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ALMA explora disco de restos de Fomalhaut

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Fomalhaut é uma das estrelas mais brilhantes do céu. A cerca de 25 anos-luz de distância, esta estrela encontra-se muito perto de nós, podendo ser observada a brilhar intensamente na constelação do Peixe Austral. Esta imagem obtida pelo  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA)  mostra a Fomalhaut (ao centro) circundada por um anel de restos poeirentos — é a primeira vez que uma imagem assim é capturada a tão elevada resolução e sensibilidade nos comprimentos de onda milimétricos. O disco da Fomalhaut é constituído por uma mistura de gás e poeira cósmica de cometas do sistema Fomalhaut (exocometas), libertados quando os exocometas passam uns pelos outros ou chocam entre si. Este meio turbulento assemelha-se a um período primordial do nosso Sistema Solar conhecido por  Bombardeamento Intenso Tardio , que ocorreu há cerca de 4 mil milhões de anos atrás. Nesta altura um grande número de objetos rochosos viajava pelo Sistema Solar interior e colidia com os jovens planetas

No Centro da Nebulosa da Lagoa

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O centro da Nebulosa da Lagoa é um turbilhão espetacular de formação de estrelas. Pode ser visível na parte inferior esquerda, no mínimo duas nuvens em forma de funil, cada uma delas com aproximadamente meio ano-luz de comprimento, formadas pelos ventos estelares extremos e pela intensa luz estelar energética. O impressionante brilho da estrela próxima, a Herschel 36, ilumina a área. Vastas paredes de poeira escondem e avermelham estrelas jovens quentes. À medida que a energia dessas estrelas invadem o gás e poeira fria, as grandes diferenças de temperatura nas regiões adjacentes podem ser criadas gerando ventos que criam os funis. Essa imagem se espalha por cerca de 5 anos-luz e foi feita em 1995 pelo Telescópio Espacial Hubble. A Nebulosa da Lagoa é conhecida também como a M8, localiza-se a cerca de 5000 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Sagittarius. Fonte:  https://apod.nasa.gov/apod/ap170521.html

Nebulosa do Caranguejo no LCD

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Essa bela imagem mostra a famosa Nebulosa do Caranguejo em cores vibrantes. A imagem foi produzida combinando os dados de telescópios que cobrem quase todo o espectro eletromagnético, desde as ondas de rádio até os raios-X. O Karl G. Jansky Very Large Array (VLA) forneceu dados nas ondas de rádio, mostrados em vermelho na imagem, o Telescópio Espacial Spitzer da NASA fez as imagens em infravermelho, mostradas em amarelo, o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA forneceu os dados na luz visível, mostrados em verde, o telescópio XMM-Newton da ESA observou a nebulosa no ultravioleta, com seus dados mostrados em azul, e o Observatório De Raios-X Chandra da NASA adquiriu os dados em raios-X, mostrados em roxo. A Nebulosa do Caranguejo está localizada a aproximadamente 6500 anos-luz de distância da Terra, na constelação de touro, e é o resultado de uma explosão de supernova que foi observada pelos chineses e por outros astrônomos, no ano de 1054. No centro da nebulosa está um pulsar, u

Cientistas podem ter encontrado evidência de que universos paralelos existem

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A chamada Mancha Fria (do original “Cold Spot”) é uma área de 1,8 bilhões de anos-luz de diâmetro no espaço, com 13 bilhões de anos, que é 0,00015 graus Celsius mais fria do que o seu entorno. Agora, astrônomos da Universidade de Durham, na Inglaterra, estão sugerindo que essa região insondável pode ser a primeira evidência de um multiverso. Os pesquisadores não foram capazes de explicar a causa deste enorme espaço frio, e o novo estudo afirma que não deveria existir. “Não podemos excluir inteiramente que a Mancha Fria seja causada por uma flutuação improvável explicada pelo modelo padrão da física de partículas. Mas se essa não é a resposta, então há explicações mais exóticas. Talvez a mais emocionante é que a Mancha Fria foi causada por uma colisão entre nosso universo e outro universo-bolha. Se análises mais detalhadas provarem que este é o caso, então a Mancha Fria pode ser tomada como a primeira evidência do multiverso”, explicou um dos coautores do estudo, Tom Shanks.

Alimentando uma estrela bebê com um hambúrguer poeirento

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Esta imagem curiosa pode parecer uma coleção de bolhas coloridas, mas na realidade trata-se de uma imagem de alta resolução de uma estrela recém nascida envolvida em poeira. Situada a apenas 1300 anos-luz de distância, na constelação de Orion, a estrela HH212 é muito jovem. A vida média de uma estrela de pequena massa como esta é de cerca de 100 bilhões de anos, mas esta jovem estrela tem apenas 40 000 anos de idade — uma bebê em termos estelares. Nos núcleos das vastas nuvens moleculares nas regiões de formação estelar, é travada uma batalha constante entre a gravidade e a pressão do gás e da poeira. Se a gravidade ganha, o gás e a poeira colapsam para formar um núcleo denso quente que eventualmente se acende, dando origem a uma protoestrela.  O gás e a poeira restantes formam um disco em rotação em torno da estrela recém nascida e, em muitos sistemas estelares, estes discos dão eventualmente origem a planetas. Estes discos protoestelares extremamente jovens têm sido difícei

Pela primeira vez, cientistas observam uma gigantesca “ponte magnética” que liga galáxias

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Os cientistas já sabiam que uma ponte de gás se estendia por cerca de 75.000 anos-luz entre as nossas duas galáxias vizinhas, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.  Embora já tivessem predito a chamada “ponte de Magalhães”, esta é a primeira observação de seu campo magnético, o que poderia nos ajudar a entender como tais objetos se formam.  O estudo da ponte foi liderado por pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, e vai ser publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Ponte magnética Nossos vizinhos galácticos mais próximos, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães estão a 160.000 e 200.000 anos-luz da Terra, respectivamente. Os pesquisadores sabem há muito tempo sobre a ponte de Magalhães que existe entre elas, um caminho formado por estrelas e gases.  Até agora, muito pouco era conhecido sobre o seu campo magnético, no entanto. A equipe mostrou que ele possui um milionésimo da força do próprio escudo magnético protetor do nosso p

Astrónomos perseguem BURACO NEGRO SUPERMASSIVO desertor

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Impressão de artista do buraco negro em fuga.  Crédito: raios-X - NASA/CXC/NRAO/D.-C. Kim; ótico - NASA/STScI; ilustração - NASA/CXC/M. Weiss Os buracos negros supermassivos são geralmente objetos estacionários, localizados nos centros da maioria das galáxias. No entanto, usando dados do Observatório de raios-X Chandra da NASA e outros telescópios, os astrónomos recentemente caçaram o que poderá ser um buraco negro supermassivo em movimento.  Este possível buraco negro em fuga, que contém cerca de 160 milhões de vezes a massa do nosso Sol, está localizado numa galáxia elíptica a mais ou menos 3,9 mil milhões de anos-luz da Terra. Os astrónomos estão interessados nestes buracos negros supermassivos em movimento porque podem revelar mais sobre as propriedades destes objetos enigmáticos.   Este buraco negro pode ter "recuado", na terminologia usada pelos cientistas, quando dois buracos negros supermassivos mais pequenos colidiram e fundiram-se para formar um ainda maior.

A assustadora morte de nosso universo

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A ciência já nos mostrou algumas vezes que nosso universo, um dia, em um futuro muito, muito distante, vai acabar. Mas como isso vai acontecer? No vídeo abaixo, o físico teórico Robbert Dijkgraaf, professor do Instituto de Estudos Avançados em Princeton, explica como o universo vai encontrar a sua morte.  Basicamente, o que ele diz é que os buracos negros vão destruir tudo.  Eu acho que a maior descoberta da teoria de Einstein é que o universo está se expandindo. Mas aprendemos algo ainda mais dramático nos últimos anos.  Aprendemos que ele não está apenas se expandindo, mas há uma força dentro do espaço vazio que o ajuda a se afastar. Isso na verdade está acelerando a expansão dele, e essa expansão terá consequências realmente dramáticas. Significará que a parte distante do universo começará a se afastar tão rápido em um ponto, que será mais rápida do que a velocidade da luz”, explica. Essa aceleração trará consequências para a nossa via láctea. Todas as nossas galáxias vizin

Carta feroz sobre as origens do universo é assinada por Stephen Hawking e outros 32 físicos proeminentes

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Como nosso universo começou? Essa é uma questão que ainda não está totalmente resolvida na comunidade científica, mas, até pouco tempo atrás, havia uma espécie de consenso . Agora, o debate acabou de esquentar: 33 dos físicos mais famosos do mundo publicaram uma carta feroz defendendo uma das principais hipóteses que temos para a origem do universo, em resposta a um artigo escrito em fevereiro no qual três físicos criticaram pesadamente a teoria da inflação – a ideia que o universo expandiu apenas como um balão logo após o Big Bang. Os dois lados O artigo, divulgado na Scientific American, chegou a afirmar que o modelo “não pode ser avaliado usando o método científico” – o equivalente acadêmico de dizer que não é ciência de verdade. Ele foi assinado por Paul Steinhardt e Anna Ijjas, da Universidade de Princeton, e Abraham Loeb da Universidade de Harvard. Em resposta, 33 dos maiores físicos do mundo, incluindo Stephen Hawking, Lisa Randall e Leonard Susskind, publicaram uma

Dois buracos negros vão colidir na constelação de Virgem

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A COLISÃO DE DOIS BURACOS NEGROS PROPAGA ONDAS GRAVITACIONAIS PELO TECIDO DO ESPAÇO-TEMPO (FOTO: SWINBURNE ASTRONOMY PRODUCTIONS | REPRODUÇÃO) E m uma região muito distante da Terra, nas profundezas da constelação de Virgem, dois buracos negros monstruosos estão prestes a se chocar. O evento cataclísmico vai ocorrer a 3,5 bilhões de anos luz daqui, e quando digo que eles estão “prestes a se chocar”, não se engane - estou falando em termos cósmicos. A colisão deve acontecer só daqui a 100 mil anos. Para a escala de tempo humana, isso é uma eternidade, mas quando o papo é sobre estrelas ou buracos negros, esse período não passa de um piscar de olhos.  tem mais: no momento crítico em que as duas estruturas colidirem, tamanha violência deve  liberar uma grande quantidade de ondas gravitacionais, que são deformações propagadas pelo tecido do espaço-tempo previstas pela teoria da relatividade geral de Einstein. Até agora, muitos tentaram, mas ninguém conseguiu detectar essas

Um novo Netuno quente pode ser um enorme mundo com água

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Um exoplaneta um pouco maior do que Netuno, localizado a cerca de 440 anos-luz de distância, parece possuir água.                              © Goddard Space Flight Center (ilustração da atmosfera do exoplaneta  HAT-P-26b ) O exoplaneta HAT-P-26b devido aos padrões iniciais é provavelmente um Netuno quente. Teoricamente, deve ter uma composição semelhante à Urano e Netuno, o último dos quais é mais denso e compacto que os outros planetas gigantes no Sistema Solar exterior. Mas apesar de seu tamanho estar mais perto dos gigantes gélidos, o planeta real é apenas um pouco mais denso do que Saturno, que é o planeta menos denso do Sistema Solar. Então, deve ser constituído de água, ou, mais precisamente, vapor de água. A 700 graus Celsius o planeta não é exatamente propício de alguma forma ser um mundo oceânico. Apesar de uma abundância de água em Urano e Netuno, eles são chamados de “gigantes de gelo” porque a pressão atmosférica empurra o vapor de água para um estado conhec

Galáxias em fusão têm buracos negros envoltos

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Esta ilustração compara o crescimento de buracos negros supermassivos em dois tipos diferentes de galáxias. Um buraco negro supermassivo em crescimento, numa galáxia normal, teria gás e poeira numa estrutura em forma de donut em seu redor (esquerda). Numa galáxia em fusão, uma esfera de material obscurece o buraco negro (direita). Crédito: NAOJ Os buracos negros têm uma má reputação na cultura popular pois engolem tudo o que conseguem apanhar. Na realidade, as estrelas, gases e poeiras podem orbitar os buracos negros durante longos períodos de tempo, até que uma grande perturbação empurra esse material. A fusão entre duas galáxias é uma dessas perturbações. À medida que as galáxias se combinam e os seus buracos negros centrais se aproximam, o gás e a poeira nas proximidades são empurrados para os seus respetivos buracos negros. É libertada uma quantidade enorme de radiação altamente energética à medida que o material espirala rapidamente em direção ao buraco negro faminto, q

Sonda New Horizons se aproxima de misterioso objeto vermelho

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A sonda New Horizons da NASA está neste momento acelerando em direção a um objeto misterioso chamado MU69, no Cinturão de Kuiper. Observações recentes do objeto distante indicam uma superfície avermelhada, talvez até mais vermelha que os borrões localizados em Plutão. Este pequeno KBO (Kuiper Belt object) mede entre 30 a 45 km de diâmetro e está a 2,6 bilhões de km de Plutão. Quando New Horizons chegar lá em janeiro de 2019, a sonda estará 43,3 vezes mais distante do Sol do que a Terra está distante do Sol. A sonda se aproximará mais deste objeto do que Plutão quando fez a histórica passagem pelo planeta em 15 de julho de 2015. Comparação de tamanhos de MU69. (Imagem: New Horizons / NASA) A cor avermelhada de MU69, assim como as manchas de Plutão e da sua lua Charon, sugere a presença de tolina, uma classe de moléculas que é formada através da irradiação ultravioleta de componentes simples como o metano e etano. Tonlina não se forma naturalmente na Terra, mas é abundant

Uum incrível retrato da nebulosa do Caranguejo

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Animação da composição da nova imagem da Nebulosa do Caranguejo, obtida através da combinação de dados de cinco telescópios que abrangem quase todo o espectro eletromagnético: o VLA, o Telescópio Espacial Spitzer, o Telescópio Espacial Hubble, o Observatório XMM-Newton e o Observatórios de raios-X Chandra. Crédito: NASA, ESA, NRAO/AUI/NSF e G. Dubner (Universidade de Buenos Aires) Astrónomos produziram uma imagem altamente detalhada da Nebulosa do Caranguejo, combinando dados de telescópios que abrangem quase toda a amplitude do espectro eletromagnético, desde ondas de rádio vistas pelo VLA (Karl G. Jansky Very Large Array) até ao poderoso brilho de raios-X visto pelo Observatório Chandra. E, entre essa gama de comprimentos de onda, a nítida visão ótica do Telescópio Espacial Hubble e a perspetiva infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer. A Nebulosa do Caranguejo, o resultado de uma brilhante explosão de supernova vista pelos chineses e outros astrónomos no ano 1054, e

Harmonias planetárias salvaram TRAPPIST-1 da destruição

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O sistema TRAPPIST-1 , descoberto em fevereiro deste ano, causou um furor na comunidade científica por uma boa razão: três de seus sete planetas do tamanho da Terra estão na zona habitável de sua estrela, o que significa que podem abrigar condições adequadas para a vida. Mas um dos enigmas principais da pesquisa original que descreveu o sistema era que ele parece instável.   Se você simula o sistema, os planetas começam a colidir uns com os outros em menos de um milhão de anos”, explica Dan Tamayo, pós-doutorando no Centro de Ciências Planetárias da Universidade de Toronto em Scarborough, no Canadá. “Isso pode parecer um longo tempo, mas é apenas um piscar de olhos astronômico. Seria muita sorte nós termos descoberto TRAPPIST-1 antes que ele se destruísse, então deve haver uma razão pela qual ele permanece estável”. Estabilidade e harmonia Tamayo e seus colegas parecem ter encontrado essa razão. Em uma pesquisa publicada na revista Astrophysical Journal Letters, os cientistas