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Curiosity matou o gato marciano

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Mosaico de imagens mostra o Curiosity explorando a superfície de Marte   O conjunto de resultados obtidos pelo jipe robótico Curiosity na superfície de Marte revela o cenário de um planeta morto. Os trabalhos, que representam os 100 primeiros sóis (dias marcianos) da missão e acabam de ser divulgados online pelo periódico científico “Science”, jogam água na fervura daqueles que esperavam encontrar alguma coisa ainda viva no planeta. É bem verdade que o robô da Nasa nunca foi projetado para encontrar vida. Mas era a esperança dos cientistas encontrar alguns sinais indiretos, como a presença de compostos orgânicos — precursores essenciais da vida como a conhecemos — em meio às rochas marcianas. Não rolou.   Ou melhor, até rolou. Análises promovidas com o SAM (sigla inglesa para Análise de Amostras em Marte), um instrumento que processa o solo por meio de pirólise — o aquecimento sem a presença de oxigênio — mostraram a presença de diversos compostos orgânicos, em pequenas qu

Cometa ISON passa por Marte e ruma em direção ao Sol

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A foto mostra o cometa C/2012 S1 ISON, como registrado pelos astrônomos Nick Howes, Ernesto Guido e Martino Nicolino, em 01 de outubro de 2013, do observatório Remanzacco, na Itália. As inserções coloridas na imagem mostram em detalhes as comas interna e externa de ISON. Crédito: Observatório Remanzacco, Apolo11.com. O cometa C/2012 S1 ISON completou na terça-feira a primeira das aproximações dentro do Sistema Solar e chegou a apenas 10 milhões de quilômetros do planeta Marte. Agora, ruma para o momento mais dramático dessa jornada: o tórrido encontro com o Sol. Em sua rápida passagem pelas proximidades do Planeta Vermelho, ISON foi fotografado por todas as sondas que orbitam o planeta e também pelo jipe-robô Curiosity, que prospecta o solo marciano. Foram feitas diversas imagens e coleta de dados, tanto por artefatos estadunidenses como europeus e provavelmente até o final da semana já teremos imagens próximas do cometa.   ISON se aproximou do Planeta Vermelho a 32.9 km/s

Cometa se aproxima da Terra e fica verde

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Imagem obtida no sábado pelo astrônomo amador Michael Jäger mostra o Ison com sua coma verde   O famoso cometa Ison, popularmente (e talvez prematuramente) conhecido como cometa do século, já iniciou sua entrada nas regiões mais internas do Sistema Solar, onde a Terra está localizada. E novas imagens colhidas por astrônomos amadores trazem boas notícias: ele está aumentando seu brilho e ganhou uma cauda verde. Isso é um bom sinal, embora o visual ainda esteja aquém das previsões iniciais. Descoberto no ano passado, o Ison foi saudado como um grande espetáculo por ter uma órbita extremamente oval, que o levaria muito perto do Sol — é justamente a proximidade com a estrela que faz com que o gelo de sua superfície sublime e produza a vistosa cauda característica dessa classe de objetos.   Como provavelmente se trata da primeira visita desse objeto às regiões internas do Sistema Solar, imaginou-se que ele teria muito gelo em sua composição, o que ajudaria a aumentar seu bril

Russos detectam asteroide de 10 toneladas que passou raspando pela Terra

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Sistema de observação localizado na Rússia identificou a passagem do asteroide com características semelhantes ao que caiu na Terra em fevereiro   Ainda nem nos esquecemos do asteroide que atingiu a região de Chelyabinsk, na Rússia, no início do ano (como mostramos nessa matéria ) e já chega mais uma notícia de que um elemento de proporções semelhantes teria passado muito perto da Terra no último domingo (29). O responsável pela identificação do asteroide foi o sistema robótico de observação Master, construído pela Universidade de Lomonosov. De acordo com os especialistas, o corpo celeste teria 15 metros de diâmetro e poderia pesar mais de 10 toneladas, além disso, ele estaria se aproximando da terra a uma velocidade de 16 km/s.   “O asteroide foi descoberto na sexta à noite pela nossa estação próxima ao lago Baikal e nove horas depois ele sobrevoava a 11,300 quilômetros de distância da superfície da Terra”, revela Vladimir Lipunovo, da Universidade Estatal de Moscou e do In

Borboletas cósmicas voam na mesma direção

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As nebulosas planetárias adquirem a sua forma a partir da sua estrela original e do meio circundante. Entre os casos mais extremos contam-se as nebulosas bipolares como a que podemos obsevar na foto: a estrela mãe desta nebulosa bipolar possui poderosos jatos expulsando para o exterior material dos seus polos norte e sul! O resultado é esta fantástica e delicada nuvem em forma de borboleta.   Como num derradeiro suspiro, as estrelas semelhantes ao Sol “sopram” as suas camadas exteriores de gás na fase final das suas vidas. Este gás afasta-se pelo espaço e forma bonitas e impressionantes nuvens chamadas de nebulosas planetárias (embora nada tenham que ver com planetas). Estas nuvens apresentam formas diferentes sendo uma delas a nebulosa planetária bipolar. Parecem ampulhetas fantasma ou borboletas cósmicas gigantes em torno dos restos das suas estrelas mãe.   Cada nebulosa planetária provém de uma estrela diferente e nunca se aproximam o suficiente para se chegarem a tocar

Filamentos da Supernova da Vela

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Crédito de imagem e direitos autorais: Angus Lau, Y Van , SS Tong (Observatório Âmbito Jade ) A explosão já acabou, mas a sua consequência continua. A aproximadamente onze mil anos atrás, uma estrela na constelação da Vela pôde ser vista explodindo, criando um estranho ponto de luz brevemente visível pelos humanos que viviam no planeta no começo da história da humanidade. As camadas externas da estrela se chocaram com o meio interestelar, gerando uma onda de choque que ainda é visível atualmente. A onda de choque em expansão aproximadamente esférica é visível em raios-X. A imagem acima captura alguns desses gigantescos choques e de seus filamentos na luz visível. À medida que o gás voa para longe da estrela detonada, ele decai, reage com o meio interestelar, produzindo luz em muitas cores diferentes e faixas de energia. Permanecendo no centro da Remanescente de Supernova da Vela, está um pulsar, uma estrela tão densa quanto a matéria nuclear que gira completamente ao r

A sonda Cassini da NASA descobre ingrediente de plástico doméstico no espaço

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A sonda Cassini da NASA detectou propeno, um produto químico usado para se fazer vasilhas onde se guardam comida, para choques de carros e outros produtos na lua Titã, de Saturno. Essa é a primeira detecção definitiva de um ingrediente plástico em qualquer lua ou planeta que não seja a Terra. Uma pequena quantidade de propeno foi identificada na atmosfera inferior de Titã, pelo instrumento chamado de Composite Infrared Spectrometer, ou CIRS, da sonda Cassini. Esse instrumento mede a luz infravermelha, ou a radiação do calor, emitida de Saturno e de suas luas quase que dá mesma maneira que as nossas mãos sentem o calor do fogo.   Propeno, é a primeira molécula descoberta em Titã usando o CIRS. Isolando o mesmo sinal em várias altitudes, dentro da atmosfera inferior, os pesquisadores identificaram o elemento químico com um alto grau de confiança. Os detalhes dessa descoberta foram publicados num artigo da edição de 30 de Setembro de 2013 do Astrophysical Journal Letters.  

Telescópios espaciais encontran nuvens em mundos exóticos

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Kepler-7b (esquerda), que tem 1,5 vezes o raio de Júpiter (direita), é o primeiro exoplaneta a ter as suas nuvens mapeadas. O mapa de nuvens foi produzido graças a dados obtidos pelos telescópios espaciais Kepler e Spitzer da NASA.Crédito: NASA/JPL-Caltech/MIT   Astrónomos usando dados obtidos pelos telescópios espaciais Kepler e Spitzer criaram o primeiro mapa de nuvens de um planeta fora do nosso Sistema Solar, um mundo escaldante tipo-Júpiter conhecido como Kepler-7b. O planeta é marcado por nuvens altas no céu a Oeste e céus limpos a Este. Estudos anteriores pelo Spitzer resultaram em mapas de temperatura de planetas em órbita de outras estrelas, mas este é o primeiro olhar para as estruturas de nuvens num mundo distante.   Ao observar este planeta com o Spitzer e com o Kepler durante mais de três anos, fomos capazes de produzir um 'mapa' com resolução muito baixa deste planeta gigante gasoso," afirma Brice-Olivier Demory do Instituto de Tecnologia de Mass

Por que vivemos em três dimensões?

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Você já se perguntou por que, de todas as maneiras que a realidade pode ser, nós vivemos em três dimensões, em vez de duas, ou quatro, ou 1.800?   Estamos acostumados a nos mover para cima e para baixo, para esquerda e para a direita, ou ainda para frente e para trás, mas não somos capazes de realizar um movimento “hiper-para cima” ou “hiper-para baixo”. Por que isso (não) acontece? O que há de tão especial em nossas ordinárias três dimensões? A resposta mais fácil é a de que nós simplesmente evoluímos para viver em um universo tridimensional, de modo que este é o universo que nós percebemos. Se o universo tivesse apenas duas dimensões, nós também seríamos bidimensionais. E o mesmo aconteceria com quatro dimensões. No entanto, devemos admitir que esta é uma explicação tosca. Afinal, ela basicamente diz que somos do jeito que somos porque nosso universo é assim e se nosso universo não fosse assim, ele seria diferente. Jura?   Por sorte, há uma maneira mais inteligente de olha

Hubble: há 60 anos, morria o homem que descobriu a imensidão do universo

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Galáxias como Andrômeda eram vistas como nebulosas da Via Láctea antes de Hubble Foto: Nasa / Divulgação No início do século 20, diversas ideias clássicas da astronomia já haviam sido superadas. Sabíamos que a Terra não era o centro do universo. Nem o era o Sol. Contudo, os cientistas dessa época mal tinham ideia do tamanho do universo. Para eles, a nossa galáxia era a única que compunha o cosmos e que esteve estava imutável no mosaico celeste. Contudo, em outubro de 1924, um americano que passava uma noite de observações num grande domo no monte Wilson, em Los Angeles, notou que não éramos a única galáxia. Aliás, ele descobriu que o firmamento é muito maior do que imaginávamos - e que o universo está em movimento.   Advogado e soldado Hubble se formou em matemática e astronomia pela Universidade de Chicago em 1910. Seu talento lhe valeu uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Contudo, ele teve que interromper o caminho que traçava pela ciência.

A galáxia mais densa no Universo local

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© NASA (galáxia M60-UCD1) Esta imagem composta mostra a M60 e a região ao seu redor, onde os dados do observatório de raios X Chandra da NASA estão em rosa e os dados do telescópio espacial Hubble estão em vermelho, verde e azul. A imagem do Chandra mostram o gás quente, estrelas duplas que contêm buracos negros e estrelas de nêutrons e a imagem do Hubble revela estrelas na M60 e galáxias vizinhas, incluindo a M60-UCD1. A galáxia, conhecida como M60-UCD1, é um tipo de galáxia anã ultra-compacta, e está localizada perto de uma enorme galáxia elíptica, a NGC 4649, também chamada de Messier 60 (M60), cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra. Ela foi descoberta com o telescópio espacial Hubble, acompanhada de observações realizadas com o Chandra, o WM Keck e outros telescópios ópticos terrestres.   Observações do observatório WM Keck no topo do Mauna Kea, no Havaí, caracterizou a M60-UCD1 como a mais luminosa galáxia conhecida de seu tipo e uma das mais maciças, pesando 200 mil

Estrela de nêutrons sofre severas alterações

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Essas duas imagens obtidas pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA mostram uma grande mudança no brilho de raios-X de uma estrela de nêutrons com rotação super rápida, ou pulsar, entre os anos de 2006 e 2013. A estrela de nêutrons – a parte extremamente densa remanescente deixada por uma supernova – está numa órbita apertada ao redor de uma estrela de pouca massa. Esse sistema binário, conhecido como IGR J18245-2452 é um membro do aglomerado globular de estrelas M28. O IGR J18245-2452 fornece informações importantes sobre a evolução dos pulsares em sistemas binários. Pulsos de ondas de rádio têm sido observados da estrela de nêutrons enquanto ela completa uma rotação a cada 3.93 milissegundos (uma taxa impressionante de 254 vezes a cada segundo), identificando-a como um pulsar de milissegundo.   O modelo mais vastamente aceito para a evolução desses objetos é que a matéria é puxada da estrela companheira na superfície da estrela de nêutrons via um disco ao seu redor. Durante