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O passado molhado de Vênus

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Concepção artística de como Vênus pode ter sido em seu primeiro bilhão de anos. O planeta Vênus pode ter sido indistinguível da Terra em seu passado remoto, com oceanos de água líquida na superfície. É o que afirma David Grinspoon, astrobiólogo do Museu de Natureza e Ciência de Denver, nos Estados Unidos, que dedicou boa parte de sua vida a estudar esse mundo vizinho. “Os dados ainda são frouxos o suficiente para permitir a opinião contrária, mas a maioria dos cientistas que analisaram todas as evidências e como elas se encaixam no que aprendemos sobre o Sistema Solar acredita que quase com certeza Vênus começou como um lugar úmido, muito parecido com a Terra – um planeta com oceanos mornos de água líquida.” Hoje, Vênus é um inferno escaldante, com temperatura média de 460 graus Celsius. Mas cabe lembrar que, logo após o seu nascimento, o Sol era 30% menos brilhante. Portanto, havia menos radiação para esquentar o segundo planeta a contar do Sol. Embora a estrela par

Aneis ao redor da nebulosa do anel

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Créditos da imagem: Telescópio Espacial Hubble, Large Binocular Telescope, Subaru Telescope; Composição e Copyright: Robert Gendler Ela  parece familiar para os entusiastas do céu, mesmo com um pequeno telescópio. Contudo, há muito mais a ser visto da Nebulosa do Anel (M57) do que com um pequeno telescópio. O anel central facilmente visível tem cerca de um ano-luz de diâmetro, mas esta exposição incrivelmente profunda – um esforço de colaboração que combina dados de três grandes telescópios diferentes – explora os filamentos curvos de gás brilhante que se estendem muito além da estrela central da nebulosa. Esta composição notável inclui imagens de banda estreita de hidrogênio, a emissão em luz visível e a emissão de luz infravermelha. Claro, neste exemplo bem estudado de uma nebulosa planetária, o material brilhante não vem de planetas. Em vez disso, a mortalha gasosa representa as camadas externas expulsas de uma estrela parecida com o Sol que está morrendo. A Nebulosa do An

O buraco negro no nascimento do universo

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O buraco negro é uma coisa que gera muitas perguntas e dúvidas. Só não ganha da questão que, pra mim é a mais fundamental de todas: se o Big Bang é o início de tudo, o cataclismo que explodiu e deu origem ao nosso universo há 13,7 bilhões de anos, o que foi que o provocou? O que veio antes do Big Bang? Um buraco negro! Três pesquisadores do Instituto Perimeter tiveram uma nova ideia sobre o que poderia ter vindo antes do Big Bang. É uma ideia maluca e quase desconcertante. De acordo com eles, o que percebemos como Big Bang poderia ser a “miragem” tridimensional de uma estrela em colapso em um universo profundamente diferente do nosso. Bom, eu avise que era desconcertante. Para os três cientistas – Robert Mann, Niayesh Afshordi e Razieh Pourhasan -, “o maior desafio da cosmologia é entender o Big Bang em si”. O que a gente normalmente entende sobre o Big Bang, e o que de certa forma faz parte de um senso comum do que se sabe sobre esse fenômeno, é que ele começou com uma singul

Anãs brancas que colidem com estrelas de neutrões explicam supernovas mais solitárias

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Uma equipe de investigação liderada por astrónomos e astrofísicos da Universidade de Warwick descobriu que algumas das supernovas mais solitárias do Universo são provavelmente criadas por colisões de anãs brancas com estrelas de neutrões. O artigo científico foi publicado a semana passada na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. "O nosso trabalho examina as chamadas supernovas transientes 'ricas em cálcio'", afirma o Dr. Joseph Lyman, da Universidade de Warwick. "Estas são explosões luminosas com a duração de semanas. No entanto, não são tão brilhantes nem duram tanto tempo quanto as supernovas tradicionais, o que as torna difíceis de descobrir e estudar em detalhe." Impressão de artista de um sistema binário compacto entre uma anã branca e uma estrela de neutrões, expelido da sua galáxia hospedeira. Quando estão longe da galáxia, fundem-se para produzir as supernovas mais solitárias do Universo.  Crédito: Mark A. Garlick / spa

5 fatos surpreendentes sobre a sonda Rosetta

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A sonda europeia Rosetta fez a sua chegada histórica ao cometa 67P no dia 6 de agosto, tornando-se no primeiro objeto terrestre a ir de encontro a um cometa com a intenção de entrar em órbita. Já com o cometa, a sonda Rosetta irá coletar dados que ajudarão os cientistas a aprender mais sobre os cometas. Especificamente, os resultados irão lançar luz sobre como as antigas rochas geladas que vagueiam através do sistema solar se formaram há milhares de anos. A sonda espacial da Agência Espacial Europeia também pode ajudar os cientistas a encontrar respostas para algumas das questões mais prementes da ciência espacial atual. Aqui estão cinco fatos surpreendentes acerca da sonda Rosetta.  1. Este não é o primeiro rodeio cósmico da Rosetta A Rosetta fez três passagens pela Terra e uma por Marte, a fim de ganhar velocidade suficiente para passar por Júpiter e eventualmente encontrar-se com o cometa, de acordo com a ESA. A sonda também conseguiu obter alguns pontos de vista inter

Desmoronamento em Hebes Chasma em Marte

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Créditos da imagem: ESA, DLR, FU Berlin (G. Neukum) O que aconteceu em Hebes Chasma em Marte? Hebes Chasma é uma depressão ao norte do enorme cânion Valles Marineris. Uma vez que a depressão não está ligada a outras características da superfície, não está claro para onde o material interno se foi. Dentro de Hebes Chasma está Hebes Mensa, uma plataforma com 5 km de altura que parece ter sofrido um desmoronamento parcial incomum – um colapso que poderia estar fornecendo pistas. A imagem acima, tomada pela sonda robótica Mars Express atualmente orbitando Marte, mostra grandes detalhes sobre o abismo e a incomum reentrância em forma de ferradura no centro da plataforma. O material da plataforma parece ter se deslocado sobre o chão do abismo, enquanto uma possível camada escura parece ter se juntado como tinta sobre o terreno da encosta. Uma hipótese recente sustenta que rochas de sal compõem algumas camadas inferiores em Hebes Chasma, onde o sal se dissolveu em fluxos de gelo de

Será que o universo começou com um Big Bang?

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Será que o universo começou com um Big Bang? Um físico da Universidade de Heidelberg afirma que não. De acordo com seu modelo teórico , o professor  e doutor  Christof Wetterich, contrapõe a ideia de expansão cósmica a partir de uma grande explosão. Segundo sua teoria o nascimento do universo se estenderia para o passado infinito, a partir de um estado extremamente frio e estático que então ao longo de trilhões de anos vem se aquecendo paulatinamente, se expandido e se tornando dinâmico. Este ponto de vista se sustenta a partir de pressupostos teóricos fundamentados na ideia de que as massas de todas as partículas estariam aumentando constantemente, como consequência da ação dos bósons de Higgs e que ao invés do universo se expandir  a partir de uma grande explosão, ele estaria se expandindo lentamente e também estaria eventualmente encolhendo ao longo de períodos de tempo muito prolongados. Na teoria do Big Bang quando mais nos aproximamos do instante dessa grande explosão mais

Nova teoria do Universo pode ser testada pelo Hubble

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Impressão artística de uma vista do Sol a partir do Cinturão de Kuiper, onde está localizado o UX25.[Imagem: JHUAPL/SwRI] Laboratório cósmico Um candidato a planeta-anão, chamado UX25, e sua pequena lua, podem fornecer a primeira evidência experimental de um novo modelo cosmológico que inclui a antigravidade. O modelo dispensa conceitos como matéria escura, energia escura e inflação cósmica. A proposta de testar essa nova teoria observando o movimento dos dois objetos na borda do sistema solar foi anunciada por Alberto Vecchiato e Mario Gai, do Observatório Astrofísico de Turim, na Itália. Em 1915, a ainda desconhecida Teoria Geral da Relatividade, de Albert Einstein, recebeu um grande impulso de credibilidade quando foi usada para explicar uma discrepância na órbita de Mercúrio que não poderia ser explicada apenas pela física newtoniana. Agora, quase um século depois, Vecchiato e Gai calculam que o UX25 e seu minúsculo satélite - que orbitam o Sol no cinturão de Kuiper, alé

A incrível história de uma estrela que virou planeta!

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Os avanços da astronomia criaram um problema inusitado de taxonomia estelar, ou seja, de classificação de objetos. Assim: com a melhoria da capacidade dos instrumentos científicos, mas também dos modelos teóricos de formação de estrelas, os astrônomos continuamente foram empurrando o limite inferior de massa das estrelas. Simplificando, astrônomos foram descobrindo cada vez mais estrelas cada vez menores. Aí surgiu a discussão, qual deveria ser o valor da massa mínima para que um corpo celeste pudesse ser classificado como estrela. Por definição, um corpo celeste é considerado estrela se ele tem massa suficiente para produzir energia através de fusão nuclear, juntando átomos de hidrogênio e formando átomos de hélio, nos casos mais simples. É possível haver fusão de átomos mais pesados se fundindo em outros mais pesados ainda, no interior de estrelas de muita massa. Com esse processo é possível produzir até átomos de ferro. Por conta dos detalhes da física nuclear, produzir átomos

Cientistas descobrem planeta que está sendo engolido por sua estrela

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O mesmo processo ocorrerá com a Terra em relação ao Sol daqui a 4,5 bilhões de anos  Já imaginou a Terra sendo devorada pelo Sol, que se expande vorazmente e engloba todos os planetas do Sistema Solar? É isso o que está acontecendo em uma galáxia a 3.500 anos-luz de nós, onde a gigante estrela vermelha chamada KIC 8219268 passa por sua fase final de vida.  A descoberta foi feita por uma equipe do Observatório Astronômico Alemão-Espanhol de Calar Alto, na Espanha. Eles utilizaram dados do telescópio espacial Kepler, da Nasa, que durante anos acompanhou o espaço em busca de vestígios que indicassem a possível presença de planetas. Os cientistas ressaltam ainda que este é um dos raros casos já constatados onde uma estrela devora seus planetas. O planeta ameaçado de sumir do mapa foi batizado de Kepler-91b. Ele é um gigante gasoso, com tamanho 30% maior do que Júpiter. Este “mundo infernal” seria ainda equivalente a cerca de 15 Terras. Astrônomos estimam que ele já teria gasto cer