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O disco voador congelado

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ALMA descobre grãos de poeira inesperadamente frios em disco de formação planetária Astrônomos usaram o ALMA e os telescópios do IRAM para fazer a primeira medida direta da temperatura dos grãos de poeira grandes situados nas regiões periféricas de um disco de formação planetária que se encontra em torno de uma estrela jovem. Ao observar de forma inovadora um objeto cujo nome informal é Disco Voador, os astrônomos descobriram que os grãos de poeira são muito mais frios do que o esperado: -266º Celsius. Este resultado surpreendente sugere que os modelos teóricos destes discos precisam de ser revisados. Uma equipe internacional liderada por Stephane Guilloteau do Laboratoire d´Astrophysique de Bordeaux, França, mediu a temperatura de enormes grãos de poeira que se encontram em torno da jovem estrela 2MASS J16281370-2431391 na região de formação estelar Rho Ophiuchi , a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra. Esta estrela encontra-se rodeada por um disco de gás e poeira — cham

Planetas tipo - Terra tem interiores Tipo-Terra

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Esta impressão de artista compara as estruturas da Terra (esquerda) com o exoplaneta Kepler-93b (direita), que tem 1,5 vezes o tamanho da Terra e é 4 vezes mais massivo. Uma nova investigação sugere que os mundos rochosos partilham estruturas parecidas, com um núcleo que contém cerca de um-terço da massa total, rodeado por um manto e coberto por uma crosta fina. Crédito: M. Weiss/CfA As crianças aprendem na escola a estrutura básica da Terra: uma fina crosta exterior, um manto espesso e um núcleo com o tamanho de Marte. Mas será que esta estrutura é universal? Será que os exoplanetas em redor de outras estrelas têm as mesmas três camadas? Uma nova investigação sugere que a resposta é sim - que terão interiores muito semelhantes ao da Terra. "Queríamos ver quão parecidos com a Terra são estes planetas rochosos. E parece que são muito parecidos com a Terra," afirma Li Zeng do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, autor principal do estudo. Para chegar a esta

Misteriosas colinas flutuantes em Plutão

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As geleiras de gelo de nitrogênio em Plutão parecem carregar uma carga intrigante: numerosas e isoladas colinas que podem ser fragmentos de gelo de água das terras soerguidas da superfície de Plutão ao redor. Essas colinas individualmente medem de um a alguns quilômetros de diâmetro de acordo com as imagens e os dados enviados pela sonda New Horizons da NASA. As colinas, que estão na vasta planície de gelo, conhecida como Sputnik Planum, dentro do coração de Plutão, são provavelmente, versões em miniaturas de montanhas maiores localizadas na borda oeste da Sputnik Planum. Elas são outro exemplo da fascinante e da abundante atividade geológica de Plutão. Devido ao fato do gelo de água ser menos denso do que o gelo dominado pelo nitrogênio, os cientistas acreditam que essas colinas de gelo de água estão flutuando num mar de nitrogênio congelado e se move com o tempo como os icebergs observados nos oceanos congelados da Terra. As colinas são provavelmente fragmentos das terras

A vizinha limpa e arrumada da Via Láctea

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A galáxia anã IC 1613Crédito:ESO Muitas galáxias encontram-se cheias de poeira, enquanto outras apresentam ocasionais faixas escuras de fuligem cósmica opaca espiralando entre o gás e as estrelas. No entanto, o alvo desta nova imagem, obtida pela câmera OmegaCAM montada no Telescópio de Rastreio do VLT no ESO, no Chile, é bastante peculiar — a pequena galáxia chamada IC 1613 é uma maníaca por limpeza! IC 1613 contém muito pouca poeira cósmica, o que permite aos astrônomos explorar o seu conteúdo com bastante facilidade. Não é apenas uma questão de aparência; a limpeza desta galáxia é vital para a compreendermos o Universo que nos rodeia. IC 1613 é uma galáxia anã situada na constelação da Baleia . Esta imagem do VST mostra a beleza pouco convencional deste objeto, deixando-nos observar suas estrelas todas espalhadas e gases rosa brilhante, em grande detalhe. O astrônomo alemão Max Wolf descobriu o fraco brilho de IC 1613 em 1906. Em 1928, o seu compatriota Walter Baade uti

Uma beleza muitas vezes ignorada

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Esta fotografia da semana mostra a galáxia espiral NGC 986 situada na constelação da Fornalha. A galáxia, que foi descoberta em 1826 pelo astrônomo escocês James Dunlop, não costuma ser fotografada muitas vezes devido à sua proximidade com o rico e famoso aglomerado de galáxias da Fornalha, o que não deixa de ser uma pena já que esta galáxia, além de ser um grande objeto científico, é também muito bonita. NGC 986 situa-se a cerca de 56 milhões de anos-luz de distância e parece quase perfeita vista de cima ou — como os astrônomos dizem, vista de face. A sua posição no céu permite-nos observar os dois braços espiris principais e também uma estrutura central em forma de barra, composta por estrelas e poeira, que faz com que este objeto seja classificado como uma galáxia espiral barrada. Rastreios astronômicos mostraram que cerca de dois terços de todas as galáxias espirais contêm uma barra, incluindo a Via Láctea, e por isso NGC 986 é um objeto perfeito para estudar a estrutura das ga

Lua foi produzida por uma colisão frontal entre Terra e um planeta em formação

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Impressão de artista do evento que produziu a Lua. Crédito: William K. Hartmann Segundo geoquímicos da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles), a Lua foi formada por uma violenta colisão de frente entre a Terra primitiva e um "embrião planetário" chamado Theia aproximadamente 100 milhões de anos depois da formação do nosso planeta. Os cientistas já sabiam deste acidente a alta velocidade, que ocorreu quase há 4,5 mil milhões de anos atrás, mas muitos pensavam que a Terra colidiu com Theia a um ângulo de 45 graus ou mais - uma poderosa colisão de lado. Novas evidências divulgadas na edição de 29 de janeiro da revista Science reforçam consideravelmente o caso de um ataque frontal. Os investigadores analisaram sete rochas trazidas para a Terra da Lua pelas missões Apollo 12, 15 e 17, bem como seis rochas vulcânicas do manto da Terra - cinco do Hawaii e uma do estado americano do Arizona. A chave para a reconstrução do impacto gigante foi uma assinatura químic

A atmosfera azul de Plutão em infravermelho

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Essa imagem feita pela sonda New Horizons da NASA é a primeira feita da atmosfera de Plutão nos comprimentos de onda do infravermelho, e a primeira imagem da atmosfera feita com dados obtidos pelo instrumento Ralph/Linear Etalon Imaging Spectral Array, ou LEISA, da New Horizons. Nessa imagem, a luz do Sol vem de cima e de trás de Plutão. A imagem foi registrada no dia 14 de Julho de 2015, enquanto a sonda New Horizons estava a cerca de 180000 quilômetros de distância de Plutão. A imagem cobre o intervalo espectral completo do LEISA (de 1.25 a 2.5 mícron), que é dividido em terços, com o terço mais curto sendo colocado no canal azul, o terço intermediário no canal verde, e o terço mais longo no canal vermelho. O norte na imagem está na posição de 10 horas. O anel azul ao redor do Plutão é causado pela luz do Sol sendo espalhado pelas partículas presentes na névoa comum na atmosfera de Plutão. Os cientistas acreditam que a névoa é poluição fotoquímica resultante da ação da luz

Explosão de buraco negro numa galáxia muito, muito distante

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A radiogaláxia Pictor A. Crédito: raios-X - NASA/CXC/Univ. de Hertfordshire/M. Hardcastle et al.; rádio - CSIRO/ATNF/ATCA A saga da "Guerra das Estrelas" conta com a fictícia "Estrela da Morte", que pode disparar raios poderosos de radiação no espaço. O Universo, no entanto, produz fenómenos que muitas vezes ultrapassam o que a ficção científica pode imaginar. A galáxia Pictor A é um destes objetos impressionantes. Esta galáxia, localizada a quase 500 milhões de anos-luz da Terra, contém um buraco negro supermassivo no seu centro. É libertada uma quantidade enorme de energia gravitacional à medida que o material espirala em direção ao horizonte de ventos, o ponto de não retorno para o material em queda. Esta energia produz um feixe gigantesco, ou jato, de partículas que viajam quase à velocidade da luz no espaço intergaláctico. Para captar imagens deste jato, os cientistas usaram o Observatório de raios-X Chandra da NASA em vários momentos dos últimos 1

O nascimento turbulento de um Quasar

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Impressão artística de W2246-0526, uma galáxia individual que brilha no infravermelho tão intensamente como 350 biliões de sóis. É um objeto tão turbulento que eventualmente ejetará o seu fornecimento total de gás destinado à formação estelar, de acordo com novas observações obtidas pelo ALMA. Crédito: NRAO/AUI/NSF; Dana Berry / SkyWorks; ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) A galáxia mais luminosa conhecida no Universo — o quasar W2246-0526, observado quando o Universo tinha menos de 10% da sua idade atual — é tão turbulenta que se encontra a ejetar o seu fornecimento total de gás destinado a formação estelar, de acordo com novas observações obtidas com o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array).  Os quasares são galáxias distantes que possuem buracos negros supermassivos nos seus centros, os quais libertam jatos poderosos de partículas e radiação. A maioria dos quasares brilha intensamente, mas uma pequena fração (apenas 1 em cada 3000 quasares observados são deste tipo) destes obj

Gémea da Via Láctea "VARRIDA" por um vento veloz de raios-X

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Impressão de artista que ilustra um vento soprado a partir dos arredores de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia espiral brilhante. Crédito: ESA O XMM-Newton da ESA descobriu um vento veloz de gás oriundo do centro de uma galáxia espiral brilhante como a nossa que pode estar a reduzir a sua capacidade de produzir estrelas novas. Não é incomum encontrar ventos quentes soprados a partir de discos rodopiantes de material em redor de buracos negros supermassivos no centro de galáxias ativas. Caso sejam poderosos o suficiente, estes ventos podem influenciar o seu ambiente de várias maneiras. O seu efeito principal é varrer reservatórios de gás que poderiam ter formado estrelas, mas é também possível que possam desencadear o colapso de algumas nuvens para formar estrelas. Pensa-se que estes processos desempenham um papel fundamental nas galáxias e buracos ao longo dos 13,8 mil milhões de anos do Universo. Mas também se pensava que afetavam apenas os maiores obje

Civilizações alienígenas? Procure nos aglomerados estelares

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PLANETAS SEM NOITES Imagine planetas nos quais o céu noturno é quase tão claro quanto o dia, com estrelas tão grandes e tão numerosas que o termo noite deve ter um sentido bem relativo. Pois é em exoplanetas assim que os astrofísicos acreditam haver a maior possibilidade de desenvolvimento de vida inteligente. Esses exoplanetas estão no interior de regiões extraordinárias, conhecidas como aglomerados estelares globulares . São regiões densamente ocupadas, contendo um milhão de estrelas em uma esfera de poucos anos-luz de diâmetro. Rosanne DiStefano (Centro Harvard-Smithsoniano de Astrofísica - EUA) e Alak Ray (Instituto Tata de Pesquisas Fundamentais - Índia) acreditam que esse é o melhor lugar para se procurar por civilizações inteligentes dotadas de capacidade de viagens espaciais - com nível tecnológico similar ou superior ao da Terra. "Um aglomerado globular pode ser o primeiro lugar em que a vida inteligente será identificada em nossa galáxia," disse DiStefano

Sem Júpiter e Saturno não haveria vida na Terra

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Novas simulações sugerem que sem Júpiter e Saturno orbitando a Terra, a vida poderia não ter surgido em nosso planeta. De acordo com os pesquisadores, os dois gigantes gasosos provavelmente ajudaram a estabilizar o sistema solar, protegendo a Terra e outros planetas rochosos interiores de frequentes enfrentamentos com grandes objetos em movimento rápido. Em outras palavras, como relata o portal Space, planetas gigantes parecem ter um impacto importante na formação de um sistema. “Se não há planetas gigantes em seu sistema, você tem um sistema planetário muito, muito diferente”, declarou Tom Barclay, do Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, Califórnia, na 227ª reunião da Sociedade Astronômica Americana. Barclay e seus colegas descobriram que os impactos enormes – como aquele envolvendo a proto-Terra que acredita-se ser o responsável pela formação da lua, 4,5 bilhões de anos atrás – aconteceriam com mais frequência e por períodos de tempo mais longos em sistemas solar

Primeira luz de futura sonda de buracos negros

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Instrumento GRAVITY do VLTI testado de modo bem sucedido No âmbito das primeira observações obtidas com o novo instrumento GRAVITY, a equipe observou cuidadosamente estrelas brilhantes e jovens no conhecido Aglomerado do Trapézio, situado no coração da região de formação estelar de Orion. E logo com estes primeiros dados, o GRAVITY fez uma descoberta: uma das componentes deste aglomerado (Theta 1 Orionis F) é uma estrela dupla. A estrela dupla mais brilhante já conhecida anteriormente, Theta 1 Orionis C é também apresentada. A imagem de fundo foi obtida pelo instrumento  ISAAC montado no Very Large Telescope do ESO. As imagens do GRAVITY inseridas revelam um detalhe muito maior do que o que seria possível detectar com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA.Crédito:ESO/GRAVITY consortium/NASA/ESA/M. McCaughrean Observar buracos negros é o objetivo principal do instrumento GRAVITY recentemente instalado no Very Large Telescope do ESO no Chile. Durante as primeiras observa

Identificado o enxame galáctico massivo mais distante

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Composição do enxame galáctico IDCS 1426 que junta dados no visível, em raios-X e no infravermelho. Crédito: raios-X - NASA/CXC/Univ. do Missouri/M. Brodwin et al.; visível - NASA/STScI; infravermelho - JPL/Caltech O Universo primitivo era uma "bagunça" caótica de gás e matéria que só começou a coalescer em galáxias distintas centenas de milhões de anos após o Big Bang. Estas galáxias demoraram vários milhares de milhões de anos para se agruparem em enxames gigantescos - era o que os cientistas pensavam. Agora, astrónomos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), da Universidade do Missouri, da Universidade da Flórida, entre outras instituições, detetaram um enorme enxame galáctico formado apenas 3,8 mil milhões de anos após o Big Bang. Localizado a 10 mil milhões de anos-luz da Terra e potencialmente contendo milhares de galáxias individuais, a megaestrutura é mais ou menos 250 biliões de vezes mais massiva que o Sol, ou 1000 vezes mais massiva que a Via Lácte

Maior mapa de idades da VIA LÁCTEA revela como a nossa galáxia cresceu

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Esta imagem mostra os resultados mais recentes como pontos coloridos sobrepostos numa impressão de artista da Via Láctea. Os pontos vermelhos mostram estrelas formadas quando a Via Láctea era jovem e pequena, enquanto os pontos azuis mostram estrelas formadas mais recentemente, quando a Via Láctea já era grande e madura. A escala de cores mostra quantos milhares de milhões de anos passaram desde a formação dessas estrelas. Crédito: G. Stinson (MPIA) Apresentado na reunião da Sociedade Astronómica Americana que decorreu a semana passada em Kissimmee, no estado da Flórida, uma equipa liderada por Melissa Ness do Instituto Max Planck para Astronomia em Heidelberg, Alemanha, criou o primeiro gráfico de crescimento para a nossa Via Láctea. O gráfico, que usa as idades de mais de 70.000 estrelas e abrange cerca de 50.000 anos-luz, ajuda-nos a ler a história de como a nossa Galáxia cresceu desde a sua infância até à espiral que vemos hoje. "Perto do centro da nossa Galáxia, vemo

Galáxia anã gera ondulações nos subúrbios da Via Láctea

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Ondulações no gás localizado no disco externo da nossa galáxia, têm intrigado os astrônomos, desde que elas foram reveladas pela primeiras vez por observações feitas em ondas de rádio, a uma década atrás. Agora, os astrônomos acreditam que encontraram o culpado, uma galáxia anã, contendo um material escuro e invisível, que passou perto dos subúrbios da nossa galáxia a alguns milhões de anos atrás. A pesquisa, liderada por Sukanya Chakrabarti, do Rochester Institute of Technology, apresenta a primeira explicação plausível para as ondulações galácticas. “É como se fosse jogar uma pedra num lago e gerar as ondas”, disse Charkrabarti, durante a conferência de imprensa realizada no 227 Congresso da Sociedade Astronômica Americana em Kissimmee, na Flórida. “Claro, nós não estamos falando de um lago, mas sim da nossa galáxia, que tem dezenas de milhares de anos-luz de diâmetro e é feita de estrelas e gás, mas o resultado é o mesmo – ondulações!” Charkrabarti adicionou que seu trabalho é

Hubble Registra a Supermassiva e Superfaminta Galáxia NGC 4845

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E ssa imagem do Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais, NASA e ESA mostra a galáxia espiral NGC 4845, localizada a cerca de 65 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Virgo (A Virgem). A orientação da galáxia claramente revela a sua bela estrutura espiral, um disco plano de poeira circundando um brilhante bulbo galáctico. O centro brilhante da NGC 4845 abriga uma versão gigantesca de um buraco negro, conhecido como um buraco negro supermassivo. A presença de um buraco negro em galáxias distantes como a NGC 4845 pode ser inferida do seu efeito nas estrelas mais internas da galáxia.  Essas estrelas experimentam uma forte atração gravitacional do buraco negro e começam a girar ao redor do centro da galáxia com uma velocidade muito maior do que as estrelas mais externas. A partir da investigação do movimento dessas estrelas centrais, os astrônomos podem estimar a massa do buraco negro central – para a NGC 4845 esse buraco negro tem uma massa de c