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Duas regiões de formação de estrelas na Via Láctea

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Duas regiões de formação estelar na Via Láctea austral.[Imagem: ESO/G. Beccari] Formação de estrelas Esta imagem, obtida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, mostra duas regiões de formação estelar na Via Láctea austral. A primeira destas regiões, à esquerda, é dominada pelo enxame estelar NGC 3603 e situa-se a 20.000 anos-luz de distância, no braço em espiral Carina-Sagitário da nossa Via Láctea. A segunda, à direita, é uma coleção de nuvens de gás brilhantes conhecidas pelo nome de NGC 3576, situando-se a apenas metade da distância da primeira região. Enxame estelar O NGC 3603 é um enxame estelar muito brilhante, famoso por ter a mais alta concentração de estrelas massivas descobertas na nossa Galáxia até agora. No seu centro situa-se um sistema estelar múltiplo Wolf-Rayet, conhecido por HD 97950. As estrelas Wolf-Rayet encontram-se num estado avançado de evolução e apresentam massas a partir de 20 vezes a massa solar. No entanto, apesar da sua eleva

Gaia descobre sua primeira supernova

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Supernova Gaia14aaa e sua galáxia hospedeira . Crédito: M. Fraser / S . Hodgkin / L . Wyrzykowski / H . Campbell / N . Blagorodnova / Z . Kostrzewa - Rutkowska / Liverpool Telescope / SDSS Responsável pelo mapeamento da Via Láctea, o telescópio Gaia descobriu sua primeira explosão estelar em outra galáxia muito, muito distante. Este evento poderoso, agora chamado Gaia14aaa, ocorreu em uma galáxia a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância e foi revelado através de um súbito aumento no brilho da região entre duas observações do telescópio separadas por um mês. Gaia, que começou seu trabalho científico em 25 de julho, verifica repetidamente todo o céu, de modo que cada uma das cerca de um bilhão de estrelas do catálogo final será examinada uma média de 70 vezes ao longo dos próximos cinco anos. “Esse tipo de levantamento repetitivo vem a calhar para o estudo da natureza mutável do céu”, comenta Simon Hodgkin, do Instituto de Astronomia de Cambridge, Reino U

O que é pior: a Terra ser atingida por um cometa ou por um asteroide?

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Pois é , a verdade é que nós — apenas reles mortais — somos meros reféns de várias ameaças que estão por aí, orbitando o Planeta Azul. Podem ser asteroides , cometas , explosões solares, buracos negros , colisões com outros planetas, não importa: muita gente fica com medo só de pensar na hipótese de que um desses perigos pode acontecer a qualquer momento. As megaproduções de Hollywood (Armagedom, Impacto Profundo, O Dia Depois de Amanhã, 2012, entre outras) sempre nos fizeram acreditar que um asteroide gigante é a maior ameaça para destruir a Terra, aniquilando todos os habitantes de nosso planeta, não é verdade? Mas eles nos enganaram!Os especialistas de plantão afirmam: o impacto de um cometa poderia ser muito mais devastador do que uma colisão com um asteroide. Por quê? Os asteroides próximos à Terra — conhecidos como Near-Earth Asteroids ou NEA em inglês — têm órbitas bem parecidas com a do Planeta Azul, e suas colisões tendem a golpear a Terra por trás ou de lado, pel

Medida pela primeira vez a boca de um buraco negro gigante

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Um buraco negro é uma região do espaço que concentra muita matéria, ao ponto da gravidade da região não deixar escapar nem mesmo a luz. O local em que a luz não consegue mais sair do buraco negro é chamado de “horizonte de eventos” e é, na prática, uma porta de saída do nosso universo: você passa por ali, e nunca mais vai retornar. Apesar do horizonte de eventos ser uma superfície imaginária, que é impossível de se observar, astrônomos conseguiram obter imagens da região em torno de um gigantesco buraco negro, no centro de uma galáxia distante, e mediram, pela primeira vez, a órbita estável mais próxima do buraco negro, na qual a matéria pode circular. O buraco negro supermassivo fotografado é o que está no centro da galáxia M87 , a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância. Ele é o buraco negro mais massivo conhecido (cerca de 6,8 bilhões de massas solares).O radiotelescópio usado para fazer as imagens foi o Telescópio Horizonte de Eventos , que une 50 discos refle

4 teorias sobre planetas hipotéticos que já fizeram parte do Sistema Solar

Muito tempo antes que a ciência declarasse que Plutão não passa de um planeta anão e determinasse oficialmente que o nosso Sistema Solar é composto por oito integrantes, vários corpos hipotéticos foram propostos para explicar discrepâncias orbitais e outras peculiaridades. Mas não pense que todas essas teorias eram absurdas. Algumas das ideias são bem interessantes e, em sua época, chegaram a fazer muito sentido. O pessoal do site Cracked reuniu algumas teorias sobre planetas hipotéticos em um interessante artigo, e nós aqui do Mega Curioso selecionamos quatro para você conferir: 1 – Vulcano A existência deste planeta hipotético foi proposta no século 19 por Urbain Le Verrier para explicar algumas bizarrices observadas na órbita de Mercúrio. O cientista se baseou em uma teoria apresentada por ele mesmo, na qual ele concluiu corretamente que a órbita irregular de Urano era provocada pela força gravitacional de algum planeta desconhecido — neste caso, Netuno —, a mesma ideia foi

A morte de um buraco negro é uma coisa bem estranha

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Os buracos negros são, basicamente, o fim da linha para qualquer coisa que fica muito próxima deles. Mas isso não significa que eles mesmos sejam invencíveis. Mas, então, como é a morte de um buraco negro? Na verdade, eles estão sempre em um processo de autodestruição. Realisticamente falando, você está morto logo que chega perto de um buraco negro. Você vai ser esticado como um elástico por causa da diferença na atração gravitacional nas suas metades superior e inferior, ou vai ser frito pela radiação. Ninguém, no futuro próximo vai chegar perto de um buraco negro.  Passar o “horizonte de eventos”, a fronteira imaginária do buraco negro (também conhecida como ponto de não retorno), então, não é nem sequer considerado em um futuro longínquo. Quando a matéria vai além desse horizonte, é puxada para dentro do buraco negro com tanta força que não pode escapar. Nem mesmo a luz sai. Já não “conta” mais como parte do universo. O horizonte de eventos é a parte mais assustad

Está escolhido o local de atwrragem do PHILAE

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O Philae vai aterrar no Local J, a região no centro da imagem, maracada pela cruz. Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA O "lander" Philae da Rosetta terá como alvo o Local J, uma região fascinante do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko que oferece um potencial científico único, com pistas de actividade nas proximidades e risco mínimo para o "lander" em comparação com outros locais candidatos. O Local J está na "cabeça" do cometa, um mundo de forma irregular com pouco mais de 4 km de comprimento. A decisão de escolher o Local J como o local primário foi unânime. O local secundário, Local C, está situado no "corpo" do cometa. O Philae, com 100 kg, tem pouso planeado à superfície no dia 11 de Novembro, onde irá realizar medições detalhadas para caracterizar o núcleo "in situ" de uma maneira totalmente inédita. Mas a escolha do local de pouso adequado não foi uma tarefa fácil. &qu

M27: A Nebulosa do Haltere

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A primeira pista sobre o que o Sol se tornaria foi descoberta inadvertidamente em 1764. Naquela época, Charles Messier estava compilando uma lista de objetos difusos para não serem confundidos com cometas. O vigésimo sétimo objeto na lista de Messier, agora conhecido como M27 ou Nebulosa do Haltere, é uma nebulosa planetária, o tipo de nebulosa que o nosso Sol produzirá quando a sua fusão nuclear se encerrar em seu núcleo. A M27 é uma das nebulosas planetárias mais brilhantes do céu, e pode ser vista na direção da constelação da Raposa (Vulpecula) com binóculos. Sua luz leva cerca de 1000 anos para chegar até nós. A imagem acima mostra a M27 em cores representativas das emissões de hidrogênio e oxigênio. O entendimento sobre a física e o significado da M27 estava bem além da ciência do século 18. Mesmo hoje, muitas coisas ainda se mantêm misteriosas sobre as nebulosas planetárias bipolares, como a M27, incluindo o mecanismo físico que expele o envelope externo gasoso de uma estr

Buraco negro gigantesco cria bolha de partículas

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Quando se fala em “buraco negro”, normalmente imaginamos uma espécie de “aspirador de matéria”, do qual nem mesmo a luz escapa. Contudo, alguns não apenas absorvem partículas, mas as expelem – e os feixes chegam perto de atingir a velocidade da luz. Quando desaceleram, criam uma espécie de “bolha” que, apesar do tamanho, é invisível para telescópios convencionais. Assim, usando um equipamento capaz de capturar imagens a partir de ondas de rádio de baixa frequência, o Telescópio Internacional LOFAR, uma equipe de astrônomos de vários países conseguiu registrar o fenômeno. “O resultado é de grande importância”, destaca Francesco de Gasperin, um dos autores do estudo. “Ele mostra o enorme potencial do LOFAR e traz fortes evidências do vínculo entre buracos negros, galáxias e seus arredores”. Bolha espacial Durante o teste do LOFAR, os astrônomos observaram o centro da galáxia Messier 87 (que é 2 mil vezes mais massiva do que a nossa), onde está um dos maiores buracos negros

Via Láctea acima da lagoa Salgada no deserto de Atacama no Chile

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Crédito de imagem e direitos autorais: Alex Tudorică (AIFA, U. Bonn) Galáxias, estrelas e uma serena piscina refletindo toda a cena, criam essa memorável imagem mostrada acima. A imagem na verdade é um panorama resultante de um mosaico que integra 12 imagens feitas no mês de Agosto de 2014 desde o Salar de Atacama, um planalto de sal no norte do Chile. A água calma é a Laguna Cejar, uma lagoa salgada que apresenta um grande buraco na sua região central. Na parte esquerda da imagem, a noiva do astrofotógrafo é vista capturando a mesma cena fotogênica. O céu noturno é iluminado com inúmeras estrelas, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães, as galáxias satélites da Via Láctea se apresentam à esquerda da banda brilhante da nossa galáxia, que cruza a imagem diagonalmente para a direita. A Via Láctea pode parecer incendiando o horizonte, mas essas luzes são de cidades próximas dessa região. Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap140916.html