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Há 136 anos, descobríamos que Marte tem duas luas

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A lua Fobos foi descoberta por Asaph Hall Foto: Nasa / Divulgação   Certa vez , Johannes Kepler, um dos mais importantes nomes da astronomia, propôs que Marte teria duas luas. O motivo: se a Terra tem um satélite natural, e Júpiter tem quatro (conhecidos na época), então Marte, cuja órbita fica no meio do caminho, deve ter dois. Hoje sabemos que o número de satélites de Júpiter chega às dezenas, mas, por incrível que pareça, Kepler acertou em cheio: Marte tem exatas duas luas. E elas foram descobertas há 136 anos.   Na comunidade científica, a maioria acreditava que Marte não tinha satélites naturais. Asaph Hall, duvidando disso, usou um telescópio do Observatório Naval de Washington. Primeiro, ele encontrou a menor delas: Deimos. Alguns dias depois, em 17 de agosto de 1877, observou pela primeira vez Fobos. O satélite mais próximo era mais brilhante e dava uma volta no planeta em apenas oito horas - mais rápido que a rotação de Marte. Para se ter ideia, a nossa Lua lev

Magnetar misterioso possui uma das mais fortes campos magnéticos no Universo

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Campo magnético   do   magnetar SGR 0418   Cientistas usando o Telescópio Espacial XMM-Newton da ESA descobriram que uma curiosa estrela morta tem escondido um dos mais fortes campos magnéticos de todo o universo, apesar das sugestões anteriores terem indicado um campo magnético incomumente baixo. O objeto conhecido como SGR 0418+5729 (ou SGR 0418) é uma magnetar, um tipo particular de estrela de nêutrons. Uma estrela de nêutrons é o núcleo morto de uma estrela que já foi massiva e que colapsou sobre si mesma depois de queimar todo o combustível e explodir num dramático evento de supernova. Elas são objetos extremamente densos, tendo uma massa maior que a do Sol em uma esfera de somente 20 km de diâmetro, ou seja do tamanho de uma cidade. Uma pequena proporção das estrelas de nêutrons se formam e vivem brevemente como magnetars, denominadas assim devido aos intensos campos magnéticos, bilhões a trilhões de vezes maior do que aqueles gerados em máquinas de infravermelho n

Estrelas fogem de um acidente cósmico

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Imagens astronômicas as vezes nos apresentam truques de perspectiva. Bem no centro dessa imagem, duas galáxias espirais parecem estar sofrendo uma colisão espetacular, com uma série de estrelas que parecem fugir do local de acidente num tumulto caótico. Contudo isso é apenas um truque de perspectiva. É verdade que duas galáxias espirais estão se colidindo, mas elas estão a milhões de anos-luz de distância, muito mais distante da nuvem de estrelas azuis e vermelhas que aparecem perto da fusão das espirais.   Esse conjunto de estrelas na verdade é uma galáxia anã irregular denominada de ESO 489-056. A galáxia anã, está na verdade muito mais distante do que as estrelas mais brilhantes que aparecem em primeiro plano na imagem, e que estão muito mais perto de nós, na própria Via Láctea.   A ESO 489-056 está localizada a 16 milhões de anos-luz da Terra na constelação de Canis Major (O Cão Maior), no nosso universo local. Ela é composta de alguns bilhões de estrelas azuis e verme

Nasa termina tentativas de recuperar totalmente telescópio Kepler, considera novas missões

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Impressão de artista do Telescópio Espacial Kepler. Crédito: NASA   Após meses de análises e testes, a equipa do Telescópio Espacial Kepler terminou as suas tentativas de restaurar o observatório para pleno funcionamento e está agora considerando que novas pesquisas científicas pode realizar na sua condição actual. Duas das quatro rodas de reacção do Kepler, que são usadas para apontar a nave com precisão, falharam. A primeira em Julho de 2012, e a segunda em Maio passado. Os esforços dos engenheiros para restaurar pelo menos uma das rodas têm sido infrutíferos.   O Kepler completou a sua missão principal em Novembro de 2012 e começou a sua missão prolongada de quatro anos nessa altura. No entanto, a nave precisa de três rodas em funcionamento para continuar a sua busca por exoplanetas tipo-Terra, planetas fora do nosso Sistema Solar, em órbita de estrelas como o Sol, no que é conhecido como zona habitável -- o intervalo de distâncias de uma estrela onde a temperatura à su

NGC 1232: Galáxia Anã é registrada se chocando com uma grande galáxia espiral

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Observações feitas com o Observatório de Raios-X Chandra, da NASA têm revelado uma massiva nuvem de gás aquecido a milhões de graus a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra. A nuvem de gás quente é provavelmente causada pela colisão entre uma galáxia anã e uma galáxia muito maior, chamada de NGC 1232. Se confirmada, essa descoberta marcaria a primeira vez que esse tipo de colisão teria sido detectada somente em raios-X, e poderia ter implicações para o entendimento sobre como as galáxias crescem por meio de colisões similares. Uma imagem combinando raios-X e dados da luz óptica mostra a cena dessa colisão.   O impacto entre a galáxia anã e a galáxia espiral causou uma onda de choque, que gerou gás quente com uma temperatura de aproximadamente 6 milhões de graus. Os dados de raios-X do Chandra, em roxo, mostram o gás quente que tem a aparência de um cometa, gerado pelo movimento da galáxia anã. Os dados ópticos, obtidos pelo Very Large Telescope do ESO revelam a galáxi

Novo estudo argumenta que VOYAGER 1 ja saiu do sistema solar

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De acordo com uma equipe de investigadores da Universidade de Maryland, EUA, a Voyager 1 parece ter finalmente saído do nosso Sistema Solar e entrado no espaço interestelar. Esta impressão de artista mostra a sonda Voyager 1 contra um fundo de estrelas na vasta escuridão do espaço. Crédito: NASA/JPL-Caltech   Transportando saudações terrestres num fonógrafo banhado a ouro e instrumentos científicos ainda operacionais, a sonda Voyager 1 da NASA é o objecto mais distante feito pelo Homem. E agora, afirmam estes cientistas, começou a primeira exploração da nossa Galáxia para lá da influência do Sol. "É uma visão um tanto ou quanto controversa, mas pensamos que a Voyager finalmente deixou o Sistema Solar, e está realmente no início das suas viagens pela Via Láctea," afirma Marc Swisdak, autor principal de um novo artigo publicado esta semana na revista The Astrophysical Journal Letters. Swisdak e colegas James F. Drake, também da mesma universidade, e Merav Opher da Un

A Nova Delphini 2013

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Créditos da Imagem: Jimmy Westlake ( Colorado Mountain College ) Usando um pequeno telescópio para vasculhar os céus no dia 14 de Agosto de 2013, o astrônomo amador japonês Koichi Itagaki descobriu uma “nova” estrela dentro das fronteiras da constelação de Delphinus. Indicada nessa imagem acima capturada no dia 15 de Agosto de 2013 desde Stagecoach, no Colorado, ela agora foi propriamente designada como Nova Delphini 2013. Sagitta, a Seta, aponta o caminho para a localização dessa nova estrela, que atualmente se encontra bem alta no céu noturno (no hemisfério norte), não muito distante da brilhante estrela Altair e do asterismo conhecido pelos observadores do hemisfério norte como o Triângulo de Verão. A nova é reportada como sendo de fácil observação com binóculos, perto do limite de visibilidade a olho nu em céus escuros.   De fato, cartas celestes anteriores mostram uma estrela conhecida muito mais apagada (com uma magnitude 17), na posição onde a Nova Delphini foi reg

Novo pulsar regula atividade de buraco negro

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© MPIfR (ilustração de pulsar próximo de buraco negro)   Uma equipe de astrônomos descobriu pulsos de rádio a partir de uma estrela de nêutrons praticamente ao lado do buraco negro supermassivo que reside no centro da Via Láctea. Um pulsar é uma estrela de nêutrons que gira rapidamente, onipresente no resto da Via Láctea, mas até agora invisível na região do centro galáctico. Ao estudar a emissão de um pulsar, a equipe, incluindo Heino Falcke (Radboud University Nijmegen/ ASTRON) e Adam Deller (ASTRON), foi capaz de mostrar que a matéria está sendo engolida pelo buraco negro supermassivo permeado por um campo magnético forte o suficiente para regular os hábitos alimentares do buraco negro e explicar a sua emissão em rádio e raios X.     A descoberta de um pulsar em órbita perto do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, o Sagitário A* (Sgr A*) tem sido um dos principais objetivos dos astrônomos nos últimos 20 anos. Os pulsares atuam como relógios cósmicos extr

Viagem sem volta a Marte já tem mais de 100 mil inscritos

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Inscrições online para o Mars One estão abertas até o dia 31 de agosto Os 24 astronautas escolhidos passariam a viver nestas estações de 'colonização' Foto: AFP   Mais de 100 mil pessoas se inscreveram para uma viagem sem volta à Marte, dentro de um projeto que pretende colonizar o planeta a partir de 2023. As inscrições online, que ainda estão abertas até o dia 31 de agosto, fazem parte do Mars One, iniciativa liderada pelo cientista holandês Bas Lansdorp, que participou de uma conferência no último dia 9 por meio do Twitter, para responder perguntas dos candidatos e jornalistas. Lansdorp, que confirmou o número de inscritos aos principais jornais americanos esta semana, disse que a quantidade de candidatos tende a crescer ainda mais nas próximas semanas.   Existe um grande número de pessoas que ainda está trabalhando nos próprios perfis, decidindo se pagam ou não pela inscrição ou continuam preparando os vídeos de apresentação, preenchendo os formulários e se

6 Galáxias Deslumbrantes

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IC 342 , U ma Galáxia Espiral em Camelopardalis Similar em tamanho, e ao brilho das grandes galáxias espirais na nossa vizinhança cósmica, a IC 342 está localizada a apenas 10 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação do céu do norte de Camelopardalis (a Girafa). Uma vasta ilha do universo, a IC 342 seria uma proeminente galáxia no céu noturno do planeta Terra, mas ela na verdade fica escondida da nossa visão clara, coberta por um véu de estrelas, gás e poeira ao longo do plano da nossa Via Láctea.  Mesmo apesar da luz da IC 342 ser apagada pelas nuvens cósmicas, essa imagem telescópica profunda traça as linhas de poeira obscuras da galáxia, os aglomerados estelares azuis, e as brilhantes e rosadas regiões de formação de estrelas ao longo de seus braços espirais que se formam longe do centro da galáxia. A IC 342 pode estar passando por um recente processo de explosão de atividade de formação de estrelas e é próxima o suficiente para ter influenciado gravitaciona

Calmaria antes da tempestade

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Créditos: ESO   Esta bela imagem mostra as galáxias NGC 799 (em baixo) e a NGC 800 (em cima) situadas na constelação da Baleia. Este par de galáxias foi observado pela primeira vez em 1885 pelo astrônomo americano Lewis Swift. Situadas a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância, e estando voltadas de face para nós, podemos apreciar as suas formas de maneira clara. Tal como a Via Láctea – a nossa Galáxia – estes objetos são ambos galáxias espirais, com os característicos braços compridos que se enrolam em direção ao brilhante bojo central. Nos braços espirais bastante proeminentes podemos observar um grande número de estrelas azuis, jovens e quentes que se formam em grupos (os pequeníssimos pontos azuis que se vêem na imagem), enquanto que no bojo central um enorme grupo de estrelas velhas, vermelhas e mais frias se amontoam numa região compacta quase esférica.   À primeira vista, estas galáxias parecem-se uma com a outra, mas na realidade há muitos detalhes diferentes

Órbitas dos asteróides potencialmente perigosos

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Créditos da Imagem: NASA , JPL-Caltech Os asteroides são perigosos? Alguns são, mas a probabilidade de um asteroide perigoso atingir a Terra durante um ano é baixa. Pelo fato de alguns eventos do passado de extinção em massa estar ligados aos impactos de asteroides, contudo, a humanidade, tem dado prioridade para catalogar esses asteroides que podem um dia afetar a vida na Terra. A imagem acima mostra as órbitas de mais de 1000 dos conhecidos Potentially Hazardous Asteroids (PHAs). Esses pedaços de rocha e gelo documentados têm mais de 140 metros de diâmetro e passarão a uma distância dentro de um raio de 7.5 milhões de quilômetros da Terra, algo em torno de 20 vezes a distância entre a Terra e a Lua. Embora nenhum deles se chocará com a Terra, nos próximos 100 anos – nem todos os PHAs foram descobertos ainda – e nem se chocaram com a Terra nos últimos 100 anos, muitas órbitas são difíceis de serem previstas. Onde um asteroide desse tamanho se chocasse com a Terra, ele poderia

Meteoros Perseidas terão máxima intensidade às 2h desta terça-feira

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Chuva anual poderá ser vista do Brasil por quem olhar na direção norte. Fenômeno ocorre porque a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle. Chuva de meteoros associados ao cometa Swift-Tuttle pôde ser vista na região central da Grécia, na madrugada deste sábado (10). meteoros queimam na atmosfera da Terra (Foto: Petros Giannakouris/AP)   A anual chuva de meteoros Perseidas, conhecida popularmente como "lágrimas de San Lorenzo", alcançará sua intensidade máxima às 2h da manhã (horário de Brasília) desta terça-feira (13). As Perseidas poderão começar a ser vistas com maior clareza quando seu ponto radiante, na direção norte, sair sobre o horizonte. Será possível observar meteoros durante toda a noite, mas é a partir do nascimento da constelação de Perseu que mais meteoros vão poder ser visualizados, segundo o astrônomo Cássio Barbosa , colunista do G1 . Por hora, será possível ver de 10 a 15 meteoros, de acordo com o especialista.   Isso ocorre porque, a cada

Explosão ilumina galáxia invisível

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Explosão de raios gama ilumina gás interestelar A mais de 12 bilhões de anos atrás, uma estrela explodiu, se rompendo e expelindo o que sobrou em jatos gêmeos com uma velocidade próxima da velocidade da luz. Sua morte foi um evento tão brilhante que conseguiu iluminar sua galáxia inteira um milhão de vezes mais, do que ela era iluminada antes. O flash brilhante viajou através do espaço por 12.7 bilhões de anos para chegar a um planeta que estava longe de existir no momento da explosão, a nossa Terra. Analisando essa luz, os astrônomos aprenderam sobre uma galáxia que outrora era muito pequena, apagada e distante para ser observada até mesmo pelo Telescópio Espacial Hubble. “Essa estrela viveu numa época interessante, a chamada idade das trevas, um bilhão de anos depois do Big Bang”, disse o autor principal do estudo Ryan Chornock do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA).   “Por um lado, nós somos cientistas forenses, investigando a morte de uma estrela e a vida

Primeira versão do mapa 3D da estrutura em larga escala do universo distante

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Uma equipe internacional liderada pelos astrônomos da Universidade de Kyoto, no Japão, a Universidade de Tóquio e a Universidade de Oxford na Inglaterra, lançaram a sua primeira versão de um mapa 3D do universo do seu projeto FastSound, que pesquisa as galáxias no universo com mais de 9 bilhões de anos-luz de distância. Usando o novo Fiber Multi-Object Spectrograph (FMOS) do Telescópio Subaru, o mapa 3D da equipe inclui 1100 galáxias e mostra a estrutura de grande escala do universo a 9 bilhões de anos atrás. O projeto FastSound, um dos Programas Estratégicos do Telescópio, começou suas observações em Março de 2012 e continuará até a primavera de 2014.   Embora pesquisas com mapas 3D do universo sejam conduzidas no chamado universo próximo, como é o caso do Sloan Digital Sky Survey com cobertura de 5 bilhões de anos-luz de distância, o projeto FastSound é único pois desenvolveu um mapa 3D do universo distante, cobrindo o maior volume do universo a quase 10 bilhões de anos-luz

Se pousamos em Europa, o que queremos saber?

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Concepção artística mostra como deve ser a visão da superfície da lua Europa de Júpiter   A maior parte das coisas que os cientistas sabem da lua Europa de Júpiter vem da dezena de sobrevoos feitos pela sonda Voyager 2 da NASA em 1979 e da sonda Galileo na metade final dos anos 1990. Mesmo com poucos encontros, os cientistas conseguiram ver um mundo fraturado coberto com gelo, com tentadores sinais de um oceano de água limpa sob a superfície. Esse ambiente poderia potencialmente hospedar algum tipo de vida microbiana. Mas o que encontraríamos se fosse possível pousar na superfície de Europa e conduzir alguns experimentos ao longo das linhas de fraturas mais profundas? O que os cientistas perguntariam? Um novo estudo na revista Astrobiology com autoria da NASA aponta quais as principais questões que poderiam ser endereçadas pelos cientistas.   “Se um dia os humanos mandarem um módulo de pouso robô para a superfície de Europa, nós precisamos saber o que procurar e que fer