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Cozinhando estrelas jovens na Nebulosa do Camarão

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Berçário estelar a 6 mil anos-luz da Terra tem dimensão de 4 luas cheias. Imagens revelam grupos de astros quentes recém-nascidos entre nuvens.   Nebulosa do Camarão é registrada pelo VLT em imagem mais nítida já obtida dela (Foto: Martin Pugh/ESO)   Este brilhante amontoado de estrelas forma a enorme maternidade estelar chamada Nebulosa do Camarão. Obtida com o VLT Survey Telescope (Telescópio de Rastreio do VLT), no Observatório do Paranal do ESO, Chile, esta pode bem ser a imagem mais nítida alguma vez obtida para este objeto. A imagem mostra nodos de estrelas quentes recém nascidas aninhados entre as nuvens que compõem a nebulosa. Situada a cerca de 6000 anos-luz de distância da Terra na constelação do Escorpião, a nebulosa conhecida pelo nome formal IC 4628 é uma extensa região cheia de gás e nodos de poeira escura. Estas nuvens de gás são regiões de formação estelar, que produzem jovens estrelas brilhantes e quentes.   Na luz visível estas estrelas aparecem

Buracos de minhoca são a melhor aposta para viagens no tempo diz astrofisico

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O conceito de uma máquina do tempo normalmente evoca imagens de um enredo usado em muitas histórias de ficção científica. Mas de acordo com a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que explica como a gravidade opera no universo, viagens no tempo podem muito bem ser reais.   Viajar para o futuro é uma possibilidade incontroversa, de acordo com a teoria de Einstein. Na verdade, os físicos foram capazes de enviar para o futuro pequenas partículas chamadas múons, que são semelhantes aos elétrons, por meio da manipulação da gravidade em torno deles. Isso não quer dizer que a tecnologia para o envio de seres humanos 100 anos no futuro estará disponível em breve, no entanto. Já a viagem para o passado é menos compreendida. Ainda assim, o astrofísico Eric W. Davis, do Instituto Internacional Earthtech, de Estudos Avançados em Austin, EUA, argumenta que isso é possível. Tudo que você precisa, diz ele, é um buraco de minhoca, uma estrutura prevista pela teoria da rel

Conheça o asteroide gigante Vesta

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“Mapa-múndi” de Vesta, o terceiro maior asteroide conhecido no Sistema Solar Ele não é nem um planeta, nem uma lua, mas um asteroide gigante. Seu nome é Vesta , e trata-se de um dos mais imponentes membros do cinturão localizado entre Marte e Júpiter. Agora, a Nasa acaba de divulgar o mais completo atlas desse objeto até então pouco conhecido. Com 525 km de diâmetro, Vesta tem um tamanho respeitável. Para que se tenha uma ideia, o objeto que matou os dinossauros tinha “apenas” uns 10 km de diâmetro. As imagens foram produzidas pela sonda Dawn.   Cada um dos mapas topográficos (veja todos aqui ) foi composto por cerca de 400 imagens diferentes.   Um segundo atlas foi composto com informações espectrais, que fornecem dados mineralógicos sobre o objeto. Com isso, a Dawn promete revolucionar a compreensão que temos desses objetos e do cinturão a que pertencem, que remonta à época em que o Sistema Solar estava se formando. Mas o melhor da festa ainda está por vir. Depois da pass

O Enigma das Supernovas - (2a e ultima Parte)

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Em Dezembro de 2009, a revista Nature publicou um artigo de uma equipa de astrónomos liderada pelo israelita Avishay Gal-Yam (do Weizmann Institute of Science) no qual é descrita a descoberta do que parece ser o primeiro exemplo fidedigno de uma supernova despoletada pelo processo de “pair-instability” , previsto pela teoria desde os anos 60.   Um modelo no céu   A luminosidade da SN 2007bi foi dez vezes superior à de outras supernovas, Contudo, o que tornou realmente especial a “hipernova” é o facto de se ter tornado o modelo através do qual se explicam as previsões de um tipo de morte estelar exótica conhecido por “instabilidade de pares”. Esse processo extraordinário gera antimatéria no interior do astro e é fundamentalmente distinto do que outras supernovas sofrem. Segundo a descrição de Gal-Yam, as elevadíssimas pressões e temperaturas que se verificam no núcleo dessas estrelas monumentais fazem os fotões muito energéticos transformarem-se em eletrões e na sua contr

Cientistas decobrem fábrica cósmica dos blocos de construção da vida

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Os cometas contêm elementos como água, amónia, metano e dióxido de carbono que podem fornecido os materiais brutos, os quais após um poderoso impacto na Terra primitiva teriam produzido aminoácidos, os elementos base da vida. Crédito: Laboratório Nacional Lawrence Livermore De acordo com os cientistas, as colisões explosivas de cometas gelados com planetas e luas criaram os blocos de construção fundamentais da vida, espalhando estes ingredientes necessários por todo o Sistema Solar. O que isto significa é que os complexos percursores da vida são comuns, aumentando assim as hipóteses de vida noutros lugares," afirma o co-autor Mark Price, cientista espacial da Universidade de Kent, na Inglaterra. Sabe-se que os cometas possuem compostos orgânicos. Os cientistas há muito que sugeriram que os cometas ajudaram a trazer os ingredientes da vida para a Terra primitiva.   Os astrónomos detectaram amónia e outros compostos em cometas tais como o Halley, compostos estes que são

Uma janela para o Universo

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Imaginemos que esta imagem é a vista da janela do seu quarto. Qual a primeira coisa que lhe chama a atenção? Provavelmente as grandes estrelas azuis espalhadas pela fotografia.   Estas estrelas aparecem-nos tão grandes e brilhantes por se encontrarem relativamente próximas na nossa galáxia. Se ampliarmos a imagem o que vê? Centenas de galáxias distantes! Grandes galáxias em espiral, galáxias irregulares sem forma definida, jovens galáxias azuis e galáxias vermelhas mais antigas. Esta imagem contém tudo! Será que lhe passa pela cabeça, que cada um destes pontinhos azuis na foto é uma galáxia contendo milhares de milhões de estrelas, muitas das quais maiores que o nosso Sol?!   Sabia que ganhou um super-poder ao olhar para esta imagem? É um viajante no tempo até ao passado! Como? Bem, a luz demora tempo a viajar através do espaço até chegar aos nossos telescópios e aos nossos olhos. Assim, se olharmos para objetos muito distantes, como estas galáxias, estamos a ver uma luz m

O Glóbulo Cometário CG4 – Uma Criatura Cósmica Muito Estranha e Misteriosa

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A imagem acima mostra uma das mais estranhas criaturas do espaço. A criatura acima parece que quase irá devorar uma galáxia. Essa criatura é conhecida como o glóbulo cometário ou CG4. Esse objeto é na verdade uma região de formação de estrelas que poderia produzir alguns sóis como o nosso. O glóbulo Cometário CG4 está localizado a aproximadamente 1300 anos-luz de distância da Terra e tem cerca de 1.5 ano-luz de diâmetro. O tamanho total, incluindo a cauda chega a cerca de 8 anos-luz de comprimento. A cabeça do objeto é iluminada pelas estrelas que estão em formação. A cor vermelha que está brilhando na cabeça do objeto é devido ao hidrogênio super carregado. A galáxia que você vê na direita está na verdade a no mínimo 100 milhões de anos-luz do CG4. O Glóbulo Cometário nessa imagem está como se tivesse sido comido e as razões para isso ainda são desconhecidas. Mesmo apesar do CG4 parecer com um cometa ele é certamente muito diferente de um. Não existem muitas informações sobre o

Como é que sabemos que a VOYAGER alcançou o espaço interestelar

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" Você está aqui": impressão de artista que coloca as impressionantes distâncias do Sistema Solar em perspectiva. A escala é medida em Unidades Astronómicas (UA), com cada distância para lá de 1 UA representando 10 vezes a distância anterior. Cada UA é igual à distância entre a Terra e o Sol. A sonda Voyager 1 Crédito: NASA/JPL-Caltech   O se e quando a sonda Voyager 1 da NASA, o objecto mais distante feito pelo Homem, rompeu pelo espaço interestelar, o espaço entre as estrelas, tem sido um assunto aceso. Durante o último ano, surgiram alegações a cada poucos meses de que a Voyager 1 tinha "deixado o Sistema Solar." Porque é que a equipa da missão só agora veio a público dizer que a sonda alcançou o espaço interestelar?    Nós temos sido cautelosos porque estamos a lidar com um dos marcos mais importantes na história da exploração espacial e da Humanidade," afirma Ed Stone, cientista do projecto Voyager no Instituto de Tecnologia em Pasadena, no es

O Enigma das Supernovas - (1a Parte)

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Supernova Cassiopéia, foto pela NASA Goddard Space Flight Center   Algumas estrelas terminam os seus dias como supernovas, um violento fenómeno durante o qual se produz uma poderosa emissão de energia. Chegam a gerar, por vezes, um fulgor mais intenso do que o brilho de uma galáxia inteira. No extravagante universo que habitamos, talvez nenhum outro objeto cósmico seja tão excêntrico como as estrelas explosivas conhecidas por “supernovas”. Embora muito já tenha sido escrito sobre as suas variantes e propriedades, os astrónomos que as estudam continuam a deparar com todo o género de surpresas e mistérios.  De facto, foram apresentados, no ano passado, alguns estudos inovadores sobre esses fenómenos, e entrou em órbita o telescópio espacial NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array), através do qual a NASA espera poder mapear, através de raios X de alta energia, as explosões que constituem o canto do cisne das supernovas.   As estrelas como o Sol, de relativamente pouca

De onde vêm os meteoritos?

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Foto da NASA:Meteoriro Hoba    A maior parte provém de colisões entre asteróides. Alguns, poucos, vêm de Marte, e menos ainda da Lua. O maior meteorito recuperado até hoje é o Hoba , que caiu na Namíbia, há cerca de 80 mil anos. É de ferro, pesa 60 toneladas e mede 2,7 metros de diâmetro. Os meteoritos contêm grãos pré-solares, minerais que se formaram em estrelas milhares de milhões de anos antes do nascimento do Sistema Solar. Apenas uma pessoa ficou ferida (e de forma ligeira) pela queda de um meteorito: em 1992, um menino ugandês foi atingido pelo meteorito Mbale , que pesava cerca de três gramas. Uma pedrada que poderia tê-lo feito rico: um meteo­rito pode vender-se a entre 800 e 40 mil dólares por grama, dependendo do tipo e do tamanho. Já foram registados mais de 24 mil meteoritos, embora se saiba que a maior parte deles cai no mar ou em zonas desérticas e desabitadas. Na foto, um grupo de estudantes no Museu de História Natural de Nova Iorque, junto ao meteorito Anhighit

Galáxias antigas já tinham forma atual, diz pesquisa

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Ilustração mostra Universo com galáxias em diferentes épocas Se você ouvir um saudosista dizer que já não se fazem mais galáxias como antigamente, saiba que é mentira. Um estudo acaba de mostrar que desde 11,5 bilhões de anos atrás o Universo já tinha galáxias nas mesmas formas que elas têm hoje. Sabe-se que as galáxias se formaram relativamente cedo na história do cosmos. A Via Láctea, por exemplo, tem cerca de 13 bilhões de anos, nascida apenas 800 milhões de anos após o Big Bang.   Contudo, os cientistas imaginavam que as galáxias, quando bebês, deviam ser bem diferentes --menos evoluídas-- que as atuais. Era o que sugeriam modelos sobre a formação dessas estruturas. Novos resultados, obtidos com o Telescópio Espacial Hubble, contestam essa ideia. Eles mostram que cerca de 2,3 bilhões de anos depois do Big Bang as galáxias já tinham mais ou menos a forma atual. "Isso significa que as galáxias amadurecem de forma mais rápida do que se acreditava", diz Gastão Lim

Asteroide passa pela Terra e engana cientistas por quase 30 anos

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Imagem registrada pelo telescópio Spitzer mostra uma sutil coma e cauda detectada ao redor do asteroide-cometa 3552 Don Quixote. A imagem da direita foi pós-processada com o objetivo de subtrair a coma do cometa para facilitar a detecção da cauda. Crédito: NASA/JPL- altech/DLR/NAU, Apolo11.com.   Em agosto de 1983 , um asteroide com mais de 18 km de comprimento passou a 44 milhões de km da Terra e foi observado por dezenas de telescópios terrestres. Agora, passados 30 anos, pesquisadores descobriram que o objeto não era um asteroide e sim cometa que ainda está ativo. Batizado de 3552 Don Quixote, o objeto se aproximou da Terra em 20 de agosto de 1983 e de acordo com dados fornecidos pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, é o terceiro maior asteroide nas vizinhanças do planeta. A descoberta de que Don Quixote é um cometa e não um asteroide resultou de um projeto coordenado por cientistas da Northern Arizona University, nos EUA, que usaram imagens no espectro in

Mais de 200 mil se dizem dispostos a viajar a Marte sem retorno

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A Mars One busca 24 voluntários ou seis grupos de quatro que realizarão o trajeto de ida sem volta com dois anos de intervalo   Mais de 200 mil pessoas de 140 países pediram para fazer parte do grupo de eventuais primeiros colonizadores de Marte em uma viagem sem retorno, informou na segunda-feira a companhia Mars-One, envolvida no projeto. No total, 202.586 pessoas se registraram para integrar a primeira leva de olonos, informou em um comunicado a empresa sem fins lucrativos holandesa, que em abril de 2013 lançou uma convocação de candidaturas para uma viagem de sete meses de duração e sem retorno a Marte, prevista para 2023.   O maior grupo de interessados provém de Estados Unidos (24%), Índia (10%), China (6%) e Brasil (5%), mas também se inscreveram candidatos de Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México e Peru, bem como de Alemanha, Austrália, Canadá, Filipinas, França, Itália, Polônia, Reino Unido, Rússia, Turquia e Ucrânia. Três fases de seleção estão previstas nos

Planetas para todos

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Impressão do artista de Corot -7b Grandes, pequenos, quentes, frios - O número de planetas descobertos fora do Sistema Solar vai a caminho dos 900. Os cientistas dividem-nos em vários tipos, de acordo com as suas características.   -CHTHONIANOS Exemplo: COROT-7b Massa: Até nove vezes a terrestre Raio da órbita: 2,58 milhões de quilómetros O nome deriva do de umas criaturas subterrâneas da mitologa grega. Provavelmente, estes corpos rochosos eram gigantes gasosos que perderam a sua espessa camada atmosférica.   -JÚPITERES QUENTES Exemplo: 51 Pegasi b Massa: metade da de Júpiter Raio da órbita: Menos de 7,9 milhões de km A estes mundos semelhantes ao maior planeta do Sistema Solar também se chama “jovianos periestelares”. Se são quentes, isso significa que estão umas cem vezes mais próximos da sua estrela do que Júpiter do Sol.   -NETUNOS QUENTES Exemplo: Gliese 436b Massa: 22 vezes a terrestre Raio da órbita: 4,4 milhões de km São gigantes gasosos que o

Quando a Lua crescente encontra o planeta Vênus

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Créditos de imagem e direitos autorais: Luis Argerich , Agustin Llorens , Guido Medici , Gabriel Remotti   No dia 8 de Setembro de 2013, o brilhante planeta Vênus apareceu como a estrela da noite pairando perto da fina Lua Crescente ao pôr-do-Sol. O encontro celeste, ou conjunção foi uma cena que maravilhou observadores por todo o mundo. Mas de alguns locais da América do Sul, a Lua na verdade passou na frente de Vênus, numa ocultação lunar. Capturada perto de Las Cañas, no Uruguai, esse mosaico de dois frames de imagens telescópicas, mostra a Lua e Vênus antes e depois da ocultação. A prateada estrela noturna aparece à direita um pouco antes de se esconder atrás do limbo lunar escuro, ainda no céu que brilhava com a luz crepuscular. Aproximadamente uma hora depois Vênus emergiu (à esquerda) juntamente à borda iluminada da Lua Crescente com três dias de vida. Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap130913.html

Estrelas e poeira através da Corona Australis

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Crédito de imagem e direitos autorais: Ignacio Diaz Bobillo   Nuvens de poeira cósmica se espalham através do campo de estrelas nessa bela vista telescópica de uma região localizada próxima da borda da Corona Australis, a Coroa do Sul. A menos de 500 anos-luz de distância as nuvens de poeira efetivamente bloqueiam a luz das estrelas de fundo mais distantes na Via Láctea. O frame como um todo se espalha por cerca de 2 graus, ou mais de 15 anos-luz na distância estimada das nuvens. Perto do centro da imagem está um grupo de amáveis nebulosas de reflexão catalogadas como NGC 6726, 6727, 6729 e IC 4812. Uma cor azul característica é produzida à medida que a luz proveniente de estrelas quentes é refletida pela poeira cósmica. A poeira também obscurece da visão, estrelas na região que ainda estão em processo de formação. A nebulosa menor amarelada NGC 6729 circunda a jovem estrela variável R Coronae Australis. Abaixo estão os arcos e loops identificados como objetos Herbig Haro

É OFICIAL: Voyager 1 deixa sistema solar e entra no espaço interestelar

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Esta impressão de artista mostra a sonda Voyager 1 contra um fundo de estrelas na vasta escuridão do espaço.Crédito: NASA/JPL-Caltech A sonda Voyager 1 da NASA é oficialmente o primeiro objecto feito pelo Homem a aventurar-se no espaço interestelar. A sonda com 36 anos está a 19 mil milhões de quilómetros do nosso Sol. Novos e inesperados dados indicam que a Voyager 1 há já cerca de um ano que viaja por plasma, ou gás ionizado, presente no espaço entre as estrelas. A Voyager está numa região de transição imediatamente fora da bolha solar, onde alguns efeitos do nosso Sol ainda são evidentes. Um relatório sobre a análise destes novos dados, um esforço liderado por Don Gurnett e pela equipa de ciência de ondas de plasma da Universidade de Iowa, em Iowa City, foi publicado na edição de ontem da revista Science.   "Agora que temos novos dados fundamentais, acreditamos que este é o salto histórico da Humanidade para o espaço interestelar," afirma Ed Stone, cientista d

O amendoim no coração da nossa Galáxia

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Os telescópios do ESO criam o melhor mapa 3D de sempre do bojo central da Via Láctea   Esta impressão artística mostra qual a forma da Via Láctea quando vista praticamente de perfil e de uma perspectiva completamente diferente da que temos a partir da Terra. O bojo central parece uma bola brilhante de estrelas em forma de amendoim e os braços em espiral e as suas nuvens de poeira associadas formam uma banda estreita.Créditos: ESO/NASA/JPL-Caltech/M. Kornmesser/R. Hurt   Dois grupos de astrónomos usaram dados dos telescópios do ESO para fazerem o melhor mapa a três dimensões de sempre das zonas centrais da Via Láctea. As equipas descobriram que as regiões internas se parecem com um amendoim ou uma estrutura em X, quando vistas a partir de certos ângulos. Esta forma estranha foi mapeada com o auxílio de dados públicos do telescópio de rastreio VISTA do ESO e também a partir de medições dos movimentos de centenas de estrelas muito ténues situadas no bojo central.

Ligação explosiva

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Astrónomo do Porto revê teoria Ao observar os jatos de gás de uma estrela binária distante, o astrónomo Paulo Garcia deu de caras com um fenómeno explosivo. É o que acontece quando colidem as estruturas magnéticas de dois sóis. Bem longe no céu, a 378 anos-luz de nós, na constelação do Camaleão, um novo sistema solar está em processo de formação. No seu centro, rodeado por um disco de gás, poeira e outros fragmentos de matéria, encontra-se uma das estrelas mais brilhantes, dentro da sua classe, que se podem observar do hemisfério sul. Conhecido entre os astrónomos como HD 104237, este objeto distingue-se do nosso Sol por uma característica que faz toda a diferença: em vez de uma, estamos perante duas enormes bolas de gás incandescente. Ou seja, trata-se de uma estrela binária.   Uma das pessoas que se sentiram atraídas pelos seus mistérios foi Paulo Garcia, investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). À frente de uma equipe internacional constituíd