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Saturno e Marte nas franjas da Via Láctea

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Planetas, estrelas, nebulosas e uma galáxia, essa imagem impressionante, feita pelo grande astrofotógrafo brasileiro Carlos Fairbairn, tem tudo isso. Perto de nós, estão dois planetas, Marte, à direita, e Saturno, na parte central da imagem, vistos como dois pontos laranjas brilhantes na metade superior da imagem. Na parte central à direita estão asa coloridas nuvens da estrela Rho Ophiuchus, mostrando a brilhante estrela Antares, de cor alaranjada, alinhada com Marte. Essas nuvens interestelares contêm tanto nebulosas vermelhas de emissão como nebulosas azuis de reflexão. Na parte superior direita da imagem está a nebulosa de reflexão conhecida como a Cabeça de Cavalo Azul. Na parte inferior esquerda estão muitas nebulosas escuras de absorção que se estendem desde a região central da nossa Via Láctea. A imagem final foi obtida, a partir da composição de múltiplas exposições registradas no mês passado no Brasil. Embora seja necessário um telescópio para observar as nebulosidades

Cientistas descobrem buraco negro monstruoso formado por 3 galáxias em colisão

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Imagem processada por David Coverta, a partir das imagens do Hubble, das galáxias Antenas, em colisão na constelação do corvo (Corvus) Esta é a história da descoberta casual de um gigantesco buraco negro formado pela colisão de três galáxias. O objeto se encontra na galáxia IRAS 20100-4156, tem uma massa estimada em 3 bilhões de vezes a massa do sol, e fica a cerca de 1,8 bilhões de anos-luz da Terra. Para comparação, o buraco negro no centro da nossa galáxia tem cerca de 4 milhões de massas solares.  A astrofísica Lisa Harvey-Smith estava usando o radiotelescópio novo do CSIRO, em uma medição de rotina das emissões de maser (“Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation”, amplificação de microondas pela emissão de radiação estimulada, um tipo de radiação) da galáxia IRAS 20100-4156, quando percebeu que o gás emissor estava viajado a velocidades muito altas. Muito altas, neste caso, é cerca de 600 km por segundo, pelo menos o dobro do que os cientistas espe

Hídra, a lua gelada de Plutão

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Novos dados de composição obtidos pela sonda New Horizons revelam uma distinta assinatura da água gelada à superfície da lua mais exterior de Plutão, Hidra. Caronte, a maior lua de Plutão, mede 1210 km de diâmetro, enquanto Hidra tem aproximadamente 50. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI A sonda New Horizons da NASA enviou os primeiros dados de composição de quatro dos satélites de Plutão. Os novos dados mostram que a superfície de Hidra, a lua mais exterior de Plutão, é dominada por água gelada quase pura - confirmando indícios que os cientistas descobriram em imagens da New Horizons que mostravam a superfície altamente refletiva de Hidra. Os novos dados de composição, recentemente recebidos na Terra, foram recolhidos pelo instrumento LEISA (Ralph/Linear Etalon Imaging Spectral Array) no dia 14 de julho de 2015, a uma distância de 240.000 quilómetros. Os novos dados - espectro infravermelho - mostram a assinatura inconfundível de água gelada cristalina: uma absorção ampla entre os

Imagens de sonda chinesa mostram suposta base alienígena na Lua

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Será que esta é a razão pela qual ninguém foi à Lua nos últimos quarenta anos? Os fãs de teorias da conspiração acreditam que há uma base alienígena na Lua - e não apenas isso, mas que os governos da Terra estão em contato com ela. Fotos da sonda lunar chinesa Chang’e-2 parecem mostrar construções misteriosas - e há mais por vir de acordo com o site Mysterious Earth. Observadores mais realistas podem, no entanto, acreditar na explicação de que as imagens chinesas mostram rochas perfeitamente normais. O Mysterious Earth  afirma que diversos “especialistas”, como o fã de OVNIs Michael Sallia, sugerem que há cidades alienígenas bastante movimentadas na Lua. Salia diz: “Eu recebi algumas fotos de uma fonte afirmando que a China irá divulgar imagens em alta definição feitas pela sonda lunar Chang’e-2, que mostram claramente edifícios e estruturas na superfície da Lua. Os fãs chineses de OVNIs estão colocando mais lenha na fogueira - eles acreditam que alienígenas atacaram a son

PLANETA NOVE: um mundo que não devia existir

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Esta impressão de artista mostra o distante Planeta Nove. Pensa-se que o planeta seja gasoso, parecido com Úrano e Neptuno. Relâmpagos hipotéticos iluminam o lado noturno. Crédito: Caltech/R. Hurt (IPAC) No início deste ano os cientistas divulgaram evidências teóricas para um nono planeta no Sistema Solar, um planeta com a massa de Neptuno numa órbita altamente elíptica com 10 vezes a distância entre Plutão e o Sol. Desde então, os teóricos têm estudado como é que este Planeta Nove pode ter assentado numa órbita tão distante. Uma nova investigação por astrónomos do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (CfA) examinou uma série de cenários e descobriu que a maioria destes têm baixa probabilidade. Portanto, a presença do Planeta Nove continua a ser um pouco misteriosa. "As evidências apontam para a existência do Planeta Nove, mas não conseguimos explicar, com certeza, como é que foi formado," afirma Gongjie Li, astrónoma do CfA e autora principal de um artigo a

Cruzando Marte

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Onde o rover Curiosity está indo em Marte? Seu objetivo geográfico é chegar aos taludes do Monte Sharp, cujo pico pode ser visto em segundo plano na bela imagem acima. O objetivo científico, contudo, continua sendo melhor entender quando e onde as condições em Marte foram amigáveis para a vida, em particular para a vida microbiana. Para cumprir esse objetivo, o Curiosity foi direcionado para cruzar um terreno bem acidentado no chamado Platô Nautkluft, visível em primeiro plano na imagem. O rover Curiosity está cruzando esse terreno para poder então chegar em locais mais suaves com as rochas contendo hematita e sulfatos, locais que poderiam dar ao rover novas pistas sobre por quanto tempo essa parte de Marte foi úmida, e assim, mais favorável para a vida, antes de secar. Porém existe uma preocupação atual  sobre as rodas de alumínio do Curiosity, que já mostra sinais dos tempos. Embora tenha cumprido com louvor os seus dois anos iniciais de missão, a missão do rover Curiosity foi e

Cientistas descobrem 3 planetas semelhantes à Terra

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Atualmente é o melhor local para procurar vida fora do Sistema Solar.  Astrônomos utilizaram o telescópio TRAPPIST instalado no Observatório La Silla do ESO para descobrir três planetas em órbita de uma estrela anã muito fria situada a apenas 40 anos-luz da Terra. Estes mundos têm tamanhos e temperaturas semelhantes às de Vênus e da Terra e são os melhores alvos descobertos até hoje para procurar vida fora do Sistema Solar. Estes são os primeiros planetas descobertos em torno de uma estrela extremamente fraca e pequena. Os novos resultados serão publicados na revista Nature a 2 de maio de 2016. Uma equipe de astrônomos liderada por Michaël Gillon do Institut d´Astrophysique et Géophysique da Universidade de Liège, na Bélgica, utilizou o telescópio TRAPPIST para observar a estrela 2MASS J23062928-0502285, agora conhecida por TRAPPIST-1. A equipe constatou que esta estrela fria e tênue diminuía ligeiramente de brilho a intervalos regulares, indicando que vários objetos estavam passa

Temporizadores microscópicos revelam fonte provável da radiação espacial galácticas

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Um enxame de estrelas massivas, visto pelo Telescópio Espacial Hubble. Este enxame é rodeado por nuvens de gás e poeira interestelar a que chamamos nebulosa. A nebulosa, localizada a 20.000 anos-luz de distância na constelação Quilha (Carina), contém o enxame central de estrelas gigantes e quentes, com o nome de NGC 3603. Investigações recentes mostram que os raios cósmicos galácticos que fluem para o nosso Sistema Solar são originários de enxames como este. Crédito: NASA/U. Virginia/INAF, Bolonha, Itália/USRA/Ames/STScI/AURA De acordo com novos resultados da missão ACE (Advanced Composition Explorer) da NASA, a maioria dos raios cósmicos que detetamos cá na Terra foram criados há relativamente pouco tempo em enxames estelares vizinhos. O ACE permitiu com que a equipa de investigação determinasse a fonte destes raios cósmicos através das primeiras observações de um tipo muito raro de raio cósmico que atua como um pequeno temporizador, limitando a distância a que a fonte poderá esta

Hubble flagra estrela “inflando” uma bolha gigante

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Em comemoração ao aniversário de 26 anos do telescópio Hubble, no dia 24 de abril, uma imagem captada por ele recebe destaque. Ela mostra uma enorme bolha sendo criada no espaço por uma estrela massiva.  Enquanto o Hubble completa a sua 26ª translação ao redor de nossa estrela, o sol, celebramos esse evento com uma imagem espetacular de uma interação empolgante de uma estrela jovem com seu ambiente”, diz o astronauta John Grusfeld.  A Nebulosa da Bolha, ou NGC 7635, tem sete anos-luz de diâmetro – cerca de 1,5 vezes a distância entre o sol e Alpha Centauri, a estrela mais próxima. Ela fica na constelação de Cassiopeia, a 7,1 anos-luz da Terra. A Câmara de Grande Angular 3 (Wide Field Camera 3) do Hubble captou a imagem da bolha em fevereiro de 2016. A Nebulosa é um dos poucos objetos espaciais que já foi observado com diferentes equipamentos do Hubble, nos anos de 1999 e 1992. Esta bolha fica ao redor de uma estrela de massa 45 vezes maior que a do sol. O vento estelar de ve

Faróis cósmicos revelam núcleo da Via Láctea

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O plano da Via Láctea, visto no infravermelho pelo satélite WISE. Crédito: NOAO/AURA/NSF/AIP/A. Kunder Uma equipe internacional de astrónomos liderada pela Dra. Andrea Kunder do Instituto Leibniz de Astrofísica de Podstam, Alemanha, e pelo Dr. R. Michael Rich da Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA, descobriu que os 2000 anos-luz centrais da Via Láctea abrigam uma população antiga de estrelas. Essas estrelas têm mais de 10 mil milhões de anos e as suas órbitas no espaço preservam o início da história da formação da Via Láctea. Pela primeira vez, a equipe "desembaraçou" este componente antigo da população estelar que atualmente domina a massa central da Galáxia. Os astrónomos usaram o espectrógrafo AAOmega do AAT (Anglo Australian Telescope) perto de Siding Spring, Austrália, e focaram-se numa classe bem-conhecida e antiga de estrelas, as chamadas variáveis RR Lyrae. O brilho destas estrelas pulsa mais ou menos uma vez por dia, o que as torna mais difíc

O Hubble acabou de descobrir uma lua lá no fundo de nosso Sistema Solar

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Astrônomos acabam de descobrir uma nova lua se escondendo no nosso próprio Sistema Solar. Ela foi encontrada orbitando o planeta Makemake, o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar. Então como nunca o encontramos antes no nosso próprio quintal? A nova lua, chamada temporariamente de S/2015 (136472), com o apelido MK2 (em homenagem ao planeta), conseguiu permanecer escondida todo esse tempo porque é incrivelmente escura. A lua reflete tão pouca luz que ficou praticamente invisível quando comparada à luz refletida por Makemake. A MK2 é 1300 vezes menos brilhante que o planeta que orbita. Ela só foi identificada porque astrônomos decidiram apontar as lentes do Hubble para a região do Makemake por mais de duas horas seguidas em abril de 2015. O astrônomo Alex Parker, do Southwest Research Institute no Texas, estava verificando informações captadas e enxergou uma luz fraca se movendo ao redor do Makemake.  Eu tinha certeza que alguém já tinha a visto”, contou Parker ao Nationa

Experiência final da VENUS EXPRESS lança luz sobre atmosfera polar de VÉNUS

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Visualização da Venus Express durante a manobra de aerotravagem, na qual a sonda orbitou Vénus a uma altitude de aproximadamente 130 km entre 18 de junho e 11 de julho de 2014. No mês anterior, a altitude foi reduzida gradualmente de cerca de 200 km para 130 km.  Crédito: ESA - C. Carreau Alguns dos resultados finais enviados pela sonda Venus Express da ESA, antes de mergulhar através da atmosfera do planeta, revelaram a presença de ondas atmosféricas - e uma temperatura média de -157º C, mais frio do que em qualquer outro lugar da Terra. Além de nos dizer muito sobre as regiões polares - anteriormente inexploradas - de Vénus, e de melhorar o nosso conhecimento deste vizinho planetário, a experiência é uma grande promessa para a missão ExoMars da ESA, que está neste preciso momento a caminho do Planeta Vermelho. Os resultados foram publicados na edição de 11 de abril de 2016 da revista Nature Physics. A Venus Express da ESA chegou a Vénus em 2006. Passou oito anos a explora

A elegância da NGC 4111

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A elegante simplicidade da NGC 4111, vista aqui numa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA/ESA, esconde uma história muito mais violenta do que você possa imaginar. A NGC 4111 é uma galáxia lenticular, ou em forma de lente, que localiza-se a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Canes Venatici. Galáxias lenticulares são um tipo intermediário de galáxias, entre as elípticas e as espirais. Elas abrigam estrelas velhas como as galáxias elípticas e possuem um disco como uma galáxia espiral. Contudo, aí é onde as similaridades terminam: elas se diferem das elípticas pois elas possuem um bulbo e um disco fino, mas são diferentes das espirais pois os discos lenticulares contêm muito pouco gás e poeira, e não apresenta nenhum tipo de estrutura, que caracteriza as galáxias espirais. Nessa imagem nós observamos o disco da NGC 4111 de lado, então ele aparece como uma fina lâmina de luz no céu. Numa primeira olhada, a NGC 4111 se parece

Objeto solitário de massa planetaria em família de estrelas

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Um mundo que flutua livremente, sozinho no espaço. Pensa-se que este objeto, chamado WISEA J114724.10−204021.3, seja uma anã castanha de baixa-massa, uma estrela sem massa suficiente para queimar combustível nuclear e brilhar como uma estrela normal. Os astrónomos usaram dados do WISE e do 2MASS para descobrir o objeto em TW Hydrae - uma associação de estrelas com 10 milhões de anos. Crédito: NASA/JPL-Caltech Em 2011 , astrónomos anunciaram que a nossa Galáxia está provavelmente repleta de planetas que flutuam livremente. De facto, estes mundos solitários, que ficam em silêncio na escuridão do espaço sem quaisquer companheiros planetários ou até mesmo uma estrela hospedeira, podem superar o número de estrelas na nossa Via Láctea. A descoberta surpreendente leva à questão: de onde é que estes objetos vêm? São planetas expulsos de sistemas solares, ou são na realidade estrelas leves chamadas anãs castanhas que se formam sozinhas no espaço como as estrelas? Um novo estudo, uti

Primeiro exoplaneta foi observado em 1917 - mas ninguém notou

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Placa fotográfica feita em 1917 mostrando o espectro da estrela de van Maanen. O destaque mostra as fortes linhas surpreendentemente fortes dos elementos pesados. [Imagem: Carnegie Institution] Primeiro planeta extrassolar detectado Com centenas de milhares de placas fotográficas de observações astronômicas feitas ao longo de mais de um século, a equipe dos Observatórios Carnegie, nos EUA, não estranhou quando receberam a solicitação de uma antiga observação que continha o espectro eletromagnético da estrela de van Maanen, uma anã branca descoberta pelo astrônomo holandês Adriaan van Maanen em 1917. Espectros estelares são gravações da luz emitida pelas estrelas. O espectro se estende ao longo de todas as cores componentes da luz, como um arco-íris emergindo de um prisma. Sua principal utilização é na determinação da composição química de uma estrela, mas eles também dão informações sobre como a luz emitida por uma estrela é afetada pelo material que ela atravessa em seu

A medição da taxa de expansão do Universo cria quebra-cabeça cosmológica

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Imagem combinando luz visível, infravermelho e raio-X de M101 , a Galáxia do Catavento, uma das estudadas Trabalhando com um método novo para medir a expansão do universo, que usa lâmpadas padrão em vez do mapa da radiação cósmica de fundo, físicos trabalhando nos Estados Unidos encontraram um valor 8% maior do que o previsto pelas leis da física atuais. Este resultado, se confirmado por trabalhos independentes, pode forçar uma revisão na compreensão de como a matéria escura e a energia escura têm influenciado a evolução do universo nos últimos 13,8 bilhões de anos, e alguma coisa no modelo padrão de partículas provavelmente vai ter que mudar. Acho que há algo no modelo cosmológico padrão que não entendemos”, afirmou o pesquisador Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins, um dos codescobridores da energia escura em 1998.  Desde a descoberta da energia escura, a evolução do universo tem sido explicada em termos da competição entre o efeito de expansão desta energia, que

Sonda Cassini descobre matéria de fora do sistema solar

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Desde 2004 , a sonda Cassini tem orbitado Saturno e estudado o planeta gigante, seus anéis e suas luas. Uma das coisas que ela tem feito é coletar milhões de grãos de poeira com gelo, com o instrumento de análise de poeira cósmica. A maioria destes grãos se originou dos jatos que estão em ação ainda hoje na lua Encélado. Mas dentre estes, existem uns poucos, meros 36 grãos, que se destacam dos outros.  Pela análise dos cientistas, estes ciscos de matéria têm sua origem no espaço interestelar, o espaço imenso, escuro e frio que há entre as estrelas. Não que a descoberta tenha sido inesperada – nos anos 1990, a missão conjunta da NASA/ESA Ulysses fez a primeira observação deste material, mais tarde confirmado pela sonda Galileu. A origem destes grãos foi determinada como sendo uma nuvem interestelar local, uma bolha de gás e poeira praticamente vazia que está sendo atravessada pelo nosso sistema solar. Mas como os cientistas determinam que aqueles grãos são de origem interestel