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Os mistérios da estrela KIC 8462852

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Por que a estrela KIC 8462852 continua a oscilar em brilho? Ninguém sabe ao certo. Uma estrela, similar ao nosso Sol, a KIC 8462852 foi uma das estrelas mais distantes já monitoradas pelo Telescópio Espacial Kepler da NASA, na procura por possíveis exoplanetas. Um projeto de ciência cidadã, ajudou a inspecionar os dados junto com astrônomos, e descobriu que o brilho da estrela chegava a variar cerca de 20%, por meses, mas depois voltava ao brilho original. As razões comuns e conhecidas para a diminuição de brilho de uma estrela, como trânsitos de exoplanetas, ou até mesmo por eclipses causados por uma companheira estelar, não se ajustavam à natureza errática da diminuição de brilho dessa estrela. Chegou-se a cogitar num momento, que a estrela variava de brilho dessa maneira a mais de 100 anos, mas essa hipótese foi descartada depois que análises mostraram que era um erro instrumental no instrumento que fotografa estrelas. Alguns astrônomos disseram que não era possível desc

Provável novo planeta poderá em lenta espiral da morte

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Astrónomos que procuravam os planetas mais jovens da Galáxia descobriram evidências convincentes da existência de um planeta diferente de qualquer outro, um recém-nascido "Júpiter quente" cujas camadas exteriores estão a ser arrancadas pela estrela que orbita a cada 11 horas.  Um punhado de planetas conhecidos estão em semelhantes órbitas pequenas mas, dado que esta estrela tem apenas 2 milhões de anos, é um dos exemplos mais extremos," afirma Christopher Johns-Krull, astrónomo da Universidade Rice e autor principal de um novo estudo que divulga o caso de um gigante gasoso em redor da estrela PTFO8-8695 na constelação de Orionte. O estudo revisto por pares será publicado na revista The Astrophysical Journal e já está disponível online.  Nós ainda não temos provas absolutas de que é um planeta porque ainda não temos um valor firme da massa, mas as nossas observações ajudam à verificação," afirma Johns-Krull. "Nós comparámos as nossas evidências contra qualqu

VLT Fotografa um exoplaneta exótico

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Fotografia da estrela CVSO 30 e do recém-descoberto exoplaneta CVSO 30c à sua esquerda. Crédito: ESO/Schmidt et al. Os astrónomos procuram planetas em órbita de outras estrelas (exoplanetas) através de uma variedade de métodos. Um desses métodos é a imagem direta, o qual se revela particularmente eficaz para planetas que se encontram em órbitas largas em torno de estrelas jovens, uma vez que a luz do planeta não é ofuscada pela radiação emitida pela estrela hospedeira, sendo por isso mais fácil de detetar. Esta imagem demonstra esta técnica. Nela podemos ver a estrela T-Tauri chamada CVSO 30, situada a aproximadamente 1200 anos-luz de distância da Terra no grupo 25 Orionis (ligeiramente a noroeste da famosa cintura de Orionte). Em 2012, os astrónomos descobriram que CVSO 30 alberga um exoplaneta (CVSO 30b), usando um método de deteção conhecido por fotometria de trânsito, no qual a radiação emitida pela estrela apresenta uma diminuição observável quando o planeta passa à s

Buraco negro alimentado por dilúvio intergaláctico frio

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Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), uma equipe internacional de astrónomos foi testemunha de um evento meteorológico cósmico nunca antes observado — um enxame de enormes nuvens de gás intergaláctico “chovendo” sobre um buraco negro supermassivo situado no centro de uma enorme galáxia a um milhar de milhões de anos-luz de distância da Terra. Os resultados deste trabalho serão publicados na revista Nature a 9 de junho de 2016. Novas observações ALMA mostram a primeira evidência direta de que nuvens densas frias podem coalescer a partir de gás intergaláctico quente e mergulhar no coração de uma galáxia, alimentando o seu buraco negro supermassivo central. Estas observações mudaram o modo como os astrónomos pensavam que os buracos negros se alimentavam, num processo chamado acreção. Anteriormente os astrónomos pensavam que, nas galáxias maiores, os buracos negros supermassivos tinham uma dieta lenta e contínua de gás quente ionizado vindo d

Este planeta pode sustentar vida

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A cerca de 1.200 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Lira, encontra-se um exoplaneta que, segundo astrônomos, pode ser habitável. O planeta, conhecido como Kepler-62f, é 40% maior que a Terra, o que o coloca na lista de prováveis planetas rochosos. Além disso, possivelmente tem oceanos, segundo a astrônoma Aomawa Shields , principal autora do trabalho  e pesquisadora pós-doutorada em astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). O sistema planetário que inclui o Kepler-62f foi descoberto em 2013, e conta com cinco planetas. O potencialmente habitável é o mais externo do sistema, orbitando uma estrela menor e mais fria que o sol. Mas a missão Kepler não identificou a composição atmosférica ou formato da órbita do planeta. Trabalhando em colaboração com astrônomos da Universidade de Washington, a pesquisadora levantou vários possíveis cenários. Descobrimos que há múltiplas composições atmosféricas que permitem que o planeta seja q

As Nuvens da Nebulosa Carina

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Crédito: John Ebersole Que formas se escondem nas brumas da Nebulosa Carina? As figuras sinistras são na realidade  nuvens moleculares , nós de gás molecular e  poeira  tão espessa que se tornam  opacas . No entanto, em comparação,  estas nuvens  são normalmente muito menos densas que a  atmosfera da Terra . Esta é uma imagem detalhada do núcleo da  Nebulosa Carina , uma zona onde tanto  nuvens  escuras como coloridas são particularmente proeminentes. A imagem foi capturada o mês passado a partir do  Observatório Siding Spring  na Austrália. Apesar da nebulosa ser composta principalmente de  hidrogénio  gasoso - aqui com tons verdes, à imagem foram atribuídas cores para que a luz emitida por vestígios de  enxofre  e oxigénio  aparecesse em tons de vermelho e azul, respetivamente. O todo da  Nebulosa Carina , catalogada como NGC 3372, abrange mais de 300  anos-luz  e está situada a cerca de 7500 anos-luz de distância na direção da  constelação  Quilha (Carina).  Eta Carinae , a e

A possibilidade de buracos negros serem hologramas ficou mais forte

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Os buracos negros são grandes desconhecidos da ciência: não podemos vê-los, já que a luz não escapa deles, não sabemos do que são feitos, e não sabemos para onde vai a matéria que cai neles quando morrem. Os físicos não conseguem concordar se os buracos negros são gigantes massivos tridimensionais, ou apenas um par de superfícies 2D projetadas em 3D como um holograma. Agora, um novo estudo publicado recentemente dá mais força a hipótese do holograma, usando um novo cálculo da entropia. A hipótese holográfica -  O físico Leonard Susskind, nos anos 1990, foi o primeiro a propor o buraco negro como holograma, ao provar que matematicamente o universo não precisa de mais que duas dimensões para que as leis da física e a gravidade funcionem como funcionam. Para nós, entretanto, tudo se parece como uma imagem tridimensional de processos de duas dimensões, projetados sobre um imenso horizonte cósmico. Parece loucura, mas este modelo acaba solucionando algumas contradições entre a t

O Universo está crescendo mais rápido do que o esperado

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Os cientistas não sabem ao certo por que, mas novos cálculos mostram que o universo está se expandindo mais rápido do que o esperado, possivelmente por resultado de algo que nós só suspeitamos que existe – a radiação escura. A mais recente pesquisa sobre os movimentos das estrelas descobriu que o universo está se expandindo entre 5% e 9% mais rápido do que no início de sua existência. Uma consequência disto poderia ser um rasgo bem no meio do cosmos. Um universo engraçado ficou mais engraçado”, diz o pesquisador australiano e astrofísico da Universidade Nacional da Austrália, Brad Tucker. RAZÕES - “Pode ser uma nova força semelhante à energia escura, ou uma nova partícula, ou pode ser que a energia escura em si mudou ao longo do tempo”, acrescenta ele. “Nós pensamos que estávamos perto de compreender a energia escura, mas agora sabemos que não estamos perto de saber a resposta. Há um monte de trabalho a fazer. Estrelas, planetas e gás representam apenas 5% do universo. O re

Onde é o limite do universo?

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O que está além do universo conhecido? Onde acaba o universo? Ou melhor, ele acaba?  Definir o “além do universo” implicaria que o universo tem uma borda. E é aí que as coisas ficam muito complicadas, porque os cientistas não estão certos se tal borda existe. A resposta depende de como se vê a questão. Princípio cosmológico  -  Existiria algum lugar ao qual poderíamos ir e “ver” o que está “além do universo”, como se pode espiar além da borda de um penhasco ou para fora de uma janela?  Essa questão envolve o “princípio cosmológico”, de acordo com Robert McNees, professor de física na Universidade Loyola em Chicago, nos EUA. O princípio cosmológico dita que a distribuição da matéria em qualquer parte do universo parece praticamente a mesma que em qualquer outra parte, independentemente da direção que você olha.  Em termos científicos, o universo é isotrópico. Há muita variação local – estrelas, galáxias, aglomerados etc -, mas, em média, em grandes pedaços de espaço, nenh

Seis fatos bem pesados sobre a gravidade

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Fatos sobre a gravidade - A gravidade determina a estrutura do Universo, governando o movimento dos planetas em torno das estrelas, mantendo as galáxias coesas e tudo o mais. Mas não pense que sabemos tudo sobre a gravidade. Por exemplo, não sabemos a forma exata como ela se encaixa com as outras forças fundamentais - apenas reconhecemos que a gravidade é uma das quatro forças fundamentais da natureza, juntamente com o eletromagnetismo, a força fraca e a força forte. Por outro lado, quando queremos explicar os fenômenos, nós desenvolvemos teorias. E a teoria da gravidade moderna - essencialmente a Teoria Geral da Relatividade de Einstein - é uma das teorias mais bem-sucedidas que temos. Assim, para começar a procurar pelo que ainda não sabemos, é bom fazer um resumo do que já sabemos - ou acreditamos saber - sobre a gravidade. 1. A gravidade é de longe a força mais fraca que conhecemos A gravidade apenas atrai - não há nenhuma versão negativa da força para separar as coisas.

Astronomos encontram planeta gigante em torno de estrela muito jovem

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Esta imagem a cores falsas de um telescópio interferométrico sub-milimétrico mostra o disco circunstelar de gás e poeira que rodeia a estrela CI Tau.  Crédito: Stephane Guilloteau/Universidade de Bordéus E m contradição com a ideia de longa data de que os planetas maiores levam mais tempo a formar-se, astrónomos anunciaram a descoberta de um planeta gigante numa órbita íntima em torno de uma estrela tão jovem que ainda mantém um disco circunstelar de gás e poeira. Durante décadas, a sabedoria convencional afirmou que planetas grandes como Júpiter demoram pelo menos 10 milhões de anos para se formar," afirma Christopher Johns-Krull, o autor principal do novo estudo acerca do planeta CI Tau b, que será publicado na revista The Astrophysical Journal. "Isso tem sido posto em causa ao longo dos últimos 10 anos, têm surgido muitas ideias novas, mas a questão-chave é: se queremos entender completamente a formação planetária, precisamos de identificar um número de planetas re

Físico da NASA tem o melhor candidato para a matéria escura

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A matéria escura parece exercer uma força gravitacional, mas não emite qualquer forma de luz ou radiação que os cientistas possam detectar. Logo, é como se o universo estivesse sendo assombrado pelo fantasma mais bem sucedido da história: podemos sentir a sua presença, mas não temos nenhuma maneira de flagrá-lo no ato. Agora, um astrofísico da NASA diz que pode ser capaz de explicar por que nossos modelos atuais do universo requerem a existência de algo como a matéria escura, mas mesmo assim não conseguimos encontrá-la: é porque a matéria escura pode consistir de buracos negros que apareceram dentro de uma fração de segundo após o Big Bang. NÃO É ISSO, ENTÃO O QUE É ? É aquela história: o universo está cheio de matéria escura, mas só o que podemos ver é a matéria normal, a que compõe os planetas, as estrelas e nós. Agora, para explicar esse fenômeno, Alexander Kashlinsky do Goddard Space Flight Center da NASA sugere que a existência dos chamados “buracos negros primordiais

Um nascimento espetacular!

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As estrelas , quando estão se formando, sempre deixam um sinal. Algumas gostam de dar espetáculo, outras são mais discretas e acabam só compondo um belo retrato. No geral, isso não é exagero de quem estuda formação de estrelas, que nem eu, basta dar uma olhada nos locais propícios para estrelas se formarem.  As estrelas se formam em grandes nuvens de gás e poeira frias na galáxia. Com grande quantidade de hidrogênio, monóxido de carbono e outras substâncias químicas, elas são convenientemente chamadas de nuvens moleculares gigantes. Quando há alguma perturbação externa, como uma onda de choque originária de uma explosão de supernova, a nuvem se desestabiliza. Então ocorre sua fragmentação e posterior colapso, quando novas estrelas são criadas. Conforme o colapso progride, a protoestrela acumula matéria, encolhe por causa da força da gravidade e a temperatura do gás aumenta. Isso já a torna uma fonte de radiação infravermelha e telescópios operando nessa faixa podem detectá-la

Alma revela "PEGADAS" de formação planetaria num disco de gás

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Imagem ALMA do disco de poeira em torno de HL Tauri. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) Uma nova análise de dados obtidos pelo ALMA fornece evidências ainda mais firmes de "planetas bebé" em torno da estrela HL Tauri. Os investigadores descobriram duas lacunas no disco de gás. As localizações destas divisões no gás coincidem com as encontradas na poeira numa imagem de alta-resolução obtida em 2014 pelo ALMA. Esta descoberta suporta a ideia de que os planetas se formam em escalas de tempo muito mais curtas do que se pensava e pede uma reconsideração de cenários alternativos de formação planetária. Em novembro de 2014, o ALMA divulgou uma imagem surpreendente de HL Tauri e do seu disco de poeira. Essa imagem, a melhor já captada para este tipo de objeto, mostra claramente várias lacunas no disco de poeira em torno da estrela. Os astrónomos ainda não chegaram a uma resposta definitiva sobre o que origina as falhas no disco de poeira. Dado que estes discos são os locais

Um belo exemplo de ornamentação estelar

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Nesta imagem obtida com o Very Large Telescope do ESO (VLT ), a radiação emitida por estrelas azuis resplandecentes energiza o gás que restou da sua recente formação. O resultado é esta colorida nebulosa de emissão, chamada LHA 120-N55 , na qual as estrelas se encontram “adornadas” por um manto de gás brilhante. Os astrónomos estudam este tipo de fenómenos para aprender mais sobre as condições existentes nos locais onde novas estrelas se desenvolvem. A LHA 120-N55 , ou N55 como é normalmente conhecida, é uma nuvem de gás brilhante situada na Grande Nuvem de Magalhães , uma galáxia satélite da Via Láctea localizada a cerca de 163 000 anos-luz de distância. A N55 situa-se no interior de uma enorme concha, ou superbolha, chamada LMC 4. As superbolhas , muitas vezes com centenas de anos-luz de dimensão, formam-se quando ventos fortes lançados por estrelas recém formadas e ondas de choque de explosões de supernovas trabalham em uníssono, soprando para longe a maioria do gás e poe

Telescópios da Nasa encontram pistas de como os buracos negros gigantes se formaram tão depressa

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Esta ilustração representa a melhor evidência, até à data, que o colapso direto de uma nuvem de gás produziu buracos negros supermassivos no Universo primordial. Os investigadores combinaram dados do Chandra, do Hubble e do Spitzer para fazer esta descoberta. Crédito: NASA/CXC/STScI Usando dados dos Grandes Observatórios da NASA, os astrónomos descobriram as melhores evidências, até à data, das sementes cósmicas no Universo primordial que cresceram para buracos negros supermassivos. Os investigadores combinaram dados do Observatório de raios-X Chandra, do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial Spitzer para identificar estas possíveis sementes de buracos negros. Eles discutem as suas descobertas num artigo que será publicado numa próxima edição da revista Monthly Notices da Sociedade Astronómica Real.   "A nossa descoberta, se confirmada, explica como é que estes buracos negros monstruosos nasceram," afirma Fabio Pacucci da SNS (Scuola Normale Superiore) em Pis