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O Sol está mesmo onde parece?

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As longas distâncias fazem com que a luz das estrelas nos chegue "atrasada” Imagine um grupo de amigos assistindo ao pôr-do-sol. O Sol encosta na linha do horizonte e alguém pergunta: "Onde está o Sol, neste exato momento?" À primeira vista, qualquer criança poderia responder, apenas apontando o dedo: "Está lá, é claro!" Mas nem tudo é assim tão claro. Algumas simples continhas mostram que, no momento em que o Sol parece pronto para "apagar-se" no horizonte, na verdade ele não está mais lá - já desceu cerca de 2 graus em relação à linha do horizonte. Vejamos: se a luz viaja a 300 000 quilômetros por segundo e o Sol está a 150 milhões de quilômetros, um raio de luz solar leva 8,3 minutos para chegar até nós. No seu movimento de rotação, a Terra precisa de 24 horas (1440 minutos) para dar uma volta completa em si mesma, ou seja, para percorrer todos os 360 graus de uma circunferência. Portanto, nos 8,3 minutos em que a luz viaja do Sol à Terra, o

vdB 24 Uma Nebulosa de Reflexão em Perseus

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Crédito da imagem : T.A. Rector (University of Alaska Anchorage ) e H. Schweiker ( WIYN e NOAO / AURA / NSF )   A vdB 24 , é uma apagada e azulada nebulosa de reflexão que localiza-se a aproximadamente 1140 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Perseus, na mesma região galáctica da Nebulosa da Califórnia (Sh2-220). A Nebulosa é listada com o número 24 no Catálogo de Nebulosas de Reflexão de van den Bergh que contém 159 nebulosas de reflexão. O catálogo foi originalmente publicado em 1966 por Sidney van den Bergh. As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que são iluminadas pela luz refletida pelas estrelas próximas. Nesse caso, a nebulosa de reflexão é iluminada pela estrela variável XY Persei, ou XY Per, para simplificar, que é a estrela mais brilhante um pouco abaixo da vdB 24, perto do centro da imagem acima. A XY Persei é na verdade uma estrela binária. Sua principal componente tem uma idade aproximada de 2.5 milhões de anos, é extremamente jovem e

Uma região de formação estelar anárquica

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A imagem exibe a formação estrelar na nebulosa NGC 6559, um berçário de novas estrelas localizado a 5 mil anos-luz da Terra A região de formação estelar NGC 6559Créditos:ESO   O telescópio dinamarquês de 1,54 metros, situado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, capturou uma imagem surpreendente da NGC 6559, um objeto que demonstra bem a anarquia que reina quando estrelas se formam no seio de uma nuvem interestelar. A NGC 6559 é uma nuvem de gás e poeira situada a uma distância de cerca de 5000 anos-luz da Terra, na constelação do Sagitário. Esta região brilhante é relativamente pequena, apenas com alguns anos-luz de dimensão, contrastando com os mais de cem anos-luz que é o tamanho da sua vizinha mais famosa, a Nebulosa da Lagoa (Messier 8). Embora seja muitas vezes negligenciada a favor da sua distinta companheira, é a NGC 6559 que desempenha o papel principal nesta nova imagem. O gás presente nas nuvens da NGC 6559, principalmente hidrogénio, é a matéria

7 Perguntas que tiram o sono dos físicos

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Em um auditório lotado no Perimeter Institute, em Waterloo, Canadá, um grupo de físicos foi convidado a responder a uma única pergunta: o que os mantém acordado de noite? A discussão fazia parte do Quantum to Cosmos, um grande e sofisticado festival de física com duração de 10 dias. Enquanto a maioria afirmou dormir profundamente, emergiram sete chaves para grandes enigmas que surgiram durante a sessão:   1. Por que este universo? Em sua busca pelas leis fundamentais da natureza, os físicos têm trabalhado essencialmente sob um paradigma de longa data: demonstrar por que o universo deve ser como o vemos. Mas se outras leis podem ser cogitadas, por que não pode existir um universo em algum outro lugar? “Talvez nós não encontremos outra alternativa que não seja o universo que nós conhecemos”, disse Sean Carroll de Caltech. “Mas eu suspeito que isto não esteja certo”. Carroll acha fácil imaginar que a natureza permite tipos diferentes de universos com leis diferentes. “Logo, e

Quantas galáxias há no universo?

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Crédito da imagem: 2P2 Team, WFI , MPG / ESO de 2.2 m Telescope, La Silla, ESO.   Nosso universo começou pequeno para a ciência: nós só podíamos ver as estrelas próximas, e uma ou outra supernova. Mais adiante, conseguimos ver nebulosas, e descobrimos as galáxias. Mas a visão direta das galáxias no universo estava bloqueada para nós: a poeira da nossa galáxia nos atrapalhava. Mesmo as estrelas próximas impediam uma visão desobstruída. Finalmente, os telescópios-satélites abriram uma janela para enxergarmos locais distantes. Só que o céu parecia ter regiões escuras, sem absolutamente nada. Uma destas regiões foi examinada atentamente pelo Hubble durante 11 dias. Onde não parecia haver absolutamente nada, cerca de 10.000 galáxias foram registradas no Hubble Deep Field (HDF), uma imagem fantástica do nosso universo. E existem mais galáxias escondidas no HDF, galáxias que estão tão longe que sua luz está tão desviada para o vermelho (redshift) que o Hubble não é capaz

Galeria de Imagens:Telescópio Herschel encerra atividades

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No começo de maio, o telescópio será retirado do serviço ativo e ficará 'estacionado' em uma órbita heliocêntrica (em torno do Sol)   Lançado em maio de 2009 para estudar a formação das estrelas, o telescópio espacial Herschel encerrou definitivamente suas atividades. Nesta projeção divulgada pela Agência Espacial Europeia, o telescópio tem como pano de fundo o berçário estelar W40, localizado a 1 mil anos-luz, na constelação de Aquila. Foto: ESA / Divulgação   Sua lente principal de 3,5 metros de diâmetro fez dele o maior e mais poderoso telescópio infravermelho enviado ao espaço. Foto: ESA / Divulgação   O telescópio foi enviado ao espaço no dia 14 de maio de 2009. Com vida útil prevista de pelo menos três anos, ele foi batizado em homenagem ao físico William Herschel, que descobriu o infravermelho em 1800. Foto: ESA / Divulgação   O instrumento conseguiu fazer um grande catálogo de imagens do espaço. Acima, nesta foto recente, o Herschel mostra as

Controvérsia: Físico Argumenta Tempo é Real

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Contrariando a visão a respeito do tempo mais aceita entre cientistas, o físico teórico Lee Smolin defende que ele não é uma “ilusão”, mas sim algo “real”. Em seu livro recém-lançado, “Time Reborn” (“Tempo Renascido”, em português), Smolin explica como o tempo seria necessário para a existência das leis do universo, e portanto mais do que apenas uma ilusão. O tempo é supremo, e a experiência que todos nós temos de que a realidade é o momento presente não é ilusão, mas a mais profunda pista que temos sobre a natureza fundamental da realidade”, explica. De início, como a maioria de seus colegas físicos, Smolin pensava no tempo como algo subjetivo – de acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, ele é apenas mais uma dimensão, e a percepção de que está “passando” está em nossa mente.   Aos poucos, contudo, Smolin sentiu como se, diante das leis do universo, essa ideia de “ilusão” não fosse suficiente. “Se leis estão fora do tempo, elas são inexplicáveis. Se uma lei apenas ‘é

A ciência por trás dos universos paralelos

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  De alguma forma, às vezes a ideia de que existem universos paralelos parecidos com o nosso, porém onde certos eventos não ocorreram (como o ataque nuclear a Hiroshima ou o lançamento dos filmes 1, 2 e 3 de Star Wars), soa reconfortante. Mas o que a ciência tem a dizer sobre isso?  Para ilustrar a questão, a equipe do canal do YouTube MinutePhysics criou um vídeo em que combinam narração e desenhos. “Se o universo é ‘tudo o que há’, você não pode ter duas versões dele, certo? Do contrário, o par seria ‘tudo o que há’, ao invés do que você começou chamando de ‘universo’”, explicam os autores. O grande problema, nesse caso, seria a terminologia. Físicos informalmente dizem “universo” quando na verdade querem dizer “universo observável”, ou seja, a parte do universo que conseguimos ver até agora. Nesse caso, não haveria problema em falar que há outros universos observáveis, tão distantes que a luz que vem deles ainda não chegou até nós, mesmo em bilhões de anos de existência.

Missão Herschel chega ao fim

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O observatório espacial Herschel da ESA esgotou a sua reserva de hélio líquido para refrigeração, pondo fim a mais de três anos de observações pioneiras do Universo frio. O observatório espacial Herschel contra uma imagem de fundo da região de formação estelar Vela C. A imagem mostra formação estelar de baixa e alta massa em vários estágios evolucionários, desde filamentos frios, núcleos pré-estelares e protoestrelas até regiões mais evoluídas que contêm poeira e que foram aquecidas gentilmente por estrelas quentes.Crédito: ESA/PACS e Consórcio SPIRE, T. Hill, F. Motte, Laboratório AIM Paris-Saclay, CEA/IRFU - CNRS/INSU - Univ. de Paris Diderot, Consório do Programa HOBYS   O evento não foi inesperado: a missão começou com mais de 2300 litros de hélio líquido, que foi evaporando lentamente desde a véspera do lançamento do Herschel a 14 de Maio de 2009. O hélio líquido era essencial para arrefecer os instrumentos do observatório até perto do zero absoluto, permitindo com que

Nasa divulga imagens de furacão gigantesco que atinge Saturno

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Furacão em Saturno é 20 vezes maior e mais poderoso que fenômeno similar na Terra Foto: NASA/JPL-Caltech/SSI / Divulgação   Novas imagens divulgadas por uma nave espacial da Nasa (agência espacial americana) na órbita de Saturno revelam detalhes de um enorme furacão atingindo o polo norte do planeta. As fotos da sonda Cassini mostram o olho do furacão, com cerca de 2 mil quilômetros de largura - aproximadamente 20 vezes maior que um fenômeno típico na Terra. O turbilhão no planeta dos célebres anéis também é mais forte que na Terra, com ventos em sua borda exterior chegando aos 530 quilômetros por hora. "Checamos duas vezes quando vimos o vórtice porque se parece muito com um furacão na Terra", afirmou em um comunicado o cientista Andrew Ingersoll, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos. "Mas ali está, em Saturno, em uma escala muito maior, e de alguma forma está permanecendo ativo mesmo com a pequena quantidade de vapor de água