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Entenda por que Marte vai ganhar anéis como os de Saturno

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De acordo com um estudo publicado na revista 'Nature Geoscience', a lua Phobos irá se desintegrar e seus destroços vão criar um sistema de anéis ao redor do planeta daqui a cerca de 40 milhões de anos Ilustração mostra Marte com o futuro sistema de anéis que resultará da destruição de sua maior lua, Phobos (Tushar Mittal/Divulgação) Daqui a cerca de 40 milhões de anos, Marte será um planeta contornado por anéis, como Saturno. Isso deve acontecer quando Phobos, sua maior lua, for totalmente esfacelada e seus destroços irão criar um sistema de anéis ao redor de Marte. Eles permanecerão em órbita entre 1 milhão e 100 milhões de anos, de acordo com um estudo publicado nesta semana no periódico Nature Geoscience. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Berkeley e do City College de Nova York, nos Estados Unidos, isso acontecerá porque Phobos está caindo lentamente em direção ao planeta vermelho. A cada cem anos, essa aproximação avança cerca de dois metros e, en

O Universo pode estar repleto de buracos negros monstruosos, sugere pesquisa

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Astrônomos encontraram um buraco negro gigante em um local inesperado e acreditam que a descoberta pode ser uma pista de que objetos assim são mais comuns do que se acreditava Concepção artística de um buraco negro gigante, como o que foi encontrado pelos cientistas, com massa equivalente a 17 bilhões de Sóis (Observatório Astronômico de Xangai/Divulgação) O Universo pode estar repleto de buracos negros gigantescos, sugere um novo estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature. A ideia veio após a descoberta de um buraco negro supermassivo (com massa equivalente a 17 bilhões de vezes a do Sol) em um lugar inesperado: o centro de uma galáxia que está em um local considerado isolado e tranquilo no Universo. As proporções do buraco negro e o local incomum onde se encontra podem ser uma pista que indica que esses “objetos monstruosos podem ser mais comuns do que se acreditava”, afirmou a Agência Espacial Europeia (ESA) em nota. Até o momento, buracos negros supermass

Marte, lugar para viver em até cem anos

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Com um foguete gigante, acoplado a uma espaçonave maior ainda - que juntos alcançam 122 metros de altura e têm a capacidade de carregar 100 passageiros - o bilionário Elon Musk pretende iniciar a colonização de Marte. Sonho distante? Não pelos planos mirabolantes do engenheiro empreendedor que criou o motor Tesla (para automóveis elétricos) e foi cofundador do PayPal. Em apresentação do modelo de veículo espacial, desenvolvido pela sua empresa SpaceX, ele afirmou que será uma viagem possível nas próximas décadas, com uma jornada de apenas 80 dias. E, a partir dessa viagem, será possível construir uma cidade autossustentável em Marte de 40 a 100 anos. — Temos duas possibilidades para o futuro. Uma é ficarmos para sempre na Terra e, em algum momento, um evento de extinção vai ocorrer. Outra é que nos tornemos uma civilização multiplanetária. No sonho de Musk, isso um dia será possível ao preço de uma casa mediana nos Estados Unidos - US$ 200 mil (cerca de R$ 650 mil na cotação a

Espirais com uma história para contar

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Esta bela imagem, capturada pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) mostra o disco protoplanetário que rodeia a jovem estrela Elias 2-27, situada a cerca de 450 anos-luz de distância. O ALMA descobriu e observou muitos discos protoplanetários, mas este é especial uma vez que mostra dois braços espirais distintos, quase como se fosse uma versão minúscula de uma galáxia espiral. Os astrônomos já tinham observado anteriormente características espirais nas superfícies de discos protoplanetários, no entanto não se sabia se estes mesmos padrões espirais emergiam também do interior dos discos onde ocorrem a formação planetária. O ALMA observou pela primeira vez as profundezas do meio-plano de um disco e descobriu a assinatura clara de ondas de densidade espirais. Perto da estrela, o ALMA descobriu um disco achatado de poeira, que se estende até o que seria aproximadamente a órbita de Netuno no nosso Sistema Solar. Para lá deste ponto, na região análoga ao nosso Cintu

O Adeus da Sonda Rosetta

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Depois de seguir de perto o Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko por 786 dias, à medida que ele passeava ao redor do Sol, o impacto controlado da sonda Rosetta com a superfície do cometa foi confirmado pela perda de sinal da sonda no dia 30 de Setembro de 2016. Uma das imagens feitas durante a descida, essa imagem de alta resolução mostrada nesse post, mostra a bela paisagem do cometa. A cena se espalha por mais de 600 metros e foi registrada quando a sonda Rosetta estava a cerca de 16 quilômetros da superfície do cometa. A descida da sonda Rosetta no cometa representou o fim da fase operacional de uma das missões mais espetaculares da exploração espacial. A Rosetta lançou um módulo de pouso na superfície de um dos mundos mais primordiais do Sistema Solar e testemunhou em primeira mão como o cometa muda quando está sujeito ao aumento da intensidade da radiação do Sol. A decisão de terminar a missão na superfície é um resultado da órbita do cometa que agora começará a ficar apagado à m

O parque dos buracos negros

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Estrelas com mais de dez vezes a massa do Sol costumam encerrar suas vidas em um ato espalhafatoso: uma explosão de supernova.Quando acaba o combustível que alimenta a fornalha em seu núcleo, as estrelas sofrem uma contração que de tão violenta, esmaga a matéria em seu interior. Mas a compressão violenta aumenta a temperatura interna mais violentamente ainda e as camadas externas são arremessadas para o espaço com velocidades incríveis.  Muitas vezes, esse colapso do núcleo da estrela não é suportado pelas forças que agem nos núcleos dos átomos que constituem o gás e o que restou dela se transforma em um buraco negro.  As explosões de supernova não são raras, mas também não acontecem toda hora, porque as estrelas que dão origem a elas são a minoria nas galáxias. Uma grande parte acaba virando uma anã branca mesmo, como vai acontecer com o Sol. Além disso, um buraco negro não emite luz, então não é possível encontra-los sem que eles estejam interagindo com alguma estrela, ou nuvem d

Tire 8 dúvidas sobre os buracos negros e seu funcionamento

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No início deste mês, escrevi um artigo sobre as novas ideias de Stephen Hawking em relação ao que acontece com a matéria que cai em um buraco negro. Muitos leitores responderam com questões. Alguns queriam saber o que acontece no centro de um buraco negro. Há um buraco de minhoca para outro espaço e tempo, outro universo, outro Big Bang, outra dimensão? A resposta curta e honesta: ninguém sabe. Não temos nenhuma teoria aceita de gravidade quântica, e isso é necessário para explicar o que acontece quando a gravidade é muito intensa e as distâncias muito curtas, como em um buraco negro ou no Big Bang. Segundo as equações clássicas da relatividade geral de Albert Einstein, a densidade da matéria e a energia se tornam infinitas sob tais circunstâncias, mas quando a infinidade aparece em cálculos científicos é normalmente um sinal de que alguma coisa está estranha. É por isso que o trabalho dos teóricos continua. Enquanto isso, as pessoas estão livres para imaginar qualquer c

Estamos preparados para encontrar vida na lua de Júpiter?

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Depois que a Nasa confirmou na última segunda-feira (26) que Europa, uma das mais intrigantes luas de Júpiter, expele vapores de plumas de água (espécie de gêiseres), começou uma nova rodada de discussões sobre a possibilidade de acharmos formas de vida no satélite. É verdade que o caminho ficou mais fácil, já que aumenta a chance de colheremos amostras de água, mas será que estamos preparados para achar vida extraterrestre?  Segundo um dos cientistas da Nasa que participou da conferência de imprensa sobre a descoberta, ainda não temos "experiência" em buscar vida --por isso, é melhor baixarmos as expectativas. A questão é: como achar algo que não sabemos o que é? Primeiro, buscaremos formas de vida já conhecidas, ou seja, parecidas com os seres vivos que existem na Terra. Procuramos vida baseada em moléculas orgânicas, vida que usa água. Apesar de não termos experiência em encontrar vida fora da Terra, vamos procurar indícios deste tipo de vida que conhecemos.