Postagens

Metais em Galáxias: Nós observamos o que nós queremos

Imagem
Por muitas décadas tem sido difícil para os teóricos explicarem as diversas propriedades químicas vistas em diferentes tipos de galáxias próximas. Isso leva a questão: nós podemos reconciliar essas diferentes observações, ou existe algo fundamentalmente errado com nosso modelo padrão da formação das galáxias? Uma equipe internacional de astrofísicos, liderada por membros da MPA, descobriram que eles podem na verdade reconciliar as propriedades químicas numa grande variedade de galáxias com um modelo único e auto consistente que segue o cenário de fusão hierárquica padrão da formação de estruturas. Esse é um passo importante no campo da modelagem de galáxias, e confirma que, no mínimo a esse respeito, o que nós vemos no nosso universo é o que nós esperamos ver.   Observações astronômicas de elementos químicos mais pesados que o lítio (conhecidos simplesmente como metais na astrofísica) pode nos dizer muito sobre como as galáxias se desenvolvem. Por exemplo, a quantidade total d

Nasa cria programa para ajudar amadores a detectar exoplanetas

Imagem
Projeto 'Oscaar' está disponível para download gratuito na internet. Astrônomos amadores poderão achar planetas de tamanho similar a Júpiter. Concepção artística de um exoplaneta passando perto de sua estrela (Foto: Nasa/ESA/G. Bacon)   A agência espacial americana (Nasa) lançou um programa para ajudar astrônomos amadores a "caçar" exoplanetas - planetas localizados fora do Sistema Solar. O software pode ser acessado gratuitamente pela internet e promete "corrigir" distorções e mudanças no brilho de estrelas que venham a ser causadas pela atmosfera da Terra ( veja o link aqui ). Batizado de de Oscaar (sigla para "Código de Fotometria Diferencial de Fonte Aberta para a Pesquisa Astronômica Amadora", em inglês), o programa permite medir as mudanças de brilho de todas as estrelas no campo de visão do telescópio simultaneamente, o que facilita a busca por exoplanetas.   Telescópio  É necessário um telescópio equipado com um detector el

Vazamento de energia inter-universos pode revelar mundos paralelos

Imagem
Experimentos recentes não confirmam e nem descartam a teoria dos multiversos .[Imagem: Peiris et al.]     Realidades alternativas   Quando um físico afirma ter uma ideia para um experimento de laboratório que pode ser capaz de detectar a existência de mundos quânticos paralelos - mais conhecidos como multiversos - a reação padrão é dar um sorriso amarelo e sair de fininho. Mas quando o físico em questão é um ganhador do Prêmio Nobel, mais precisamente o Dr. Frank Wilczek, é provavelmente uma boa ideia não ir saindo tão rápido. Sua ideia, ainda em estágio preliminar, é que pode ser possível detectar "vazamentos de energia" fluindo entre realidades alternativas - as "multiversalidades", como ele as chama.   Múltiplos mundos paralelos   O termo multiverso - ou multiuniverso - tem sido usado para descrever a ideia da cosmologia de que regiões muito distantes podem ser governadas por leis da física diferentes , e conteriam diferente

Astrônomos identificam alinhamento cósmico misterioso

Imagem
Resultado das pesquisas foi considerado surpreendente e pode ajudar na compreensão da história da galáxia   Imagem mostra nebulosa planetária bipolar conhecida como NGC 6537, obtida pelo New Technology Telescope, do ESO. A forma, que lembra uma borboleta ou uma ampulheta, foi moldada quando uma estrela como o Sol se aproximou do final da vida e soprou suas camadas exteriores para o espaço circundante. O material é canalizado em direção aos polos da estrela a envelhecer, criando uma estrutura de lóbulos duplos Foto: Eso / Divulgação   Com o auxílio do New Technology Telescope , do Observatório Europeu do Sul (ESO), e do Telescópio Espacial Hubble , das agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), astrônomos exploraram mais de 100 nebulosas planetárias situadas no bojo central da nossa galáxia e descobriram que os membros em forma de borboleta desta família cósmica tendem a alinhar-se misteriosamente. O resultado foi considerado surpreendente, tendo em vista as históri

Supertempestade mostra que Saturno não é tão calmo como parece

Imagem
Imagem registrada pela sonda Cassini, da Nasa, mostra a tempestade em 24 de dezembro de 2010. Na ocasião, o sistema já cobria mais de 10 mil km, três semanas após a primeira detecção do evento. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute, Apolo11.com. Além de belo, Saturno é um planeta relativamente calmo. No entanto, uma severa tempestade registrada em 2010 mudou a cara do planeta ao arremessar na alta atmosfera uma enorme quantidade de gelo sugada das profundezas do gigante gasoso. Um estudo publicado esta semana pela revista científica Icarus revelou que a supertempestade foi tão forte que sugou e lançou para o alto bilhões de toneladas de cristais de gelo e amônia localizados a mais de 160 quilômetros de profundidade no interior da atmosfera.  A natureza do material foi descoberta um ano depois, após estudo de dados espectrográficos e imagens em infravermelho registrados pela sonda Cassini em fevereiro de 2011. Essa foi a primeira vez que a água congelada foi dete

Ceres - um dos fatores de mudança no prisma do sistema solar

Imagem
A forma arredondada de Ceres indica que se formou no início da história do Sistema Solar. Ceres é o maior corpo, redondo, na imagem. Na direcção dos ponteiros do relógio, desde o canto inferior esquerdo, temos: 2 Pallas, 4 Vesta, 243 Ida, 433 Eros, 25143 Itokawa, 951 Gaspra, 5535 Annefrank. Crédito: composição de missões da NASA e imagens do Hubble: Schmidt, Britney Elyce, Caracterizando os protoplanetas: observações e geofísica de Pallas, Vesta e Ceres, Dissertação de Doutoramento, Universidade da Califórnia em Los Angeles, Junho de 2010   Em Março de 2015, a missão Dawn da NASA alcançará o planeta anão Ceres, o primeiro da classe de planetas menores a ser descoberto e o mais próximo da Terra. Ceres, que orbita o Sol na cintura de asteróides entre Marte e Júpiter, é um corpo único no Sistema Solar, tendo muitas semelhanças com a lua de Júpiter, Europa, e a lua de Saturno, Encelado, ambas consideradas como fontes potenciais para albergar vida. No passado dia 15 de Agosto, Brit

Pesquisa PESSTO do ESO registra supernova na Messier 74

Imagem
A pesquisa PESSTO do ESO capturou esta imagem da Messier 74, uma magnífica galáxia em espiral com braços bem definidos. No entanto, o verdadeiro interesse da imagem situa-se numa nova e brilhante adição à galáxia, que apareceu no final de julho de 2013: uma supernova do Tipo II chamada SN2013ej, que podemos ver como a estrela mais brilhante no canto inferior esquerdo. Este tipo de supernova ocorre quando o núcleo de uma estrela de grande massa colapsa devido à sua própria gravidade, no final da sua vida. Este colapso resulta numa explosão enorme que ejeta matéria para o espaço. A detonação resultante pode ser mais brilhante que toda a galáxia que a alberga, estando visível durante semanas ou até meses.   A pesquisa PESSTO (sigla em inglês para Public ESO Spectroscopic Survey for Transient Objects) foi concebida para estudar objetos que aparecem brevemente no céu noturno, tais como supernovas. A pesquisa é realizada com o auxílio de uma quantidade de instrumentos montados no

Detectada agua na superfície da Lua que indica uma origem profunda

Imagem
Uma pesquisa lunar financiada pela NASA tem encontrado evidências de que a água pode estar presa em grãos minerais na superfície da Lua e que ela vem de uma fonte desconhecida e profunda abaixo da superfície do nosso satélite. Usando dados do instrumento Moon Mineralogy Mapper (M3) da NASA a bordo da sonda da Organização de Pesquisa Espacial Indiana, Chandrayaan-1, os cientistas remotamente detectaram água magmática, ou água que se originou do interior profundo da Lua, na superfície do satélite. As descobertas foram publicadas na edição de 25 de Agosto de 2013 da revista Nature Geoscience, e representa a primeira detecção dessa forma de água a partir da órbita lunar. Estudos anteriores tinham mostrado a existência da água magmática em amostras lunares que vieram para a Terra durante o programa Apollo da NASA.   O instrumento M3 imageou a cratera de impacto lunar Bullialdus, que se localiza perto do equador lunar. Os cientista estavam interessados em estudar essa área pois eles