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Filamentos cósmicos intergalácticos são revelados pela primeira vez

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No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, os astrofísicos suspeitavam que o gás primordial, aquele que foi originado logo após o Big Bang, não estava distribuído de forma homogênea no universo, mas sim em canais que fluíam entre as galáxias, uma rede cósmica de filamentos finos e grossos que se cruzavam na vastidão do espaço. Christopher Martin, professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, EUA), conta que desde os tempos em que era aluno de graduação ele estava pensando no meio intergaláctico, que contém a maior parte da matéria normal do universo, e que também é o meio em que as galáxias se formam e crescem. Para recordar a contabilidade do universo, 96% do que o compõe são a matéria e energia escuras, e dos 4% restantes, apenas a quarta parte está na forma de estrelas e galáxias. Os outros 3% são o meio intergaláctico, ou IGM. Uma das características do IGM é que ele é difícil de ver. Antigamente, ele era observado indiretamente, pela absorçã

MRO ajuda a descobrir nova cratera em Marte

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A nova cratera marciana mede cerca de metade de um campo de futebol, capturada aqui nesta imagem obtida pela câmara de mais alta-resolução da MRO, a HiRISE. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona Cientistas descobriram no Planeta Vermelho a maior e mais nova cratera de impacto, já firmemente documentada com imagens "antes e depois". As imagens foram obtidas pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) da NASA. A cratera mede cerca de metade do tamanho de um campo de futebol e apareceu pela primeira vez em Março de 2012. O impacto que a criou foi provavelmente precedido por uma explosão no céu marciano que provocou um intenso atrito entre um asteróide e a atmosfera do planeta. Esta série de eventos pode ser comparada à explosão do meteoro que quebrou janelas em Chelyabinsk, Rússia, no ano passado. A explosão de ar e o impacto no chão escureceu uma área da superfície marciana com cerca de 8 km de diâmetro. Desde que a sonda começou a sua observação sis

Nunca tente esconder a sua nave atrás de uma nebulosa!

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Esta nova imagem do espaço revela uma nebulosa chamada Gum 41, que é formada por hidrogénio, o gás mais comum do universo. No meio desta nebulosa encontra-se uma grande quantidade de jovens, brilhantes e quentes estrelas. Ao libertar luz com elevada energia, as estrelas fazem com que o hidrogénio brilhe com esta cor escarlate. Muitas das imagens astronómicas mais famosas são de nebulosas muito coloridas, tal como esta. Nestas imagens as nuvens de gás parecem espessas e brilhantes mas na realidade são enganadoras! Se um ser humano viajasse numa nave espacial até Gum 41, muito provavelmente nem daria conta do que estava no seu interior! Estas nuvens espalham-se de uma forma tão ténue que se tornam demasiado débeis para poderem ser vistas pelo olho humano. Estas nuvens são como um nevoeiro extremamente fino. Quando observado a alguns metros, o nevoeiro parece uma barreira espessa mas ao aproximarmo-nos parece dispersar-se e desaparecer - à medida que vamos penetrando parece que

Universo veio do nada, dizem físicos

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O mundo da cosmologia foi abalado no mês passado pelo bombástico anúncio de que um experimento americano havia detectado confirmação da expansão violenta do Universo após o Big Bang — um processo que teria acontecido no primeiro bilionésimo de bilionésimo de bilionésimo de bilionésimo de segundo após o nascimento do cosmos. Agora, um trio de físicos chineses diz que pode explicar o instante inicial, o momento exato do surgimento do Universo. E o cosmos inteiro, tudo que existe, teria nascido do nada. É isso mesmo. Do nada. Deixe essa conclusão assentar por alguns segundos, porque é de abalar todas as estruturas. Agora, vamos qualificar essa ideia. Nem é preciso dizer que se trata de uma afirmação para lá de controversa. Como a expansão inicial — chamada de inflação cósmica — teria “apagado” qualquer sinal de algo que aconteceu naquela minúscula fração de segundo antes dela, não existe esperança de encontrar confirmação observacional deste fato. Por outro lado, é exatamente a conc

Estrela maior que o Sol explode a 360 milhões de anos-luz da Terra

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Pela primeira vez astrônomos têm a confirmação de que uma estrela do tipo Wolf-Rayet morreu em uma violenta supernova Novidade pode ajudar cientistas a entenderem como as estrelas Wolf-Rayet, que são extremamente raras, se formam Foto: / Avishay Gal-Yam/“Weizmann Institute of Science“ O Sol tem 330 mil vezes a massa da Terra e é responsável por 99,86% da massa total de todo o Sistema Solar. Ele é capaz de gerar cerca de 400 trilhões de trilhões de watts de energia por segundo, além de apresentar uma temperatura de superfície de 10 mil graus Celsius. No entanto, para uma estrela, tudo isso é considerado pouco. As verdadeiras gigantes cósmicas são as estrelas Wolf-Rayet, que apresentam massa 20 vezes superior a do Sol e são pelo menos cinco vezes mais quentes.  Como elas são relativamente raras e muitas vezes obscuras, os cientistas não sabem a fundo como se formam, vivem e morrem. Este cenário, no entanto, pode estar mudando graças a um levantamento inovador chamado “intermediate Pal

Chuva de meteoros na Lua hoje!

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O hemisfério Norte está ligadão hoje à noite para o que pode ser uma espetacular (e nova) chuva de meteoros. Nós aqui no Patropi não teremos grande chance de observar diretamente, mas um grupo de astrônomos amadores brasileiros se recusa a desistir. Eles vão tentar ver a colisão dos meteoroides na Lua! É a tal história: pau que bate em Chico, bate em Francisco. Se a Terra atravessa uma região de poeira cósmica no espaço, é grande a chance de a Lua, nossa eterna companheira, também fazer a mesma coisa. No caso em questão, nosso planeta e seu satélite natural atravessarão, na madrugada de hoje para amanhã, a trajetória do cometa 209P/Linear, descoberto em 2004. Ao fazerem isso, partículas que tenham sido deixadas pelo astro quando ele passou por aqui entrarão em alta velocidade na atmosfera terrestre, produzindo as famosas estrelas cadentes. (Quem acompanha o Mensageiro Sideral teve a chance de testemunhar um fenômeno desses no começo do mês, ocasionado por poeira deixada pelo com

O alvo da Sonda Rosetta

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A sonda Rosetta capturou esta série fascinante de nove quadros entre os dias 27 de março e 04 de maio, fechando aproximadamente 5.000.000 – 2.000.000 quilômetros do alvo em que a Sonda deve pousar. Na imagem acima, o Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko é visto passando por um fundo distante de estrelas em Sagitário e o aglomerado de estrelas da gobular M104. O cometa com sua coma em desenvolvimento é realmente visível até o final da sequência, que se estende por cerca de 1.300 km no espaço. Rosetta está programada para agosto em um encontro precoce com o núcleo do cometa. Agora, claramente ativa, o núcleo tem cerca de 4 quilômetros de diâmetro, liberando o coma empoeirado como seu gelo e o resto de poeira, começando a sublimar na luz do sol. A sonda Rosetta entrará em contato com a superfície do núcleo em novembro. Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap140523.html

Aglomerados cósmicos lançam as sombras mais escuras

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Astrónomos descobriram aglomerados de poeira e gás tão escuros e densos que provocam as sombras mais profundas já registadas. Os aglomerados foram descobertos dentro de uma enorme nuvem cósmica. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade de Zurique Astrónomos descobriram aglomerados cósmicos tão escuros, densos e poeirentos que lançam as sombras mais profundas já registadas. Observações infravermelhas destas regiões com o Telescópio Espacial Spitzer da NASA paradoxalmente iluminam o caminho para compreender como as estrelas mais brilhantes se formam. Os aglomerados representam as áreas mais escuras de uma nuvem cósmica de gás e poeira localizada a cerca de 16.000 anos-luz de distância. Um novo estudo aproveita as sombras provocadas por estes aglomerados para medir a estrutura e massa da nuvem. Os resultados sugerem que a nuvem de poeira provavelmente irá evoluir para um dos mais massivos enxames estelares na nossa Galáxia. Os aglomerados mais densos vão resultar nas maiores e