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Pesquisadores observam pela primeira vez tipo extremamente raro de galáxia

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Aproximadamente 359 milhões de anos-luz de distância da Terra, existe uma galáxia chamada PGC 1000714 que não se parece com nada que os astrônomos já observaram antes. Uma nova pesquisa da Universidade de Minnesota Duluth e do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte, nos EUA, forneceu uma primeira descrição do núcleo elíptico bem definido, rodeado por dois anéis circulares. A galáxia parece pertencer a uma classe raramente observada, conhecida como Objeto de Hoag, mas possui uma característica distintiva. “Menos de 0,1% de todas as galáxias observadas são galáxias do tipo Hoag”, diz Burcin Mutlu-Pakdil, autor principal do estudo. As galáxias do tipo Hoag são núcleos redondos rodeados por um anel, sem nada conectando-os visivelmente. A maioria das galáxias observadas possuem forma de disco, como nossa própria Via Láctea. Os pesquisadores coletaram imagens de ondas múltiplas da galáxia, usadas para determinar as idades das suas duas principais características, o anel exte

Os segredos escondidos das Nuvens de Orion

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Rastreio VISTA mostra a vista mais detalhada obtida até à data no infravermelho próximo da nuvem molecular Orion A Esta bela imagem é um dos maiores mosaicos a alta resolução no infravermelho próximo da nuvem molecular Orion A, a fábrica de estrelas massivas mais próxima que se conhece, situada a cerca de 1350 anos-luz de distância da Terra. Esta imagem foi obtido com o telescópio infravermelho de rastreio VISTA instalado no Observatório do Paranal do ESO no norte do Chile e revela muitas estrelas jovens e outros objetos que normalmente se encontram profundamente enterrados no seio das nuvens de poeira. Esta nova imagem composta do rastreio VISION (VIenna Survey In Orion) é uma montagem de imagens obtidas na região do infravermelho próximo  pelo telescópio de rastreio VISTA , instalado no Observatório do Paranal do ESO no Chile. A imagem cobre toda a nuvem molecular Orion A, uma de duas nuvens moleculares gigantes que fazem parte do complexo da Nuvem Molecular de Orion. Ori

NEOWISE da NASA espia um cometa, talvez dois

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Impressão de artista de 2016 WF9 à medida que passa pela órbita de Júpiter em direção ao Sistema Solar interior. Crédito: NASA/JPL-Caltech A missão NEOWISE da NASA descobriu recentemente alguns objetos celestes que viajam pela nossa vizinhança, incluindo um que tolda a linha entre asteroide e cometa. Outro - definitivamente um cometa - pode ser visto com binóculos esta semana. Um objeto chamado 2016 WF9 foi detetado pelo projeto NEOWISE no dia 27 de novembro de 2016. Está numa órbita que o leva num passeio panorâmico do nosso Sistema Solar. Na sua maior distância ao Sol, aproxima-se da órbita de Júpiter. Ao longo de 4,9 anos terrestres, viaja para o interior, passando pela cintura de asteroides e pela órbita de Marte até que atinge o seu ponto orbital mais próximo do Sol dentro da órbita da Terra. Depois, dirige-se de volta para o Sistema Solar exterior. Objetos nestes tipos de órbitas têm múltiplas origens possíveis; poderá ter sido um cometa, ou poderá ter-se desviado de

Radiação Hawking

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Uma coisa que provavelmente você já ouviu falar, é a famosa radiação Hawking, neste texto procuraremos entender essa radiação que escapa dos buracos negros. Com esse nome em homenagem ao físico teórico Stephen Hawking, que propôs os argumentos teóricos dessa radiação em 1974, a radiação Hawking é uma radiação térmica explicada por efeitos quânticos. Antes de explicar exatamente o que acontece, devemos tirar da cabeça aquela imagem que construímos do vácuo como um espaço vazio. Pelo contrário, o vácuo é como uma grande sopa de partículas que borbulham a todo momento. As chamadas partículas virtuais,  flutuações quânticas de vácuo, aparecem dentro e fora da existência a todo momento e se aniquilam (partícula x anti-partícula) e isso nos mostra que o vácuo não é aquele grande espaço sem nada. Tendo isso em mente podemos imaginar o que aconteceria se essas partículas virtuais aparecessem perto do horizonte de eventos de um buraco negro. O que Stephen Hawking propôs é como se o bur

ALMA encontra evidências convincentes de dois planetas recém-nascidos em redor de jovem estrela

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Imagem ALMA do disco protoplanetário que rodeia a jovem estrela HD 163296. Novas observações sugerem que os dois planetas, cada com mais ou menos o tamanho de Saturno, estão em órbita da estrela. Estes planetas, que ainda não se formaram completamente, revelaram-se pela dupla impressão que deixam nas porções de gás e poeira no disco protoplanetário da estrela. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); A. Isella; B. Saxton (NRAO/AUI/NSF ) Os astrónomos sabem agora que a nossa Galáxia está repleta de planetas, desde mundos rochosos do tamanho da Terra até gigantes gasosos maiores que Júpiter. Quase todos esses exoplanetas foram descobertos em órbita de estrelas maduras com um sistema planetário completamente evoluído. Novas observações com o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) contêm evidências convincentes de que dois planetas recém-nascidos, cada um do tamanho de Saturno, estão em órbita de uma jovem estrela de nome HD 163296. Estes planetas, que ainda não estão completam

Nova equação pode ser a chave para a Teoria de Tudo

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U ma das coisas mais estranhas da física é que existem praticamente duas físicas diferentes: a da relatividade geral, que explica o comportamento da gravidade e corpos gigantescos do universo, como estrelas e planetas; e a mecânica quântica , que explica as menores partículas conhecidas até hoje, como os quarks e o léptons (que formam os prótons, neutrons e elétrons).  Assim como Ruth e Raquel, as duas físicas são irmãs gêmeas, mas não se bicam. Cada uma explica muito bem o campo em que trabalha, mas, quando são combinadas, elas simplesmente não funcionam — acredite, Einstein tentou bastante unificar as diferentes forças do universo, como explicamos neste texto sobre Teoria das Cordas . Agora, se depender de uma nova equação proposta pelo físico teórico Leonard Susskind, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, as reuniões em família da física serão mais amistosas. Para ele, a ligação entre as duas está nos famosos buracos de minhoca — aquele tipo de atalho que liga dois

Como seria viver em Marte?

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A fascinação pelo planeta Marte não vem de ontem. Ela está presente nos filmes de ficção desde o século 19, e teorias conspiratórias ganharam força quando o astrônomo norte-americano, Percival Lowell especulou que os canais vistos no Planeta Vermelho poderiam ser sinais de vida extraterrestre inteligente. Mas será que o sonho de colonização em Marte poderá se tornar realidade? Poderíamos viver em Marte?   Em 1965 a nave Mariner 4 da NASA completou seu primeiro sobrevoo em Marte, e seis anos depois, a sonda Mars 3 foi a primeira a pousar controladamente no Planeta Vermelho. Desde então, tivemos inúmeras missões ao nosso vizinho próximo, e hoje temos rovers que andam pela sua superfície em busca de água e de indícios de vida microbiana, mesmo que seja do passado remoto.  A NASA tem até um projeto para lançar uma missão tripulada à Marte, que deve ocorrer em meados de 2030.  Ainda não se sabe qual seria o melhor lugar para pousos tripulados, e para uma possível colônia, mas acredita-

O sol vai destruir a Terra muito antes do que você pensa

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Sabe aquele ditado que a única certeza da vida é a morte? Pois bem, o mesmo serve para o nosso planeta. Ele inevitavelmente vai ter um fim, embora não exista nenhuma maneira de saber qual cenário apocalíptico será a causa da destruição da Terra. Mas, mesmo que a gente consiga escapar de asteroides, evitar um apocalipse nuclear ou uma pandemia, chegará um dia em que nosso próprio sol vai acabar conosco.  Este processo não vai ser bonito. E, de acordo com Jillian Scudder, astrofísica da Universidade de Sussex, no Reino Unido, esse dia pode vir mais cedo do que pensávamos. 10% mais brilhante O sol sobrevive pela queima de átomos de hidrogênio, transformando-os em átomos de hélio em seu núcleo. A estrela queima 600 milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo. Mas, conforme o núcleo do sol torna-se saturado com este hélio, ele encolhe, acelerando as reações de fusão nuclear – o que significa que a estrela cospe mais energia. A cada bilhão de anos que o sol passa queimando hid

Estrela moribunda mostra como será o fim do nosso sol

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Daqui cinco bilhões de anos, nosso sol vai morrer. Depois de ficar sem hidrogênio para queimar, ele começará a usar elementos mais pesados como combustível em seu núcleo de fusão, inchando e derramando enormes quantidades de material no espaço através de violentos ventos estelares. Durante este tempo, nossa estrela vai ficar cerca de 100 vezes maior do que é agora, tornando-se uma “gigante vermelha”. Esta expansão dramática engolfará Mercúrio e Vênus, os dois planetas mais próximos ao sol. O que é menos claro é o que acontecerá à Terra – nosso planeta seguirá o caminho de Mercúrio e Vênus ou vai escapar da agonia do sol e continuar a orbitar a pequena estrela anã branca que ele se transformará?  De qualquer forma, não estaremos aqui para saber. Nosso sol será maior e mais brilhante na fase gigante vermelha, de modo que provavelmente destruirá qualquer forma de vida em nosso planeta. L2 Puppis Com a ajuda do mais poderoso observatório de rádio do planeta, astrônomos lider

Primeiro buraco negro é criado na Terra

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Um buraco negro eletromagnético, que suga a luz a seu redor, foi criado em laboratório pela primeira vez. A criação, que funciona em freqüências de microondas, pode logo ser utilizado para se agarrar à luz visível, e pode revolucionar o funcionamento da eletricidade solar. A ideia foi proposta no início deste ano em um estudo de Evgenii Narimanov e Alexander Kildishevof, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos. A pesquisa realizada pela dupla sugeria que as propriedades de um buraco negro cosmológico poderiam ser recriadas. Agora, os cientistas Tie Jun Cui e Qiang Cheng, da Universidade Southeast, na China, fizeram com que a teoria de Narimanov e Kildishevof se tornasse realidade. O buraco negro de laboratório construído pelos cientistas chineses é constituído por 60 tiras circulares de um metamaterial que foi anteriormente utilizado em uma tentativa de construir capas de invisibilidade . O dispositivo usa 40 tiras para formar a sua camada exterior e 20 tiras para absorver

Ventos de rubis e safiras atigem o céu de planeta gigante

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Impressão de artista do exoplaneta HAT-P-7b. Crédito: Mark Garlick/Universidade de Warwick De acordo com uma nova investigação pela Universidade de Warwick, foram detetados sinais de ventos poderosos num planeta 16 vezes maior que a Terra, a mais de 1000 anos-luz de distância - a primeira vez que sistemas climáticos foram encontrados num gigante gasoso para lá do nosso Sistema Solar. David Armstrong, do Grupo de Astrofísica da Universidade de Warwick, descobriu que o gigante de gás HAT-P-7b é afetado por mudanças a larga escala nos fortes ventos que se movimentam pelo planeta, provavelmente levando a tempestades catastróficas. Esta descoberta foi alcançada estudando a luz refletida pela atmosfera de HAT-P-7b e pela identificação de alterações nesta luz, mostrando que o ponto mais brilhante do planeta muda de posição. Esta alteração é provocada por um jato equatorial com velocidades de vento dramaticamente variáveis - no seu pico de intensidade, empurram vastas quantidade

Evento superluminoso explicado por buraco negro em rotação a "engolir" estrela

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Os telescópios do ESO ajudam a reinterpretar uma explosão brilhante Imagem de pormenor de uma estrela próximo de um buraco negro supermassivo (impressão artística) Créditos:ESO, ESA/Hubble, M. Kornmesser Foi observado , há cerca de um ano atrás, um ponto de luz extraordinariamente brilhante numa galáxia distante, ao qual se deu o nome ASASSN-15lh, supondo tratar-se da supernova mais brilhante observada até à data. No entanto, novas observações obtidas em vários observatórios, incluindo o ESO, lançam agora dúvidas relativas a essa classificação. Um grupo de astrónomos propõe que este evento correspondeu a um fenómeno ainda mais extremo e raro — um buraco negro em rotação rápida a desfazer uma estrela que se aproximou demasiado. Em 2015, o rastreio ASAS-SN ( All Sky Automated Survey for SuperNovae ) detectou um evento, ao qual se deu o nome ASASSN-15lh, que foi registado como sendo a supernova mais brilhante alguma vez observada e catalogado por isso como uma supernova supe

Enxame NGC 3603

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Uns meros 20.000 anos-luz do Sol encontra-se  NGC 3603 , residente do braço espiral Carina da nossa  Via Láctea .  NGC 3603  é bem conhecida dos astrónomos como uma das maiores regiões de formação estelar da nossa Galáxia. O enxame aberto central contém milhares de estrelas mais massivas que o  nosso Sol , estrelas que provavelmente se formaram há apenas um ou dois milhões de anos atrás numa única explosão de formação estelar. De facto, pensa-se que a  vizinha NGC 3603  contém um exemplo conveniente dos grandes enxames estelares que povoam as muito mais distantes  galáxias "starbust" . Em  torno do enxame  estão nuvens natais de gás interestelar brilhante e poeira, esculpidas pela radiação energética e pelos ventos estelares.  Captada pelo  Telescópio Espacial Hubble, a  imagem  abrange cerca de 17 anos-luz. Fonte: NASA