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Reciclagem cósmica

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A rica tapeçaria de nuvens de gás que vemos nesta imagem faz parte da enorme maternidade estelar chamada Nebulosa do Camarão (também conhecida por Gum 56 e IC 4628). Obtida com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla no Chile, esta pode bem ser uma das melhores fotografias deste objeto. A imagem mostra nodos de estrelas quentes recém nascidas aninhadas entre as nuvens que compõem a nebulosa.Crédito:ESO Parte da nebulosa gigante Gum 56 domina esta imagem, iluminada por estrelas jovens quentes e brilhantes que nasceram no seu interior. Durante milhões de anos formaram-se estrelas a partir do gás desta nebulosa, material que é posteriormente devolvido à maternidade estelar quando as estrelas envelhecidas expelem a sua matéria lentamente para o espaço ou mais dramaticamente sob a forma de explosões de supernovas. Esta imagem foi obtida pelo telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla no Chile, no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO. P

Os anés de Saturno

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Difícil achar uma coisa mais “cheguei” no Sistema Solar que os anéis de Saturno. Mas sua origem segue misteriosa. SEM EXCLUSIVIDADE Todos os planetas gigantes do Sistema Solar têm anéis. Mas os de Júpiter, Urano e Netuno são tão sutis que só podem ser observados com telescópios poderosos ou sondas espaciais. Já os de Saturno, de indiscretos que são, se ofereceram até mesmo à luneta de Galileu, em 1610. ORELHADA Ao astrônomo italiano, contudo, eles se pareciam mais com “orelhas” nas laterais do planeta. Somente em 1655 Christiaan Huygens sacou que se tratavam mesmo de anéis. Hoje sabemos que eles são feitos de partículas de gelo nos mais variados tamanhos, de milímetros a metros. OLHANDO DE PERTO Os anéis estão sob a mira constante da sonda Cassini, que está em órbita de Saturno desde 2004 e deve concluir sua missão fazendo diversas travessias em meio aos anéis, antes de mergulhar na atmosfera do planeta, em 2017. ALEI DOS ANÉIS Um aspecto curioso é que a dist

Equipe da New Horizons seleciona potencial alvo para continuação da missão – O 2014 MU69

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A NASA selecionou o potencial, próximo destino para a missão New Horizons, depois de ter realizado o histórico sobrevoo do sistema de Plutão. O destino é o pequeno Objeto de Cinturão de Kuiper (KBO) conhecido como 2014 MU69, que tem sua órbita a quase um bilhão de milhas além de Plutão. Esse remoto KBO foi um dos dois identificados como potenciais destinos e o recomendado pela equipe da New Horizons. Embora a NASA tenha selecionado o 2014 MU69 como alvo, como parte do seu processo normal de revisão, a agência conduzirá um acesso mais detalhado, antes de aprovar de maneira oficial a extensão da missão para conduzir uma ciência adicional. “Mesmo enquanto a sonda New Horizons acelera para longe de Plutão para dentro do Cinturão de Kuiper, e os dados do encontro com esse novo mundo estão sendo mandados para a Terra, nós estamos olhando o próximo destino desse intrépido explorador”, disse John Grunsfeld, astronauta, e chefe do Science Mission Directorate da NASA, na sede da agência e

Desvendando a história das galáxias

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Imagem de Messier 74 pelo Telescópio Hubble. Crédito: NASA, ESA, Hubble Heritage (STScI/AURA) - ESA/Colaboração Hubble Uma equipe internacional de cientistas, liderada por astrónomos da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Cardiff, demonstrou pela primeira vez que as galáxias podem mudar a sua estrutura ao longo da sua vida. Ao observar o céu como é hoje, e olhando para trás no tempo usando os telescópios Hubble e Herschel, a equipa mostrou que uma grande proporção de galáxias passou por uma "metamorfose" desde que foram inicialmente formadas após o Big Bang. Ao fornecer a primeira evidência direta da dimensão dessa transformação, a equipa espera lançar luz sobre os processos que causaram essas mudanças dramáticas e, portanto, ganhar uma maior compreensão da aparência e das propriedades do Universo como o conhecemos hoje. No seu estudo, que foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, os investigadores observaram cerca de

Uma tempestade solar grave pode atingir a Terra. O que vai acontecer?

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Quando você pensa em tempestade, tem medo do vento e da chuva? Pois o que você realmente deveria temer é o sol. Se uma tempestade solar grave o suficiente atingir a Terra, nossa tecnologia pode ser exterminada. Seria muito difícil se recuperar de tal catástrofe. Tempestade solar? Reze para não acontecer Tempestade solar é um termo genérico usado para descrever um monte de coisas que o sol pode lançar sobre a Terra, incluindo raios-X, partículas carregadas e plasma magnetizado. Uma enorme tempestade solar não atinge nosso planeta desde meados do século 19, mas os cientistas climáticos estão muito preocupados com a possibilidade de outra.  Estamos muito mais dependentes da tecnologia nos dias de hoje”, explica Thomas Berger, diretor do Centro de Previsão de Tempo Espacial na Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA. Nem todo tipo é um problema Uma tempestade solar normalmente começa com uma labareda solar – uma gigantesca explosão na superfície do sol que

Estudo afirma que a Terra está cada dia mais leve

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Mesmo recebendo cerca de 40 mil toneladas de partículas espaciais todos os anos, o planeta Terra não está ficando mais pesado. Ao contrário, está perdendo massa em um ritmo muito mais acelerado, ficando muito mais leve todos os dias. Diariamente, em média 110 toneladas de materiais vindos do espaço penetram a atmosfera da Terra e se juntam à massa que forma o planeta. São asteroides, cometas, meteoros ou partículas vindas de muito longe, que anualmente somam mais de 40 mil toneladas. Além desses detritos espaciais, a Nasa também estima um incremento de 160 toneladas anualmente devido à elevação da temperatura global. Isso é explicado pelas leis da termodinâmica, pois se adicionarmos energia a um sistema, sua massa também aumenta. Apesar de serem números bastante expressivos, principalmente se considerarmos os bilhões de anos que isso acontece, nosso planeta não ganha peso. Ao contrário, fica mais leve. De acordo com um estudo feito pelo pesquisador Chris Smith, da Universida

O coração tumultuoso da nossa galáxia

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As regiões centrais da nossa Galáxia, a Via Láctea, observadas pelo observatório de raios-X XMM-Newton da ESA. A imagem combina dados recolhidos a energia entre 0,5 e 2 keV (vermelho), de 2 a 4,5 keV (verde) e 4,5 e 12 keV (azul). Corresponde a cerca de 2,5º no céu, equivalente a mais ou menos mil ano-luz. Crédito: ESA/XMM-Newton/G. Ponti et al. 2015 Esta nova imagem de poderosos remanescentes de estrelas mortas e da sua ação poderosa sobre o gás circundante, obtida pelo observatório de raios-X XMM-Newton da ESA, revela alguns dos processos mais intensos que ocorrem no centro da nossa Galáxia, a via Láctea. As fontes brilhantes e parecidas a pontos que se destacam ao longo da imagem rastreiam sistemas estelares binários em que uma das estrelas chegou ao fim da sua vida, evoluindo para um objeto compacto e denso - uma estrela de neutrões ou um buraco negro. Por causa das suas altas densidades, estes remanescentes compactos devoram massa da sua estrela companheira, aquecendo o m

Aglomerado gigante de galáxias, quebra a luz e contorce imagens

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O que são esses estranhos objetos azuis? Muitas das brilhantes imagens azuis são de uma única galáxia de anel incomum que está alinhada atrás de um gigantesco aglomerado de galáxias. Aglomerados de galáxias tipicamente aparecem em amarelo, e junto com a sua matéria escura, agem como uma lente gravitacional. Uma lente gravitacional pode criar algumas imagens das galáxias de fundo, algo análogo ao que acontece, quando observamos muitos pontos de luz, através de um copo de vinho. A forma distinta dessa galáxia de segundo plano, que provavelmente acabou de se formar, tem permitido aos astrônomos deduzirem que ela apresenta imagens separadas nas posições de 4, 10, 11 e 12 horas desde o centro do aglomerado. Uma nebulosidade azulada perto do centro do aglomerado é provavelmente outra imagem da mesma galáxia de segundo plano. Ao todo, uma análise recente postulou que no mínimo 33 imagens de 11 galáxias separadas de segundo plano podem ser discernidas. Essa foto espetacular do aglome