Postagens

Supernova mostra que “o universo é mais louco do que a ficção científica”

Imagem
Graças a uma rede mundial de 18 telescópios robotizados, pesquisadores liderados pela Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA) conseguiram captar um tipo diferente de explosão de supernova.  A descoberta revela informações surpreendentes sobre a estrela companheira da anã branca que provocou o espetáculo. Supernovas Até onde sabíamos, as gigantes explosões cósmicas conhecidas como supernovas ocorriam de apenas duas maneiras no nosso universo.  Elas podem acontecer no final do ciclo de vida de uma estrela, quando ela fica sem combustível no seu núcleo e começa a colapsar, ou quando uma anã branca, o núcleo de uma estrela já morta, começa a reunir matéria de outra estrela próxima. Quando pega material suficiente da sua companheira, fica muito pesada e explode. A teoria mais popular sobre este segundo tipo de supernova é que as duas estrelas envolvidas na explosão são anãs brancas.  No entanto, o novo estudo mostra que esse não é o caso da supernova conhecida como SN 20

Buracos negros supermassivos alimentam-se de medusas cósmicas

Imagem
O instrumento MUSE do ESO montado no VLT descobre nova maneira de alimentar buracos negros Observações de “galáxias medusa” obtidas com o Very Large Telescope do ESO revelaram uma maneira até então desconhecida de alimentar buracos negros. Parece que o mecanismo que produz os tentáculos de gás e as estrelas recém nascidas que dão o nome curioso a este tipo de galáxias tornam também possível que o gás chegue às regiões centrais das galáxias, alimentando o buraco negro que se esconde no centro de cada uma delas e fazendo com que brilhem intensamente. Os resultados foram divulgados hoje na revista Nature. Uma equipe liderada por astrônomos italianos utilizou o instrumento  MUSE  (Multi-Unit Spectroscopic Explorer) montado no  Very Large Telescope  (VLT), instalado no  Observatório do Paranal  do ESO, no Chile, para estudar como é que o gás é arrancado das galáxias. A equipe focou-se no exemplo extremo de galáxias medusa, situadas em aglomerados de galáxias próximos e assim cham

Indicações de efeitos relativistas em estrelas que orbitam o buraco negro supermassivo situado no centro da galáxia

Imagem
Esta imagem artística mostra as órbitas de 3 das estrelas que se encontram muito próximo do buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea. A análise de dados obtidos com o VLT do ESO e outros telescópios sugere que as órbitas destas estrelas mostram os efeitos subtis previstos pela teoria da relatividade geral de Einstein. A órbita da estrela S2 parece desviar-se ligeiramente do percurso calculado pela física clássica. A posição do buraco negro está assinalada com um círculo branco num halo azul.  Crédito: ESO/M. Parsa/L. Calçada Uma nova análise de dados obtidos com o VLT (Very Large Telescope) do ESO e outros telescópios sugere que as órbitas das estrelas em torno do buraco negro supermassivo situado no centro da Via Láctea mostram os efeitos subtis previstos pela teoria da relatividade geral de Einstein. A órbita da estrela S2 parece desviar-se ligeiramente do percurso calculado pela física clássica. Este resultado é um prelúdio a medições muito mais precisas e t

Pela primeira vez, nós testemunhamos que o Sol descobriu sua própria erupção solar

Imagem
Os pesquisadores finalmente observaram algo que somente especulavam há anos: o sol destruindo sua própria erupção solar “falhada”. Nosso astro-rei produz erupções solares intensas quando uma acumulação de energia magnética é repentinamente liberada na superfície. Porém, como os cientistas puderam ver, as mesmas forças invisíveis e misteriosas também podem encerrar essas explosões gigantes. A observação Para capturar essa erupção falhada, várias observações foram realizadas a partir de inúmeros instrumentos da NASA, incluindo o Solar Dynamics Observatory (SDO) e o foguete VAULT2.0. VAULT2.0 é um foguete suborbital que, neste caso, foi focado para uma área de atividade magnética intensa no sol. A equipe havia antecipado que a atividade poderia produzir uma ejeção de massa coronal. Só que o sol tinha outras ideias. Enquanto os cientistas de fato viram um filamento de material solar denso começar a subir da superfície solar, ele acabou por ser destruído, em vez de ser ejet

Dois planetas podem ser habitáveis na Tau Ceti, nossa estrela mais parecida com o sol

Imagem
Novas evidências revelaram que a Tau Ceti, a estrela mais parecida com Sol fora do nosso sistema solar, tem em sua órbita quatro exoplanetas com, aproximadamente, o mesmo tamanho da Terra. Os pesquisadores acreditam que dois desses mundos podem ser habitáveis. A Tau Ceti está localizado apenas a 12 anos-luz de distância de nós, e sua proximidade e seu brilho tornaram-se um pilar no âmbito da ficção científica e dos videojogos – mas agora parece que o potencial da estrela para garantir condições à vida alienígena pode não ser apenas mais uma fantasia. Pesquisadores liderados por Fabo Feng, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, detectaram os quatro exoplanetas e registraram oscilações extremamente leves no movimento de Tau Ceti, devido à atração gravitacional entre corpos astronômicos menores. Novos avanços nesta técnica, chamada de espectroscopia Doppler (também conhecida como velocidade radial ou “método de bamboleio”), revelaram a presença de quatro mundos que

Estrelas artificiais criadas por laser melhoram imagem de telescópios

Imagem
Os quatro raios laser de 22 Watts fazem com que os átomos de sódio existentes na atmosfera brilhem, criando pontos de luz no céu que imitam estrelas.[Imagem: Roland Bacon] Óptica adaptativa O VLT (Very Large Telescope), o maior telescópio terrestre na atualidade, instalado no Chile, acaba de ser transformado em um telescópio completamente adaptativo.  Os primeiros testes mostraram o sucesso do sistema a laser, que permitiu a captura de imagens extraordinariamente nítidas de nebulosas planetárias e galáxias, algo há pouco tempo só possível com   telescópios   espaciais. Após mais de uma década de planejamento, construção e testes, este é o primeiro resultado da nova Infraestrutura de Óptica Adaptativa, um projeto de longo prazo para o VLT, que pretende fornecer um sistema adaptativo para os instrumentos montados no Telescópio Principal 4, sendo que o instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer) foi o primeiro deles a receber o melhoramento. A  óptica adaptativa  t

TRAPPIST-1 é mais antiga que o nosso SISTEMA SOLAR

Imagem
Esta ilustração mostra o possível aspeto do sistema TRAPPIST-1 a partir de um ponto de vista próximo do planeta TRAPPIST-1f (direita). Crédito: NASA/JPL-Caltech Se quisermos saber mais sobre se a vida poderá sobreviver num planeta para lá do nosso Sistema Solar, é importante saber a idade da sua estrela. As estrelas jovens libertam frequentemente radiação altamente energética sob a forma de erupções que podem atingir as superfícies dos seus planetas. Se os planetas são recém-formados, as suas órbitas também podem ser instáveis. Por outro lado, os planetas que orbitam estrelas mais velhas sobreviveram a estes episódios flamejantes e juvenis, mas também foram expostos aos estragos da radiação estelar durante um maior período de tempo. Os cientistas têm agora uma boa estimativa da idade de um dos sistemas planetários mais intrigantes descobertos até à data - TRAPPIST-1, um sistema com sete mundos do tamanho da Terra em órbita de uma anã ultrafria a cerca de 40 anos-luz de distâ

Uma visão única no Sistema Solar

Imagem
Para nós e para a Terra, o Sol e a Lua são os astros mais importantes do Universo. Esses três astros estão ligados por forças gravitacionais e, por meio dela, realizam uma dança eterna. O Sol e a Lua são responsáveis por diversos fenômenos que ocorrem na atmosfera, nos oceanos e na crosta terrestre. É o Sol ainda o responsável por praticamente toda energia que sustenta os ciclos no nosso planeta: ciclo da água, ciclo do carbono, ciclo da vida e outros. A Lua é o quinto maior satélite do Sistema Solar em termos absolutos. Ganimedes, Calixto e Io, satélites de Júpiter e Titã de Saturno, são maiores que a Lua, mas se formos comparar esses satélites com os planetas em que orbitam, podemos dizer que a Lua é o maior satélite do Sistema Solar. A visão que temos da Lua aqui da Terra é maravilhosa. Em nenhum outro planeta do Sistema Solar, pode-se enxergar um satélite tão grande e tão próximo como nós enxergamos a Lua aqui da Terra. Até porque, os planetas que apresentam satélites maior

A Galáxia Escondida IC 342

Imagem
De tamanho semelhante às grandes e brilhantes galáxias espirais na nossa vizinhança cósmica, IC 342situa-se a apenas 10 milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Girafa. Um esplêndido universo-ilha, IC 342 seria, de outra forma, uma galáxia proeminente no nosso céu noturno, mas encontra-se escondida de vista e só pode observada através de um véu de estrelas, nuvens de gás e poeira ao longo do plano da nossa própria Galáxia, a Via Láctea. Embora a luz de IC 342 seja esmaecida por nuvens cósmicas intervenientes, esta nítida imagem telescópica traça a própria poeira obscurante da galáxia, enxames estelares azuis e regiões de formação estelar cor-de-rosa ao longo dos braços espirais enrolados em torno do núcleo da galáxia. IC 342 pode ter sofrido uma recente explosão de atividade estelar e está próxima o suficiente para ter influenciado gravitacionalmente a evolução do grupo local de galáxias e da Via Láctea.  Crédito: T. Rector (U. Alaska Anchorage), H. Schweiker, WIY

Primeira luz para Infraestrutura de Óptica Adaptativa de vanguarda

Imagem
Enorme melhoria na nitidez das imagens MUSE A junção da AOF com o MUSE proporciona uma maior nitidez e um maior alcance dinâmico quando observamos objetos celestes como nebulosas planetárias. Estas novas observações de IC 4406 revelaram cascas nunca antes vistas, além das já familiares estruturas escuras de poeira na nebulosa, as quais lhe renderam o nome de Nebulosa da Retina.Esta imagem mostra uma pequena fração dos dados coletados pelo MUSE usando o sistema AOF e demonstra as capacidades aumentadas do novo instrumento MUSE equipado com a AOF.  Crédito: ESO/J. Richard (CRAL) O Telescópio Principal 4 (Yepun) do Very Large Telescope do ESO (VLT) acaba de ser transformado num telescópio completamente adaptativo. Após mais de uma década de planejamento, construção e testes, a nova Infraestrutura de Óptica Adaptativa (AOF) viu sua primeira luz com o instrumento MUSE, tendo capturado imagens extraordinariamente nítidas de nebulosas planetárias e galáxias. A junção da infraestrutur