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JÚPITER "VIAJANTE" explica sistema solar invulgar

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Pensa-se que Júpiter migrou para mais próximo do Sol antes de inverter o seu percurso até à posição atual. Crédito: NASA/JPL/Universidade do Arizona De acordo com um novo estudo publicado no dia 23 de março na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, Júpiter pode ter varrido o Sistema Solar jovem como uma bola de demolição, destruindo a primeira geração de planetas interiores antes de recuar para a sua órbita atual. Os achados ajudam a explicar porque o nosso Sistema Solar é tão diferente das centenas de outros sistemas planetários descobertos pelos astrónomos nos últimos anos. Agora que podemos olhar para o nosso próprio Sistema Solar no contexto de todos estes outros sistemas planetários, uma das características mais interessantes é ausência de planetas dentro da órbita de Mercúrio," afirma Gregory Laughlin, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, EUA, e coautor do artigo. "O sistema planetário 'pad

Nova galáxia poderia ajudar a explicar a origem da primeira luz do universo

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Algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang , durante o período chamado de Época de Reionização, o gás existente no universo deixou de ser quase completamente neutro e passou a ser quase completamente ionizado. Os cientistas acreditam que esse evento está intimamente ligado a muitas questões fundamentais da cosmologia e da estrutura de formação e evolução do mundo. Nova galáxia e primeira luz Para lançar luz sobre a física complexa do processo de reionização, a astrônoma Dra. Sanchayeeta Borthakur da Universidade Johns Hopkins (EUA) e seus colegas decidiram buscar no céu uma galáxia de formação estelar densa que emitisse enormes quantidades de radiação UV. Eles encontraram essa galáxia observando os raios UV que escapavam de sua cobertura de nuvens de poeira e hidrogênio neutro. A regiões de formação estelar em galáxias são cobertas com gases frios de modo que a radiação não pode sair. Se pudermos descobrir como a radiação fica fora da galáxia, podemos aprender qu

Estrelas em colisão explicam explosão enigmática do século XVII

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Observações APEX ajudam a explicar o mistério da Nova Vulpeculae 1670 Este mapa com a posição (marcada a vermelho) da nova que apareceu no ano 1670 foi feito pelo famoso astrônomo Hevelius e foi publicado pela Sociedade Real em Inglaterra na sua revista Philosophical Transactions. Observações recentes obtidas com o APEX e outros telescópios revelaram que a estrela que os astrônomos europeus viram não era uma nova, mas sim um tipo muito mais raro e violento de colisão estelar. A explosão foi suficientemente espetacular para ser observada a olho nu durante sua primeira fase, mas os traços que deixou eram tão fracos que foi necessário fazer análises muito detalhadas com telescópios submilimétricos, mais de 340 anos depois, para se conseguir desvendar o mistério.Crédito:Royal Society Observações recentes obtidas com o APEX e outros telescópios revelaram que a estrela que os astrônomos europeus viram aparecer no céu em 1670 não era uma nova, mas sim um tipo muito mais raro e v

Novas pistas encontradas sobre o início do sistema solar

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Interpretação artística, mostra uma jovem estrela parecida com o Sol cercada por seu disco de formação planetária de gás e poeira. (Imagem: NASA / JPL-Caltech)  Um grupo de pesquisa do UA Lunar and Planetary Laboratory, encontrou evidências em meteoritos que fazem alusão a descoberta de uma região até então desconhecida dentro do disco de poeira e gás conhecido como o disco protoplanetário – que deu origem aos planetas em nosso sistema solar. Liderados por Kelly Miller, uma estudante de doutorado no laboratório de Dante Lauretta, o investigador principal da missão OSIRIS-REx da NASA, a equipe encontrou provas minerais dentro de meteoritos que se formaram em um ambiente que foi reforçado em oxigênio e enxofre, datado de um tempo antes de as partículas se aglomerarem para formar corpos maiores como asteroides e planetas. Miller apresentou os dados na 46ª Conferência Ciência Planetária e Lunar, que foi realizada entre os dias 16-20 março em The Woodlands, Texas. Os resultados est

Sofia da NASSA encontra elo perdido entre supernovas e formação planetária

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Os dados do SOFIA revelam poeira quente (branco) que sobrevive dentro de um remanescente de supernova. A nuvem de Sagitário A Este é aqui vista em raios-X (azul). A emissão de rádio (vermelho) mostra onde de choque em expansão que colidem com as nuvens interestelares nos arredores (verde). Crédito: NASA/CXO/Herschel/VLA/Lau et al Usando o observatório SOFIA (Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy) da NASA, uma equipa científica internacional descobriu que as supernovas são capazes de produzir uma quantidade substancial de material a partir do qual planetas como a Terra se podem formar. Estes resultados foram publicados na edição de 19 de março da revista Science. As nossas observações revelam, em particular, que uma nuvem produzida por uma explosão de supernova há 10.000 anos atrás contém poeira suficiente para fabricar 7000 Terras," afirma Ryan Lau da Universidade de Cornell em Ithaca, Nova Iorque, EUA. A equipa de pesquisa, liderada por Lau, usou o telescóp

Nuvem de poeira e aurora são detectadas em Marte

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Uma aeronave da Nasa que circula por Marte detectou uma poeira misteriosa e uma aurora vibrante, ambos fenômenos inesperados no planeta vizinho à Terra - disseram pesquisadores nesta quarta-feira. A sonda da Nasa MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution, em inglês) detectou a presença de uma aurora - conhecida na Terra como aurora boreal - em dezembro, e ganharam o apelido de "luzes de Natal", segundo comunicado divulgado pela agência espacial, que apresentou as descobertas numa conferência de astronomia no Texas. "Durante cinco dias, pouco antes de 25 de dezembro, a MAVEN viu um brilho de aurora ultravioleta abrangendo o hemisfério norte", disse o comunicado. O fenômeno da aurora ocorre quando tempestades geomagnéticas desencadeadas por erupções no Sol provocam choques entre partículas energéticas - como os elétrons - com a atmosfera, fazendo com que o gás brilhe. "O que é especialmente surpreendente sobre a aurora observada é como ela ocorre

Explosão de "MINI-SUPERNOVA" Pode ter grande impacto

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GK Persei em raios-X, rádio e no visível. Crédito: NASA/CXC/RIKEN/D. Takei et al. Nos "blockbusters" de Hollywood, as explosões são muitas vezes as estrelas do espetáculo. No espaço, as explosões das estrelas verdadeiras são um foco para os cientistas que esperam entender melhor os seus nascimentos, vidas e mortes e o modo como interagem com os seus arredores. Usando o Observatório de Raios-X Chandra da NASA, astrónomos estudaram uma explosão em particular que pode fornecer pistas para a dinâmica de outras erupções estelares muito maiores. Uma equipe de investigadores apontou o telescópio para GK Persei, um objeto que causou sensação no mundo da astronomia em 1901 quando, de repente, apareceu como uma das estrelas mais brilhantes no céu por alguns dias, antes de gradualmente diminuir de brilho. Hoje, os astrónomos citam GK Persei como um exemplo de uma "nova clássica", um surto de luz produzida por uma explosão termonuclear à superfície de uma anã branca

Por que a Lua está se afastando da Terra?

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Há várias teorias tentando explicar a origem da Lua , mas nenhuma delas convence a todos os pesquisadores.[Imagem: Cosmic Collisions Space Show/Rose Center for Earth and Space/AMNH] Afastamento da Lua Você certamente não percebe, mas a Lua está se afastando de nós. Nosso satélite está atualmente 18 vezes mais longe do que quando se formou, há 4,5 bilhões de anos, afastando-se da Terra a uma velocidade de 3,78 centímetros por ano. Segundo a astrônoma Britt Scharringhausen, a razão para o aumento da distância é que a Lua levanta marés na Terra. Como o lado da Terra voltado para a Lua fica mais perto, ele sente um puxão gravitacional mais forte do que o centro da Terra. Do mesmo modo, a face oposta da Terra - que não está virada para a Lua - sente menos a gravidade da Lua do que o centro da Terra. Este efeito "estica" um pouco a Terra, tornando-a levemente oblonga - são os chamados "bojos de maré". O corpo sólido real da Terra é distorcido de alguns pouco

Um segundo planeta menor pode possuir anéis como Saturno

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Impressão de artista de um sistema de anéis em redor de um centauro. Crédito: ESO Existem apenas cinco corpos no nosso Sistema Solar que se sabe terem anéis. O mais óbvio é o planeta Saturno; em menor escala, também existem anéis de gás e poeira em redor de Júpiter, Úrano e Neptuno. O quinto membro deste grupo é Chariklo, da classe de planetas menores conhecidos como centauros: corpos rochosos e pequenos que possuem qualidades tanto de asteroides como de cometas. Os cientistas só recentemente detetaram o sistema de anéis de Chariklo - uma descoberta surpreendente, pois pensava-se que os centauros eram relativamente dormentes. Agora, cientistas detetaram um possível sistema de anéis em torno de um segundo centauro, Quíron. Em novembro de 2011, o grupo observou uma ocultação estelar na qual Quíron passou em frente de uma estrela brilhante, bloqueando momentaneamente a sua luz. Os investigadores analisaram as emissões de luz da estrela, a sombra momentânea criada por Quíron e

Uma ostentação de novas estrelas

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Esta imagem, obtida pela OmegaCAM montada no VLT Survey Telescope, no Observatório do Paranal, mostra uma parte da associação estelar Ara OB1. No centro da imagem está o jovem aglomerado aberto NGC 6193 e à sua direita vemos a nebulosa de emissão NGC 6188, iluminada pela radiação ionizante emitida pelas estrelas brilhantes mais próximas.Crédito:ESO Esta paisagem extraordinária na constelação austral do Altar contém um tesouro de objetos celestes. Aglomerados de estrelas, nebulosas de emissão e regiões de formação estelar ativa são apenas alguns dos objetos mais ricos observados nesta região, que se situa a cerca de 4000 anos-luz de distância da Terra. Esta bela imagem mostra-nos a vista mais detalhada até hoje desta parte do céu e foi obtida com o VLT Survey Telescope, instalado no Observatório do Paranal, no Chile. No centro da imagem encontra-se o aglomerado estelar aberto NGC 6193 , que contém cerca de trinta estrelas brilhantes e forma o centro da associação OB1 do Altar

Lua tem camadas, descobre robô lunar chinês

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As letras de "a" a "i" indicam as nove camadas identificadas pelo radar do robô Yutu. [Imagem: Long Xiao et al. - 10.1126/science.1259866] Camadas da Lua Resultados preliminares da sonda espacial chinesa Chang'E-3 e seu jipe Yutu sugerem que a história geológica da Lua é mais complexa do que os cientistas pensavam. Medições de um radar de penetração no solo, feitas pelo Yutu, revelaram ao menos nove camadas no subsolo no local de pouso da sonda, indicando que vários processos geológicos ocorreram lá. Long Xiao e seus colegas, que publicaram seus resultados na revista Science, atribuem essas camadas a antigos fluxos de lava e intemperismo das rochas para formar o regolito - a poeira que agora recobre quase toda a Lua - ao longo dos últimos 3,3 bilhões de anos. Eles também sugerem que o local onda a sonda chinesa pousou tem uma composição distinta dos locais de pouso anteriores na Lua. Percurso em zigue-zague A sonda espacial Chang'E-3 f

OBSERVAÇÕES DO HUBBLE SUGEREM EXISTÊNCIA DE OCEANO SUBTERRÂNEO EM GANIMEDES

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Nesta impressão de artista, a lua Ganimedes orbita o planeta gigante Júpiter. O Telescópio Espacial Hubble observou auroras na lua geradas pelos campos magnéticos de Ganimedes. Um oceano salgado por baixo da crosta gelada é a melhor explicação para a deslocação angular das cinturas aurorais medida pelo Hubble. Crédito: NASA/ESA Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA recolheu a melhor evidência, até agora, de um oceano de água salgada em Ganimedes, a maior lua de Júpiter. Pensa-se que este oceano subterrâneo tem mais água que toda a água à superfície da Terra. A identificação de água líquida é crucial na busca de mundos habitáveis para lá da Terra e na busca de vida como a conhecemos. Esta descoberta é um marco significativo, destacando o que somente o Hubble consegue fazer," afirma John Grunsfeld, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA na sua sede em Washington, EUA. "Durante os seus 25 anos em órbita, o Hubble fez muitas descobertas c

Cassini sugerem que o oceano de Encélado pode ter atividade hidrotermal

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Esta imagem de Encélado é uma impressão de artista que ilustra a possível atividade hidrotermal no fundo oceânico - e por baixo - subterrâneo, com base em resultados publicados recentemente da missão Cassini. Crédito: NASA/JPL A sonda Cassini da NASA forneceu aos cientistas a primeira evidência clara de que a lua de Saturno, Encélado , exibe sinais de atividade hidrotermal atual, que podem ser semelhantes ao que vemos nas profundezas dos oceanos da Terra. As implicações de tal atividade, num mundo que não o nosso, abrem possibilidades científicas sem precedentes. "Estes resultados acrescentam força à possibilidade de que Encélado, que contém um oceano subterrâneo e que exibe notável atividade geológica, poderá conter ambientes adequados para organismos vivos," afirma John Grunsfeld, astronauta e administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA em Washington, EUA. "Os locais no nosso Sistema Solar com ambientes extremos e em que a vida pos

Alô, alô, Philae. Você está me ouvindo? Câmbio!

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A agência espacial europeia deve começar nesta quinta-feira as primeiras tentativas de contato com a sonda robótica Philae, perdida na superfície de um cometa desde novembro. Não será uma tarefa fácil, mas as condições orbitais são bastante favoráveis.  Philae está hibernando desde 15 de novembro de 2014, menos de 72 horas após ter pousado dramaticamente na superfície gelada do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Naquela ocasião, o pequeno robô de 100 quilos sofreu um forte impacto no momento da aterrissagem e quicou duas vezes pela superfície irregular do cometa, indo parar a cerca de 1 km do local programado.    Após o pouso, a sonda transmitiu dados e imagens a partir da superfície de 67/P, mas os dados de telemetria mostraram que a nave estava ligeiramente inclinada e escorada entre duas rochas, sendo que uma delas bloqueou os raios de Sol necessários para alimentar os painéis solares. Como resultado, as baterias da Philae se esgotaram três dias após o pouso, interrompendo

A Galáxia ondulada – Via Láctea pode ser maior do que se pensava

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A Via Láctea "ondulada" pode ser 50% maior do que se pensava anteriormente. Crédito: Instituto Politécnico Rensselaer De acordo com novos achados que revelam que o disco galáctico tem várias ondas concêntricas, a Via Láctea é pelo menos 50% maior do que se estimava. A pesquisa, conduzida por uma equipa internacional liderada pela Professora Heidi Jo Newberg do Instituto Politécnico Rensselaer, revisitou dados astronómicos do SDSS (Sloan Digital Sky Survey) que, em 2002, estabeleceram a presença de um anel saliente de estrelas para lá do plano conhecido da Via Láctea.  Em essência, o que descobrimos é que o disco da Via Láctea não é apenas um disco de estrelas num plano achatado - é ondulado," afirma Heidi Newberg, professora de física, de física aplicada e de astronomia na Escola de Ciências de Rensselaer. "A partir da posição do Sol e para fora da Galáxia, vemos pelo menos quatro ondulações no disco da Via Láctea. Apesar de apenas podermos olhar para p