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As estranhas estrelas rombudas e seus discos que brilham

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Modelo da estrela Be Achernar, ilustrando duas das peculiaridades dessa classe de estrelas: a xpansão do equador estelar e o direcionamento do fluxo luminoso para os polos. [Imagem: Daniel Moser Faes] ESTRELAS BE Astrônomos brasileiros e canadenses estão começando a lançar algumas luzes sobre um dos tipos mais estranhos de estrela que se conhece. As estrelas do tipo Be são objetos tão estranhos que mesmo astrofísicos não envolvidos diretamente em seu estudo se surpreendem com a sua descrição. É que esse tipo de astro possui ao redor um disco de plasma - átomos, íons positivos e elétrons - que, embora não seja o material capaz de dar origem a planetas, pode ser descrito pelos mesmos princípios físicos que regem os discos protoplanetários, como aquele que deu origem ao nosso Sistema Solar. "Como essas estrelas giram muito rapidamente, o material da superfície do equador estelar fica fracamente ligado à estrela, em termos gravitacionais, e acaba sendo ejetado. Esse ma

Buracos negros supermassivos binários podem ser mais raros do que o pensava

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Dois buracos negros se entrelaçam em um tango gravitacional na concepção deste artística . Crédito da imagem: NASA. Devem existir menos buracos negros supermassivos binários nos núcleos das galáxias do que se pensava anteriormente, disse uma equipe de cientistas da Universidade de Brandeis em Waltaham, Massachussets, e do Instituto de Pesquisa Raman em Bangalore, na Índia. A maior parte das galáxias massivas no universo devem abrigar no mínimo um buraco negro supermassivo em seus núcleos. Quando duas galáxias colidem, seus buracos negros se juntam, formando uma dança colossal que resulta numa combinação de par. Esse processo é a mais intensa fonte de ondas gravitacionais no universo, que ainda precisam ser diretamente detectadas. As ondas gravitacionais representam a próxima fronteira da astrofísica, e sua detecção levará a novas ideias sobre o universo.  É importante se ter a maior quantidade de informação possível sobre as fontes dessas ondas”, disse o Dr. David

Discos de poeira de anãs vermelhas próximas poderia revelar segredos planetários

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Concepção  artistica de um disco empoeirado ' circumstellar' em órbita de uma jovem estrela anã vermelha . Crédito da ilustração : NASA / JPL -Caltech / T . Pyle ( SSC). Uma descoberta acidental de uma coleção de jovens estrelas do tipo anãs vermelhas perto do nosso Sistema Solar, poderiam nos dar uma rara ideia da formação planetária em câmera lenta. Os astrônomos da The Australian National University a ANU e a University of New South Wales, a UNSW, em Canberra, descobriram grandes discos de poeira ao redor de duas estrelas, mostrando sinais de planetas em processo de formação. Nós achamos que a Terra e todos os planetas se formaram de discos como esses, assim é fascinante ver um potencial novo sistema solar se formando”, disse o principal pesquisador Dr. Simon Murphy, da ANU Research School of Astronomy and Astrophysics. “Contudo, outras estrelas dessa idade normalmente não têm mais discos. Os discos das anãs vermelhas parecem viver mais do que os de estrela

Cassini encontra oceano global na lua Encélado de Saturno

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Um oceano global, está localizado abaixo da crosta congelada da lua geologicamente ativa de Saturno, Encélado, de acordo com uma nova pesquisa realizada usando dados da missão Cassini da NASA. Os pesquisadores descobriram que a magnitude da leve variação que a lua tem ao orbitar Saturno, só pode ser causada, se a concha externa de gelo não for congelada no seu interior, significando que um oceano global precisa estar presente. A descoberta mostra que o fino spray de vapor d´água, partículas congeladas e moléculas orgânicas simples que a sonda Cassini tem observado, são provenientes de fraturas localizadas perto do polo sul da lua, e que estão sendo alimentados por esse vasto reservatório de água líquida. A pesquisa está apresentada num artigo publicado online essa semana na revista Icarus. Análises prévias dos dados da Cassini sugeriam a presença de um corpo de água em forma de lente, ou um mar, abaixo do polo sul da lua. Contudo, os dados de gravidade coletados durante as p

O que é o bóson de Higgs?

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É uma partícula subatômica que os físicos acreditam ser responsável por dar massa às demais. Sabe todo aquele papo de prótons e nêutrons que você aprende no colégio? Isso era tudo que se sabia sobre o mundo subatômico até mais ou menos 1930. De lá pra cá, os cientistas formulam teorias para entender melhor como as partículas subatômicas formam os átomos, a matéria e as forças que agem sobre ela. A principal dessas teorias é conhecida como Modelo Padrão e a descoberta do bóson serviu para comprová-la. A comprovação dessa partícula vinha sendo perseguida desde 1964, até que, em 2012, finalmente um experimento atestou (com 99,9999...% de certeza) sua existência. A descoberta foi importante, porque a confirmação de um modelo hipotético abre novos horizontes para compreender o funcionamento do Universo e até a existência de novas partículas. Porém isso é só o começo, pois o Modelo Padrão só explica 4,6% do conteúdo do Universo. UMA EXPLICAÇÃO PARA O MUNDO? "Sem o bó

E se a história do Universo fosse convertida em um dia?

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00:00:00 - SURGE TUDO Idade do Universo - Quase zero A explosão do Big Bang marca o início do nosso "dia". Segundo a física teórica, nesse momento, o Universo tem o tamanho infinitesimal de um planck (1.616199(97)×10-35 m). As forças fundamentais saem do equilíbrio, ganham aceleração, expandem-se em grandes volumes e depois se separam, formando o eletromagnetismo e as subpartículas atômicas. 00:00:01 - UMA DUPLA DO BARULHO Idade do Universo - 380 mil anos Em uma sopa de temperatura elevadíssima, composta de partículas subatômicas, como quarks e glúons, os prótons e nêutrons se formam e dão origem aos primeiros elementos: o hélio e o hidrogênio. A luz já avança livremente pelo espaço, limpando a névoa que cobre tudo. 00:03:09 - ALIMENTO DAS ESTRELAS Idade do Universo - 30 milhões de anos Modelos criados por cientistas em computadores mostram que, à medida que a sopa esfria, prótons e nêutrons começam a capturar elétrons, criando elementos de maior m

O universo foi feito especialmente para nós: entenda por quê

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Para um ser humano, o universo pode parecer um lugar muito inóspito. No vácuo do espaço, você iria sufocar rapidamente, enquanto na superfície de uma estrela você seria queimado como uma batata frita. E pelo que nós sabemos até agora, toda a vida está confinada a uma lasca de uma atmosfera em torno do planeta rochoso que habitamos. Mas, embora a origem da vida na Terra permaneça um mistério, há questões maiores para responder. Tipo: por que as leis da física permitem que qualquer vida exista em qualquer lugar que seja?  Espera aí. As leis da física? Será que elas são universais e a vida só existe por conta delas?   Lembre-se de que o universo é construído de peças fundamentais, partículas e forças, que são os blocos de construção de tudo o que vemos ao nosso redor. E nós simplesmente não sabemos por que essas peças têm as propriedades que têm. Há muitos fatos observacionais sobre o nosso universo, tais como elétrons que pesam quase nada, enquanto alguns de seus primos quarks

Explicado o estranho sinal de buragos negros em colisão

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Esta simulação ajuda a explicar o estranho sinal de luz que se pensa estar a vir de um par coeso de buracos negros em fusão, PG 1302-1202, localizado a 3,5 mil milhões de anos-luz de distância. Crédito: Universidade de Columbia Emaranhados pela gravidade e destinados a uma fusão, dois candidatos a buraco negro numa galáxia distante parecem estar numa dança intricada. Investigadores usando dados do GALEX (Galaxy Evolution Explorer) e do Telescópio Espacial Hubble obtiveram a confirmação mais convincente, até agora, para a existência de buracos negros em fusão e encontraram novos detalhes sobre o seu estranho e cíclico sinal de luz. Os candidatos a buraco negro, com o nome PG 1302-102, foram identificados pela primeira vez no início deste ano usando telescópios terrestres. Estes buracos negros são o par orbital mais íntimo já detetado até agora, com uma separação não muito maior que o diâmetro do nosso Sistema Solar. Espera-se que colidam e entrem em fusão daqui a menos de um m