Postagens

O que é o bóson de Higgs?

Imagem
É uma partícula subatômica que os físicos acreditam ser responsável por dar massa às demais. Sabe todo aquele papo de prótons e nêutrons que você aprende no colégio? Isso era tudo que se sabia sobre o mundo subatômico até mais ou menos 1930. De lá pra cá, os cientistas formulam teorias para entender melhor como as partículas subatômicas formam os átomos, a matéria e as forças que agem sobre ela. A principal dessas teorias é conhecida como Modelo Padrão e a descoberta do bóson serviu para comprová-la. A comprovação dessa partícula vinha sendo perseguida desde 1964, até que, em 2012, finalmente um experimento atestou (com 99,9999...% de certeza) sua existência. A descoberta foi importante, porque a confirmação de um modelo hipotético abre novos horizontes para compreender o funcionamento do Universo e até a existência de novas partículas. Porém isso é só o começo, pois o Modelo Padrão só explica 4,6% do conteúdo do Universo. UMA EXPLICAÇÃO PARA O MUNDO? "Sem o bó

E se a história do Universo fosse convertida em um dia?

Imagem
00:00:00 - SURGE TUDO Idade do Universo - Quase zero A explosão do Big Bang marca o início do nosso "dia". Segundo a física teórica, nesse momento, o Universo tem o tamanho infinitesimal de um planck (1.616199(97)×10-35 m). As forças fundamentais saem do equilíbrio, ganham aceleração, expandem-se em grandes volumes e depois se separam, formando o eletromagnetismo e as subpartículas atômicas. 00:00:01 - UMA DUPLA DO BARULHO Idade do Universo - 380 mil anos Em uma sopa de temperatura elevadíssima, composta de partículas subatômicas, como quarks e glúons, os prótons e nêutrons se formam e dão origem aos primeiros elementos: o hélio e o hidrogênio. A luz já avança livremente pelo espaço, limpando a névoa que cobre tudo. 00:03:09 - ALIMENTO DAS ESTRELAS Idade do Universo - 30 milhões de anos Modelos criados por cientistas em computadores mostram que, à medida que a sopa esfria, prótons e nêutrons começam a capturar elétrons, criando elementos de maior m

O universo foi feito especialmente para nós: entenda por quê

Imagem
Para um ser humano, o universo pode parecer um lugar muito inóspito. No vácuo do espaço, você iria sufocar rapidamente, enquanto na superfície de uma estrela você seria queimado como uma batata frita. E pelo que nós sabemos até agora, toda a vida está confinada a uma lasca de uma atmosfera em torno do planeta rochoso que habitamos. Mas, embora a origem da vida na Terra permaneça um mistério, há questões maiores para responder. Tipo: por que as leis da física permitem que qualquer vida exista em qualquer lugar que seja?  Espera aí. As leis da física? Será que elas são universais e a vida só existe por conta delas?   Lembre-se de que o universo é construído de peças fundamentais, partículas e forças, que são os blocos de construção de tudo o que vemos ao nosso redor. E nós simplesmente não sabemos por que essas peças têm as propriedades que têm. Há muitos fatos observacionais sobre o nosso universo, tais como elétrons que pesam quase nada, enquanto alguns de seus primos quarks

Explicado o estranho sinal de buragos negros em colisão

Imagem
Esta simulação ajuda a explicar o estranho sinal de luz que se pensa estar a vir de um par coeso de buracos negros em fusão, PG 1302-1202, localizado a 3,5 mil milhões de anos-luz de distância. Crédito: Universidade de Columbia Emaranhados pela gravidade e destinados a uma fusão, dois candidatos a buraco negro numa galáxia distante parecem estar numa dança intricada. Investigadores usando dados do GALEX (Galaxy Evolution Explorer) e do Telescópio Espacial Hubble obtiveram a confirmação mais convincente, até agora, para a existência de buracos negros em fusão e encontraram novos detalhes sobre o seu estranho e cíclico sinal de luz. Os candidatos a buraco negro, com o nome PG 1302-102, foram identificados pela primeira vez no início deste ano usando telescópios terrestres. Estes buracos negros são o par orbital mais íntimo já detetado até agora, com uma separação não muito maior que o diâmetro do nosso Sistema Solar. Espera-se que colidam e entrem em fusão daqui a menos de um m

Buracos Negros Estelares

Imagem
Uma visão de artista de um sistema binário composto por uma estrela de pequena massa e um objecto compacto. O material da estrela companheira é atraído pelo intenso campo gravítico do objecto compacto e forma em torno deste um disco de acreção.Crédito e Copyright: Robert Hynes . Os Buracos Negros são objectos misteriosos, ainda pouco conhecidos, cuja existência não está definitivamente comprovada. Por isso, se quisermos ser rigorosos, deveríamos sempre denominá-los “candidatos” a buracos negros. Por serem regiões do espaço-tempo com um intenso campo gravítico, constituem um dos melhores exemplos da aplicabilidade e importância da Teoria da Relatividade Geral. Apesar de misteriosos, os buracos negros são as entidades mais simples do nosso Universo. Eles podem ser completamente caracterizados por apenas 3 parâmetros: carga, massa e momento angular. Isso significa que os buracos negros no centro das galáxias e os buracos negros estelares possuem apenas uma diferença fundamental

Astrónomos perscrutam o "SACO AMNIÓTICO" de uma estrela em formação

Imagem
Impressão de artista do sistema HD 100546. Um planeta ainda no processo de formação pode estar a reforçar uma transferência de material da região exterior do disco protoplanetário, rica em gás, para as regiões mais interiores. Crédito: David Cabezas Jimeno (SEA). Astrónomos conseguiram ver através do "saco amniótico" de uma estrela ainda em formação para observar pela primeira vez a região mais interna de um sistema solar emergente. Num artigo científico publicado ontem na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, uma equipa internacional de astrónomos descreve descobertas surpreendentes nas suas observações da estrela mãe, HD 100546. O autor principal, Dr. Ignacio Mendigutía, da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Leeds, no Reino Unido, afirma: "ninguém jamais foi capaz de sondar tão perto de uma estrela ainda em formação e que também tem pelo menos um planeta tão próximo". "Fomos capazes de detetar pela primeira vez

Encélado: Lua de Saturno pode ter oceano global

Imagem
Ilustração artística da constituição que os pesquisadores atribuem à lua com base nos dados da sonda Cassini - as camadas não estão em escala. [Imagem: NASA/JPL-Caltech] OCEANO LUNAR Dados coletados pela sonda espacial Cassini, que vem estudando Saturno e suas luas há mais de uma década, revelaram que a menor lua do sistema, chamada Encélado, pode ter um oceano subsuperficial em toda a sua extensão. No ano passado, um grupo de astrofísicos italianos já havia levantado essa hipótese. A partir dos dados da sonda Cassini que eles analisaram, contudo, a conclusão era que o oceano de subsuperfície estaria concentrado em uma porção do hemisfério sul de Encélado . Agora, a própria equipe da NASA responsável pela Cassini analisou dados mais amplos e concluiu que o oceano pode se estender por toda a lua, sob a crosta de gelo que a recobre. Segundo a análise, o leve sacolejar de Encélado conforme ela orbita Saturno só pode ser explicado se houver uma camada líquida por baixo de sua

Novas imagens de Plutão pela New Horizons: É complicado

Imagem
Esta perspetiva sintética de Plutão, baseada nas mais recentes imagens de alta-resolução enviadas pela sonda New Horizons, mostra o que veríamos a aproximadamente 1800 km da área equatorial de Plutão, na direção nordeste da região escura e craterada chamada Cthulhu Regio e da extensão de planícies geladas, brilhantes e lisas informalmente denominada Sputnik Planum. Esta extensão de terreno mede 1800 km de largura. As imagens foram obtidas no dia 14 de julho quando a sonda passava a 80.000 quilómetros de Plutão. Crédito: NASA/Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins/SwRI Novas imagens de Plutão pela sonda New Horizons da NASA revelam uma variedade confusa de características superficiais e impressionam os cientistas devido à sua escala e complexidade. Plutão mostra uma diversidade de formas de revelo e complexidade de processos que rivaliza com qualquer outro objeto do Sistema Solar," afirma Alan Stern, investigador principal da New Horizons, do SwRI (Sou

Messier 63 - Um girasol galáctico

Imagem
O arranjo dos braços espirais na galáxia Messier 63, observados aqui numa nova imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, lembra o padrão encontrado no centro de um girassol. Assim, o apelido desse objeto cósmico é, Galáxia do Girassol, e não é uma coincidência. Descoberta por Pierre Mechain, em 1779, a galáxia, posteriormente, se tornou o sexagésimo terceiro objeto no famoso catálogo do astrônomo francês Charles Messier, publicado em 1781. Os dois astrônomos registraram a Galáxia do Girassol, brilhando na pequena constelação do céu do norte de Canes Venatici (os Cães de Caça). Nós agora sabemos que essa galáxia está localizada a cerca de 27 milhões de anos-luz de distância da Terra, e pertence ao grupo de galáxias M51, um grupo de galáxias, que foi nomeado, graças a presença de seu membro mais brilhante, a Messier 51, outra galáxia com forma espiral, chamada de Galáxia do Redemoinho. Os braços galácticos, seja no girassol, seja no redemoinho, são somente alguns exemplos da p

Foi por pouco: Estrela alienígena não nos acertou por menos de um ano-luz

Imagem
Concepção artística da estrela de Scholz e sua companheira anã marrom (em primeiro plano) durante o seu voo pelo sistema solar 70 mil anos atrás. O Sol aparece à esquerda, ao fundo. Astrônomos dizem que uma estrela anã vermelha e sua companheira anã marrom passaram a menos de um ano-luz de nosso próprio sol 70 mil anos atrás. Ela teria se movido em meio aos cometas nos limites exteriores da Nuvem de Oort, que rodeia o nosso sistema solar. E se você está respirando aliviado pensando que 70 mil anos é tempo demais, pense duas vezes: estima-se que nesse período os humanos modernos já estivessem se espalhando pela Ásia. A estrela é conhecida como WISE J072003.20-084651.2 , ou, para os íntimos, estrela de Scholz . Hoje, está localizada a 20 anos-luz de distância de nós nos, na constelação de Monoceros. Mas, em um estudo publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”, pesquisadores dizem que ela passou por nós a uma distância de 8 trilhões de quilômetros – ou 52 mil unidad