e nitrogênio. Uma supernova como essa que resultou na remanescente Cas A é o desfecho explosivo de uma estrela massiva que colapsou sob o seu próprio peso devido à sua gravidade. A estrela colapsada então sopra, ou expele suas camadas externas para o espaço em uma explosão que brevemente faz com que uma única estrela tenha o brilho de uma galáxia inteira.    A Ca

Para astronautas, maior desafio não é ir ao espaço, mas voltar

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Não demorou para eu descobrir que o desafio para mim não era ser um operador indo à Lua. Era voltar e ser uma pessoa aqui na Terra, diz Buzz Aldrin Foto: Nasa / Divulgação     Poucos seres humanos têm a possibilidade de deixar a Terra. A viagem ao espaço, seja para uma volta na Lua ou vivência na Estação Espacial Internacional, é o ápice da carreira dos astronautas. Alguns dedicam a vida inteira a esse objetivo. Mas muitos dos que realizam esse sonho descobrem que o retorno à Terra pode ser tão difícil quanto a partida. Em entrevista coletiva em 2009, no Rio de Janeiro, Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua, revelou: “Não demorou para eu descobrir que o desafio para mim não era ser um operador indo à Lua. Era voltar e ser uma pessoa aqui na Terra”. Quarenta anos antes, no dia 20 de julho de 1969, Aldrin desceu as escadas do módulo lunar e declarou: “Linda, linda. Desolação magnífica”. A frase inspirou o título de sua última autobiografia, “Desolação magnífica: a longa j

NGC 281: Aglomerados, Nuvens e Glóbulos

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Créditos:NASA A NGC 281 é um local repleto de formação de estrelas. Entre as suas feições mais proeminentes, podemos destacar, um pequeno aglomerado aberto de estrelas, uma nebulosa de emissão difusa com um forte brilho vermelho, grandes linhas de gás e poeira e densos nós de poeira e gás onde as estrelas podem ainda estar se formando. O aglomerado aberto de estrelas IC 1590 visível ao redor do centro se formou nos últimos poucos milhões de anos atrás, algo recente em termos cosmológicos. O membro mais brilhante desse aglomerado é na verdade um sistema múltiplo de estrelas com uma luz brilhante que ajuda a ionizar o gás da nebulosa, gerando o seu brilho avermelhado que pde ser visto espalhado por toda a imagem. Particularmente em destaque na imagem acima são os glóbulos escuros que podem ser vistos graças ao fato de terem suas silhuetas destacadas contra o fundo brilhante da nebulosa. As estrelas estão certamente se formando nesses glóbulos nesse instante. O sistema da NGC 281

A morte do Sol

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Daqui a 7,5 bilhões de anos o Sol vai se apagar. Mas, antes disso, vai crescer, brilhar muito mais e quase derreter o sistema solar . Ano 1 500 001 997 d.C . Um Sol gigantesco se levanta sobre o horizonte leste da Terra. Se você pudesse acordar nessa manhã, daqui a 1,5 bilhão de anos, não encontraria nada do mundo que conhece hoje. Nossa estrela está 10% mais brilhante e parece ocupar um pedaço enorme do céu, que por sinal não é mais azul. A atmosfera, opaca, úmida e abafada, é dominada por uma luz cor-de-laranja e amarela. Sobre o solo árido não há água, nenhuma planta ou animal. Enorme, brilhante e abrasador, o Sol está começando a morrer. E os primeiros sintomas da sua longa agonia já eliminaram a vida da Terra. Essa é a previsão da equipe de astrônomos liderada por Juliana Sackmann, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Como todas as estrelas, o Sol brilha porque tem massa demais.  Os átomos de hidrogênio do seu núcleo não suportam o peso sobre eles e se fun

Sonda espacial tentará desviar asteroide duplo

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O módulo AIM ficará assistindo à distância, enquanto o projétil DART atinge o irmão menor do asteroide binário Dídimo. [Imagem: ESA/AOES Medialab]   Asteroide Dídimo A Agência Espacial Europeia (ESA) está se preparando para lançar uma sonda espacial cujo objetivo é tentar desviar a trajetória de um asteroide. A recente passagem do meteoro na Rússia, gerando destruição e causando ferimentos em centenas de pessoas, apressou vários estudos para o desenvolvimento de capacidades para tentar desviar esses objetos celestes. A ESA já vinha trabalhando com parceiros internacionais no desenvolvimento da missão, chamada AIDA - Asteroid Impact and Deflection Assessment (avaliação do impacto e deflexão de um asteroide, em tradução livre). E o grupo acaba de definir o alvo da missão: será um asteroide duplo chamado Didymos , ou Dídimo (gêmeo). O Dídimo é um binário, com dois asteroides girando um em torno do outro - o asteroide primário tem cerca de 800 metros de diâmetro, enquant