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Explosões de uma estrela recém nascida

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Objeto Herbig-Haro (HH) 212 capturado pelo dispositivo Infrared Spectrometer And Array Camera (ISAAC). Crédito: ESO/M. McCaughrean Um par de jatos com simetria quase perfeita está sendo lançado pelo  objeto Herbig-Haro  (HH) 212, que se vê na imagem acima obtida pelo instrumento (já desativado) do ESO, o  Infrared Spectrometer And Array Camera  (ISAAC).  Este objeto situa-se na constelação de Orion, numa região molecular densa de formação estelar, não muito longe da famosa  Nebulosa da Cabeça de Cavalo . Em regiões como esta, as nuvens de gás e poeira colapsam sob a ação da gravidade, rodando cada vez mais depressa e tornando-se cada vez mais quentes até que uma estrela jovem se acende no coração da nuvem. O material em rotação que resta ainda em torno da  protoestrela  recém nascida junta-se dando origem a um  disco de acreção  que, sob as condições certas, evolui para formar o material base à criação de planetas, asteroides e cometas. Embora este processo ainda não este

NGC 4639 - Espiral elegante esconde um monstro faminto

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A NGC 4639 é um belo exemplo de um tipo de galáxia conhecida como espiral barrada. Ela está localizada a mais de 70 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Virgo e é uma das cerca de 1500 galáxias que fazem parte do Aglomerado de Galáxias de Virgo. Nessa imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble das agências NASA e ESA, pode-se ver claramente a barra cortando o centro brilhante e arredondado da galáxia. Barras são encontradas em cerca de dois terços das galáxias espirais, e acredita-se sejam parte de uma fase natural da evolução das mesmas. Os braços espirais das galáxias são pontuados com regiões brilhantes de formação de estrelas ativas. Cada uma dessa pequenas joias, têm na verdade centenas de anos-luz de diâmetro e contêm centenas ou milhares de novas estrelas em formação. Mas a NGC 4639 também guarda um segredo no seu núcleo – um buraco negro massivo que está consumindo o gás ao redor. Isso é conhecido como um núcleo galáctico ativo, ou um AGN,

Descoberta estrela magnética tipo delta Scuti

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Ilustração de uma estrela magnética delta Scuti © Sylvain Cnudde LESIA / Observatoire de Paris   Coralie Neiner do Laboratory for Space Studies and Astrophysics Instrumentation, LESIA (CNRS/Observatoire de Paris/UPMC/Université Paris Diderot) e Patricia Lampens (Royual OIbservatory of Belgium), descobriram  a primeira estrela magnética do tipo delta Scuti, através de observações espectropolarimétricas, realizadas com o telescópio CFHT. As estrelas do tipo delta Scuti, são estrelas pulsantes, sendo que algumas delas mostram assinaturas atribuídas para um segundo tipo de pulsação. A descoberta mostra que isso é na verdade a assinatura de um campo magnético. Essa descoberta tem importantes implicações para o entendimento do interior das estrelas. Dois tipos de estrelas pulsantes existem entre as estrelas com massa entre 1.5 e 2.5 vezes a massa do Sol: as estrelas do tipo delta Scuti e as estrelas do tipo gamma Dor. A teoria nos diz que as estrelas com temperatura entre 690

Os cientistas não conseguem explicar o que está acontecendo com esta estrela

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Cientistas descobriram um estranho padrão de luz em torno de uma estrela distante, que simplesmente não conseguem explicar. O mistério é tão grande que até “tecnologia alienígena avançada” já foi considerada como uma possibilidade. “Aliens devem sempre ser a última hipótese a se considerar, mas parecia ser algo que se esperaria que uma civilização alienígena construísse”, disse Jason Wright, astrônomo da Universidade Estadual de Pensilvânia, nos EUA, ao jornal The Atlantic. KIC 8462852 A estrela, chamada KIC 8462852, está localizada a cerca de 1.500 anos-luz de distância de nós, entre as constelações do Cisne e Lira. Ela é mais brilhante, mais quente e mais massiva do que o nosso sol. Descoberta pela primeira vez pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, em 2009, vários cientistas cidadãos vasculhando os dados a apontaram “bizarra” e “interessante”. Assim, os astrônomos começaram a estudá-la. O que ela tem de especial? Normalmente, as variações de brilho das estrelas são m

Atração gravitacional da Terra faz rachaduras se abrirem na Lua

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A edição deste mês da revista “Geology” traz um artigo impressionante: segundo pesquisadores, a atração gravitacional da Terra está mexendo com a lua, abrindo rachaduras na crosta lunar. Assim como a atração gravitacional da lua faz com que os mares e lagos subam e desçam com as marés na Terra, a Terra exerce forças de maré na lua. Os cientistas já sabem disso há algum tempo, mas agora eles descobriram que essa atração, na verdade, abre falhas no satélite natural. Sabemos que a estreita relação entre a Terra e a lua remonta às suas origens, mas foi uma surpresa descobrir que a Terra ainda está ajudando a moldar a lua”, afirmou em entrevista ao portal Space.com o principal autor do estudo, Thomas Watters, cientista planetário do Museu Nacional Aéreo e do Espaço da Smithsonian Institution, em Washington, DC. Os pesquisadores analisaram dados do Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, do inglês Lunar Reconnaissance Orbiter) da Nasa, que foi lançado em 2009. Em 2010, a nave espacial

Halos de onda de rádio gigantes ao redor das galáxias espirais são mais comuns do que se pensava

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Usando um dos maiores rádio observatórios do mundo, o Very Large Array do National Radio Astronomy, um grupo de astrônomos descobriram que os halos ao redor dos discos das galáxias espirais são muito mais comuns do que se pensava anteriormente. A equipe, dirigida pela Dra. Judith Irwin, da Universidade de Queens, em Kingston, ON, Canadá, observou 35 galáxias espirais próximas de lado, de 11 a 137 milhões de anos-luz de distância da Terra. As galáxias espirais, como a nossa própria Via Láctea ou a famosa Galáxia de Andrômeda, possuem uma vasta maioria de suas estrelas, gás, e poeira num disco plano em rotação com braços espirais. A maior parte da luz e das ondas de rádio observadas com telescópios veem de objetos localizados nesse disco. “Nós sabíamos antes que alguns halos existiam, mas, usando o poder total do VLA atualizado e o poder total de algumas técnicas de processamento de imagens, nós descobrimos que esses halos são muito mais comuns entre as galáxias espirais do qu

Hubble captura mudanças na grande mancha vermelha de Júpiter

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Os cientistas usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA produziram novos mapas de Júpiter, que mostram as contínuas mudanças que ocorrem com a famosa Grande Mancha Vermelha. As imagens também revelam uma rara estrutura em forma de onda na atmosfera do planeta que não tinha sido vista por décadas. A nova imagem é a primeira de uma série de retratos anuais dos planetas externos do Sistema Solar, que nos darão um novo olhar desses mundos remotos, e ajudarão os cientistas a estudarem como eles mudam com o passar do tempo. Nessa nova imagem de Júpiter, uma grande quantidade de feições foi capturada incluindo ventos, nuvens e tempestades. Os cientistas por trás dessas novas imagens, as obtiveram usando a Wide Field Camera 3 do Hubble, num período de observação de mais de 10 horas e produziram assim dois mapas completos do planeta, a partir das suas observações. Esses mapas fizeram com que fosse possível determinar a velocidade dos ventos em Júpiter, com a finalidade de identif

Um saco cósmico cheio de carvão

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Parte da Nebulosa do Saco de Carvão vista de perto Esta imagem obtida pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros mostra parte da enorme nuvem de gás e poeira chamada Nebulosa do Saco de Carvão. A poeira nesta nebulosa absorve e dispersa a radiação emitida por estrelas de fundo.Crédito:ESO Manchas escuras bloqueiam quase completamente um rico campo estelar nesta nova imagem obtida pelo instrumento Wide Field Camera, instalado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros no Observatório de La Silla, no Chile. As áreas escuras são pequenas partes de uma enorme nebulosa escura chamada Saco de Carvão, um dos objetos mais proeminentes do seu tipo, visível a olho nu. Daqui a milhões de anos, pedaços deste Saco de Carvão irão se acender, assim como o combustível fóssil de seu nome, com o brilho de muitas estrelas jovens. A Nebulosa do Saco de Carvão situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação do Cruzeiro do Sul . Este enorme objeto empoeir

Galáxia Espiral M96 pelo Hubble

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Crédito: ESA / Hubble  &  NASA  e  Equipa LEGUS ; Reconhecimento:  R. Gendler Faixas de poeira parecem girar em torno do núcleo de M96 neste  colorido retrato detalhado  do centro de um lindo  Universo-ilha . Claro, M96 é uma  galáxia espiral , e contando desde os braços ténues  até à região central mais brilhante , cobre cerca de 100 mil anos-luz, o dobro do tamanho da nossa  Via Láctea . M96, também conhecida como  NGC 3368 , está localizada a mais ou menos 35 milhões de anos-luz e é um membro dominante do  grupo de galáxias Leo I . A  imagem  foi obtida pelo  Telescópio Espacial Hubble . A razão para a assimetria de  M96  não é clara - pode ter surgido de interações gravitacionais com outras galáxias do  mesmo grupo , mas a ausência de um brilho difuso intra-grupo parece indicar  poucas interações recentes . No pano de fundo podem ver-se outras galáxias mais distantes. Fonte: NASA

New Horizons encontra céus azuis e água gelada em Plutão

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O céu azul de Plutão: a camada de neblina de Plutão mostra o seu tom azul nesta imagem obtida pela câmara MVIC (Multispectral Visible Imaging Camera) do Ralph. Pensa-se que a neblina a alta altitude seja semelhante em natureza com a observada na lua de Saturno, Titã. A fonte de ambas as neblinas envolve reações químicas do nitrogénio e metano, iniciadas pela luz solar, levando a partículas relativamente pequenas e parecidas com fuligem (chamadas tolinas) que crescem à medida que assentam à superfície. A imagem foi gerada por software que combina informação de imagens azuis, vermelhas e no infravermelho próximo, a fim de replicar tanto quanto possível a cor que o olho humano veria. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI As primeiras imagens a cores das neblinas atmosféricas de Plutão, enviadas pela sonda New Horizons da NASA a semana passada, revelam que são azuis. Quem teria esperado um céu azul na Cintura de Kuiper? É lindo," afirma Alan Stern, investigador principal da New Horizon

O que é, afinal, a antimatéria

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O Grande Colisor de Hádrons, um acelerador de partículas gigante Para muita gente, "antimatéria" é apenas um termo tirado dos filmes de ficção científica. De fato, o inverso da matéria, formado por antipartículas, não existe naturalmente no nosso planeta. Mas o que parece teoria foi transformado em realidade há bastante tempo, e hoje é possível encontrar aplicações práticas da antimatéria nos grandes centros médicos, por exemplo. A antimatéria tem sido produzida e estudada em detalhes por muitas décadas", conta o físico Eduardo Pontón, pesquisador do Instituto Sul-Americano de Pesquisa Fundamental, do International Centre for Theoretical Physics (ICTP), em colaboração com a Universidade Estadual Paulista (Unesp). A primeira antipartícula descoberta foi o antielétron (também chamado de pósitron), em 1932, por Carl Anderson, ao estudar raios cósmicos. Mas sua existência já havia sido prevista um ano antes, pelo britânico Paulo A. M. Dirac, que levou o Nobe

Uma Bela Coleção de Objetos Direto dos Arquivos do Observatório de Raios-X Chandra

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A NASA e o Chandra lançaram uma coleção de novas imagens obtidas do arquivo do Chandra. Combinando dados de diferentes observações, novas perspectivas de objetos cósmicos podem ser criadas. Com os arquivos como esses do Chandra e de outros grandes observatórios, vistas como essas podem ser criadas e ficarem disponíveis para uma exploração futura. Os arquivos disponíveis na coleção de 2015 do Observatório de Raios-X Chandra, são: W44 Também conhecido como G34.7-0.4, W44 é uma remanescente de supernova em expansão que está interagindo com o material interestelar denso que a circunda. Os raios-X capturados pelo Chandra (azul) mostram que o gás quente preenche a concha da remanescente de supernova à medida que ela se move. Observações em infravermelho feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer revelam a concha da remanescente de supernova (verde) bem como a nuvem molecular (vermelho) onde a remanescente de supernova está se movendo e as estrelas no campo de visão. SN

Quais os tipos de formas de vida realmente poderiam viver em Marte?

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A  NASA reacendeu nossas esperanças de encontrar vida alienígena quando anunciou a p rimeira evidência direta de água líquida em Marte . Mas antes de começarmos a nos entregar a fantasias de caranguejos espaciais e seres reptilianos, devemos lembrar que Marte é um mundo frio com uma atmosfera fina. E isso levanta uma questão óbvia: que tipos de formas de vida realmente poderiam viver lá?  Para tentar responder a esta pergunta, a jornalista científica Maddie Stone, que escreve para sites como o Gizmodo, foi buscar informações em artigos e livros, entre eles: “Spectral evidence for hydrated salts in recurring slope lineae on Mars”, publicado este ano na revista “Nature Geoscience”; “Some like it cold: understanding the survival strategies of psychrophiles”, publicado no “EMBO Repots”, em 2014; “Polyextremophiles: Life Under Multiple Forms of Stress”, obra de 2013, editada por Joseph Seckbach, Aharon Oren e Helga Stan-Lotter; e “A Microbial Oasis in the Hypersaline Atacama Subsurfac