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Procurando o planeta nove

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Esta impressão de artista mostra o distante Planeta Nove. Pensa-se que o planeta seja gasoso, parecido com Úrano e Neptuno. Relâmpagos hipotéticos iluminam o lado noturno. Crédito: Caltech/R. Hurt (IPAC) Usando observações da sonda Cassini, uma equipe de astrónomos do Observatório de Paris e do Observatório de la Côte d'Azur foi capaz de especificar as posições possíveis de um nono planeta no Sistema Solar. Este trabalho é objeto de uma publicação na revista Astronomy & Astrophysics de dia 22 de fevereiro de 2016. Os objetos da Cintura de Kuiper, corpos pequenos parecidos com Plutão para lá de Neptuno, têm uma distribuição especial que é difícil de explicar por puro acaso. Foi isto que levou Konstantin Batygin e Mike Brown (Caltech, nos EUA) a propor, num artigo publicado no dia 20 de janeiro de 2016 na revista The Astronomical Journal, a existência de um nono planeta com 10 vezes a massa da Terra cujas perturbações sobre os objetos da Cintura de Kuiper levaram à sua

10 fatos sobre o Planeta Nove, o caçulinha do Sistema Solar

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No começo de janeiro de 2016, a notícia da descoberta de um possível novo planeta no sistema solar, o Planeta Nove, deixou a comunidade cientifica em polvorosa. Ainda temos muito a aprender sobre esse novo integrante da nossa família de planetas, mas sabemos que ele é gigante – com massa pelo menos 10 vezes maior que a Terra. Tão grande que seu apelido é “Gorducho” entre os astrônomos que o encontraram. Confira abaixo 10 fatos curiosos sobre o nosso caçula: 10. Ele foi descoberto pelo mesmo cara que rebaixou Plutão Você pode até não reconhecer o nome Mike Brown de cara, mas com certeza já ouviu falar nele. Em 2005, ele descobriu um objeto espacial chamado Eris, que foi brevemente um candidato à planeta. A descoberta causou uma discussão sobre o que de fato caracteriza um planeta, que resultou no rebaixamento de Plutão da posição de planeta para planeta anão. Ele até escreveu o livro “How I killed Pluto (and why it had it coming)”, ou “Como matei Plutão e porque ele m

Buracos de minhoca poderiam enviar mensagens para o passado ou futuro

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Preparem-se , fãs de “De Volta Para o Futuro”. Como uma forma bizarra de fibra óptica, os longos e finos “buracos de minhoca” podem permitir que você envie mensagens através do tempo usando pulsos de luz. Previstos pela teoria geral da relatividade de Einstein, buracos de minhoca são túneis que ligam dois pontos no espaço-tempo. Se algo pudesse atravessar um, abriria possibilidades intrigantes, tais como a viagem e a comunicação instantânea através do tempo. Mas há um problema: os buracos de minhoca de Einstein são notoriamente instáveis e não ficam abertos tempo suficiente para qualquer coisa para passar. Em 1988, Kip Thorne e seus colegas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA) especularam que buracos de minhoca poderiam ser mantidos abertos usando uma forma de energia negativa chamada de “energia Casimir”. A mecânica quântica nos diz que o vácuo do espaço-tempo está repleto de flutuações quânticas aleatórias, que criam ondas de energia. Agora imagine duas placas metá

Estudo crê que buracos negros jogam matéria nos vazios cósmicos

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Imagem gerada pela simulação illustris. Ela mostra a distribuição da matéria escura, com uma largura e uma altura de 350 milhões de anos-luz O nosso universo não é feito só de matéria visível (aquela que compõe as galáxias, estrelas, eu e você), mas é na realidade dominado por matéria invisível, como a matéria e a energia escuras. Olhando para a radiação cósmica de micro-ondas, observatórios modernos como o Cosmic Background Explorer (COBE) e o Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) têm gradualmente refinado nossa compreensão da composição do universo. As medições mais recentes sugerem que ele é composto de 4,9% de matéria “normal” (a visível), 26,8% de matéria escura e 68,3% de energia escura.  Agora, um grupo de astrônomos da Áustria, Alemanha e Estados Unidos estão afirmando que os buracos negros podem conter tanto quanto 20% da massa do cosmos e que as galáxias representam apenas 1/500 do volume do universo. Onde está a massa do universo Complementando estas mi

Buracos negros gémeos do ligo podem ter nascido de uma única estrela

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No dia 14 de setembro de 2015, o LIGO detetou ondas gravitacionais da fusão de dois buracos negros, vistos aqui nesta impressão de artista. O Telescópio Espacial Fermi detetou uma explosão de raios-gama 0,4 segundos mais tarde. Uma nova investigação sugere que a explosão ocorreu porque os dois buracos negros foram o resultado de uma única estrela massiva. Crédito: Swinburne Astronomy Productions No dia 14 de setembro de 2015, o LIGO (Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory) detetou ondas gravitacionais da fusão de dois buracos negros com 29 e 36 vezes a massa do Sol. Espera-se que tal evento seja escuro, mas o Telescópio Espacial Fermi detetou uma explosão de raios-gama apenas uma fração de segundo depois do sinal do LIGO. Uma nova pesquisa sugere que os dois buracos negros podem ser o resultado de uma única estrela massiva cuja morte gerou a explosão de raios-gama. É o equivalente cósmico de uma mãe grávida de gémeos," afirma o astrofísico Avi Loeb do Centro

Qual a diferença entre a singularidade do Big Bang e de um buraco negro?

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O universo é cheio de coincidências – como o tamanho da lua e do sol no céu, mesmo que eles sejam muito diferentes e distantes. Ou a forma da nebulosa Pac Man. Ou a natureza do próprio universo. Por exemplo, vamos considerar os buracos negros, regiões do espaço onde a matéria e energia são esmagadas tão densamente que a velocidade de escape gravitacional excede a velocidade da luz.  Nós não sabemos quão grandes os buracos negros são, mas é possível que eles tenham “engolido” uma região infinitamente densa, o que é conhecido como singularidade. Você já deve ter ouvido essa palavra antes, muito citada quando discutimos a formação do universo. 13,8 bilhões de anos atrás, tudo que existia foi esmagado em uma região de densidade infinita. Numa fracção de segundo, tudo se expandiu e o universo surgiu. Os astrônomos chamam essa região de densidade infinita de singularidade do Big Bang. Duas singularidades diferentes Será que a singularidade do Big Bang foi apenas a singularidade

Estrelas maciças em NGC 6357

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Crédito de imagem e direitos autorais : Gráfico 32 da equipe, processamento - Johannes Schedler Na enorme lista de coisas bacanas que Agência Espacial Norte-Americana, a Nasa, fez pela humanidade, uma das mais acessíveis é o site Astronomy Picture of the Day. Aqui no HypeScience, nós somos grandes fãs, mas se alguém ainda não conhece o conceito, o portal consiste em postagens diárias de imagens relacionadas a astronomia. Elas podem ser de eventos observados no espaço, da Terra ou mesmo ilustrações de grandes descobertas científicas – como foi o caso das ondas gravitacionais observadas pelo LIGO. No início do mês, a agência divulgou mais uma destas fotografias que deixam todo mundo de queixo caído e morrendo de vontade de estudar astronomia. Registrada pela equipe do projeto espacial Chart32, a imagem mostra estrelas massivas dentro da NGC 6357, um complexo de nebulosa de emissão expansiva a cerca de 6.500 anos-luz de distância, na direção da cauda da constelação de Esco

Existe na Via Láctea algum planeta semelhante à Terra?

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Engenheiro da Ball Aerospace inspeciona os seis espelhos primários do telescópio James Webb, nas dependências do Instituto Marshall, da NASA. A pergunta é realmente difícil de ser respondida e apesar dos astrônomos já terem descobertos centenas de planetas extrassolares a dúvida principal é se existem outros planetas habitáveis, com atmosfera semelhante à nossa. Para tentar responder a essa e outras perguntas, cientistas das maiores universidades e centros de pesquisa de todo mundo estão de dedos cruzados à espera do lançamento do telescópio espacial James Webb, previsto para ir ao espaço em 2018. Devido ao seu grande espelho e localização privilegiada no espaço, o James Webb Space Telescope, JWST, oferecerá aos astrônomos uma real oportunidade de encontrar as respostas para questões que há séculos desafiam os cientistas. Atualmente, diversas pesquisas estão sendo desenvolvidas com o objetivo de determinar a habilidade do JWST em determinar a composição da atmosfera de

O gigante adormecido

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A aparência plácida da NGC 4889 pode enganar o observador desavisado. Mas a galáxia elíptica, mostrada nessa nova imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, guarda um segredo obscuro. No seu coração existe um dos buracos negros mais massivos já descobertos. Localizado a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância no Aglomerado coma, a gigantesca galáxia elíptica NGC 4889, a maior e mais brilhante galáxia nessa imagem, é o lar de um buraco negro supermassivo quebrador de recordes. Com 21 bilhões de vezes a massa do Sol, esse buraco negro tem um horizonte de eventos – a superfície de onde nem mesmo a luz pode escapar – com um diâmetro de aproximadamente 130 bilhões de quilômetros. Isso é cerca de 15 vezes o diâmetro da órbita de Netuno ao redor do Sol. Por comparação, o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, acredita-se tenha uma massa de cerca de 4 milhões de vezes a massa do Sol e um horizonte de eventos tem um tamanho equivalente a um quinto

Hubble mede diretamente rotação de "SUPER-JÚPITER"

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Esta é uma impressão de artista do planeta com quatro vezes a massa de Júpiter que orbita a 8 mil milhões de quilómetros de uma anã castanha (o objeto avermelhado no pano de fundo). O planeta está a apenas 170 anos-luz de distância. O nosso Sol é uma estrela de fundo. Crédito: NASA, ESA e G. Bacon/STScI Usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA , astrónomos mediram a taxa de rotação de um exoplaneta extremo, observando a variação de brilho na sua atmosfera. Esta é a primeira medição da rotação de um exoplaneta massivo usando imagens diretas. O resultado é muito emocionante", afirma Daniel Apai da Universidade do Arizona em Tucson, EUA, líder da investigação do Hubble. "Dá-nos uma técnica única para estudar as atmosferas dos exoplanetas e para medir as taxas de rotação." O planeta, chamado 2M1207b, tem aproximadamente quatro vezes a massa de Júpiter e é apelidado de "super-Júpiter". É companheiro de uma estrela falhada conhecida como anã castanh