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Idade do Universo: O que sabemos e o que não sabemos?

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Este gráfico, do Big Bang ao presente, resume todo o saber atual sobre a história do nosso Universo. [Imagem: NASA/WMAP] Dúvidas científicas - Quando ouve falar de como o Universo foi criado - Big Bang, expansão, idade do Universo e tudo o mais - você tem a impressão de estar às voltas com fatos e fenômenos inquestionáveis? Talvez não seja ainda o momento para ser tão otimista com nossas teorias - algumas delas, a propósito, meramente hipóteses. Senão, vejamos. Idade do Universo - Um dos feitos mais comemorados no campo da Astrofísica no século passado foi a descoberta de que a idade do Universo é praticamente a mesma, fosse ela medida pela idade das estrelas mais antigas, fosse ela estimada de uma forma totalmente diferente, pela recessão das galáxias. Os dois métodos resultaram em tempos muito longos, na casa dos bilhões de anos, aparentemente dando uma confirmação tranquilizadora de que ambos provavelmente estão no caminho certo. Mas só aparentemente, porque os

Um grande oceano pode existir na subsuperfície de Plutão

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O coração de Plutão continua nos surpreendendo. Desde que a sonda New Horizons sobrevoou o planeta anão as surpresas científicas não param de chegar. A mais recente, é que uma nova pesquisa sugere que exista um oceano de água no subsolo de Plutão. Na metade oeste do coração de Plutão, está a Planície Sputnik, uma bacia plana feita principalmente de nitrogênio congelado (como já mostrei num vídeo bem recente). O que acontece então é que Plutão rotacional de modo que o coração e o maior satélite de Plutão, Caronte, estão sempre um voltado para o outro, ou seja, gravitacionalmente travados. Essa posição implica deve existir uma anomalia de massa positiva no coração de Plutão, a massa nesse lado deve estar mais concentrada para compensar a força constante de Caronte. O geólogo da Universidade Brown, Brandon Johnson, líder do estudo, disse que inicialmente isso não fazia sentido, já que o coração de Plutão era um buraco no solo, ou uma anomalia negativa.  A equipe de Johnson rodou

Uma estrela próxima de nós está gerando um enorme planeta gelado

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A TW Hydrae vista pelo ALMA – os anéis escuros são considerados locais de formação planetária e o anel escuro externo é a possível localização de um exoplaneta bebê, parecido com Urano ou Netuno. Uma jovem estrela parecida com o Sol, TW Hydrae , está mostrando sinais de que um enorme exoplaneta está se formando dentro de seu disco protoplanetário. TW Hydrae é uma espécie de celebridade em círculos protoplanetários. Com 10 milhões de anos de idade, acredita-se que a estrela é semelhante ao nosso sol quando era jovem e, à medida que as nossas técnicas observacionais têm melhorado, os astrônomos foram hipnotizados pelo disco protoplanetário da estrela, que contém vários anéis que podem ser indicativos de planetas prestes a nascer.  Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que é provável que um pequeno exoplaneta esteja nascendo muito perto da estrela, levando a especulações de que este poderia ser o local de nascimento de um exoplaneta parecido com a Terra. Agora, os astrônomos

Cientistas confirmam: o universo não tem direção

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O universo não está girando ou se expandindo em qualquer direção em particular, de acordo com o teste mais rigoroso já feito. Olhando para o céu à noite, vemos um universo irregular: planetas orbitando estrelas em sistemas solares, estrelas agrupadas em galáxias, que por sua vez formam enormes aglomerados de galáxias. Mas cosmólogos acreditam que esse efeito é apenas local: que, se olharmos em escalas suficientemente grandes, o universo é na verdade uniforme. A grande maioria dos cálculos feitos sobre o nosso universo começam com a hipótese de que o universo é praticamente o mesmo, qualquer que seja a sua posição e em qualquer direção que você olhar. Se, no entanto, o universo estivesse se expandindo preferencialmente numa direção, ou girando em torno de um eixo de uma forma semelhante à Terra em rotação, este pressuposto fundamental, e todos os cálculos que dependem dele, estaria errado. Agora, cientistas da University College London e do Imperial College de Londres colocaram

Hubble avista possíveis plumas água em Europa

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Esta composição mostra plumas "suspeitas" em erupção à posição das 7 horas, no limbo da lua de Júpiter, Europa. As plumas, fotografadas pelo instrumento STIS do Hubble, foram vistas em silhueta à medida que a lua passava em frente de Júpiter. A sensibilidade ultravioleta do Hubble permitiu discernir estas características que sobem a mais de 160 km acima da superfície gelada de Europa. Pensa-se que a água vem de um oceno subterrâneo em Europa. Os dados do Hubble foram obtidos no dia 26 de janeiro de 2014. A imagem de Europa, sobreposta nos dados do Hubble, foi construída com dados da Galileo e das Voyager. Crédito: NASA/ESA/W. Sparks (STScI)/Centro Científico de Astrogeologia do USGS Usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA, astrónomos captaram o que podem ser plumas de vapor de água em erupção à superfície da lua de Júpiter, Europa. Este achado reforça outras observações do Hubble que sugerem que a lua gelada tem plumas de vapor de água de alta altitude. A observa

Isso é muito estranho: Plutão está emitindo raios x

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Algo muito estranho está acontecendo em torno de Plutão. O mundo gelado que fica cerca de 5,8 bilhões de quilômetros do Sol parece estar emitindo raios-x – radiação de alta energia associada com gases de temperaturas muito, muito altas. Isso faz com que Plutão seja a mais longínqua fonte conhecida de raios-x em nosso sistema solar. Se confirmada, a descoberta pode reformular a nossa compreensão da atmosfera do planeta anão. Antes de observarmos Plutão de perto, a maioria dos astrônomos imaginava que ele fosse uma grande rocha gelada. Mas à medida que a sonda New Horizons se aproximou, começou a detectar sinais de uma atmosfera lá. Isto fez com que um grupo de pesquisadores, incluindo Carey Lisse, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, e Scott Wolk, do Centro Harvard-Smithsoniano de Astrofísica, se perguntasse se Plutão poderia ser visível na parte de raios-x do espectro.  A ideia é que, se o Sol está emitindo partículas de alta energia, e essas partículas de alta energia

Hubble ajuda descobrir mundo que "DOBRA LUZ" em redor de duas estrelas

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Esta impressão de artista mostra um gigante gasoso em órbita de um par de anãs vermelhas no sistema OGLE-2007-BLG-349, localizado a 8000 anos-luz de distância. O planeta com a massa de Saturno orbita a aproximadamente 480 milhões de quilómetros do duo estelar. As duas anãs vermelhas estão separadas por apenas 11 milhões de quilómetros.  Crédito: NASA, ESA e G. Bacon (STScI) Um planeta distante em órbita de duas estrelas, descoberto pela sua distorção do espaço-tempo, foi confirmado usando observações do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. A massa do planeta provocou o que é conhecido como evento de microlente, onde a luz é "dobrada" pelo campo gravitacional de um objeto. O evento foi observado em 2007, fazendo deste evento o primeiro planeta circumbinário confirmado após a deteção de um evento de microlente. A maioria dos exoplanetas detetados até agora orbitam estrelas individuais. Até à data só foram descobertos alguns planetas circumbinários - planetas em

O ALMA explora o Campo Ultra Profundo do Hubble

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As observações milimétricas mais profundas obtidas até à data do Universo primordial Esta imagem combina uma fotografia de fundo obtida pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA (a azul/verde) com uma nova imagem muito profunda obtida pelo ALMA do mesmo campo (a laranja, marcada com círculos). Todos os objetos que o ALMA vê parecem ser galáxias massivas a formar estrelas. Esta imagem baseia-se no rastreio ALMA obtido por J. Dunlop e colegas, que cobriu toda a área do HUDF. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/NASA/ESA/J. Dunlop et al. e S. Beckwith (STScI) e Equipa HUDF Duas equipes internacionais de astrónomos utilizaram o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) para explorar o Universo distante revelado pela primeira vez nas icónicas imagens do Campo Ultra Profundo do Hubble (HUDF, sigla do inglês Hubble Ultra Deep Field). Estas novas observações do ALMA são significativamente mais profundas e nítidas do que rastreios anteriores feitos nos comprimentos de onda milim

NASA fará grande anúncio sobre lua de Júpiter com possibilidade de vida

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Com seus oceanos submersos, Europa é o lugar com maior probabilidade de atividade biológica do Sistema Solar, depois da Terra A NASA divulgou em nota para a imprensa que, na próxima segunda-feira (26), fará um importante anúncio sobre Europa, uma das luas de Júpiter . Segundo a agência espacial americana, a conferência terá como objetivo apresentar descobertas sobre uma atividade surpreendente no satélite. Os astrônomos apresentarão resultados de uma campanha de observação única que descobriu evidências surpreendentes de atividade que pode estar relacionada com a presença dos oceanos subterrâneos em Europa", afirma a NASA . Em outras ocasiões, a aprópria agência afirmou que, tirando a Terra , Europa é o lugar com maior probabilidade de abrigar vida no nosso Sistema Solar . Um estudo publicado em maio no periódico Geophysical Research Letters mostrou que os oceanos de água salgada que ficam abaixo da enorme crosta de gelo do satélite podem ter uma química bem parecida c

12 reflexões que vão te introduzir ao pensamento de Carl Sagan

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O astrônomo que divulgava ciência como ninguém nos deixou um legado intelectual abrangente e de alto impacto filosófico – separamos algumas reflexões que ilustram várias facetas do pensamento humanista e inspirador de Sagan C arl Sagan foi um cientista que, definitivamente, não teve medo de especular. É claro que ele sabia muito bem separar o que era ciência do que era especulação. Mas o jeito irresistível através do qual relacionava conceitos científicos com conteúdos imaginativos pertinentes tornava seu pensamento único e fascinante para o público leigo. Não é à toa que ele é considerado um dos maiores divulgadores de ciência de todos os tempos. Além de inspirar toda uma geração de novos cientistas (em grande medida com a série Cosmos), Sagan também adotava um tom poético e filosófico nos assuntos que discutia, tornando suas reflexões ao mesmo tempo belas e dotadas de elementos capazes de despertar uma consciência humanista nas pessoas. Se fôssemos apresentar todas as frases d

A nebulosa da Hélice em infravermelho

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O que faz esse olho cósmico parecer tão vermelho? Poeira. A imagem acima foi feita pelo Telescópio Espacial Spitzer e mostra a luz infravermelha da bem estudada Nebulosa da Hélice, a NGC 7293, localizada a cerca de 700 anos-luz de distância da Terra na constelação de Aquarius. O escudo de poeira e gás com dois anos-luz de diâmetro ao redor da anã branca central é considerado um belo exemplo de uma nebulosa planetária, que representa os estágios finais da evolução de estrelas parecidas com o Sol. Mas os dados do Spitzer mostram que a estrela central da nebulosa está imersa num surpreendente brilho infravermelho intenso. Os modelos sugerem que o brilho é produzido por um disco de detritos de poeira. Mesmo que o material nebular tenha sido ejetado da estrela a muito milhares de anos atrás, a poeira pode ter sido gerada por colisões ocorridas em reservatórios de objetos análogos ao Cinturão de Kuiper ou à Nuvem de Oort do Sistema Solar. Se os objetos parecidos com cometas tivessem se

Terra não verá colisão entre Via Láctea e Andrômeda

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Interação poderá expulsar o Sistema Solar da Via Láctea e formar uma nova galáxia De acordo com uma nova simulação, uma colisão cósmica como a que ocorreu entre as galáxias espirais NGC 2207 e IC 2163 ocorrerá entre a Via Láctea e Andrômeda, enquanto o Sol ainda existir. Caso o Homo Sapiens sobreviva na Terra por mais dois bilhões de anos, nossos descendentes poderão testemunhar um belo espetáculo no céu noturno. Pesquisadores reafirmam que a Via Láctea deverá colidir com nossa vizinha mais próxima, a galáxia de Andrômeda ─ bem antes de o Sol colapsar numa anã branca ─ destruindo a Terra nesse processo. A aproximação dessas galáxias poderá facilmente lançar o Sistema Solar para uma região isolada da Via Láctea ou transferi-lo para a galáxia de Andrômeda, segundo os astrônomos T. J. Cox e Abraham Loeb do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, em Cambridge, Massachusets.  Os dois pesquisadores simularam essa colisão com base na velocidade relativa entre as galáxias e a q

M8: a larga e profunda ‘lagoa cósmica’

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M8 – a Nebulosa da Lagoa por Michael Miller e Jimmy Walker Cumes de gás interestelar brilhante e nuvens de poeira escuras habitam as turbulentas profundezas cósmicas da Nebulosa da Lagoa . Também conhecida como M8, essa brilhante região de formação de estrelas reside a cerca de 5.000 anos luz de distância do Sol .   Essa região consiste em uma parada popular em viagens telescópicas na constelação de Sagitário, em direção ao centro da nossa Via Láctea .   Dominada pela emissão avermelhada reveladora emanada pelos átomos de hidrogênio ionizado ao se recombinar com os elétrons livres, esta deslumbrante vista profunda da Nebulosa da Lagoa cobre uma área de quase 100 anos luz de diâmetro .   À direita do centro, em forma de ampulheta brilhante compacta, o compacto gás ionizado é esculpido por radiação energética e ventos estelares extremos de uma jovem estrela massiva , Herschel 36 . Na verdade, as muitas estrelas brilhantes do aglomerado estelar aberto NGC 6530, à deriva dentro