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Flashes revelam o momento do nascimento de um buraco negro

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Há evidências de que a explosão desta estrela, W49B, deixou para trás um buraco negro Você provavelmente sabe como, a princípio, um buraco negro se forma (uma estrela extremamente massiva entra em colapso e explode, podendo se tornar um buraco negro ou uma estrela de nêutrons), mas já se perguntou se esse fenômeno é visível? Afinal, nem a luz escapa de um buraco negro. De acordo com a pesquisadora Elizabeth Lovegrove, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (EUA), os tradicionais modelos de estrelas gigantes que morrem não produzem explosões de supernovas. “Algumas estrelas são mais difíceis de explodir do que outras”, explica. Com base em estudos anteriores – que sugerem que, ao invés de explodir, estrelas que geram buracos negros implodem –, Lovegrove e outro pesquisador focaram em emissões de neutrinos para ver se é possível detectar o surgimento de um buraco negro. Em artigo publicado no periódico Astrophysics, eles explicaram que, quando uma estrela massiva implode, seu

Céu foi inundado com raios gama

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Galáxias ativas e os buracos negros supermassivos que acolhem permanecem misteriosas para os físicos   Nesse momento, os céus estão sendo inundados com a mais brilhante emissão de raios gama já vista por astrônomos. Os raios gama são a fonte de luz de maior energia do universo. Essa emissão superbrilhante vem de Markarian 421, um blazar que abriga um buraco negro supermassivo. Blazar é um corpo celeste que apresenta uma fonte de energia muito compacta e altamente variável associada a um buraco negro supermassivo do centro de uma galáxia ativa. O buraco negro supermassivo dos blazares espirra grandes quantidades de luz em todo o espectro eletromagnético conforme se alimenta de matéria circundante. Por pura coincidência, um programa para estudar Markarian 421 tinha apenas começado, por isso dezenas de telescópios do mundo o estavam observando quando ele emitiu os raios gama. Galáxias ativas emitem jatos de luz até trilhões de vezes mais energéticos do que a luz que somos

Estrela com disco de detritos e planetas

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© ESA (disco de detritos ao redor de estrela)   O observatório espacial Herschel da ESA forneceu a primeira imagem de um cinturão de poeira, produzido pela colisão de cometas ou asteroides, orbitando uma estrela subgigante conhecida por abrigar um sistema planetário. Após bilhões de anos queimando constantemente hidrogênio em seu núcleo, estrelas como o nosso Sol exaurem sua reserva de combustível central e começam a queimar em conchas ao redor do núcleo. Elas então se tornam estrelas subgigantes antes de mais tarde se tornarem gigantes vermelhas. No mínimo, durante a fase de subgigante, planetas, cometas e cinturões de asteroides ao redor dessas estrelas aposentadas podem sobreviverem, mas as observações são necessárias para medir suas propriedades. Uma abordagem é pesquisar por discos de poeira ao redor das estrelas, gerados pelas colisões entre as populações de asteroides ou cometas.   Graças às capacidades de detecção sensíveis ao infravermelho distante do observatório

As misteriosas estrelas primordiais

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As estrelas da População III foram as primeiras a surgir no universo, e até hoje representam um grande mistério para a cosmologia. Isso porque nenhuma delas foi vista por nenhum telescópio, e não sabemos, por exemplo, se essas estrelas surgiram antes ou depois das primeiras galáxias. Nesse artigo, vamos explicar o pouco que os cientistas sabem sobre essas estrelas, cujo estudo é muito importante para modelar a evolução do universo.Essas estrelas surgiram através de nuvens de hidrogênio e hélio, sem nenhum elemento metálico. Por conter somente esses dois elementos, essas estrelas podem ser consideradas únicas no universo. Após o colapso dessas estrelas, uma quantidade muito grande de novos elementos foram lançadas no espaço, através de reações químicas e físicas. As nuvens de gás e poeira que se formaram a partir do colapso dessas estrelas deram origem à uma nova classe de estrelas, as da População II. Além de serem muito mais quentes do que qualquer estrela no universo

ESA descobre galáxia que produz estrelas "rápido demais"

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 © ESA (galáxia HFLS3 em vários comprimentos de onda) O Observatório Espacial Herschel da ESA descobriu uma galáxia extremamente distante gerando novas estrelas mais de 200 vezes mais rapidamente do que a nossa Via Láctea. Observada no momento em que o universo tinha menos de um bilhão de anos de vida, sua mera existência já desafia as nossas teorias sobre a evolução das galáxias. A galáxia, conhecida como HFLS3, aparece como uma pequena e apagada fumaça avermelhada nas imagens feitas com o Herschel Multi-tiered Extragalactic Survey (HerMES). Ainda que a aparência possa enganar, essa pequena região esfumaçada é na verdade uma fábrica de estrelas, que está transformando furiosamente o gás e a poeira em novas estrelas. A nossa própria Via Láctea gera estrelas numa taxa equivalente a uma massa solar por ano, mas a HFLS3, está gerando essas novas estrelas mais de 2000 vezes mais rápida. Essa é uma das mais elevadas taxas de formação de estrelas já observada em uma ga

Big Rip: confira uma das mais assustadoras teorias sobre o fim do mundo

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O universo pode se rasgar, deixando até mesmo os átomos em pedaços! Enquanto alguns cientistas acreditam que o universo terminará em um novo Big Bang, outros acham que o cosmos apenas sucumbirá com o passar do tempo. Agora, a teoria do Big Rip está fazendo com que físicos quebrem a cabeça com a possibilidade de que o universo comece a se rasgar em pedaços.   Como isso pode acontecer?   Grande parte dos especialistas acredita que a quantidade de matéria no universo fará com que a expansão dele desacelere – ou que o cosmos se contraia novamente a um só ponto, o que causaria o suposto novo Big Bang. Mas, se existir energia escura (forma hipotética de energia distribuída pelo espaço) o suficiente no universo, ele poderia continuar expandindo eternamente, ocasionando o Big Rip. O que seria bastante provável, já que os cientistas acreditam que a energia escura compõe cerca de 70% do universo. De acordo com a teoria, a taxa de expansão do universo deve aumentar com o tempo. É

Nasa terá missão para detalhar exoplanetas próximos

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Programada para lançamento em 2017 a missão visa planetas orbitando estrelas próximas A missão Kepler da Nasa foi um sucesso total. Descobriu milhares de prováveis exoplanetas – mundos que orbitam outras estrelas – e mais de 100 deles já foram examinados e confirmados. Muitos desses planetas estão entre os menores e mais parecidos com a Terra conhecidos: dos 25 exoplanetas de menor diâmetro descobertos até o momento, só um não foi encontrado pelo Kepler. Só existe um problema com o trabalho imensamente produtivo do Kepler: os planetas estão a centenas ou até milhares de anos-luz da Terra, frequentemente muito distantes para serem investigados com detalhes. O TESS, Transiting Exoplanet Survey Satellite [NT: Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito, em tradução literal], que a Nasa aprovou em 5 de abril para ser lançado em 2017, varrerá um trecho muito maior do céu que seu predecessor para descobrir novos exoplanetas próximos que cientistas poderão analisar com

Telescópio que usa detectores em tanques d'água produz 1ª imagem

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O telescópio, localizado a 4,1 mil metros de altitude em um parque nacional na cidade de Puebla, é atualmente composto por 30 detectores Foto: BBCBrasil.com   Astrônomos divulgaram nos Estados Unidos a primeira imagem feita pelo telescópio HAWC (High-Altitude Water Cherekov Observatory, ou Observatório Cherekov de Raios Gama, como é conhecido no Brasil). Sediado no México, o equipamento detém o recorde de captura de luz com a mais alta energia e funciona com detectores instalados no fundo de tanques d'água. A imagem da sombra deixada pela Lua, bloqueando luz e partículas, foi revelada em um congresso da Sociedade Americana de Física. O telescópio, localizado a 4,1 mil metros de altitude em um parque nacional na cidade de Puebla, é atualmente composto por 30 detectores, que devem ser ampliados para 300 no ano que vem. Cada um deles está instalado no fundo de tanques de 4 metros de altura e 7,3 metros de diâmetro preenchidos com água pura, mas eles não capturam os raios cós

ALMA localiza galáxias primordiais de forma rápida e precisa

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Uma equipe de astrónomos utilizou o novo telescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para determinar a localização de mais de 100 galáxias com formação estelar intensa no Universo primordial. Esta imagem mostra detalhadamente uma seleção destas galáxias. As observações ALMA, nos comprimentos de onda do submilímetro, estão a laranja/vermelho e encontram-se sobrepostas a uma imagem infravermelha da região, obtida pela câmara IRAC a bordo do Telescópio Espacial Spitzer. Créditos: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), J. Hodge et al., A. Weiss et al., NASA Spitzer Science Center   O ALMA é tão potente que, em apenas algumas horas, fez tantas observações destas galáxias como as que tinham sido feitas por todos os telescópios semelhantes de todo o mundo ao longo de mais de uma década. Os episódios de formação estelar mais intensos no Universo primordial tiveram lugar em galáxias distantes que continham uma enorme quantidade de poeira cósmica. Estas galáxias são a chav

A estrela mais distante já observada?

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Embora invisível em comprimentos de onda ópticos, a cauda recheada de estrelas de IC 3418 aparece brilhante nesta composição que combina dados do observatório GALEX (Galaxy Evolution Explorer) da NASA (ultravioleta distante em tons de azul-escuro, perto do ultravioleta em tons de azul claro) e do SDSS (Sloan Digital Sky Survey), no visível em tons verde e vermelho.Crédito: NASA/JPL-Caltech/SDSS Quão distante está a estrela mais longínqua que conseguimos observar? Youichi Ohyama (Academia Sinica, Taiwan) e Ananda Hota (Centro UM-DAE para Excelência nas Ciências Básicas, Índia) podem ter uma resposta. Usando observações ópticas e ultravioletas de vários instrumentos, a dupla identificou o que pode ser a estrela mais distante já observada espectroscopicamente - a uns vertiginosos 55 milhões de anos-luz de distância. O objecto é uma fonte compacta ilustrativamente chamada SDSS J122952.66+112227.8, uma bolha brilhante e azulada na cauda gasosa e grumosa da galáxia IC 3418, co