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Impressão artística de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia

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Esta impressão artística mostra o meio circundante de um buraco negro supermassivo típico, como muitos dos que se encontram no coração de muitas galáxias. O buraco negro propriamente dito está rodeado por um brilhante disco de acreção de material muito quente a cair para o buraco negro e mais longe encontra-se o toro de poeiras. Vemos também frequentemente jactos de matéria lançados a altas velocidades a partir dos polos do buraco negro, que podem estender-se até enormes distâncias no espaço. Observações obtidas com o ALMA detectaram um campo magnético muito intenso próximo do buraco negro, na base dos jactos, estando este campo muito provavelmente envolvido na produção dos jactos e sua colimação. Créditos: ESO

O zoo de planetas menores do VISTA

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Dados obtidos pelo telescópio VISTA do ESO usados para extrair importantes propriedades no infravermelho próximo de pequenos corpos do Sistema Solar Uma equipe de astrônomos europeus usou dados do telescópio de rastreio VISTA do ESO para catalogar uma população variada de corpos menores — pequenos objetos do Sistema Solar — nos comprimentos de onda do  infravermelho próximo . Este estudo deu origem a uma coleção de medições de quase 40 mil objetos, dados estes que poderão ajudar a responder a questões chave sobre o Sistema Solar primordial.  Sabe-se que o Sistema Solar contém cerca de 700 mil objetos pequenos, desde  asteroides  rochosos a  cometas  gelados. Ao estudar estes objetos, os astrônomos esperam compreender como é que o Sistema Solar se formou e evoluiu e, ao mesmo tempo, reunir informações importantes sobre possíveis impactos com a Terra. A equipe examinou um subconjunto de dados do rastreio do VISTA — o  VISTA Hemisphere Survey  — que cobriu cerca de 40% do hemis

O super Grand Canyon de Caronte lua de Plutão

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A maior lua de Plutão, Caronte, é o lar de um sistema de cânion incomum, que é maior e mais profundo que o Grand Canyon. Na imagem acima, o detalhe, amplia uma porção do limbo leste da visão global de Caronte, registrada pela sonda New Horizons da NASA horas antes da maior aproximação no dia 14 de Julho de 2015. Um cânion profundo, informalmente chamado de Argo Chasma, é visto no limbo. A seção observada nessa imagem mede cerca de 300 quilômetros de comprimento. Mas os cientistas da New Horizons  dizem que o comprimento total da Argo é de aproximadamente 700 quilômetros, em comparação, o Grand Canyon, tem 450 quilômetros de comprimento. Nesse ângulo de visão, o cânion é visto de lado, e na porção final norte do cânion a profundidade pode ser facilmente calculada. Com base nessa e em outras imagens, feitas mais ou menos no mesmo momento, os cientistas da New Horizons, estimaram a profundidade do Argo Chasma em 9 quilômetros, o que é mais de cinco vezes mais profundo do que a p

Pode ser possível sobreviver a uma queda em um buraco negro

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SIMULAÇÃO DE BURACO NEGRO Uma simulação inédita mostra que, ao contrário do que os físicos têm proposto, objetos que caiam em um buraco negro em rotação não seriam esmagados pela gravidade descomunal.Isso dá suporte a alguns cenários de ficção científica, como do filme Interestelar.  Embora a imagem do buraco negro do filme tenha sido produzida por uma simulação científica, a ideia de que buracos negros são portais para outros universos - ou atalhos para outros locais no nosso próprio universo, ou máquinas do tempo - ainda são controversas.  Há uma grande corrida entre os astrônomos em busca da primeira foto de um buraco negro - ainda que muitos ainda defendam que buracos negros podem não existir.     [Imagem: NRAO/AUI/NSF/Dana SkyWorks/ALMA(ESO/NAOJ/NRAO)] O que é fato é que o trabalho agora publicado representa a primeira metodologia para simulações de computador dos buracos negros rotativos. "Buracos negros não rotacionais vêm sendo estudados em simulações de computador

O buraco de Eta Carinae

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Estrela menor fura a maior e permite ver abaixo de sua superfície Eta Carinae , a estrela mais estudada da Via Láctea depois do Sol e uma das maiores e mais luminosas já vistas, continua surpreendendo. Primeiramente os astrônomos verificaram que ela era na verdade formada por duas estrelas muito grandes: a principal e maior, Eta Carinae A, com cerca de 90 massas solares, e a secundária, dois terços menor e 10 vezes menos brilhante, Eta Carinae B. Depois, viram que a cada cinco anos e meio a estrela maior deixa de brilhar por cerca de 90 dias consecutivos em certas faixas do espectro eletromagnético, em especial nos raios X. Agora, especialistas do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países, depois de examinarem as informações obtidas no apagão de 2014, o mais recente, descreveram um novo fenômeno: a formação de um buraco causado pela estrela menor na superfície da estrela maior.  A colisão dos fortes ventos das duas estrelas, que já havia sido descrita, e a formação de um bur

Júpiter espera a chegada de Juno

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Imagens VLT de Júpiter apresentadas alguns dias antes da chegada da sonda Juno Em preparação para a chegada iminente da sonda Juno da NASA, os astrónomos usaram o Very Large Telescope do ESO para obter imagens de Júpiter no infravermelho, no âmbito de uma campanha para criar mapas de alta resolução do planeta gigante. Estas observações ajudarão a definir o trabalho a realizar pela sonda Juno nos próximos meses, dando aos astrónomos uma melhor compreensão do gigante gasoso antes do encontro com Juno. Uma equipa liderada por Leigh Fletcher da Universidade de Leicester, no Reino Unido, apresentou novas imagens de Júpiter no Encontro Nacional de Astronomia da Sociedade Astronómica Real do Reino Unido, em Nottingham. Obtidas com o instrumento VISIR montado no Very Large Telescope do ESO, as novas imagens fazem parte de um esforço para aumentar o conhecimento sobre a atmosfera de Júpiter antes da chegada da sonda Juno da NASA  em Julho deste ano. A campanha envolveu diversos te

Astrônomos vão passar um ano estudando a estrela com a suposta “megaestrutura alienígena”

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Uma equipe de astrônomos conseguiu com sucesso um financiamento coletivo para investigar durante um ano de observações a hipótese de que uma “megaestrutura alienígena” orbite uma estrela misteriosa chamada KIC 8462852.  A equipe levantou mais de 100 mil dólares em menos de um mês para o estudo, e eles esperam que esta quantia vá comprar-lhes tempo suficiente para concluir de uma vez por todas o que está fazendo com que a luz de KIC 8462852 escureça de forma que os cientistas nunca viram antes.  Caso você tenha perdido a controvérsia em torno de KIC 8462852 – uma estrela de tipo F que se encontra 1.480 anos-luz de distância – aqui está um rápido resumo: a história começou em 2015, quando a astrônoma da Universidade de Yale, nos EUA, Tabetha Boyajian, liderou uma equipe de cientistas chamados de “os caçadores de planetas” para examinar os dados coletados pelo telescópio espacial Kepler. KIC 8462852 era apenas uma estrela entre as centenas que o Kepler marcou como anormal depoi

VÉNUS tem potencial - mas não para água

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A sonda Venus Express da ESA detetou um campo elétrico surpreendentemente forte em Vénus - a primeira vez que um campo elétrico foi medido num planeta. Com um potencial de mais ou menos 10V, é quase cinco vezes maior do que os cientistas esperavam e é suficiente para despojar a atmosfera superior de oxigénio, um dos componentes da água.  Ao contrário da Terra, Vénus não tem um campo magnético significativo para se proteger do vento solar. Quando o campo magnético transportado pelo vento solar encontra Vénus, rodeia a ionosfera do planeta (na imagem em tons alaranjados), puxando as suas partículas.  Enquanto os protões e outros iões (azul na inserção) sentem uma força devido à gravidade do planeta, os eletrões (a vermelho na inserção) são muito mais leves e, consequentemente, são capazes de escapar à atração gravitacional mais facilmente.  À medida que os eletrões sobem na atmosfera e para o espaço, ainda estão ligados aos protões e iões via força eletromagnética, e isto resulta no

Inesperado excesso de planetas gigantes em enxame de estrelas

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Uma equipe internacional de astrónomos descobriu que existem muito mais planetas do tipo de Júpiter quente do que os esperados num enxame estelar chamado Messier 67. Este resultado surpreendente foi obtido com vários telescópios e instrumentos, entre os quais o espectrógrafo HARPS no Observatório de La Silla do ESO. O meio denso do enxame originará interações mais frequentes entre planetas e estrelas próximas, o que pode explicar o excesso deste tipo de exoplanetas. Uma equipe chilena, brasileira e europeia liderada por Roberto Saglia do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik , em Garching, Alemanha, e Luca Pasquini do ESO, passou vários anos a fazer medições de alta precisão de 88 estrelas pertencentes ao enxame Messier 67 . Este enxame estelar aberto tem cerca da mesma idade do Sol e pensa-se que o Sistema Solar teve origem num meio denso similar. A equipe utilizou o HARPS , entre outros instrumentos, para procurar assinaturas de planetas gigantes em órbitas de

Primeiras observações do Centro Galáctico obtidas com o instrumento GRAVITY

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Sonda de buraco negro opera agora com os quatro Telescópios Principais do VLT Impressão artística da estrela S2 a passar muito perto do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea Créditos: ESO/L. Calçada Uma equipe europeia de astrónomos usou o novo instrumento GRAVITY montado no Very Large Telescope do ESO para obter observações do centro da Via Láctea, combinando pela primeira vez radiação colectada pelos quatro Telescópios Principais de 8,2 metros. Estes resultados dão-nos já uma ideia da ciência inovadora que o GRAVITY irá fazer, ao sondar os campos gravitacionais extremamente fortes existentes próximo do buraco negro central supermassivo e ao testar a teoria da relatividade geral de Einstein. O instrumento GRAVITY está atualmente a operar com os quatro Telescópios Principais de 8,2 metros do Very Large Telescope do ESO (VLT) e já a partir de resultados preliminares tornou-se claro que brevemente irá produzir ciência de classe mundial. O GRAVITY faz parte