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Mundo infernal com céu de titânio

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O VLT do ESO faz a primeira detecção de óxido de titânio num exoplaneta Astrônomos usaram o Very Large Telescope do ESO para detectar pela primeira vez óxido de titânio na atmosfera de um exoplaneta. Esta descoberta feita em torno do planeta do tipo Júpiter quente chamado WASP-19b fez uso do poder do instrumento FORS2, tendo-nos fornecido informações únicas sobre a composição química e a estrutura de temperatura e pressão na atmosfera deste mundo quente e incomum. Os resultados foram publicados hoje na revista Nature.  Uma equipe de astrônomos liderada por Elyar Sedaghati, um bolsista do ESO recentemente graduado pela TU Berlim, examinou a atmosfera do exoplaneta WASP-19b com o maior detalhe conseguido até hoje. Este planeta notável tem aproximadamente a mesma massa de Júpiter, mas encontra-se tão perto da sua estrela hospedeira que completa uma órbita em apenas 19 horas. Estima-se que a sua atmosfera tenha uma temperatura de cerca de 2000 graus Celsius. Quando WASP-19b p

Finalmente descobrimos porque as galáxias em todo o universo têm essa forma esquisita

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Em 1926, o célebre astrônomo Edwin Hubble desenvolveu seu diagrama de classificação morfológica das galáxias. Este método as dividiu em três grupos básicos – elíptica, espiral e lenticular – com base em seus formatos. Desde então, os astrônomos dedicaram tempo e esforço consideráveis ​​na tentativa de determinar como as galáxias evoluíram ao longo de bilhões de anos, até se tornarem o que são. Uma das teorias mais amplamente aceitas é a de que as galáxias se modificaram por fusão, onde pequenas nuvens de estrelas – ligadas pela gravidade mútua – se juntaram, alterando o tamanho e a forma de uma galáxia ao longo do tempo. No entanto, um novo estudo conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores revelou que as galáxias poderiam realmente ter assumido o formato moderno através da formação de novas estrelas no interior de seus centros. Pesquisa e procedimentos O estudo, intitulado “Rotating Starburst Cores in Massive Galaxies at z = 2.5”, foi publicado recentemente na As

Saturno em Azul e Dourado

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Porque é Saturno parcialmente azul? A  imagem em destaque  é uma aproximação do que um  humano  contemplaria pairando perto do "Senhor dos Anéis". A  imagem  foi captada em março de 2006 pela  sonda robótica Cassini , atualmente em órbita de  Saturno . Aqui, os  majestosos anéis de Saturno  aparecem diretamente e apenas como uma fina linha vertical. Os anéis mostram a sua complexa estrutura nas sombras escuras que criam à esquerda da imagem.  Encélado , a lua "fonte" de Saturno, com apenas 500 km de diâmetro, pode ser vista como o pequeno círculo no plano dos anéis. O hemisfério norte de  Saturno pode aparecer parcialmente  azul pela mesma razão que os  céus da Terra podem aparecer azuis  - moléculas nas porções limpas de ambas as atmosferas dos planetas são mais eficientes a espalhar a luz azul do que a luz vermelha. No entanto, ao olhar profundamente para as  nuvens de Saturno , a tonalidade natural e dourada das nuvens de Saturno torna-se dominante. Não se

Ciência “Faça Você Mesmo” — será que Proxima c está escondido neste gráfico?

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Esta Foto da Semana diferente mostra os dados mais recentes coletados pelo HARPS ( High Accuracy Radial velocity Planet Searcher ), o caçador de exoplanetas do ESO, durante a campanha Pontos Vermelhos, que está em curso. Esta campanha foca-se na busca de planetas do tipo terrestre em torno das três estrelas anãs vermelhas mais próximas de nós: Proxima Centauri, Estrela de Barnard e Ross 154.  A campanha foi lançada em junho deste ano , na sequência da  descoberta  de Proxima b, que se encontra em órbita da nossa vizinha estelar mais próxima, Proxima Centauri. A campanha Pontos Vermelhos foi concebida como uma experiência científica aberta, o que significa que o público tem acesso aos dados e pode inclusivamente contribuir com observações. Consegue ver um novo exoplaneta neste gráfico? Ao seguir cuidadosamente o movimento de uma estrela ao longo do tempo, gráficos como este podem revelar as assinaturas de exoplanetas. Tal como uma estrela atrai gravitacionalmente um planeta qu

Depois da CASSINI: Ponderando o legado da missão a SATURNO

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À medida que a sonda Cassini aproxima-se do final de uma grande viagem rica em feitos científicos e técnicos, já está a ter uma influência poderosa na exploração futura. Ao revelar que a lua de Saturno, Encélado, tem muitos dos ingredientes necessários para a vida, a missão criou os alicerces para a exploração de "mundos oceânicos" e tem cativado a ciência planetária ao longo da última década. "A Cassini transformou o nosso pensamento de muitas maneiras, especialmente em relação a lugares surpreendentes no Sistema Solar onde a vida pode, potencialmente, existir," afirma Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA na sede da agência em Washington. "Parabéns a toda a equipa da Cassini!" Para a frente, para Europa A lua de Júpiter, Europa, tem sido um dos principais objetivos da exploração futura desde que a missão Galileo da NASA, no final da década de 1990, encontrou fortes evidências de um oceano glob

Formação estelar na galáxia NGC 5398

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Essa imagem mostra a NGC 5398, uma galáxia espiral barrada, localizada a aproximadamente 55 milhões de anos-luz de distância da Terra.  A galáxia é famosa por contem uma região HII especialmente extensa, uma grande nuvem composta de hidrogênio ionizado, ou HII, pronuncia-se H-dois, o H sendo o símbolo do hidrogênio e o II indicando que os átomos estão perdendo um elétron e se tornando ionizados. A nuvem da NGC 5398 é denominada de Tol 89 e pode ser vista na parte inferior esquerda terminal da barra central de estrelas da galáxia, uma estrutura que cortao núcleo galáctico e afunila o material para o centro para manter a formação de estrelas ativa ali. A Tol 89 é a o único complexo massivo de formação de estrelas grande da galáxia, com uma extensão de aproximadamente entre 4000 e 5000 anos-luz. Esse complexo contém no mínimo sete aglomerados de estrelas jovens e massivos. Os dois aglomerados mais brilhantes dentro da Tol 89, que os astrônomos simplesmente chamam de A e B parecem es

Astrônomos brasileiros descobrem exoplaneta

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Representação artística do planeta CoRoT ID 223977153-b.[Imagem: OPAH] Exoplaneta brasileiro Sete astrônomos brasileiros descobriram um novo exoplaneta, localizado na direção da constelação do Unicórnio e distante cerca de 1.200 anos-luz da Terra.  A descoberta foi feita por uma equipe da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade de São Paulo, Observatório Nacional do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O planeta possui o tamanho aproximado de Saturno, mas com metade de sua massa. "É um corpo celeste gasoso, a exemplo de Júpiter em nosso sistema solar," explicou o professor Marcelo Emilio, da UEPG. "O planeta orbita uma estrela parecida com o Sol: sua massa é 8% maior, seu raio 21% menor e sua temperatura 200°C mais quente." Esses dados indicam que o planeta tem uma densidade menor do que a densidade da água - vale dizer, se ele fosse mergulhado em um oceano grande o suficiente, ele flutuaria. Trânsito planetário

Enorme buraco negro descoberto próximo ao coração da Via Láctea

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Um enorme buraco negro foi encontrado em nossa galáxia. Trata-se de um buraco negro enquadrado na categoria “massivo-intermediário” e localizado próximo ao coração do centro da Via Láctea.  Seu tamanho ainda precisa ser confirmado, mas caso o cálculo dos cientistas esteja correto, ele é 100 mil vezes mais massivo que o Sol e é a segunda maior matéria da galáxia, atrás somente do buraco negro mega supermassivo Sagittaruis A*, exatamente o centro dela.   Ainda sem nome, o novo buraco negro esconde-se entre uma nuvem de gás tóxico que orbita o núcleo da Via Láctea. Em artigo publicado na  revista científica Nature Astronomy , os cientistas da Universidade de Keio, no Japão, explicam como o encontraram a uma distância tão grande - é pouco menos que 26 mil anos-luz. Os astrônomos apontaram os poderosos telescópios de ondas ALMA, localizados no deserto do Atacama, no Chile, para a nuvem de gás para entender seu comportamento confuso, uma vez que se locomovia em velocidades diferentes

Explosões de estrelas "impossíveis" são reais: cientistas descobrem como

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As explosões provenientes de estrelas anãs brancas, chamadas de novas, vêm confundindo os astrônomos há anos por serem muitas vezes mais brilhantes do que deveria ser possível.  Agora, os cientistas finalmente descobriram por quê – e a resposta é um choque, literalmente. Em resumo O pesquisador Ray Li, da Universidade Estadual do Michigan (EUA), e seus colegas estudaram a emissão de raios gama e a luz visível de uma nova chamada ASASSN 16ma.  Eles concluíram que seu brilho extra vem de “choques” – o gás que uma explosão nova inicialmente sopra se choca com explosões de gás mais rápidas que se seguem. As novas As anãs brancas são os restos de estrelas com até 1,4 vezes a massa do sol. Quando elas ficam sem combustível, não podem mais gerar energia e suportar seu próprio peso. As estrelas então colapsam e se tornam tão densas que um único centímetro cúbico pode pesar 1.000 toneladas métricas. Se essas anãs brancas têm uma estrela companheira, podem extrair o gás dessa estrel

Nosso universo todo pode estar dentro de um buraco negro

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A maioria dos cientistas concorda que nosso universo foi moldado por um Big Bang, uma enorme explosão que ocorreu bilhões de anos atrás.  Mas de onde ela veio? Uma teoria criada por um grupo de físicos sugere que nosso universo esteja dentro de um buraco negro. Neste caso, o ele seria apenas um de muitos outros, e os buracos negros podem ser as passagens entre eles. O Dr. Nikodem Poplawski, da Universidade de New Haven (EUA), é um dos defensores desta teoria. Os buracos negros são geralmente considerados “armadilhas mortais”, com uma gravidade que funciona como um vácuo de alta potência de onde nada, nem mesmo a luz, pode escapar.  Pensa-se que eles estão no centro de cada galáxia, incluindo nossa Via Láctea. Poplawski crê que, uma vez que esses buracos negros alcançam o limite de sua singularidade, isso leva a um grande estrondo.  O motivo desse limite (e, posteriormente, da explosão criadora de universo que se segue) é que os buracos negros giram. Eles giram a velocidades

Possivel conteúdo de água dos palnetas de TRAPPIST-1

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Impressão de artista que mostra a superfície de um dos planetas do sistema TRAPPIST-1. Com pelo menos sete planetas em órbita desta anã ultrafria a 40 anos-luz da Terra, todos têm aproximadamente o tamanho da Terra. Alguns dos planetas estão às distâncias ideais, em relação à sua estrela, para a possibilidade de existência de água à superfície.  Esta impressão de artista tem por base parâmetros físicos conhecidos dos planetas e das estrelas e usa uma vasta base de dados de objetos no Universo.  Crédito: ESO/N. Bartmann/spaceengine.org Uma equipe internacional de astrónomos usou o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA para estimar a possibilidade de existência de água nos sete planetas de tamanho terrestre em órbita da anã próxima TRAPPIST-1. Os resultados sugerem que os planetas mais exteriores do sistema podem ainda albergar quantidades substanciais de água. Isto inclui os três planetas dentro da zona habitável da estrela, dando mais peso à possibilidade de que possam ser hab

De microondas para megamasers

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Os fenômenos que acontecem no universo emitem radiação em todo o espectro eletromagnético, desde os raios-gamma de alta energia, que são emitidos pelos eventos mais energéticos do cosmos até as ondas de rádio e micro-ondas de menor energia. As micro-ondas, a mesma radiação que esquenta o seu jantar, são produzidas por uma grande quantidade de fontes astrofísicas, incluindo fortes emissores como os masers (lasers de micro-ondas), e até mesmo por emissores mais fortes ainda que levam o nome de megamasers e pelo centro de algumas galáxias. Os centros galácticos especialmente intensos e luminosos são conhecidos como núcleo ativos de galáxias.  Eles são intensos assim pois são energizados por buracos negros supermassivos que estão num voraz processo de alimentação, sugando o material ao redor, porém parte desse material que não cai no buraco negro é ejetado como jatos e radiação.  As duas galáxias mostradas nessa imagem foram fotografadas pelo Telescópio Espacial Hubble, e são denom