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Estrela pulsante dá luz a exoplaneta

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Uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma forma de medir as propriedades internas de estrelas – um método que oferece avaliações mais precisas dos planetas em órbita nelas. A pesquisa foi conduzida por uma equipe multinacional de cientistas, incluindo físicos da Universidade de Nova York, da Universidade de Princeton (ambas nos EUA) e do Instituto Max Planck (Alemanha). Os pesquisadores examinaram a HD 52265, uma estrela de cerca de 92 anos-luz de distância e quase 20% mais massa do que o sol. Mais de uma década atrás, os cientistas identificaram um exoplaneta (um planeta fora do nosso sistema solar) na órbita da estrela.   A HD 52265, então, serviu como modelo ideal para medir propriedades das estrelas e saber como essas propriedades podem lançar luz sobre sistemas planetários. Anteriormente, os cientistas analisavam as propriedades das estrelas como raio, massa e idade considerando as observações de seu brilho e cor. Muitas vezes, as propriedades dessas estrelas não eram co

Spitzer celebra 10 anos no espaço

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Uma montagem de imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Spitzer ao longo dos anos.Crédito: NASA/JPL-Caltech Dez anos depois de um foguetão Delta II ter lançado o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, iluminando o céu nocturno por cima de Cabo Canaveral, no estado americano da Flórida, o quarto dos Grandes Observatórios da agência espacial continua a fazer brilhar o lado escuro do cosmos com os seus olhos infravermelhos. O telescópio estudou cometas e asteróides, contou estrelas, escrutinou planetas e galáxias, e descobriu "bolas de futebol" de carbono no espaço com o nome de fulerenos. Entrando na sua segunda década de estudo científico a partir de órbita heliocêntrica seguindo a Terra, o Spitzer continua a explorar o cosmos próximo e longínquo.   Uma das suas tarefas adicionais é ajudar a NASA a observar candidatos potenciais para uma missão em desenvolvimento com o objectivo de capturar, redireccionar e explorar um asteróide próximo da Terra. "O objectivo

NASA pode mandar Rover veleiro para Vênus

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Vênus é como um irmão gêmeo dizigótico da Terra – similar em tamanho, gravidade e também é rochoso. Mas nosso primo solar tem uma diferença marcante com o nosso planeta: ele é quente como o inferno. Com uma pressão atmosférica 92 vezes maior que a da Terra, o segundo planeta em distância do Sol é coberto por densas nuvens de ácido sulfúrico. E se você consegue passar por sua atmosfera, a temperatura na sua superfície é mais quente do que um forno. Levando tudo isso em consideração, pousar e manter um rover em Vênus é aparentemente impossível.   Isso não quer dizer que nós não vamos tentar. O programa Innovative Advanced Concepts da NASA está financiando pesquisas de um novo rover para navegar em Vênus, chamado de Zephyr. Diferente dos rovers que pousaram com sucesso em Marte, o Sphyr usaria a força do vento para gerar sua energia, similar às funções básicas de um veleiro. Embora Vênus não tenha ventos fortes – eles alcançam velocidades de aproximadamente 2 milhas por hora – a

Esculpida por estrelas de elevada massa

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Esta imagem obtida pelo Very Large Telescope do ESO mostra uma pequena parte da bem conhecida nebulosa de emissão, NGC6357, situada a cerca de 8000 anos-luz de distância, na cauda da constelação austral do Escorpião. A imagem brilha com o característico tom vermelho de uma região H II, e contém uma enorme quantidade de hidrogênio gasoso excitado e ionizado. As nuvens estão banhadas em intensa radiação ultravioleta, emitida principalmente pelo aglomerado estelar aberto Pismis 24, onde se encontram algumas estrelas azuis jovens de grande massa, que é re-emitida como radiação visível, com um distinto tom avermelhado. O aglomerado propriamente dito está fora do campo de visão da imagem, a luz difusa está a iluminar a nuvem na parte central direita da imagem. A imagem mostra um detalhe da nebulosa circundante, com uma mistura de gás, poeira escura e estrelas recém-nascidas ou ainda a formarem-se. Fonte: ESO

A violência de uma supernova

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Quer surfar na onda de choque de uma supernova? Um grupo de cientistas japoneses acaba de calcular que, para pegar essa onda ao redor da supernova W44, é preciso estar pronto para encarar sua aproximação a cerca de 46 mil km/h. Definitivamente não é a marolinha do Lula. Também pudera. As supernovas estão entre os eventos mais violentos do universo. Apesar do nome bonito, elas são basicamente uma explosão descontrolada que faz uma bomba atômica parecer um foguete de festa junina. Elas acontecem quando uma estrela maior que o Sol (com pelo menos 8 vezes mais massa) esgota seu combustível. É a fusão nuclear que acontece em seu núcleo que mantém a estrela estável, gerando energia de dentro para fora e contrabalançando a ação da gravidade, que age de fora para dentro.   Uma vez que acaba o combustível, a fusão cessa, e a gravidade passa a trabalhar sozinha, comprimindo o astro violentamente. O efeito rebote leva à expulsão das camadas superiores da estrela em alta velocidade. Ne

A Brilhante Nebulosa Planetária NGC 7027

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Créditos da Imagem: Hubble Legado Arquivo , ESA, NASA ; processamento: Delio Tolivia Cadrecha Essa é uma das mais brilhantes nebulosas planetárias no céu – que nome ela deveria ter? Descoberta pela primeira vez em 1878, a nebulosa NGC 7027 pode ser vista na direção da constelação do Cisne (Cygnus) com um telescópio padrão. Em parte pois ela aparece somente como um ponto indistinto, ela raramente é referida com um apelido. Quando foi imageada pela primeira vez com o Telescópio Espacial Hubble, contudo, grandes detalhes foram revelados. Estudando as imagens do Hubble da NGC 7027, os astrônomos puderam entender que ela é uma nebulosa planetária que começou a se expandir a aproximadamente 600 anos atrás, e que a nuvem de gás e poeira é incomumente massiva já que parece conter aproximadamente três vezes a massa do Sol. A foto acima, nas cores atribuídas, resolve algumas características, as camadas e as feições empoeiradas da NGC 7027 podendo lembrar os entusiastas do céu de

"Vórtices Zombis 'pode ser passo fundamental na formação de estrelas

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Uma nova teoria de especialistas em dinâmica de fluidos da Universidade da Califórnia em Berkeley, mostra como vórtices zumbis ajudam a levar ao nascimento de uma nova estrela. Reportando na edição de 20 de Agosto de 2013, da Physical Review Letters, uma equipe liderada pelo físico computacional Philip Marcus, mostrou como variações na densidade do gás levam a uma instabilidade que então gera um redemoinho semelhante a um vórtice necessário para formar estrelas. Os astrônomos aceitam que nos primeiros passos do nascimento de uma nova estrela, densas nuvens de gás colapsam em aglomerados que, com um determinado momento angular, giram em um ou mais discos onde uma protoestrela começa a se formar. Mas para a protoestrela crescer, o disco em rotação precisa perder parte de seu momento angular de modo que o gás possa reduzir sua velocidade e espiralar em direção à protoestrela.    Uma vez que a protoestrela ganha massa suficiente, ela inicia o processo de fusão nuclear. “Após ess

O mistério dos núcleos ativos de galáxias

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© NRAO (galáxia 3C353) A equipe , liderada pelos pesquisadores do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) Polychronis Papaderos e Jean Michel Gomes, descobriu que o meio interestelar de algumas galáxias elípticas é tão poroso, que até cerca de 90% da radiação ionizante consegue escapar à absorção pelo meio interestelar. A imagem acima mostra a galáxia 3C353, observada na banda rádio. Os jatos têm uma extensão total superior a 391 mil anos-luz. Esta descoberta tem consequências importantes para a nossa compreensão de um dos fenômenos mais energéticos do Universo, os núcleos ativos de galáxias.   Segundo Papaderos, estes resultados “ fornecem a solução de um enigma com 30 anos e um novo modelo conceitual com o qual a família dos núcleos ativos de galáxias se torna muito mais simples do que anteriormente pensávamos ” .   Embora sejam já conhecidos há várias décadas, alguns tipos de núcleos ativos de galáxias continuam ainda apresentando vários mistérios. Em par

WISE reativado para caçar asteróides

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  Impressão de artista que mostra o WISE em órbita da Terra. Em Setembro de 2013, os engenheiros vão tentar reavivá-lo para caçar mais asteróides e cometas num projecto chamado NEOWISE. Crédito: NASA/JPL-Caltech Um instrumento da NASA que descobriu e caracterizou dezenas de milhares de asteróides em todo o Sistema Solar, antes de ser colocado em hibernação, regressará ao serviço por mais três anos, com início em Setembro, ajudando a agência espacial no seu esforço para identificar a população de objectos potencialmente perigosos próximos da Terra, bem como aqueles adequados para missões de exploração a asteróides.   O WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) será reavivado no próximo mês com o objectivo de descobrir e caracterizar NEOs (sigla inglesa para "near-Earth objects"), rochas espaciais que podem ser encontradas em órbitas até 45 milhões de km da Terra, em redor do Sol. A NASA antecipa que o WISE fará uso do seu telescópio de 16 polegadas (40 c

Fermi celebra cinco anos no espaço, entra em missão prolongada

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O retrato do céu pelo Fermi a energias superiores a 1 GeV foi melhorando com cada vez mais dados. Esta animação compara uma região com 20 graus de largura na direcção da constelação de Virgem, após o primeiro e quinto ano de operações do Fermi. Muitas outras fontes adicionais (amarelo, vermelho) aparecem na imagem mais recente. Crédito: NASA/DOE/Colaboração LAT do Fermi     Durante a sua missão principal de cinco anos, o Telescópio Espacial de Raios-Gama Fermi da NASA deu aos astrónomos um retrato cada vez mais detalhado dos fenómenos mais extraordinários do Universo, desde buracos negros gigantes no coração de galáxias distantes a tempestades na Terra. Mas o seu trabalho ainda não acabou. A 11 de Agosto, o Fermi entrou na fase prolongada da sua missão - um estudo mais profundo do cosmos de alta energia. Este é um passo importante em direcção à meta prevista da equipa científica de uma década de observações, terminando em 2018.   "À medida que o Fermi abre o seu segu