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Investigadores descobrem que atividade vulcânica de Mercúrio parou há 3,5mil milhões de anos

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Imagem de Mercúrio a cores melhoradas. O depósito brilhante e circular acima do centro da imagem é um enorme depósito vulcânico efusivo, situado dentro da maior cratera de impacto do planeta, a bacia Caloris. Crédito: NASA/JHUAPL/CIW Uma nova pesquisa da Universidade Estatal da Carolina do Norte, EUA, descobriu que a maior parte da atividade vulcânica no planeta Mercúrio muito provavelmente terminou há 3,5 mil milhões de anos atrás. Estas descobertas fornecem mais informações sobre a evolução geológica de Mercúrio em particular, e sobre o que acontece quando os planetas rochosos arrefecem e contraem. Existem dois tipos de atividade vulcânica: efusiva e explosiva. O vulcanismo explosivo é muitas vezes um evento violento que resulta em grandes erupções de cinzas e detritos, como por exemplo o Monte Santa Helena em 1980. O vulcanismo efusivo refere-se a fluxos de lava generalizados que despejam lentamente para a paisagem - que se acredita ser um processo fundamental pelo qual os

Você sabe qual é a maior estrela do universo?

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Todo mundo sabe que basta olhar para o céu em uma noite clara se você quiser encontrar uma estrela, uma verdadeira infinidade delas, mas apenas uma fracção microscópica é visível a olho nu. Na verdade, a estimativa é que existam 100 bilhões de estrelas em 10.000 bilhões de galáxias no universo visível, com as mais variadas cores e tamanhos, muitas fazendo nosso sol parecer um abajur. Mas qual é o verdadeiro gigante dos céus? Para responder essa pergunta, o professor de astronomia Daniel Brown, da Nottingham Trent University, no Reino Unido, escreveu um artigo para o site “The Conversation” e, segundo ele, precisamos, antes de mais nada, definir o que queremos dizer com gigante: aquela com o maior raio ou a maior massa? Galácticas gigantes De acordo com o artigo, a estrela com o maior raio conhecido atualmente é a UY Scuti, uma supergigante vermelha brilhante variável na constelação de Scutum. Situada a cerca de 9.500 anos-luz da Terra e composta de hidrogênio, hélio e outros

Três supernovas explodiram em sequência e criaram uma bolha tripla de gás em expansão

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Representação artística do objeto mostrando o aglomerado estelar, cercado pelas três bolhas. Crédito: Gabriel Pérez/SMM (IAC). É como se fosse uma matriosca, uma daquelas bonecas russas que tem outras bonecas idênticas dentro, assim foi descrita a descoberta dos restos de três supernovas consecutivas. O grupo de astrônomos liderados pelos pesquisadores do Instituto de Astrofísica de Canarias (IAC) estava examinando a galáxia M33, no grupo local, e usando um programa chamado BUBBLY, feito para detectar bolhas de gás em expansão, quando se deparou com a descoberta única, uma bolha tripla. As três bolhas, como os cientistas as vêem O que o grupo estava procurando eram superbolhas, o resultado da fusão de várias bolhas de gás em expansão, e que são encontrados em torno de aglomerados jovens de estrelas, quando acabou encontrando por acaso esta tripla bolha. Estas bolhas também guardam seus mistérios. Um deles é que a massa medida para as conchas é de centenas de veze

A dança da atmosfera de Io

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Io , uma das luas de Júpiter, está á sombra do Gigante Gasoso Júpiter e tal conformidade faz com que a sua atmosfera fina apresente uma atividade interessante de transformação. Os gases vulcânicos congelam durante os eclipses diários da lua e, durante a presença de poucos raios solares, esses gases sublimam novamente em um processo que é uma verdadeira roda gigante, uma dança suave dentro de uma lua vulcânica. Esta pesquisa lança nova luz sobre as luas de Júpiter e pode ser mais um trabalho possivelmente agraciado pelos novos dados com a sonda Juno. Esta pesquisa é a primeira em que os cientistas observam  este fenômeno notável diretamente, melhorando a nossa compreensão desta lua geologicamente ativa”, explica Constantine Tsang, um dos cientistas da Southwest Research Institute em Boulder, Colorado. O processo é fascinante. Io é o objeto mais vulcânico do Sistema Solar e seus vulcões são causados pelo aquecimento de marés e da força gravitacional de Júpiter e de outras luas.

Buracos negros, os snipers que nos rondam no espaço

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O Universo parece um lugar belo, cheio de maravilhas, até que você lembra todas as coisas que podem liquidar com a vida na Terra. Um asteroide, a morte do Sol, e até mesmo um buraco negro anos-luz longe de nós pode acabar com a vida aqui neste planetinha rochoso. Um dos episódios do “Kurzgesagt explains” (“Kurzgesagt explica”) explica como buracos negros podem disparar poderosos pulsos de energia chamados de disparos de raio-gama – ou “morte vinda do espaço” – a qualquer momento, de qualquer direção, e nossa única esperança é não estar na linha de fogo. Raios gama, o que são - Raios gama são ondas eletromagnéticas que carregam energia, da mesma forma que a luz visível. Mas, diferente da luz visível, eles são muito, muito mais poderosos. Um único fóton de raio gama tem mais energia que um milhão de fótons de luz visível combinados, e com tanta energia, ele pode desfazer ligações moleculares, ionizar átomos, e destruir nosso DNA. Felizmente, temos nosso escudo que nos protege

Anã branca fustiga anã vermelha com raio misterioso

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Os astrónomos utilizaram o Very Large Telescope do ESO, para além doutros telescópios tanto no solo como no espaço, e descobriram um novo tipo de estrela binária bastante exótica. No sistema AR Scorpii, uma anã branca em rotação rápida acelera electrões até quase à velocidade da luz. Estas partículas de alta energia libertam quantidades de radiação que fustigam a estrela companheira, uma anã vermelha, fazendo com que todo o sistema pulse drasticamente a cada 1,97 minutos e liberte radiação que vai desde o ultravioleta às ondas rádio. Este trabalho será publicado na revista Nature a 28 de julho de 2016. Em maio de 2015, um grupo de astrónomos amadores da Alemanha, Bélgica e Reino Unido, encontrou um sistema estelar que se comportava de um modo nunca antes observado. Observações de seguimento, lideradas pela Universidade de Warwick e fazendo uso de vários telescópios, colocados tanto no solo como no espaço, revelaram a verdadeira natureza deste sistema anteriormente mal identi

Acredite se quiser: Júpiter não orbita o Sol

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Júpiter , o quinto planeta do Sistema Solar, o gigante de gás que está sendo observado neste momento pela missão Juno , é muito grande. Enorme. Ele é tão grande, mas tão grande que, na verdade, ele não orbita o sol. Não exatamente. Com 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas do Sistema Solar combinados, Júpiter é grande o suficiente para que o centro de gravidade entre ele e o Sol não fique dentro do sol – em vez disso, ele fica em um ponto no espaço logo acima da superfície do sol . Aqui está como isso funciona: quando um pequeno objeto orbita um grande objeto no espaço, o menos massivo deles não viaja exatamente em um círculo perfeito em torno do maior. Em vez disso, os dois objetos orbitam um centro combinado de gravidade. Gravidade combinada Em situações que estamos familiarizados – como a Terra orbitando o Sol, que é muito maior do que nosso planeta – o centro de gravidade reside tão perto do centro do objeto maior que o impacto deste fenômeno é desprezível

Eta Carinae – A Morte Anunciada de Uma Estrela

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Eta Carinae , como diz o nome, situa-se na constelação da Carina e é parte da constelação do Navio, Argus, que o astrônomo francês Nicholas L. de La Caille (1713-1762) subdividiu em três constelações menores: Carina, Quilha; Popa, Puppis e Vela, Vela. Eta Carinae é um dos astros mais intrigantes já vistos no firmamento. Um mistério que aos poucos vai sendo desvendado. Com brilho equivalente a 5 milhões de sóis, é a maior, a mais luminosa e a que emite mais energia na galáxia. O que mais intrigava os astrônomos é que a massa da estrela contrariava o chamado Limite de Eddington, proposta pelo astrofísico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944) no qual estabelecendo o limite para uma estrela massiva de até 160 sóis, a gigante Eta Carinae não deveria existir pelo fato de que, em essência, a pressão da radiação não deve exceder a gravidade. Em 1826 a curiosidade em torno de Eta Carinae começou quando o naturalista inglês William J. Burschell observando-a de São Paulo, notou que

O passado caótico do Sistema Solar

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Há coisa de 20 anos atrás, nossa ideia de formação do Sistema Solar era um tanto simples. Os planetas rochosos, mas próximo do Sol, teriam se formado do material que sobrou da formação do Sol e, por estarem muito próximos dele, seria pobre em gelo. Basicamente partículas de silicatos que aos poucos foram se grudando, formando agregados maiores (os planetesimais) que ao se aglutinarem, formaram planetas. Já os gigantes gasosos se formaram de material mais rico em gelo, o que facilitou o crescimento dos planetesimais e por isso os maiores planetas do sistema estão nas regiões mais externas. Mas de um modo geral, os planetas estariam hoje nas mesmas posições onde se formaram. E esse também seria o cenário para a formação de qualquer sistema planetário por aí afora. A partir da década de 1990, todavia, a descoberta de planetas em outras estrelas começou a jogar areia nesse modelo. Planetas tão grandes como Júpiter foram encontrados em órbitas tão próximas da estrela hospe

Kepler encontrou dois bons candidatos de planetas que podem conter vida

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Uma equipe internacional de cientistas usando o telescópio Kepler, da NASA, acaba de anunciar a descoberta de mais de 100 exoplanetas. Entre os novos mundos, um sistema com quatro planetas a cerca de 181 anos-luz de distância possui dois que os cientistas dizem que têm uma boa chance de suportar a vida. K2-72 é uma estrela anã vermelha orbitada por quatro planetas, na direção da constelação de Aquário. Os pesquisadores sugerem que todos esses quatro mundos podem ser rochosos. Enquanto eles orbitam sua estrela hospedeira muito de perto, a frieza relativa da K2-72 significa dois deles podem ser habitáveis. Eles passam mais próximos de K2-72 do que Mercúrio do nosso sol, mas a anã vermelha é relativamente fraca, de forma que sua zona habitável não chega tão longe. Devido a isso, dois dos planetas caem dentro do limite favorável à vida, com níveis de irradiação da estrela comparáveis aos encontrados na Terra, oferecendo condições que sustentam a existência de água líquida

Anã branca fustiga anã vermelha com raio misterioso

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Os astrónomos utilizaram o Very Large Telescope do ESO, para além doutros telescópios tanto no solo como no espaço, e descobriram um novo tipo de estrela binária bastante exótica. No sistema AR Scorpii, uma anã branca em rotação rápida acelera electrões até quase à velocidade da luz. Estas partículas de alta energia libertam quantidades de radiação que fustigam a estrela companheira, uma anã vermelha, fazendo com que todo o sistema pulse drasticamente a cada 1,97 minutos e liberte radiação que vai desde o ultravioleta às ondas rádio. Este trabalho será publicado na revista Nature a 28 de julho de 2016. Em maio de 2015, um grupo de astrónomos amadores da Alemanha, Bélgica e Reino Unido, encontrou um sistema estelar que se comportava de um modo nunca antes observado. Observações de seguimento, lideradas pela Universidade de Warwick e fazendo uso de vários telescópios, colocados tanto no solo como no espaço, revelaram a verdadeira natureza deste sistema anteriormente mal identi

Espaço...a última fronteira

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Abell S1063, um enxame de galáxias que foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA como parte do programa "Frontier Fields". A enorme massa do enxame age como uma lupa cósmica e amplia galáxias ainda mais distantes.  Crédito: ESA/NASA Há 50 anos atrás, o Capitão Kirk e a tripulação da nave espacial Enterprise iniciaram a sua viagem para o espaço – a última fronteira. Agora, ao mesmo tempo que o filme Star Trek chega aos cinemas, o telescópio espacial Hubble da NASA/ESA encontra-se também a explorar novas fronteiras, observando galáxias distantes no conjunto de galáxias Abell S1063 como parte do programa "Frontier Fields". Espaço… a última fronteira. Estas são as histórias do Telescópio Espacial Hubble. A sua missão contínua é a de explorar novos e estranhos mundos e ousadamente olhar para onde nenhum outro telescópio olhou antes. O mais recente alvo da missão do Hubble é o distante conjunto de galáxias Abell S1063, potencialmente o lar de

Físicos demonstraram que o Big Bang pode ter sido um Big Bounce

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Uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou que a hipótese de que o Big Bang foi na verdade um Big Bounce é possível. Isso significa que o universo não surgiu de uma grande explosão que trouxe tudo à existência. Ao invés disso, simplesmente começou a se expandir novamente depois de se contrair totalmente. O novo estudo foi publicado na revista Physical Review Letters . O que é o Big Bounce? A teoria do Big Bounce, pensada pela primeira vez mais de cem anos atrás, foi criada para explicar como o universo se formou. Ao contrário do modelo do Big Bang, que afirma que o nosso universo nasceu de uma gigantesca explosão de um ponto infinitamente denso, o Big Bounce propõe que o universo está em constante expansão e contração. Isto significa que o universo funciona como uma espécie de balão: se expande a partir de um único ponto, cresce até atingir uma certa distância máxima, e depois se contrai de volta ao ponto original, para começar todo o processo novamente. Até

Como o universo poderia ter surgido do nada?

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“ Meu objetivo não é destruir a religião, apesar de isso ser um efeito colateral interessante. Meu objetivo não é diferente do que o de Charles Darwin com seu livro “A Origem das Espécies”. Meu objetivo é usar essa fascinante questão, que todos fazem, e motivar as pessoas a aprender sobre o universo real”. De onde veio o Universo? O físico teórico Lawrence Krauss já tomou parte em muitos tópicos complicados, da evolução até o estado das políticas científicas, passando pela física quântica e até a ciência em Star Trek. Mas em um de seus livros, ele talvez fale sobre o assunto limite: como nosso universo surgiu do nada sem uma intervenção divina.  O argumento de que Deus foi o responsável pelo toque inicial, dando vida ao cosmos, vem desde Aristóteles e Tomás de Aquino. Em debates com teólogos, “a questão ‘porque existe algo ao invés de nada’ sempre aparece como ‘inexplicável’ e implica a existência de um criador”, afirma Krauss.  “Nós já fomos tão longe, que responder essa perg

Explosão estelar permite-nos observar linha de neve da água

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Impressão artística da linha de neve da água em torno da jovem estrela V883 Orionis.Fonte:ESO O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) obteve a primeira observação bem resolvida de uma linha de neve de água no interior de um disco protoplanetário. Esta linha marca o lugar onde a temperatura no disco que rodeia uma estrela jovem decresce o suficiente para que se possa formar neve. O aumento drástico no brilho da jovem estrela V883 Orionis aqueceu a zona interior do disco, empurrando a linha de neve da água para uma distância muito maior do que o que é normal numa protoestrela, permitindo assim observá-la pela primeira vez. Estes resultados são publicados a 14 de julho de 2016 na revista Nature. As estrelas jovens encontram-se muitas vezes rodeadas por densos discos de gás e poeira em rotação, os chamados discos protoplanetários, a partir dos quais os planetas se formam. O calor de uma estrela jovem do tipo solar faz com que a água no seio do disco protoplane

Buraco negro faz material oscilar em seu redor

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Esta impressão de artista mostra o disco de acreção em redor de um buraco negro, no qual a região interior sofre precessão. "Precessão" significa que a órbita do material em redor do buraco negro muda de orientação.   Nesta três imagens, o disco interior brilha com radiação altamente energética que atinge a matéria no disco de acreção em redor, fazendo com que os átomos de ferro emitam raios-X, tal como indicado no brilho do disco de acreção à direita (imagem a), em frente (imagem b) e à esquerda (imagem c).  Crédito: ESA/ATG medialab O observatório de raios-X XMM-Newton da ESA provou a existência de um "vórtice gravitacional" em torno de um buraco negro. A descoberta, assistida pela missão NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA, resolve um mistério que iludia os astrónomos há mais de 30 anos, e permitirá mapear o comportamento da matéria muito perto dos buracos negros. Também pode abrir a porta a futuras investigações da relatividade ger