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Os planetas livres na Via Láctea

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© Brian Davis (Nebulosa Rosette) Astrônomos observando a Nebulosa Rosette descobriram que pequenas nuvens escuras e redondas, chamadas globulettes tem as características favoráveis para formar planetas flutuando livremente sem sua estrela progenitora.  A Nebulosa Rosette é uma enorme nuvem de gás e poeira localizada a 4.600 anos-luz da Terra na constelação de Monoceros (Unicórnio). Novas observações, feitas com telescópios da Universidade de Tecnologia Chalmers, em Gotemburgo (Suécia), mostram que nem todos os planetas flutuantes foram expulsos de sistemas planetários existentes. Eles também podem ter nascido isoladamente. O estudo mostra que as pequenas nuvens estão se movendo para fora através da nebulosa Rosette em alta velocidade, cerca de 80.000 quilômetros por hora.   As globulettes são muito pequenas, cada uma com diâmetro inferior a 50 vezes a distância entre o Sol e Netuno. Anteriormente, estimava-se que a maioria delas são de massa planetária, menos do que 13 veze

O ALMA olha de perto para o drama da formação estelar

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Novas observações do Herbig-Haro 46/47 revelaram que material ejetado tinha velocidades muito mais elevadas do que as medidas anteriormente Observações revelam jatos energéticos se aproximando (cor de rosa e roxo) e afastando (laranja e verde) Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/H. Arce / Divulgação   Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA ), os astrónomos obtiveram um plano de pormenor muito vívido do material que se afasta de uma estrela recém nascida. Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono num objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrónomos descobriram que os seus jactos são ainda mais energéticos do que o que se pensava anteriormente. As novas imagens muito detalhadas revelaram igualmente um jacto anteriormente desconhecido que aponta numa direção totalmente diferente. As estrelas jovens são objetos violentos que ejectam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilómetros por hora.   Quando es

Vênus e o sol ultravioleta em três cores

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Créditos da Imagem: NASA / SDO & the AIA, EVE, and HMI teams; Digital Composition: Peter L. Dove   Um tipo incomum de eclipse solar aconteceu no ano passado. Normalmente é a Lua da Terra que eclipsa o Sol. No mês de Junho de 2012, de forma mais incomum, o planeta Vênus tomou o lugar da Lua. Como num eclipse solar realizado pela Lua, a fase do planeta Vênus tornou-se crescente continuamente mais fina à medida que Vênus ficava cada vez mais alinhado com o Sol. Eventualmente o alinhamento tornou-se perfeito e a fase de Vênus chegou até zero. Nesse ponto o ponto escuro de Vênus cruzou então a nossa estrela mãe. A situação poderia tecnicamente ser chamada de um eclipse anelar venusiano, com um anel de fogo extraordinariamente grande. Mostrado acima durante essa ocultação, o Sol foi imageado em três diferentes cores da luz ultravioleta pelo Solar Dynamics Observatory (SDO) que orbita a Terra, com a região escura na parte direita da imagem correspondendo a um chamado buraco co

A brilhante estrela nova em Delphinus

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A imagem inferior mostrada acima apresenta a recém-descoberta e muito brilhante estrela nova em Delphinus, formalmente chamada de PNV J20233073+2046041. Novas são estrelas que rapidamente aumentam seu brilho que resulta tipicamente quando a estrela explode (uma erupção). A Nova Delphini 2013 tinha uma magnitude 6.5 quando foi observada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 2013 pelo astrônomo amador Koichi Itagaki. Quando a imagem inferior acima foi adquirida dois dias depois com o telescópio robótico no Observatório da Universidade de Atenas, em Atenas, na Grécia, a nova estava com uma magnitude 4.5 e parecia ficar cada vez mais brilhante dia após dia. No dia 18 de Agosto de 2013, ela foi facilmente visível a olho nu. Novas que podem ser observadas a olho nu aparecem no céu uma vez ou duas a cada década. A imagem superior mostrada acima foi feita pelo ESO Digital Sky Survey (DDS) e é usada para mostrar a mesma região de Delphinus antes da estrela explodir. O mapa abaixo mostra

Acordando para um ano novo

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No tempo que leva para completar um dia de trabalho, ou ter uma noite de sono, um planeta a 700 anos-luz de distância já completou um ano. Concepção artística do planeta Kepler 78b, de tamanho similar ao da Terra mas que deve ser coberto de lava. Crédito: Cristina Sanchis-Ojeda   Investigadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) descobriram que Kepler-78b, um exoplaneta com o tamanho da Terra, completa uma volta em torno da sua estrela em apenas 8 horas e meia - um dos períodos orbitais mais pequenos já detectados. O planeta está extremamente perto da sua estrela - o seu raio orbital é de apenas cerca de três vezes o raio da estrela - e os cientistas estimam que as temperaturas à superfície atinjam os 3000 K. Neste ambiente infernal, a camada superior do planeta está provavelmente derretida, criando um gigantesco e agitado oceano de lava. O mais empolgante para os cientistas é o facto de terem conseguido detectar luz emitida pelo planeta - a primeira vez para um

Como sabemos que o núcleo da Terra é feito de ferro?

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O núcleo da Terra e sua composição podem ser estudados através de ondas sísmicas que viajam através das camadas da estrutura planetária a uma velocidade que depende das propriedades do material que essas ondas percorrem. A melhor conclusão para o que compõe a parte interior do núcleo é ferro. O ferro é de longe o metal mais abundante no universo. Muitos meteoritos têm quantidades significativas da substância em seu estado nativo, e ele é considerado o primeiro metal a se formar no universo, no interior das estrelas. O interior do nosso planeta poderia ser feito de uma mistura de outros metais magnéticos, mas existem várias razões para presumir que o núcleo é feito predominantemente de ferro.   Os cientistas acreditam que uma grande parte da Terra primitiva foi formada por acreção planetária via colisões e uniões de asteroides, que são ricos em ferro. Além disso, é tão quente no interior da Terra que a composição metálica torna-se líquida. Diferentes elementos apresentam difere

Explodir o Sol com uma bomba nuclear? Dupla de pesquisadores tem a receita

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Estudo mostra que o envio de uma bomba nuclear suficientemente forte para o interior do Sol pode dar início a uma reação em cadeia capaz de varrer o Sistema Solar. Pesquisadores da área, no entanto, são céticos quanto à ideia Segundo a pesquisa, os seres humanos seriam capazes de induzir uma explosão no interior do Sol, que poderia levar à destruição da Terra. Para os pesquisadores da área, a ideia é mais próxima da ficção científica do que da astrofísica (NASA / AFP)   Que tal explodir o Sol ? Uma dupla de pesquisadores pensou nisso, e se atreveu a publicar um estudo detalhando a técnica, que consumiria todo o Sistema Solar — incluindo a Terra e a vida em sua superfície — em uma imensa bola de fogo. Para isso, a dupla formada por Alexander Bolonkin e Joseph Friedlander imaginou o lançamento de uma bomba nuclear capaz de percorrer toda a distância que separa a Terra do Sol, resistir ao calor e à radiação local e chegar ao coração do astro. Ali, uma explosão atôm

8 descobertas fantásticas feitas pelo telescópio Kepler

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Uma das missões mais bem sucedidas da NASA, sonda Kepler foi aposentada como caçadora de exoplanetas. Confira aqui algumas de suas marcantes descobertas Caçador de exoplanetas A NASA oficializou  que cessará as tentativas de reparação de Kepler, aposentando-o como caçador de exoplanetas. Mas a sonda já não era mais a mesma desde maio deste ano quando perdeu o controle de dois de seus quatro volantes de inércia que funcionavam como giroscópios. Esta falha tornou impossível a estabilização do telescópio, um dos componentes essenciais de sua missão. Agora, a agência espacial americana irá avaliar que outras tarefas a sonda poderá realizar em seu atual estado. Lançada ao espaço em 2009, a sonda conduziu com excelência a sua missão de tentar encontrar planetas similares a Terra. Ao longo de sua carreira, Kepler detectou 132 novos corpos celestes fora do nosso sistema solar. Veja nesta galeria algumas de suas mais marcantes descobertas.   Kepler-10b    Descoberto em 2011, o Kepl

O que se encontra abaixo da superfície de Marte

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Existe muito mais coisas em Marte do que nossos olhos podem ver.  Uma fatia por terras altas do sul de Marte      Usando o radar na sonda Mars Express, nós podemos ver alguns quilômetros abaixo da superfície e ver o que está localizado ali. O radar criou imagens da subsuperfície de Marte, emitindo ondas de rádio de baixa frequência em direção ao planeta, que são refletidas de qualquer superfície que elas encontram pela frente. Enquanto a maior parte das ondas são refletidas pela superfície do planeta, uma parte das ondas conseguem viajar mais fundo e refletir nas interfaces entre as camadas de diferentes materiais, como as interfaces entre rocha, água e gelo.   A intensidade e o tempo do eco de radar chegar de volta na sonda Mars Express são indicativos das profundidades dos diferentes tipos de interfaces subterrâneas. Essa imagem de radar é um slice com 5580 km de comprimento através das terras altas do hemisfério sul de Marte, criada pouco depois que o instrumento

Juno da NASA está a meio caminho de Júpiter

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A sonda Juno da NASA encontra-se na metade do caminho até Júpiter. A sonda que estudará o sistema Joviano alcançou esse marco no dia 12 de Agosto de 2013 às 09:25 hora de Brasília. A imagem gerada por computador mostra nave espacial Juno da NASA. Crédito da imagem: NASA / JPL- Caltech   “O odômetro da Juno acabou de marcar 9.464 unidades astronômicas”, disse o principal pesquisador da Juno Scott Bolton, do Southwest Research Institute em San Antonio. “A equipe está olhando para frente, se preparando para o dia em que nós entraremos na órbita ao redor do planeta mais massivo do nosso Sistema Solar”. Para esse desafio de unidades astronômicas, uma unidade astronômica, ou AU, do inglês, é uma unidade de medida usada pelos engenheiros espaciais e cientistas quando discutem as incríveis distâncias envolvidas na exploração do Sistema Solar. Uma AU é baseada na distância entre a Terra e o Sol, ou seja, 149597870.7 quilômetros. As 9.464 AU que a Juno já viajou é o equivale

Há 136 anos, descobríamos que Marte tem duas luas

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A lua Fobos foi descoberta por Asaph Hall Foto: Nasa / Divulgação   Certa vez , Johannes Kepler, um dos mais importantes nomes da astronomia, propôs que Marte teria duas luas. O motivo: se a Terra tem um satélite natural, e Júpiter tem quatro (conhecidos na época), então Marte, cuja órbita fica no meio do caminho, deve ter dois. Hoje sabemos que o número de satélites de Júpiter chega às dezenas, mas, por incrível que pareça, Kepler acertou em cheio: Marte tem exatas duas luas. E elas foram descobertas há 136 anos.   Na comunidade científica, a maioria acreditava que Marte não tinha satélites naturais. Asaph Hall, duvidando disso, usou um telescópio do Observatório Naval de Washington. Primeiro, ele encontrou a menor delas: Deimos. Alguns dias depois, em 17 de agosto de 1877, observou pela primeira vez Fobos. O satélite mais próximo era mais brilhante e dava uma volta no planeta em apenas oito horas - mais rápido que a rotação de Marte. Para se ter ideia, a nossa Lua lev

Magnetar misterioso possui uma das mais fortes campos magnéticos no Universo

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Campo magnético   do   magnetar SGR 0418   Cientistas usando o Telescópio Espacial XMM-Newton da ESA descobriram que uma curiosa estrela morta tem escondido um dos mais fortes campos magnéticos de todo o universo, apesar das sugestões anteriores terem indicado um campo magnético incomumente baixo. O objeto conhecido como SGR 0418+5729 (ou SGR 0418) é uma magnetar, um tipo particular de estrela de nêutrons. Uma estrela de nêutrons é o núcleo morto de uma estrela que já foi massiva e que colapsou sobre si mesma depois de queimar todo o combustível e explodir num dramático evento de supernova. Elas são objetos extremamente densos, tendo uma massa maior que a do Sol em uma esfera de somente 20 km de diâmetro, ou seja do tamanho de uma cidade. Uma pequena proporção das estrelas de nêutrons se formam e vivem brevemente como magnetars, denominadas assim devido aos intensos campos magnéticos, bilhões a trilhões de vezes maior do que aqueles gerados em máquinas de infravermelho n

Estrelas fogem de um acidente cósmico

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Imagens astronômicas as vezes nos apresentam truques de perspectiva. Bem no centro dessa imagem, duas galáxias espirais parecem estar sofrendo uma colisão espetacular, com uma série de estrelas que parecem fugir do local de acidente num tumulto caótico. Contudo isso é apenas um truque de perspectiva. É verdade que duas galáxias espirais estão se colidindo, mas elas estão a milhões de anos-luz de distância, muito mais distante da nuvem de estrelas azuis e vermelhas que aparecem perto da fusão das espirais.   Esse conjunto de estrelas na verdade é uma galáxia anã irregular denominada de ESO 489-056. A galáxia anã, está na verdade muito mais distante do que as estrelas mais brilhantes que aparecem em primeiro plano na imagem, e que estão muito mais perto de nós, na própria Via Láctea.   A ESO 489-056 está localizada a 16 milhões de anos-luz da Terra na constelação de Canis Major (O Cão Maior), no nosso universo local. Ela é composta de alguns bilhões de estrelas azuis e verme

Nasa termina tentativas de recuperar totalmente telescópio Kepler, considera novas missões

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Impressão de artista do Telescópio Espacial Kepler. Crédito: NASA   Após meses de análises e testes, a equipa do Telescópio Espacial Kepler terminou as suas tentativas de restaurar o observatório para pleno funcionamento e está agora considerando que novas pesquisas científicas pode realizar na sua condição actual. Duas das quatro rodas de reacção do Kepler, que são usadas para apontar a nave com precisão, falharam. A primeira em Julho de 2012, e a segunda em Maio passado. Os esforços dos engenheiros para restaurar pelo menos uma das rodas têm sido infrutíferos.   O Kepler completou a sua missão principal em Novembro de 2012 e começou a sua missão prolongada de quatro anos nessa altura. No entanto, a nave precisa de três rodas em funcionamento para continuar a sua busca por exoplanetas tipo-Terra, planetas fora do nosso Sistema Solar, em órbita de estrelas como o Sol, no que é conhecido como zona habitável -- o intervalo de distâncias de uma estrela onde a temperatura à su

NGC 1232: Galáxia Anã é registrada se chocando com uma grande galáxia espiral

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Observações feitas com o Observatório de Raios-X Chandra, da NASA têm revelado uma massiva nuvem de gás aquecido a milhões de graus a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra. A nuvem de gás quente é provavelmente causada pela colisão entre uma galáxia anã e uma galáxia muito maior, chamada de NGC 1232. Se confirmada, essa descoberta marcaria a primeira vez que esse tipo de colisão teria sido detectada somente em raios-X, e poderia ter implicações para o entendimento sobre como as galáxias crescem por meio de colisões similares. Uma imagem combinando raios-X e dados da luz óptica mostra a cena dessa colisão.   O impacto entre a galáxia anã e a galáxia espiral causou uma onda de choque, que gerou gás quente com uma temperatura de aproximadamente 6 milhões de graus. Os dados de raios-X do Chandra, em roxo, mostram o gás quente que tem a aparência de um cometa, gerado pelo movimento da galáxia anã. Os dados ópticos, obtidos pelo Very Large Telescope do ESO revelam a galáxi

Novo estudo argumenta que VOYAGER 1 ja saiu do sistema solar

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De acordo com uma equipe de investigadores da Universidade de Maryland, EUA, a Voyager 1 parece ter finalmente saído do nosso Sistema Solar e entrado no espaço interestelar. Esta impressão de artista mostra a sonda Voyager 1 contra um fundo de estrelas na vasta escuridão do espaço. Crédito: NASA/JPL-Caltech   Transportando saudações terrestres num fonógrafo banhado a ouro e instrumentos científicos ainda operacionais, a sonda Voyager 1 da NASA é o objecto mais distante feito pelo Homem. E agora, afirmam estes cientistas, começou a primeira exploração da nossa Galáxia para lá da influência do Sol. "É uma visão um tanto ou quanto controversa, mas pensamos que a Voyager finalmente deixou o Sistema Solar, e está realmente no início das suas viagens pela Via Láctea," afirma Marc Swisdak, autor principal de um novo artigo publicado esta semana na revista The Astrophysical Journal Letters. Swisdak e colegas James F. Drake, também da mesma universidade, e Merav Opher da Un

A Nova Delphini 2013

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Créditos da Imagem: Jimmy Westlake ( Colorado Mountain College ) Usando um pequeno telescópio para vasculhar os céus no dia 14 de Agosto de 2013, o astrônomo amador japonês Koichi Itagaki descobriu uma “nova” estrela dentro das fronteiras da constelação de Delphinus. Indicada nessa imagem acima capturada no dia 15 de Agosto de 2013 desde Stagecoach, no Colorado, ela agora foi propriamente designada como Nova Delphini 2013. Sagitta, a Seta, aponta o caminho para a localização dessa nova estrela, que atualmente se encontra bem alta no céu noturno (no hemisfério norte), não muito distante da brilhante estrela Altair e do asterismo conhecido pelos observadores do hemisfério norte como o Triângulo de Verão. A nova é reportada como sendo de fácil observação com binóculos, perto do limite de visibilidade a olho nu em céus escuros.   De fato, cartas celestes anteriores mostram uma estrela conhecida muito mais apagada (com uma magnitude 17), na posição onde a Nova Delphini foi reg