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A fronteira final do universo: Os buracos negros

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O ano de 2013 revelou novos mistérios do Universo que ainda estão longe de serem compreendidos pela ciência. Alguns passos à frente certamente foram dados no que se refere ao conhecimento sobre os buracos negros, um lugar de poderosa gravidade, matéria infinitamente densa, onde o tempo congela e a luz é “presa”. No buraco negro, só há o caminho de ida. É impossível voltar de lá. Mas, o que há lá? Como um buraco negro se parece? Ele existe mesmo?  Atualmente, a maioria dos físicos agora aceita a existência de buracos negros. Eles seriam de dois tipos principais: buracos de massa estelar, que continuam existindo após o colapso de uma estrela; e os supermassivos, que os cientistas dizem agora estar no núcleo de todas as galáxias. O centro de cada buraco negro seria uma singularidade, um ponto que escapa à nossa compreensão e que quebra as leis da física. Nas bordas de cada buraco negro existe uma fronteira, chamada “horizonte de eventos”, que separa o buraco negro do Universo. De

O final épico da Cassini

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Depois de mais de 12 anos estudando Saturno, seus anéis e luas, a sonda Cassini da NASA entrou no último ano de sua viagem épica. A conclusão da odisseia científica histórica está prevista para Setembro de 2017, mas não antes de a nave espacial completar um final  ousado. A partir do dia 30 de novembro de órbita da Cassini irá enviar a nave espacial para além da borda externa dos anéis principais. Estas órbitas, uma série de 20, são chamados as órbitas F-anel. Durante essas órbitas semanais, a Cassini vai abordar dentro de 4.850 milhas (7.800 quilômetros) do centro do anel F , com sua estrutura torcida e trançada peculiar. “Durante as órbitas F-anel esperamos ver os anéis, juntamente com as pequenas luas e outras estruturas embutidas nelas, como nunca antes.”, disse Linda Spilker, cientista dp projeto Cassini no Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, Califórnia. “A última vez que chegamos tão perto dos anéis foi durante chegada da Saturn em 2004, e vimos apenas o seu lado i

Do que a matéria escura é feita?

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                                                              GALÁXIA NGC2442 Mesmo tendo sido citada pela primeira vez por astrônomos há quase 100 anos, a matéria escura continua sendo um mistério.  Apesar de ela não ser observável, é possível calcular seus efeitos gravitacionais sobre os movimentos de galáxias e outros corpos celestes. Um dos grandes desafios dos pesquisadores é descobrir do que ela é constituída.  Essa matéria hipotética formaria aproximadamente 27% da massa e energia no universo observável. Atualmente os cientistas sabem mais a respeito do que a matéria escura não é do que sobre o que ela é de fato. Em primeiro lugar, como ela é escura, eles sabem que ela não consiste da mesma matéria de estrelas e planetas. Eles também sabem que ela não é feita de átomos chamados bárions, que compõem a matéria luminosa. Por último, eles têm certeza de que ela não se trata de antimatéria. Uma das principais teorias dos físicos para tentar explicar do que a substância é fei

Uma bizarra nova forma de astronomia está surgindo por causa desta descoberta

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Há pouco mais de um ano, no dia 14 de setembro de 2015, cientistas que trabalhavam em duas estruturas gigantes com formato de “L” receberam um sinal em suas telas que mal podiam acreditar. Era a primeira evidência das ondas gravitacionais, ondulações no espaço que viajam pelo universo. Einstein havia feito a previsão da existência de tal onda há cem anos. A descoberta foi anunciada em fevereiro de 2016. Então, em junho de 2016, a equipe de 900 pesquisadores do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO), anunciou a segunda detecção das ondas gravitacionais, realizada em dezembro de 2015. “Isso confirma – super confirma – que esses eventos não são falhas”, diz Vicky Kalogera, parte da equipe do LIGO. “Elas acontecem na natureza e podemos detectá-las a cada poucos meses”. Depois de alguns upgrades no LIGO realizados nos últimos meses, Kalogera espera detectar pelo menos dez ondas no próximo ano, e até cem ondas por ano com a ajuda do detector europe

Telescópio Gaia revela mais detalhado mapa astronômico já produzido

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Atlas da Via Láctea e das galáxias vizinhas baseado nas observações do telescópio Gaia - ESA/AFP O mapa astronômico mais detalhado já produzido até hoje, com 1,142 bilhão de estrelas da Via Láctea, foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Agência Espacial Europeia (ESA), com base nas observações de seu telescópio espacial Gaia.  É o maior e mais preciso mapa já realizado da nossa galáxia”, disse o pesquisador Anthony Brown, da Universidade de Leiden, na Holanda, e diretor do centro de processamento de dados do projeto Gaia, em entrevista coletiva da ESA em Madri. Esse inventário impressionante inclui estrelas até meio milhão de vezes menos brilhantes do que aquelas que podemos ver a olho nu. Ao todo, 450 astrônomos de 25 países participam desse projeto, que complementa os dados reunidos há 23 anos pela Hipparcos, outra missão astronômica da ESA. Lançada em 19 de dezembro de 2013, a sonda espacial Gaia orbita a Terra, enquanto observa o espaço dotada de dois telescópios

NASA encontra vulcão que expele água e sal no planeta anão Ceres

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Um vulcão de água gelada com metade do tamanho do Everest. Parece umaatração de parque aquático, mas é a nova arma do asteroide Ceres para ganhar alcançar a fama. A descoberta feita pela equipe de Ottaviano Ruesch, da NASA, foi publicada na Science.  Descoberto no século 19, o irmão de Plutão foi inicialmente alçado ao título de provável décimo planeta do Sistema Solar, mas as definições de planeta anão foram atualizadas, e Ceres acabou rebaixado à mesma categoria do ex-nono planeta.  Para os parâmetros de sua vizinhança, porém, Ceres é bem nutrido: um terço de toda a massa do cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter corresponde a ele. Não bastasse o tamanho razoável, ele ainda prega peças nos observadores. Já foram registradas crateras que desapareceram de sua superfície sem deixar vestígios e inexplicáveis manchas brilhantes.  Sua nova carta na manga é o vulcão Ahuna Mons, que, em vez de lava, expele água e sal. Isso mesmo, uma ótima ideia para colocar um pouco

Um buraco negro pode engolir outro?

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A voracidade desses corpos celestes é mesmo ilimitada. Ou seja: um buraco negro pode abocanhar tudo o que aparecer pela sua frente, infinitamente. Ao absorver um objeto, ele apenas aumenta de tamanho.  Trata-se, basicamente, de um astro denso ao extremo: se tudo o que existe na Terra se concentrasse nas dimensões de uma bola de gude, nosso planeta também se transformaria em um buraco negro. É essa densidade que dá a eles tamanha força gravitacional, capaz de manter galáxias inteiras em sua órbita. Quanto mais próxima ao centro, maior é a gravidade. A partir de certo limite – denominado Superfície de Schwazchild ou Horizonte de Eventos –, essa força é tanta que nem a luz consegue escapar. Tudo o que ultrapassar essa fronteira será absorvido – inclusive outro buraco negro. Nesse caso, eles apenas somariam seus tamanhos um ao outro. Mas, como há enormes distâncias separando os buracos negros no Universo, é quase impossível acontecer um choque entre eles.  Nem a luz escapa da fo

Buraco negro esfomeado devolve galáxia brilhante à escuridão

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Esta imagem, obtida com o instrumento MUSE montado no Very Large Telescope do ESO, mostra a galáxia ativa Markarian 1018, a qual possui um buraco negro supermassivo no seu núcleo. Os ténues laços de luz são o resultado da sua interação e fusão com outra galáxia, num passado recente.Créditos:ESO/CARS survey O mistério da estranha mudança de comportamento de um buraco negro supermassivo situado no centro de uma galáxia distante foi resolvido por uma equipe internacional de astrónomos com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e do Observatório de Raios X Chandra da NASA. A equipe concluiu que o buraco negro está a atravessar um período difícil, não estando a ser alimentado o suficiente para poder brilhar. Muitas galáxias possuem um núcleo extremamente brilhante alimentado por um buraco negro supermassivo. Estes núcleos fazem das “galáxias ativas” uns dos objetos mais brilhantes do Universo. Pensa-se que resplandecem porque materia

NASA revela que Plutão "coloriu" sua maior lua

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Caronte recebe metano que escapa da atmosfera do planeta anão N o caminho de sua aproximação máxima de Plutão , em julho de 2015, a sonda New Horizons passou por Caronte , a maior lua do planeta e aproveitou para captar algumas imagens. Um detalhe desses registros deixou os astrônomos da NASA intrigados: a mancha vermelha, quase marrom, que aparecia no topo do satélite. Não se tem notícia de algo assim nas outras luas de Plutão — Nix, Hidra, Estige e Cérbero —, tampouco no restante do Sistema Solar. Uma equipe de cientistas logo começou a estudar o estranho fenômeno e, um ano depois, chegaram à conclusão que o responsável pela coloração de Caronte é o próprio planeta anão. Em estudo publicado nesta semana no periódico Nature, os cientistas explicam que a cor vem do metano que escapa da atmosfera de Plutão e fica preso na gravidade do satélite e congela em sua superfície. Em seguida, um processo químico faz com que os raios ultravioletas do Sol transforme o metano em hid

Astrônomos descobrem dois júpiteres quentes inflados

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“Júpiter quente” é o nome dado a exoplanetas com características similares a do nosso gigante gasoso, mas cujas órbitas passam bem mais perto de suas estrelas (Foto: NASA, ESA & G. Bacon (Space Telescope Science Institute) - STScI-PRC08-11) O retrato artístico de um "júpiter quente" feito pela NASA. Um ótimo lugar para pegar um "bronze". Uma equipe de pesquisadores liderada por Joel Hartman da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, revelou, em artigo científico publicado no Astrophysical Journal e disponível no arxiv.org , dois gigantes gasosos orbitando suas estrelas de distâncias muito, muito pequenas. Os nomes deles não são nada simpáticos – HAT-P-65b e HAT-P-66b –, mas essa não é o fato mais curioso sobre a dupla de exoplanetas : ambos estão inflados , ou seja, têm diâmetros bem maiores do que o esperado. Eles não são os únicos grandões da Via Láctea que gostam ficar bem perto do calor das estrelas. Gigantes gasosos com períodos de tran

Buracos negros supermassivos podem derivar de primordiais

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Pesquisadores brasileiros apontam evidência de que acréscimo de massa ao longo da vida de um primordial pode revelar evolução de um buraco negro ao longo do tempo   A origem dos buracos negros supermassivos é questão em aberto. Grosso modo, eles são de três tipos: os originados de colapsos estelares; os primordiais - cuja origem remete-se à formação do Universo -; e os supermassivos, que distinguem-se por apresentar massa maior do que um milhão de vezes a massa do Sol (1.9891 * 10^30 kg). Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), contudo, apontam em estudo a hipótese de que os supermassivos podem se originar de buracos primordiais, pelo acúmulo de massa. O trabalho, assinado por Manuela Gibim Rodrigues e Alberto Saa (orientador) foi publicado na Physical Review D (80, 104018), sendo intitulado “Acreção de Matéria Exótica por Buracos Negros”.   Por os buracos negros supermassivos possuírem essa enorme quantidade de matéria, uma origem que seja diretamente

E se observadores extraterrestre nos chamarem, mas ninguém ouvir?

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Cientistas intensificam suas buscas por outras formas de vida no universo, dois astrofísicos estão propondo uma maneira de se certificar de que não perca o sinal se observadores extraterrestres tentarem entrar em contato conosco primeiro. Medindo o escurecimento da luz das estrelas quando um planeta cruza o rosto de sua estrela durante a órbita, os cientistas podem recolher uma riqueza de informações, mesmo sem nunca ver esses mundos diretamente. Crédito: elementos desta imagem feitos  pela NASA; © nikonomad / Fotolia René Heller e Ralph Pudritz dizem que a melhor chance para nós encontrarmos um sinal do além é presumir que os observadores extraterrestres estão usando os mesmos métodos de pesquisa que nós estamos usando para procurar vida fora da Terra.  Aqui na Terra, os pesquisadores espaciais estão concentrando a maior parte de seus esforços de pesquisa em planetas e luas que estão demasiadamente longes para ver diretamente. Em vez disso, eles estão estudando-as, acompan

ENTENDA O BIG BANG

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A origem do universo é um mistério a todos, desde os filósofos gregos até hoje a noção de origem do universo ainda permanece obscura. Como biólogo, creio que a busca da origem desse pequeno ponto que dá origem ao universo é questão chave para a física.  Se a ciência conseguir oferecer teorias que busquem explicar o que deu origem a esse pequeno ponto inicial a questão religiosa sofrera o maior impacto de sua existência. E isso já está ocorrendo. A ciência tem teorias para as principais perguntas do mundo, mas como biólogo, ainda não vi uma que explicasse este pequeno ponto inicial, de onde veio, ou como surgiu.  Como surgiram as leis básicas da física. Não se sabe a origem deste primeiro ponto de matéria. Especula-se que antes do surgimento, o Universo seria formado por gases radioativos e matérias tênues, bem dispersas.  Com o passar do tempo esses elementos se concentraram e criaram buracos negros fazendo com que o espaço e tempo trocassem de papeis. Até que em um momento ocorr

Hubble observa um turbilhão de gás e poeira na grande nuvem de Magalhães

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Essa bela imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra um turbilhão de gás brilhante e poeira escura dentro de uma das galáxias satélites da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães. Essa cena tempestuosa mostra um berçário estelar conhecido como N159, uma região HII com mais de 150 anos-luz de diâmetro. A N159 contém muitas estrelas jovens e quentes. Essas estrelas estão emitindo intensa radiação ultravioleta, que faz com que o gás hidrogênio próximo brilhe intensamente e os torrenciais ventos estelares possam cavar arcos, cadeias e filamentos no materal ao redor. No coração dessa nuvem cósmica localiza-se a Nebulosa Papillon, uma região de nebulosidade em forma de borboleta. Esse objeto pequeno e denso é classificado como uma Bolha de Alta-Excitação, e acredita-se que ela esteja ligada às fases iniciais da formação de estrelas massivas. A N159 localiza-se a mais de 160000 anos-luz de distância. Ela reside logo ao sul da Nebulosa da Tarântula, outro complexo de formaçã

Astrônomos observam evolução estelar em tempo real

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Uma equipe internacional de astrônomos foi capaz de estudar evolução estelar em tempo real. Durante um período de 30 anos, os pesquisadores observaram um aumento dramático na temperatura da estrela SAO 244567, e agora estão vendo-a esfriar de novo, enquanto renasce em uma fase anterior da evolução. Essa é a primeira estrela que foi observada durante tanto a fase de aquecimento quanto a de resfriamento de seu renascimento. A  beleza de SAO 244567 - Mesmo que o universo esteja em constante mutação, a maioria dos processos são muito lentos para serem observados dentro de uma vida humana. O novo estudo é uma exceção a esta regra. “SAO 244567 é um dos raros exemplos de uma estrela que nos permite testemunhar a evolução estelar em tempo real”, disse Nicole Reindl, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, principal autora do estudo, ao portal Phys.org. “Ao longo de apenas vinte anos, a estrela dobrou sua temperatura e foi possível assisti-la ionizando seu envelope previamente e

Quimica diz que lua é o manto da Proto - Terra realocado

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A colisão planetária: impressão de artista do impacto que criou a Lua da Terra. Uma nova investigação sugere que o impacto foi ainda mais violento do que a imagem sugere. Crédito: Dana Berry/SwRI Medições de um elemento em rochas terrestres e lunares refutou as hipóteses principais para a origem da Lua. Pequenas diferenças na segregação dos isótopos de potássio entre a Lua e a Terra estavam, até recentemente, escondidas abaixo dos limites de deteção de técnicas analíticas. Mas em 2015, o geoquímico Kun Wang da Universidade de Washington, e Stein Jacobsen, professor de geoquímica da Universidade de Harvard, desenvolveram uma técnica para analisar estes isótopos que consegue atingir precisões dez vezes superiores ao melhor método anterior. Wang e Jacobsen relatam agora diferenças isotópicas entre as rochas lunares e terrestres que fornecem a primeira evidência experimental que pode discriminar entre os dois modelos principais para a origem da Lua. Num modelo, um impacto de b