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Pontos brilhantes de Ceres podem ser sais

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Os pontos brilhantes refletem até 60% da luz solar, enquanto o restante de Ceres reflete apenas 9%. [Imagem: NASA/JPL- caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA] POSSIVELMENTE SAIS A equipe da missão Dawn, da NASA, apresentou a primeira teoria para tentar explicar os até agora inexplicáveis pontos brilhantes no planeta anão Ceres . Nos primeiros dois artigos científicos relatando os resultados coletados pela sonda, publicados pela revista Nature, a equipe afirma que "os pontos brilhantes de Ceres são provavelmente sal". Misturado com esse sal devem haver pedaços de rocha e água congelada. Quando a luz solar atinge a mistura, o gelo sublima-se e sobe na forma de uma neblina. Essa hipótese é baseada no estudo de duas crateras de Ceres onde aparecem os pontos mais brilhantes. Mas os cientistas destacam que ainda não têm uma hipótese para a interligação entre sal, gelo e névoa. "Nós ainda não temos o quadro completo," reconheceu Andreas Nathues, do Instituto Max Planck

Sonda espacial parte em busca das ondas gravitacionais

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A sonda LISA Pathfinder irá testar a tecnologia mais precisa já construída na tentativa de observar as ondas gravitacionais a partir do espaço. [Imagem: ESA/ATG Medialab] Ondas gravitacionais A longamente esperada sonda espacial LISA Pathfinder , da Agência Espacial Europeia (ESA), finalmente foi lançada ao espaço, a bordo de um foguete Vega, que partiu do Porto Espacial Europeu em Kourou, na Guiana Francesa. O grande objetivo da missão é fazer a melhor tentativa já realizada de detecção das ondas gravitacionais. As ondas gravitacionais seriam ondulações no tecido do espaço-tempo, previstas há exatamente um século, por Albert Einstein, na sua Teoria Geral da Relatividade, publicada em 2 de dezembro de 1915. De acordo com a teoria de Einstein, estas flutuações seriam universais, geradas por objetos de grande massa e alta velocidade. No entanto, e apesar de inúmeros esforços experimentais, essas ondas gravitacionais ainda não foram detectadas . Um dos problemas é que são

VLT revisita uma interessante colisão cósmica

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Região em torno da galáxia em interação NGC 5291Crédito: ESO O Very Large Telescope do ESO, instalado no Observatório do Paranal, obteve novas imagens que revelam a espetacular consequência de uma colisão cósmica com 360 milhões de anos. Entre os restos da colisão encontra-se uma jovem galáxia anã rara e misteriosa. Esta galáxia dá aos astrônomos uma excelente oportunidade de aprender mais sobre galáxias semelhantes que se pensa serem comuns no Universo primordial, mas que são normalmente muito tênues e se encontram muito distantes para poderem ser observadas com os telescópios atuais. A galáxia  NGC 5291 , a oval difusa e dourada que domina o centro desta imagem, é uma galáxia elíptica situada a quase 200 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro. Há cerca de 360 milhões de anos atrás, NGC 5291 esteve envolvida numa colisão dramática e violenta quando outra galáxia que viajava a altas velocidades chocou contra o seu núcleo. O choque cósmico originou a

Metade dos candidatos a exoplanetas gigantes do KEPLER são falsos positivos

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Esta impressão artística mostra o exoplaneta do tipo Júpiter quente 51 Pegasi b, que orbita uma estrela a cerca de 50 anos-luz de distância, na constelação de Pégaso. Este objeto foi o primeiro exoplaneta a ser descoberto em torno de uma estrela normal em 1995. Vinte anos mais tarde é também o primeiro exoplaneta a ser detetado diretamente no visível. Crédito: ESO/M. Kornmesser/Nick Risinger (skysurvey.org) Uma equipe internacional, liderada por Alexandre Santerne do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), levou a cabo uma campanha de 5 anos para medir velocidades radiais, com o espectrógrafo SOPHIE (Observatory of Haute-Provence, França), e descobriram que 52,3% dos candidatos a exoplanetas gigantes detetados pelo telescópio espacial Kepler (NASA) são na realidade binários de eclipse, enquanto 2,3% são anãs castanhas. Santerne (IA e Universidade do Porto), o primeiro autor deste artigo comentou: "Pensava-se que a fiabilidade das deteções de exoplanetas do Kepl

Exoplaneta exilado foi provavelmente expulso da vizinhança da estrela

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Imagem de grande angular da estrela HD 106906 obtida com o Telescópio Espacial Hubble e uma ampliação pelo GPI que revela um sistema dinamicamente perturbado de cometas, sugerindo uma ligação com o invulgarmmente distante planeta (para cima, à direita), com 11 vezes a massa de Júpiter. Crédito: Paul Kalas, UC Berkeley Um planeta descoberto o ano passado, situado a uma distância invulgarmente grande da sua estrela - 16 vezes mais distante que Plutão do Sol - pode ter sido expulso do seu local de nascimento, mais perto da estrela, num processo parecido ao que pode ter ocorrido no início da história do nosso próprio Sistema Solar. As imagens do GPI (Gemini Planet Imager) nos Andes Chilenos e do Telescópio Espacial Hubble mostram que a estrela tem uma cintura assimétrica de cometas, indicativa de um sistema muito perturbado e sugere que as interações planetárias que agitaram os cometas para mais perto da estrela podem ter enviado o exoplaneta também para o exílio. O planeta pod

Asterosismologia pode revelar a força do campo magnético no interior das estrelas

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Na busca do entendimento sobre como as estrelas nascem e morrem, cientistas utilizaram a técnica da asterosismologia para calcular a força do campo magnético no centro de dezenas de gigantes vermelhas, estrelas mais evoluídas do Sol. Da mesma forma que o ultrasom é utilizado para entender o interior do corpo humano, a asterosismologia utiliza essas mesmas ondas, geradas pela turbulência na superfície das estrelas, para visualizar o que há em seu interior". Disse Jim Fuller, pesquisador que participa deste estudo. As informações coletadas ajudarão os astrônomos a entender a vida e morte desses astros, já que os campos magnéticos podem determinar a taxa de movimento interno das estrelas - essas taxas causam efeitos sensíveis em sua formação. Um melhor entendimento do campo magnético no interior dessas estrelas pode ajudar a encerrar o debate sobre a origem de fortes campos na superfície de certas estrelas de nêutrons e anãs brancas, fase final da vida desse

O que você sabe sobre buracos negros?

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Sagittarius A é o buraco negro localizado no centro da Via Láctea. Créditos: Raio-X: NASA/UMass/D.Wang et al., IR: NASA/STScI O que é um buraco negro? Buraco negro é uma região no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar. Isso acontece, pois, a matéria sofre uma forte pressão até que ocupe um espaço mínimo, o que também pode acontecer com uma estrela em seus momentos finais (buraco negro estelar). Porque a luz não consegue escapar, os buracos negros não podem ser vistos. Eles são invisíveis. Detectores de imagens, de alta performance acoplados aos telescópios espaciais ajudam a identificar um buraco negro a partir do comportamento das estrelas que estão muito próximas a eles. Qual é o tamanho dos buracos negros? Astrônomos acreditam que os menores buracos negros podem ser tão pequenos quanto um único átomo, mas possuem a massa de uma enorme montanha. Existem buracos negros “estelares”. Sua massa pode ser maior do que 20 veze

Os astrônomos detectam explosão misteriosasde ondas de rádio 6 bilhões de anos-luz

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Astrônomos detectaram uma chamada rápida explosão de rádio a cerca de 6 bilhões de anos-luz de distância, uma das menos de duas dezenas desse tipo de evento descobertos nos últimos dez anos, e dessa vez eles têm pistas sobre a fonte. As rápidas explosões de rádio, ou FRBs, são misteriosas explosões de energia que ocorrem no espaço e que aparecem como rápidos flashes de ondas de rádio nos telescópios da Terra. Essas explosões têm intrigado os astrônomos desde que elas foram reportadas pela primeira vez a uma década atrás. Embora somente 16 dessas explosões tenham sido registradas, eles acreditam que possam existir milhares delas por dia. Vasculhando mais de 650 horas de dados obtidos pelo Telescópio Green Bank, do NRAO, um grupo internacional de astrônomos descobriu o mais detalhado registro já feito até hoje de uma FRB. O grupo liderado pelo Dr. Kiyoshi Masui, da Universidade de British Columbia, analisou cerca de 40 terabytes de dados do GBT e identificou mais de 6000 candida