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Ligação explosiva

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Astrónomo do Porto revê teoria Ao observar os jatos de gás de uma estrela binária distante, o astrónomo Paulo Garcia deu de caras com um fenómeno explosivo. É o que acontece quando colidem as estruturas magnéticas de dois sóis. Bem longe no céu, a 378 anos-luz de nós, na constelação do Camaleão, um novo sistema solar está em processo de formação. No seu centro, rodeado por um disco de gás, poeira e outros fragmentos de matéria, encontra-se uma das estrelas mais brilhantes, dentro da sua classe, que se podem observar do hemisfério sul. Conhecido entre os astrónomos como HD 104237, este objeto distingue-se do nosso Sol por uma característica que faz toda a diferença: em vez de uma, estamos perante duas enormes bolas de gás incandescente. Ou seja, trata-se de uma estrela binária.   Uma das pessoas que se sentiram atraídas pelos seus mistérios foi Paulo Garcia, investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). À frente de uma equipe internacional constituíd

Cientistas descobrem vestígios de vida em fragmentos de meteorito

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Foram detectados sinais de compostos orgânicos nunca antes observados nas rochas espaciais que atingiram a Califórnia no ano passado. Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo   A queda de meteoritos não é um fato tão raro na Terra. No entanto, é muito raro que algum permaneça intacto para descobrir com mais detalhes o que existe no espaço e existência de vida nos outros planetas. Geralmente, esses corpos celestes se tornam poeira ou se desintegram totalmente ao atingir o nosso planeta. Porém, um meteorito que caiu no ano passado na Califórnia deixou alguns fragmentos que foram avaliados por cientistas e, nessas rochas espaciais, foram descobertos alguns vestígios de vida.   Compostos orgânicos   De acordo com os pesquisadores, o meteorito Sutter`s Mill, que atingiu o solo da Califórnia em abril 2012, contém compostos orgânicos nunca antes visto nesse tipo de rochas espaciais. Durante as pesquisas, eles estavam interessados ​​em encontrar, especificamente, oxigênio e enxof

Esculpido nas Estrelas

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Não são só os biólogos que estudam a evolução, muitos astrónomos também investigam este tema. Mas, em vez de procurarem as origens do ser humano, estudam as galáxias bebés... A Astronomia estuda a forma como as galáxias bebés (conhecidas por “protogaláxias”) cresceram atingindo sistemas gigantes contendo centenas de milhares de milhões de estrelas brilhantes, semelhante à nossa própria galáxia. Esta imagem colorida poderá parecer uma peça de arte contemporânea mas na realidade é composta de observações realizadas com telescópio de uma das nossa galáxias vizinhas chamada de Galáxia do Escultor.   A galáxia do Escultor é uma das galáxias mais próximas de nós e está a atravessar uma fase de intensa formação estelar conhecida por “explosão estelar”. Estas explosões estelares não demoram muito tempo e é exatamente nisto em que estão interessados os astrónomos: o que pára estes períodos de rápida formação estelar?   Bom, um grupo de astrónomos pensam ter encontrado a resposta

Sonda da Nasa vai a Lua e testar comunicação a laser

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A sonda espacial Ladee vai estudar a atmosfera lunar e testar a comunicação espacial a laser .[Imagem: NASA]   A NASA lançou uma sonda que orbitará a Lua em busca de informações detalhadas sobre a atmosfera do nosso satélite, as condições perto da sua superfície e as influências ambientais da poeira lunar. A missão Ladee ( Lunar Atmosphere and Dust Ambiente Explorer ) permitirá o conhecimento de novas características não apenas da Lua - ela vai ajudar os cientistas a extrapolar os dados e compreender outros corpos do Sistema Solar, como Mercúrio, Vênus e Marte. Segundo a Nasa, a Lua é interessante porque mudou pouco desde seu desenvolvimento inicial, ao contrário da Terra, de Marte e de Vênus.   Por isso, nosso satélite oferece uma visão única sobre o passado distante da evolução planetária. A missão robótica foi lançada com sucesso do Centro Espacial Wallops, na costa da Virgínia, nos Estados Unidos, e deve chegar à Lua em 30 dias, para, em seguida, entrar em ór

Slingatron pretende arremessar cargas ao espaço sem foguete

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A ideia é construir um protótipo do slingatron para impulsionar um objeto de 100 gramas a uma velocidade de um quilômetro por segundo. [Imagem: HyperV] Arremesso espacial   O nome lembra os melhores projetos da ficção científica: Slingatron . Em português seria algo como "atiratrônica", já que sling é o termo em inglês para funda, o tipo de atiradeira que Davi teria usado para derrotar Golias. A empresa emergente HyperV Technologies está propondo demonstrar que essa tecnologia pode substituir os foguetes, impulsionando objetos diretamente para o espaço. Para isso, ela está pedindo dinheiro, através de uma campanha no site de arrecadações Kickstarter . A ideia é construir um protótipo do slingatron para impulsionar um objeto de 100 gramas a uma velocidade de um quilômetro por segundo.   A empresa garante que seu último protótipo, de 2 metros de altura, acelerou um objeto de 230 gramas a 100 metros por segundo (100 m s -1 ). Se conseguir o dinheiro

Rastro de Lançamento da Sonda LADEE

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Crédito de imagem e direitos autorais: Jeff Berkes   No dia 6 de Setembro de 2013 , uma noite estrelada e a Via Láctea foram testemunhas do lançamento do foguete Minotaur V desde o Wallops Flight Facility da NASA na Ilha Wallops, na Virginia. Além disso, uma grande parte do leste dos EUA também puderam ver o lançamento facilmente mesmo em áreas urbanas totalmente poluídas com a iluminação pública. Essa imagem acima com 35 segundos de exposição captura parte do momento inicial do lançamento do foguete e a ignição do segundo estágio, juntamente com uma brilhante reflexão do céu nas águas calmas abaixo. Essa bela imagem foi feita com a câmera apontada para o sul e oeste, desde um ponto de observação sobre a Baía Sinepuxent em Maryland a cerca de 20 milhas ao norte da base de onde o lançamento foi feito. Subindo para leste sobre o Oceano Atlântico, o foguete de múltiplos estágios, teve como principal função colocar a sonda LADEE, Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer,

A Super terra extrasolar Gliese1214B pode conter água

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Créditos da Ilustração e Licença: ESO, L. Calçada Pode esse planeta distante abrigar água? Na verdade, dado ao fato da proximidade que o Gliese 1214b está de sua estrela mãe, qualquer água se ela existir, certamente estaria na forma de vapor. Na ilustração artística acima, a super Terra Gliese 1214b é mostrada passando em frente à sua estrela mãe, criando um mini eclipse que alertou a humanidade da sua presença. O exoplaneta Gliese 1214b, também designado como GJ 1214b, tem sido designado como uma super Terra pois ele é maior que a Terra, porém menor que planetas como Netuno. O sistema planetário completo Gliese 1214 é um dos sistemas conhecidos mais próximos do Sol, localizado a somente 42 anos-luz de distância. A estrela mãe, do sistema, Gliese 1214 é uma versão levemente menor e mais fria do nosso Sol. Observações recentes feitas com o Telescópio Subaru no Havaí descobriram um pequeno espalhamento da luz azul da sua estrela mãe pelo planeta. Isso parece mais consistente co

As anãs marrons mais frias já descobertas

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NASA/JPL (localização das anãs marrons frias descobertas)   Em 2011 , os astrônomos na caça pelos corpos celestes parecidos com estrelas mais frios que existem descobriram uma nova classe desses objetos usando o telescópio espacial Wide-field Infrared Survey Explorer, ou WISE da NASA. Mas até agora ninguém sabia exatamente quão fria as superfícies dos corpos realmente eram. De fato, algumas evidências sugerem que elas tenham a temperatura de uma sala. Um novo estudo usando o Telescópio Espacial Spitzer da NASA mostra que enquanto essas anãs marrons são de fato os corpos celestes livres mais frios conhecidos, eles são mais quentes do que se pensava anteriormente, com temperaturas superficiais variando de 250 a 350 graus Fahrenheit, ou 125 a 175 graus Celsius. Por comparação, o Sol tem uma temperatura superficial da ordem de 10340 graus Fahrenheit, ou 5730 graus Celsius.   Para alcançar essas temperaturas superficiais depois de esfriarem por bilhões de anos, esses objetos ter

Caçando buracos negros

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Uma imagem óptica de galáxias com dados raios-X sobrepostos (magenta) obtidos pelo NuSTAR. A descoberta fortuita, indicada com a seta, está situada para a esquerda de uma galáxia, com o nome de IC751, a qual o telescópio pretendia observar. Ambas as manchas magenta mostram raios-X de buracos negros massivos enterrados no coração das galáxias. A imagem óptica é do SDSS (Sloan Digital Sky Survey) e é uma composição de três comprimentos de onda diferentes. Os dados do NuSTAR mostram raios-X no intervalo energético entre 3 e 24 keV. Crédito: NASA/JPL-Caltech   A sonda da NASA caçadora de buracos negros, conhecida como Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR) completou o registro de seus 10 primeiros buracos negros supermassivos. A missão é o primeiro telescópio capaz de focar a luz de raios X de mais alta energia em imagens detalhadas. Os novos buracos negros descobertos são os primeiros de centenas desses objetos que são esperados que sejam descobertos pela missão nos próxi

Poderosos jatos empurram material para fora de galáxia

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Imagem rádio da galáxia 4C12.50, a quase 1,5 mil milhões de anos-luz de distância da Terra. A ampliação mostra o fim do jacto super-rápido de partículas, onde uma gigantesca nuvem de gás (amarelo-laranja) está sendo empurrada pelo jacto.Crédito: Morganti et al., NRAO/AUI/NSF Astrônomos usando uma rede mundial de radiotelescópios descobriram fortes evidências de que um poderoso jato de material impulsionado até quase à velocidade da luz pelo buraco negro central de uma galáxia está soprando enormes quantidades de gás para fora da galáxia. Este processo, dizem, está limitando o crescimento do buraco negro e a taxa de formação estelar na galáxia e, portanto, é fundamental para a compreensão de como as galáxias se desenvolvem. Os astrônomos têm teorizado que muitas galáxias deviam ser mais massivas e ter mais estrelas do que têm. Os cientistas propuseram dois mecanismos principais que retardam ou interrompem o processo de crescimento de massa e formação estelar - ventos estelares v

O que é a atmosfera que envolve os planetas?

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Quase todos os planetas são envolvidos por uma atmosfera gasosa, mais ou menos intensa, e que é a sede de quase todas as informações que se possuem sobre eles, ao se observar um planeta, recebe-se a luz solar após ter sido refletida, difundida e modificada pela atmosfera planetária. A relação entre a intensidade da luz recebida e refletida por um planeta, denominada albedo, depende do solo e da atmosfera.e, principalmente, da temperatura desta última que constitui, assim, preciosa fonte de informação. A difusão da luz pelas atmosferas planetárias polariza esta luz, o que depende em grande parte da existência de partículas líquidas ou sólidas em suspensão no gás. O espectro de absorção da luz planetária permite assim definir a composição química das atmosferas e determinar vários de seus parâmetros físicos, notadamente a temperatura.   Se Mercúrio e Plutão, bem como a maioria dos satélites dos outros planetas, não têm atmosferas, quais serão as condições para que um astro do

Começa busca pela Energia Escura

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Serão observadas em torno de 100 milhões de estrelas de nossa galáxia e suas vizinhas no espaço. [Imagem: Reidar Hahn/DES] Caça às escuras   O projeto DES ( Dark Energy Survey ) começou oficialmente suas observações. O objetivo do projeto é entender porque a expansão do universo está se dando de forma acelerada - ao invés de desacelerar pelo efeito da gravidade - e sondar a misteriosa energia escura, que se acredita ser a causa desse fenômeno. Instalada no Chile, a câmera de 570 megapixels do DES (DECam) será utilizada, nos próximos cincos anos, para mapear um oitavo do céu, ou 5 mil graus quadrados, com um detalhamento sem precedentes. Este é o ponto culminante de dez anos de planejamento, construção e testes realizados por 25 instituições em seis países, incluindo o Brasil.   "É um momento emocionante na cosmologia, quando podemos utilizar observações do universo distante para nos dizer sobre a natureza fundamental da matéria, energia, espaço e tem

Estrela cefeida variável próxima RS Pup

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Créditos da Imagem: Hubble Legacy Archive , NASA , ESA - Processing: Stephen Byrne Essa é uma das estrelas mais importantes no céu. Isso ocorre parcialmente, pois, por coincidência, ela é circundada por uma nebulosa de reflexão. A pulsante RS Puppis, a estrela mais brilhante no centro da imagem, é cerca de dez vezes mais massiva que o nosso Sol e na média 15000 vezes mais luminosa. De fato, a RS Pup, é uma estrela variável do tipo Cefeidas, uma classe de estrelas cujo brilho é usado para estimar as distâncias de galáxias próximas como um dos primeiros passos para se estabelecer a escala da distância cósmica. Como a RS Pup pulsa num período de aproximadamente 40 dias, suas mudanças de brilho regulares são também vistas juntamente com um tempo de atraso causado pela nebulosa, efetivamente, um eco de luz. Usando as medidas do atraso de tempo e do tamanho angular da nebulosa, a conhecida velocidade da luz, permite que os astrônomos possam geometricamente determinar a distância