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A Extraordinária Espiral em LL Pegasi

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Crédito:  E SA ,  Hubble ,  R. Sahai  ( JPL ),  NASA O que criou a estranha estrutura espiral à esquerda? Ninguém tem a certeza, embora esteja provavelmente relacionada com uma estrela num  sistema binário  a entrar na fase de  nebulosa planetária , quando a sua atmosfera externa é expelida. A  enorme espiral  estende-se por cerca de um-terço de um  ano-luz  e, dando quatro ou cinco voltas completas, tem uma regularidade sem precedentes. Dada a velocidade de expansão do gás em  espiral , uma nova camada deverá aparecer a cada mais ou menos 800 anos, uma estreita correspondência com o tempo que leva para duas estrelas se orbitarem uma à outra. O sistema estelar que criou esta espiral é mais normalmente conhecido como  LL Pegasi , mas também AFGL 3068. A própria estrutura invulgar foi catalogada como  IRAS 23166+1655 . A  imagem em destaque  foi captada no  infravermelho  próximo pelo  Telescópio Espacial Hubble . O porquê da  espiral , propriamente dita, brilhar, é um mistério,

Asteroide surpresa acabou de passar por nós na metade da distância da lua

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Na manhã desta segunda-feira (9), um asteroide do tamanho de um prédio de dez andares quase esbarrou na Terra. A rocha, chamada de 2017 AG13  foi identificada apenas no último sábado pelo programa de monitoramento Catalina Sky Survey da Universidade do Arizona.  Ela tem entre 15 e 34 metros de largura e passou pela Terra a 16km/s. O asteroide passou por nós na metade da distância entre a Terra e a Lua. Ele se moveu muito rapidamente, muito próximo de nós”, disse Eric Feldman, astrônomo da Slooh, companhia que divulga imagens ao vivo do espaço. “Ele passou pela órbita de dois planetas, Vênus e Terra”, complementou ele. O que teria acontecido se o asteroide tivesse atingido a Terra? Pesquisadores da Universidade Purdue (EUA) criaram um simulador chamado  Impact Earth!  que examinou esta possibilidade, e os resultados sugerem que provavelmente não teria sido tão ruim quanto parece. Se uma rocha porosa de 34 metros de largura tivesse atingido a Terra com um ângulo de 45 grau

Misterioso Planeta 9 pode ser um mundo desgarrado capturado pelo nosso sistema solar

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O suposto Planeta 9, que alguns cientistas acreditam estar escondido muito além da órbita de Plutão, poderia ser um ex-planeta errante que foi capturado pelo nosso sistema solar em algum ponto no passado.  É muito plausível que o Planeta 9 seja um planeta errante – um mundo que cruza o espaço sem estar conectado a uma estrela – capturado”, disse o principal autor do estudo, James Vesper, da Universidade do Estado de Novo México, nos EUA. Simulações Os pesquisadores realizaram simulações de computador de 156 encontros entre nosso sistema solar e planetas errantes de vários tamanhos e trajetórias.  Tais encontros podem não ser tão incomuns. Alguns estudos indicam que os planetas errantes podem superar os “normais” que circundam estrelas hospedeiras em toda a Via Láctea.  As simulações sugerem que, em cerca de 60% dos encontros, o planeta “invasor” é lançado para fora do sistema solar. Destes, em cerca de 10% de todos os casos, o errante levaria pelo menos um dos planetas nati

Quando as galáxias colidem

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Essa delicada região meio que esfumaçada no espaço profundo, é de longe, muito mais turbulenta do que parece. Conhecido como IRAS 14348-1447, um nome derivado do projeto que o descobriu, o Infrared Astronomical Satellite, ou IRAS, esse objeto celeste é na verdade a combinação de duas galáxias espirais ricas em gás. Essa dupla se aproximou muito no passado, e a gravidade fez então seu trabalho, puxando uma para a outra lentamente, destruindo-as e as fundindo num só objeto. A imagem mostrada aqui foi feita pela Advanced Camera for Surveys, a ACS do Hubble. O IRAS 14348-1447 está localizado a mais de um bilhão de anos-luz de nós. Esse objeto é um dos exemplos mais ricos em gás do que é chamado de galáxia infravermelha ultraluminosa, uma classe de objetos cósmicos que brilha de forma característica e intensa na parte infravermelha do espectro. Quase 95% da energia emitida pelo IRAS 14348-1447 está no infravermelho. A grande quantidade de gás molecular dentro do IRAS 14348-1447 abas

O VLT vai procurar planetas no sistema Alfa Centauri

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ESO assina acordo com Breakthrough Initiatives O ESO assinou um acordo com a Breakthrough Initiatives para adaptar a instrumentação do Very Large Telescope, instalado no Chile, visando realizar uma busca de planetas no sistema estelar vizinho Alfa Centauri. Tais planetas poderão ser alvos para eventuais lançamentos de sondas espaciais miniaturas pela Breakthrough Starshot initiative. O ESO, representado pelo Diretor Geral Tim de Zeeuw, assinou um acordo com a  Breakthrough Initiatives , representada por  Pete Worden , Presidente da  Breakthrough Prize Foundation  e Diretor Executivo da Breakthrough Initiatives. O acordo atribui fundos para que o instrumento  VISIR  (VLT Imager and Spectrometer for mid-Infrared), montado no  Very Large Telescope  do ESO (VLT), possa ser modificado de modo a aumentar significativamente a sua capacidade de procurar potenciais planetas habitáveis em torno de  Alfa Centauri , o sistema estelar mais próximo da Terra.  O acordo atribui também t

Estudo contradiz principal teoria de formação da Lua

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A Lua , companheira do nosso planeta há cerca de 4,5 bilhões de anos, pode ter sido formada pelo impacto de uma série de pequenos corpos com uma Terra embrionária, afirmaram pesquisadores nesta segunda-feira. Isso explicaria uma grande inconsistência na teoria dominante, segundo a qual a Lua é resultado de uma única e gigantesca colisão entre a Terra e um corpo celeste do tamanho de Marte. Segundo esta hipótese, cerca de um quinto do material da Lua teria vindo da Terra, e o resto do segundo corpo. No entanto, a composição da Terra e da Lua são quase idênticas - uma improbabilidade que há muito tempo intriga os defensores da hipótese do impacto único. O cenário de múltiplos impactos é uma forma mais 'natural' de explicar a formação da Lua", disse Raluca Rufu, do Instituto Weizmann de Ciências, em Rehovot, Israel, coautor do novo estudo, publicado na revista científica Nature Geoscience. Tais impactos múltiplos teriam escavado mais material da Terra do que um único im

Centro da galáxia espiral NGC 5033

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A galáxia espiral NGC 5033 é conhecida como uma galáxia de Seyfert, por causa da grande atividade vista em seu núcleo. O astrônomo americano Carl K. Seyfert descobriu esse tipo de objeto em 1943. No seu centro, além da radiação térmica das estrelas, há uma importante fonte de energia, particularmente luminosa, que liberta uma potência total da ordem daquela emitida pela nossa galáxia.  Na imagem, é possível ver estrelas brilhantes, poeira escura e gás interestelar rodando rapidamente em torno do cerne da NGC 5033, que aparece ligeiramente deslocado por um buraco negro supermassivo.  Este deslocamento pode ser o resultado da NGC 5033 ter se fundido com uma outra galáxia em algum momento nos últimos bilhões de anos.  A imagem acima foi feita pelo telescópio espacial Hubble em 2005. A NGC 5033 mede aproximadamente 100.000 anos-luz e é tão distante de nós que a vemos como ela existia há aproximadamente 40 milhões de anos.  Fonte: NASA

O buraco negro da Via Láctea está ejetando bolas de tamanho planetário

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Esta impressão de artista retrata uma coleção de objetos de massa planetária "cuspidos" do Centro Galáctico a velocidades na ordem dos 10.000 km/s. Estas bolas cósmicas formaram-se a partir de fragmentos de uma estrela que foi destruída pelo buraco negro supermassivo da Galáxia. Crédito: Mark A. Garlick/CfA A cada poucos milhares de anos, uma estrela azarada vagueia demasiado perto do buraco negro no centro da Via Láctea. A poderosa gravidade do buraco negro rasga a estrela, chicoteando uma longa corrente de gás para fora. Isto podia ser o fim da história, mas não é. Uma nova investigação mostra que não só o gás se pode reunir em objetos de tamanho planetário, como esses objetos são então lançados por toda a Galáxia num jogo cósmico de arremesso.  Uma única estrela despedaçada pode formar centenas destes objetos de massa planetária. Nós perguntámo-nos: para onde é que vão? Quão perto chegam eles de nós? Desenvolvemos um software para responder a estas questões,"

Uma explosão que poderá mudar o céu noturno

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V838 Monocerotis, uma estrela "sem graça" que em janeiro de 2002 tornou-se subitamente 600.000 vezes mais luminosa do que o nosso Sol, tornando-se temporariamente na estrela mais brilhante da nossa Via Láctea. É, possivelmente, uma nova vermelha. Crédito: NASA, ESA e H.E. Bond (STScI) Os pesquisadores Larry Molnar, da Faculdade Calvin, Karen Kinemuchi, do Observatório de Apache Point, e Henry Kobulnicky, da Universidade de Wyoming, todos nos EUA, previram uma explosão que deve causar uma mudança visível a olho nu no céu noturno em 2022.  “É uma chance de um em um milhão prever uma explosão”, disse Molnar. “Nunca aconteceu antes”.  A previsão é de que uma estrela binária (duas estrelas orbitando uma a outra) conhecida como KIC 9832227 irá se fundir e explodir em 2022, com margem de erro de cerca de um ano.  Neste ponto, a estrela aumentará seu brilho dez mil vezes, tornando-se uma das mais brilhantes no céu por um tempo.  Ela será visível como parte da constelação d

O Lado da Lua que não observamos normalmente

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Como todo mundo sabe, a nossa Lua é gravitacionalmente travada com a Terra, ou seja, ela sempre nos mostra a mesma face. Como podemos então ver o outro lado da Lua, que normalmente não nos é apresentado. Bem, isso só é possível por meio de sondas espaciais. Esse lado da Lua que nós não observamos recebe muitos nomes, alguns chamam de lado oculto, outros de lado escuro, outros de lado desconhecido e a tradução direta do inglês nos leva a outra denotação, de lado distante da Lua. A imagem acima é um mosaico construído a partir de 15000 imagens obtidas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter entre Novembro de 2009 e Fevereiro de 2011. As imagens foram obtidas com a câmera de grande angular da sonda. A imagem completa, com a história como ela foi adquirida e outras fontes, pode ser encontrada aqui:  http://lroc.sese.asu.edu/posts/298 , nessa imagem podemos ver feições com uma escala de 100 metros por pixel. De cara, já se pode ver que esse lado da Lua apresenta um terreno muito diferen

Estudos sobre os sistemas Kepler-62 e Kepler-69 mostram cenários interessantes

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O tempo passou e mais super-terras foram detectadas e para estudarmos esses exoplanetas não precisamos apenas de observações, mas também de estudos com modelagens computacionais. Por isso  Roger Fu  e sua equipe publicou um artigo sobre seus estudos realizando modelagens envolvendo “super-terras” de 2 a 5 massas terrestres e com a fração de 0,002 a 50 % de água, mas eu darei atenção ao artigo de Kaltenegger et al. Kaltenegger et al. publicou um artigo sobre exoplanetas com grandes quantidades de água, relacionando isso às condições habitáveis que ofereceriam e se existem características discerníveis entre um exoplaneta composto apenas de água e outro rochoso, semelhante ao nosso planeta. Nesse estudo citaram os exoplanetas Kepler-62 f e Kepler-62 e, que se destacam por causa de sua localização na Zona Habitável. Um mundo oceânico congelado reflete muita luz, tendo um albedo maior e, consequentemente, fica mais fácil de detecta-lo diretamente. Nos modelos os astrônomos utiliza

HUBBLE detecta "EXOCOMETAS" a mergulhar numa estrela jovem

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Esta ilustração mostra vários cometas a viajar por um vasto disco protoplanetário de gás e poeira e a seguir em direção à jovem estrela central. Estes cometas "kamikaze" vão, eventualmente, mergulhar na estrela e vaporizar-se. Os cometas são demasiado pequenos para serem fotografados, mas as suas "impressões digitais" espectrais e gasosas na luz da estrela foram detetadas pelo Telescópio Espacial Hubble. A influência gravitacional de um suspeito planeta com o tamanho de Júpiter, no plano da frente, poderá ter catapultado os cometas para a estrela. Esta estrela, de nome HD 172555, representa o terceiro sistema extrassolar onde os astrónomos já detetaram cometas "condenados" e instáveis. A estrela encontra-se a 95 anos-luz da Terra. Crédito: NASA, ESA, A. Feild e G. Bacon (STScI) Previsão meteorológica interestelar para uma estrela próxima: chuva de cometas! O Telescópio Espacial Hubble da NASA descobriu cometas que mergulham na estrela HD 172555, q

Pesquisadores observam pela primeira vez tipo extremamente raro de galáxia

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Aproximadamente 359 milhões de anos-luz de distância da Terra, existe uma galáxia chamada PGC 1000714 que não se parece com nada que os astrônomos já observaram antes. Uma nova pesquisa da Universidade de Minnesota Duluth e do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte, nos EUA, forneceu uma primeira descrição do núcleo elíptico bem definido, rodeado por dois anéis circulares. A galáxia parece pertencer a uma classe raramente observada, conhecida como Objeto de Hoag, mas possui uma característica distintiva. “Menos de 0,1% de todas as galáxias observadas são galáxias do tipo Hoag”, diz Burcin Mutlu-Pakdil, autor principal do estudo. As galáxias do tipo Hoag são núcleos redondos rodeados por um anel, sem nada conectando-os visivelmente. A maioria das galáxias observadas possuem forma de disco, como nossa própria Via Láctea. Os pesquisadores coletaram imagens de ondas múltiplas da galáxia, usadas para determinar as idades das suas duas principais características, o anel exte

Os segredos escondidos das Nuvens de Orion

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Rastreio VISTA mostra a vista mais detalhada obtida até à data no infravermelho próximo da nuvem molecular Orion A Esta bela imagem é um dos maiores mosaicos a alta resolução no infravermelho próximo da nuvem molecular Orion A, a fábrica de estrelas massivas mais próxima que se conhece, situada a cerca de 1350 anos-luz de distância da Terra. Esta imagem foi obtido com o telescópio infravermelho de rastreio VISTA instalado no Observatório do Paranal do ESO no norte do Chile e revela muitas estrelas jovens e outros objetos que normalmente se encontram profundamente enterrados no seio das nuvens de poeira. Esta nova imagem composta do rastreio VISION (VIenna Survey In Orion) é uma montagem de imagens obtidas na região do infravermelho próximo  pelo telescópio de rastreio VISTA , instalado no Observatório do Paranal do ESO no Chile. A imagem cobre toda a nuvem molecular Orion A, uma de duas nuvens moleculares gigantes que fazem parte do complexo da Nuvem Molecular de Orion. Ori

NEOWISE da NASA espia um cometa, talvez dois

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Impressão de artista de 2016 WF9 à medida que passa pela órbita de Júpiter em direção ao Sistema Solar interior. Crédito: NASA/JPL-Caltech A missão NEOWISE da NASA descobriu recentemente alguns objetos celestes que viajam pela nossa vizinhança, incluindo um que tolda a linha entre asteroide e cometa. Outro - definitivamente um cometa - pode ser visto com binóculos esta semana. Um objeto chamado 2016 WF9 foi detetado pelo projeto NEOWISE no dia 27 de novembro de 2016. Está numa órbita que o leva num passeio panorâmico do nosso Sistema Solar. Na sua maior distância ao Sol, aproxima-se da órbita de Júpiter. Ao longo de 4,9 anos terrestres, viaja para o interior, passando pela cintura de asteroides e pela órbita de Marte até que atinge o seu ponto orbital mais próximo do Sol dentro da órbita da Terra. Depois, dirige-se de volta para o Sistema Solar exterior. Objetos nestes tipos de órbitas têm múltiplas origens possíveis; poderá ter sido um cometa, ou poderá ter-se desviado de

Radiação Hawking

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Uma coisa que provavelmente você já ouviu falar, é a famosa radiação Hawking, neste texto procuraremos entender essa radiação que escapa dos buracos negros. Com esse nome em homenagem ao físico teórico Stephen Hawking, que propôs os argumentos teóricos dessa radiação em 1974, a radiação Hawking é uma radiação térmica explicada por efeitos quânticos. Antes de explicar exatamente o que acontece, devemos tirar da cabeça aquela imagem que construímos do vácuo como um espaço vazio. Pelo contrário, o vácuo é como uma grande sopa de partículas que borbulham a todo momento. As chamadas partículas virtuais,  flutuações quânticas de vácuo, aparecem dentro e fora da existência a todo momento e se aniquilam (partícula x anti-partícula) e isso nos mostra que o vácuo não é aquele grande espaço sem nada. Tendo isso em mente podemos imaginar o que aconteceria se essas partículas virtuais aparecessem perto do horizonte de eventos de um buraco negro. O que Stephen Hawking propôs é como se o bur