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Astrônomos descobrem centenas de galáxias escondidas atrás da Via Láctea

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Impressão de artista que mostra a viagem das ondas de rádio das novas galáxias, passando pela Via Láctea e chegando ao radiotelescópio Parkes na Terra (não está à escala). Crédito: ICRAR Quase 900 galáxias próximas, porém escondidas, têm sido estudadas por uma equipe internacional de astrônomos, levando uma nova luz sobre o entendimento do Grande Atrator – uma concentração difusa de massa a 250 milhões de anos-luz de distância, que está puxando a nossa Via Láctea, e milhares de outras galáxias em sua direção. Usando o Multibeam Receiver, instalado no rádio telescópio Parkes de 64 m, pertencente à instituição CSIRO na Austrália, a equipe foi capaz de ver através das estrelas e da poeira da nossa galáxia, vasculhando assim uma região inexplorada do espaço, conhecida pelos astrônomos como Zone of Avoidance (Zona de Anulação). Nós descobrimos 883 galáxias, um terço das quais nunca tinham sido vistas anteriormente”, disse o Professor Lister Staveley-Smith, membro da equipe, do AR

Detectadas ondas gravitacionais 100 anos após a previsão de EINSTEIN

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Quando dois buracos negros giram em órbita um do outro, irradiam ondas gravitacionais, libertando energia orbital e espiralando em direção um do outro. Esta impressão de artista mostra as ondulações numa superfície bidimensional do espaço-tempo, para que as consigamos imaginar melhor. Crédito: Swinburne Astronomy Production Pela primeira vez, cientistas observaram ondulações no tecido do espaço-tempo chamadas ondas gravitacionais, chegando à Terra oriundas de um evento cataclísmico no Universo distante. Isto confirma uma importante previsão da teoria geral da relatividade de Albert Einstein, publicada em 1915, e abre uma nova janela sem precedentes para o cosmos. As ondas gravitacionais transportam informação sobre as suas dramáticas origens e sobre a natureza da gravidade que não pode ser obtida de outra maneira. Os físicos concluíram que as ondas gravitacionais foram produzidas durante a fração final de segundo da fusão de dois buracos negros, produzindo um único buraco negro

Um momento de brilho de uma estrela

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Uma estrela recém formada ilumina as nuvens cósmicas à sua volta nesta nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. As partículas de poeira nas enormes nuvens que rodeiam a estrela HD 97300 difundem a sua luz, tal como acontece com os faróis de um carro num nevoeiro, criando assim a nebulosa de reflexão IC 2631. Embora a estrela HD 97300 se encontre nas luzes da ribalta por agora, a própria poeira que a torna tão proeminente anuncia o nascimento de futuras estrelas, que potencialmente lhe roubarão o protagonismo. A região resplandescente que se observa nesta nova imagem obtida com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros é uma nebulosa de reflexão chamada IC 2631. Estes objetos são nuvens de poeira cósmica que refletem a radiação de uma estrela próxima, criando um magnífico espetáculo de luz como o que aqui se mostra. IC 2631 é a nebulosa mais brilhante situada no Complexo do Camaleão , uma enorme região de nuvens de gás e poeira que abrigam várias estrelas r

Outros sistemas solares não seguem as regras do nosso

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Em nosso sistema solar, planetas menores, como Mercúrio e Vênus, orbitam o sol de perto, enquanto planetas maiores, como Júpiter, tendem a orbitar mais de longe. Parece natural que seja assim. Porém, outros sistemas solares não seguem essa mesma regra. Quais são as regras de outros sistemas solares Grandes planetas que orbitam suas estrelas de muito perto, alguns a um décimo da distância que existe entre a Terra e o sol, são conhecidos como Júpiteres Quentes (assim batizados porque eles têm uma massa semelhante à de Júpiter). Ao contrário dos planetas do nosso sistema solar, alguns desses planetas têm órbitas elípticas extraordinariamente incomuns. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, iniciaram estudos para descobrir como Júpiteres Quentes orbitam ao redor de suas estrelas tão de perto, e se a resposta tinha algo a ver com as suas órbitas elípticas incomuns. Conclusão Os pesquisadores fizeram mais de 1.000 simulações para observar os movim

O que acontece no interior da W2246-0526, a galáxia mais brilhante do universo?

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Pesquisadores descobriram que a galáxia mais luminosa do universo, nomeada W2246-0526, parece estar se “despedaçando. O estudo, conduzido por Roberto Assef, astrônomo da Universidad Diego Portales, no Chile, será publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters. PARA TODO LADO Os cientistas estudaram a galáxia, que fica a 12,4 bilhões de anos-luz da Terra, utilizando o telescópio Atacama Large Millimeter / submillimeter Array, conhecido pela sigla ALMA. A W2246-0526 se formou cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, e brilha tão intensamente quanto 300 trilhões de sóis. De acordo com os pesquisadores, ela está perdendo muito gás devido à grande quantidade de energia do seu buraco negro central.  Esta galáxia está se despedaçando”, afirmou Assef, líder da equipe de observação no ALMA, em um comunicado. “O momento e energia das partículas de luz depositadas no gás são tão grandes que estão empurrando-o para fora em todas as direções”. PATINHO FEIO W

Pesquisa descobre que a Terra deve ser o produto da fusão de dois planetas

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Uma nova pesquisa diz ter encontrado evidências de que um planeta embrião se fundiu com a Terra, e que desta colisão nasceram tanto a lua quanto nosso planeta. MUDANÇAS DE PERSPECTIVA Os astrônomos estavam investigando a forma como a lua se formou. Existe uma teoria de que ela foi produzida depois de um pequeno planeta, chamado Theia, se chocou com a Terra, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás.  Theia teria simplesmente “arrancado” um pedaço do nosso planeta então em formação, explodindo a lua em órbita e seguindo pelo espaço. Agora, um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos EUA, sugere que Theia na verdade nunca nos deixou. AMOSTRAS LUNARES A equipe analisou sete rochas lunares trazidas de volta à Terra pelas missões Apollo, assim como seis rochas vulcânicas tiradas do manto da Terra. Os cientistas estavam procurando por isótopos de oxigênio contidos nas rochas – o que significa que estavam contando o número de prótons e nêutrons nos átomos de oxigênio

O disco voador congelado

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ALMA descobre grãos de poeira inesperadamente frios em disco de formação planetária Astrônomos usaram o ALMA e os telescópios do IRAM para fazer a primeira medida direta da temperatura dos grãos de poeira grandes situados nas regiões periféricas de um disco de formação planetária que se encontra em torno de uma estrela jovem. Ao observar de forma inovadora um objeto cujo nome informal é Disco Voador, os astrônomos descobriram que os grãos de poeira são muito mais frios do que o esperado: -266º Celsius. Este resultado surpreendente sugere que os modelos teóricos destes discos precisam de ser revisados. Uma equipe internacional liderada por Stephane Guilloteau do Laboratoire d´Astrophysique de Bordeaux, França, mediu a temperatura de enormes grãos de poeira que se encontram em torno da jovem estrela 2MASS J16281370-2431391 na região de formação estelar Rho Ophiuchi , a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra. Esta estrela encontra-se rodeada por um disco de gás e poeira — cham

Planetas tipo - Terra tem interiores Tipo-Terra

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Esta impressão de artista compara as estruturas da Terra (esquerda) com o exoplaneta Kepler-93b (direita), que tem 1,5 vezes o tamanho da Terra e é 4 vezes mais massivo. Uma nova investigação sugere que os mundos rochosos partilham estruturas parecidas, com um núcleo que contém cerca de um-terço da massa total, rodeado por um manto e coberto por uma crosta fina. Crédito: M. Weiss/CfA As crianças aprendem na escola a estrutura básica da Terra: uma fina crosta exterior, um manto espesso e um núcleo com o tamanho de Marte. Mas será que esta estrutura é universal? Será que os exoplanetas em redor de outras estrelas têm as mesmas três camadas? Uma nova investigação sugere que a resposta é sim - que terão interiores muito semelhantes ao da Terra. "Queríamos ver quão parecidos com a Terra são estes planetas rochosos. E parece que são muito parecidos com a Terra," afirma Li Zeng do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, autor principal do estudo. Para chegar a esta

Misteriosas colinas flutuantes em Plutão

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As geleiras de gelo de nitrogênio em Plutão parecem carregar uma carga intrigante: numerosas e isoladas colinas que podem ser fragmentos de gelo de água das terras soerguidas da superfície de Plutão ao redor. Essas colinas individualmente medem de um a alguns quilômetros de diâmetro de acordo com as imagens e os dados enviados pela sonda New Horizons da NASA. As colinas, que estão na vasta planície de gelo, conhecida como Sputnik Planum, dentro do coração de Plutão, são provavelmente, versões em miniaturas de montanhas maiores localizadas na borda oeste da Sputnik Planum. Elas são outro exemplo da fascinante e da abundante atividade geológica de Plutão. Devido ao fato do gelo de água ser menos denso do que o gelo dominado pelo nitrogênio, os cientistas acreditam que essas colinas de gelo de água estão flutuando num mar de nitrogênio congelado e se move com o tempo como os icebergs observados nos oceanos congelados da Terra. As colinas são provavelmente fragmentos das terras

A vizinha limpa e arrumada da Via Láctea

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A galáxia anã IC 1613Crédito:ESO Muitas galáxias encontram-se cheias de poeira, enquanto outras apresentam ocasionais faixas escuras de fuligem cósmica opaca espiralando entre o gás e as estrelas. No entanto, o alvo desta nova imagem, obtida pela câmera OmegaCAM montada no Telescópio de Rastreio do VLT no ESO, no Chile, é bastante peculiar — a pequena galáxia chamada IC 1613 é uma maníaca por limpeza! IC 1613 contém muito pouca poeira cósmica, o que permite aos astrônomos explorar o seu conteúdo com bastante facilidade. Não é apenas uma questão de aparência; a limpeza desta galáxia é vital para a compreendermos o Universo que nos rodeia. IC 1613 é uma galáxia anã situada na constelação da Baleia . Esta imagem do VST mostra a beleza pouco convencional deste objeto, deixando-nos observar suas estrelas todas espalhadas e gases rosa brilhante, em grande detalhe. O astrônomo alemão Max Wolf descobriu o fraco brilho de IC 1613 em 1906. Em 1928, o seu compatriota Walter Baade uti

Uma beleza muitas vezes ignorada

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Esta fotografia da semana mostra a galáxia espiral NGC 986 situada na constelação da Fornalha. A galáxia, que foi descoberta em 1826 pelo astrônomo escocês James Dunlop, não costuma ser fotografada muitas vezes devido à sua proximidade com o rico e famoso aglomerado de galáxias da Fornalha, o que não deixa de ser uma pena já que esta galáxia, além de ser um grande objeto científico, é também muito bonita. NGC 986 situa-se a cerca de 56 milhões de anos-luz de distância e parece quase perfeita vista de cima ou — como os astrônomos dizem, vista de face. A sua posição no céu permite-nos observar os dois braços espiris principais e também uma estrutura central em forma de barra, composta por estrelas e poeira, que faz com que este objeto seja classificado como uma galáxia espiral barrada. Rastreios astronômicos mostraram que cerca de dois terços de todas as galáxias espirais contêm uma barra, incluindo a Via Láctea, e por isso NGC 986 é um objeto perfeito para estudar a estrutura das ga

Lua foi produzida por uma colisão frontal entre Terra e um planeta em formação

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Impressão de artista do evento que produziu a Lua. Crédito: William K. Hartmann Segundo geoquímicos da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles), a Lua foi formada por uma violenta colisão de frente entre a Terra primitiva e um "embrião planetário" chamado Theia aproximadamente 100 milhões de anos depois da formação do nosso planeta. Os cientistas já sabiam deste acidente a alta velocidade, que ocorreu quase há 4,5 mil milhões de anos atrás, mas muitos pensavam que a Terra colidiu com Theia a um ângulo de 45 graus ou mais - uma poderosa colisão de lado. Novas evidências divulgadas na edição de 29 de janeiro da revista Science reforçam consideravelmente o caso de um ataque frontal. Os investigadores analisaram sete rochas trazidas para a Terra da Lua pelas missões Apollo 12, 15 e 17, bem como seis rochas vulcânicas do manto da Terra - cinco do Hawaii e uma do estado americano do Arizona. A chave para a reconstrução do impacto gigante foi uma assinatura químic

A atmosfera azul de Plutão em infravermelho

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Essa imagem feita pela sonda New Horizons da NASA é a primeira feita da atmosfera de Plutão nos comprimentos de onda do infravermelho, e a primeira imagem da atmosfera feita com dados obtidos pelo instrumento Ralph/Linear Etalon Imaging Spectral Array, ou LEISA, da New Horizons. Nessa imagem, a luz do Sol vem de cima e de trás de Plutão. A imagem foi registrada no dia 14 de Julho de 2015, enquanto a sonda New Horizons estava a cerca de 180000 quilômetros de distância de Plutão. A imagem cobre o intervalo espectral completo do LEISA (de 1.25 a 2.5 mícron), que é dividido em terços, com o terço mais curto sendo colocado no canal azul, o terço intermediário no canal verde, e o terço mais longo no canal vermelho. O norte na imagem está na posição de 10 horas. O anel azul ao redor do Plutão é causado pela luz do Sol sendo espalhado pelas partículas presentes na névoa comum na atmosfera de Plutão. Os cientistas acreditam que a névoa é poluição fotoquímica resultante da ação da luz

Explosão de buraco negro numa galáxia muito, muito distante

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A radiogaláxia Pictor A. Crédito: raios-X - NASA/CXC/Univ. de Hertfordshire/M. Hardcastle et al.; rádio - CSIRO/ATNF/ATCA A saga da "Guerra das Estrelas" conta com a fictícia "Estrela da Morte", que pode disparar raios poderosos de radiação no espaço. O Universo, no entanto, produz fenómenos que muitas vezes ultrapassam o que a ficção científica pode imaginar. A galáxia Pictor A é um destes objetos impressionantes. Esta galáxia, localizada a quase 500 milhões de anos-luz da Terra, contém um buraco negro supermassivo no seu centro. É libertada uma quantidade enorme de energia gravitacional à medida que o material espirala em direção ao horizonte de ventos, o ponto de não retorno para o material em queda. Esta energia produz um feixe gigantesco, ou jato, de partículas que viajam quase à velocidade da luz no espaço intergaláctico. Para captar imagens deste jato, os cientistas usaram o Observatório de raios-X Chandra da NASA em vários momentos dos últimos 1

O nascimento turbulento de um Quasar

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Impressão artística de W2246-0526, uma galáxia individual que brilha no infravermelho tão intensamente como 350 biliões de sóis. É um objeto tão turbulento que eventualmente ejetará o seu fornecimento total de gás destinado à formação estelar, de acordo com novas observações obtidas pelo ALMA. Crédito: NRAO/AUI/NSF; Dana Berry / SkyWorks; ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) A galáxia mais luminosa conhecida no Universo — o quasar W2246-0526, observado quando o Universo tinha menos de 10% da sua idade atual — é tão turbulenta que se encontra a ejetar o seu fornecimento total de gás destinado a formação estelar, de acordo com novas observações obtidas com o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array).  Os quasares são galáxias distantes que possuem buracos negros supermassivos nos seus centros, os quais libertam jatos poderosos de partículas e radiação. A maioria dos quasares brilha intensamente, mas uma pequena fração (apenas 1 em cada 3000 quasares observados são deste tipo) destes obj

Gémea da Via Láctea "VARRIDA" por um vento veloz de raios-X

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Impressão de artista que ilustra um vento soprado a partir dos arredores de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia espiral brilhante. Crédito: ESA O XMM-Newton da ESA descobriu um vento veloz de gás oriundo do centro de uma galáxia espiral brilhante como a nossa que pode estar a reduzir a sua capacidade de produzir estrelas novas. Não é incomum encontrar ventos quentes soprados a partir de discos rodopiantes de material em redor de buracos negros supermassivos no centro de galáxias ativas. Caso sejam poderosos o suficiente, estes ventos podem influenciar o seu ambiente de várias maneiras. O seu efeito principal é varrer reservatórios de gás que poderiam ter formado estrelas, mas é também possível que possam desencadear o colapso de algumas nuvens para formar estrelas. Pensa-se que estes processos desempenham um papel fundamental nas galáxias e buracos ao longo dos 13,8 mil milhões de anos do Universo. Mas também se pensava que afetavam apenas os maiores obje

Civilizações alienígenas? Procure nos aglomerados estelares

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PLANETAS SEM NOITES Imagine planetas nos quais o céu noturno é quase tão claro quanto o dia, com estrelas tão grandes e tão numerosas que o termo noite deve ter um sentido bem relativo. Pois é em exoplanetas assim que os astrofísicos acreditam haver a maior possibilidade de desenvolvimento de vida inteligente. Esses exoplanetas estão no interior de regiões extraordinárias, conhecidas como aglomerados estelares globulares . São regiões densamente ocupadas, contendo um milhão de estrelas em uma esfera de poucos anos-luz de diâmetro. Rosanne DiStefano (Centro Harvard-Smithsoniano de Astrofísica - EUA) e Alak Ray (Instituto Tata de Pesquisas Fundamentais - Índia) acreditam que esse é o melhor lugar para se procurar por civilizações inteligentes dotadas de capacidade de viagens espaciais - com nível tecnológico similar ou superior ao da Terra. "Um aglomerado globular pode ser o primeiro lugar em que a vida inteligente será identificada em nossa galáxia," disse DiStefano