Postagens

Descobertas evidências de duas populações distintas de planetas gigantes

Imagem
Impressão artística que mostra a formação de um planeta gigante gasoso no disco de poeira que rodeia uma estrela jovem. Crédito: ESO/L. Caláada Num estudo   destacado hoje  pela revista  Astronomy & Astrophysics , uma equipe de investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço ( IA ), descobriu provas observacionais da existência de duas populações distintas de planetas gigantes.  Até hoje foram detetados mais de 3500 planetas a orbitar estrelas semelhantes ao Sol. Apesar de resultados recentes apontarem para que a maioria dos planetas na nossa galáxia sejam rochosos como a Terra, também foi detetada uma grande população de planetas gigantes, com massas que podem ir até 10 ou 20 vezes a massa de Júpiter (que tem uma massa equivalente a 320 vezes a massa da Terra). Uma grande parte da informação disponível acerca de como estes planetas se formam vem da análise da relação entre os planetas e a sua estrela mãe. Os resultados obtidos anteriormente mostram,

Alma revela nascimento turbulento de estrelas gémeas

Imagem
Impressão de artista do sistema bebé IRAS 04191+1523. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) Usando o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), investigadores obtiveram uma pista crítica para um problema subjacente: como é que se formam os sistemas binários de grande separação? A equipa descobriu estrelas gémeas recém-nascidas, de massa muito baixa, com eixos de rotação desalinhados. Este desalinhamento indica que se formaram num par de nuvens de gás fragmentadas produzidas por turbulência, não através de evolução de gémeas bem próximas uma da outra. Este achado apoia fortemente a teoria de fragmentação turbulenta da formação de estrelas binárias até ao regime subestelar. Uma equipa internacional de astrónomos, liderada por Jeong-Eun Lee da Universidade de Kyung Hee, Coreia, observou o sistema duplo bebé IRAS 04191+1523 com o ALMA. Graças à alta resolução do ALMA, a equipa observou com sucesso a rotação dos discos de gás em redor das estrelas gémeas de massa muito baixa e de

Simeis 147: Remanescente de Supernova

Imagem
É fácil perdermo-nos ao seguir os intrincados filamentos nesta imagem detalhada do ténue  remanescente de supernova  Simeis 147. Também catalogado como Sharpless 2-240, tem a alcunha popular de Nebulosa do Esparguete.  Na direção  da fronteira entre as constelações de Touro e Cocheiro, cobre quase 3 graus ou 6 Luas Cheias no céu. Isso corresponde a cerca de 150 anos-luz à distância estimada de 3000 anos-luz da nuvem estelar de detritos. Esta composição inclui dados de imagem obtidos através de filtros de banda estreia, melhorando a emissão avermelhada dos átomos de hidrogénio ionizado a fim de rastrear o  gás incandescente . O remanescente de supernova tem uma idade estimada em cerca de 40.000 anos, o que significa que a enorme explosão estelar atingiu a Terra há 40.000 anos. Mas o remanescente em expansão não é o único resultado da explosão. A catástrofe cósmica  também deixou para trás  uma estrela de neutrões ou pulsar, tudo o que resta do núcleo da estrela original. Crédito: D

Montanhas de poeira na nebulosa de Carina

Imagem
Crédito de imagem: NASA, ESA e M. Livio (STScI) Na batalha entre as estrelas e a poeira na Nebulosa Carina, as estrelas estão vencendo. Mais precisamente, a luz energética e os ventos provenientes de estrelas massivas recém-formadas estão evaporando e dispersando os berçários estelares empoeirados onde elas foram formadas. Localizada na Nebulosa Carina, a cerca de 7500 anos-luz de distância da Terra,  e conhecida como Montanha Mística, essa formação com aparência de pilar é dominada pela poeira escura, mesmo que sua composição majoritária seja de gás hidrogênio. Pilares de poeira como esse são na verdade mais finos do que o ar e somente se parecem com montanhas, devido à pequena quantidade relativa de poeira interestelar opaca. Essa imagem foi feita com o Telescópio Espacial Hubble e destaca uma região no interior da Carina que se espalha por cerca de 3 anos-luz. Em alguns milhões de anos, as estrelas irão vencer completamente a batalha e toda poeira da montanha mística será eva

O que há em um nome?

Imagem
Não são todas as galáxias que possuem nomes bonitos e chamativos. Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra uma dessas, cujo nome é, 2XMM-J143450.5+033843. Quando você um nome como esse, pode pensar que é uma combinação aleatória de letras e números, mas saiba que não, cada letra e cada número tem a sua razão de ser. Essa galáxia, por exemplo, foi detectada e observada como parte da segunda pesquisa de raios-X do céu feita pelo telescópio XMM-Newton da ESA, por isso o 2XMM, os números na sequência indicam sua posição no céu, depois da letra J, sua ascensão reta: 14h34m50.5s, e a sua declinação: +03º38m43s. O outro objeto que aparece no mesmo frame também tem seu nome dado da mesma maneira, 2XMM J143448.3+033749. A galáxia 2XMM J143450.5+033843, localiza-se a cerca de 400 milhões de anos-luz de distância da Terra. Ela é uma galáxia Seyfert, que é dominada por algo conhecido como um núcleo ativo de galáxia. Um núcleo ativo de galáxia, indica que o centro da galáxia

Uma descoberta muito rara: a estrela falhada orbita uma estrela morta a cada 71 minutos

Imagem
Uma equipe internacional de astrônomos, usando dados do telescópio espacial Kepler, descobriu uma jóia rara: um sistema binário consistindo de uma estrela falhada, também conhecida como anã marrom, e os remanescentes de uma estrela morta, conhecida como anã branca. E uma das propriedades que torna este sistema binário tão notável é que o período orbital dos dois objetos é apenas 71,2 minutos. Isso significa que as velocidades das estrelas enquanto se orbitam são cerca de 100 km/seg (uma velocidade que nos permitiria viajar pelo Atlântico em menos de um minuto). Usando cinco diferentes telescópios terrestres em três continentes, a equipe conseguiu deduzir que este sistema binário consiste em uma estrela com falha com uma massa de cerca de 6,7% a do Sol (equivalente a 67 massas de Júpiter) e uma anã branca que possui uma massa de cerca de 40% da massa do sol. Eles também determinaram que a anã branca começará a canibalizar a anã marrom em menos de 250 milhões de anos, tornando ess

A descoberta inovadora confirma a existência de buracos negros supermassivos em órbita

Imagem
A concepção do artista mostra dois buracos negros supermassivos, semelhantes aos observados pelos pesquisadores da UNM, orbitando uns aos outros a mais de 750 milhões de anos-luz da Terra. Crédito: Joshua Valenzuela / UNM   Pela primeira vez, astrônomos da Universidade do Novo México (UNM) afirmam ter conseguido observar e medir o movimento orbital entre dois buracos negros supermassivos a centenas de milhões de anos-luz da Terra – descoberta que levou mais de uma década para ser alcançada. A principal autora do trabalho é a estudante de pós-graduação do Departamento de Física da UNM, Karishma Bansal, que deu ao estudo o título “Constraining the Orbit of the Supermassive Black Hole Binary 0402+379”, publicado recentemente na revista The Astrophysical. Além dela, o professor da UNM Greg Taylor, colegas de Stanford, o Observatório Naval dos Estados Unidos e o Observatório Gemini também analisaram a interação entre esses buracos negros durante 12 anos. “Por muito tempo temos bu

De um grão de areia a fragmentos rochosos, o que circula no universo

Na manhã do dia 30 de junho de 1908, numa região remota e desabitada da Sibéria, no vale do rio Tunguska, uma grande explosão, com potência aproximada de 185 vezes a bomba atômica de Hiroshima destruiu uma área equivalente a 2150 km 2 . Cerca de 8 milhões de árvores foram derrubadas em sentido radial e queimadas, indicando onde teria sido o centro da explosão. Relatos tomados 13 anos mais tarde em cidades distantes explicam que o céu ficou iluminado por vários dias devido à um grande incêndio. O abalo sísmico produzido por essa explosão teria sido registrado por sismógrafos na Inglaterra. A primeira expedição científica conseguiu chegar no local somente no ano de 1927. Os cientistas registraram em fotos o estrago causado, mas não encontraram nenhuma evidência do que poderia ter causado tal destruição. Nenhum fragmento de rocha, nenhum vestígio de artefato, nenhuma cratera, nada! Hoje acreditamos que um fragmento de cometa, com cerca de 36m de diâmetro e com velocidade de 53 m

Físicos estudam buracos negros na banheira

Imagem
O vórtice na água funciona como um análogo de um buraco negro.[Imagem: University of Nottingham] Buraco negro na banheira Na busca de compreender a verdadeira  anatomia de um buraco negro , uma equipe da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, adotou um enfoque inusitado.  Eles criaram uma banheira especial para estudar buracos negros. E parece ter dado certo, porque eles conseguiram comprovar um fenômeno conhecido como superradiância. "Esta pesquisa tem sido particularmente empolgante de se trabalhar, já que juntou a experiência de físicos, engenheiros e técnicos para alcançar nosso objetivo comum de simular as condições de um buraco negro e provar que a superradiância existe. Acreditamos que nossos resultados motivarão mais pesquisas sobre a observação da superradiância na astrofísica," disse a professora Silke Weinfurtner, coordenadora da equipe. Foi necessário experimentar com ondas de várias frequências até que a superradiância se manifestasse. [I

Conheça o objeto mais gelado do universo

Imagem
O Atacama Large millimeter Array (ALMA) uniu-se ao Hubble Space Telescope para fotografar a Nebulosa do Bumerangue, uma protonebulosa planetária na constelação de Centaurus, a 5 mil anos-luz da Terra. Este é o objeto mais gelado conhecido no inverso. Gases liberados pela estrela que está morrendo alcançam -270°C. Enquanto o ALMA captou a nebulosa alongada, o telescópio Hubble captou o brilho roxo no fundo.  Fonte: HypeScience.com [ Wired ]

Buracos negros em órbita explicados com supercomputador

Imagem
mpressão de artista de um sistema binário massivo.  Crédito: ESO/M. Kornmesser/S.E. de Min Dois buracos negros, em próxima órbita um do outro. Será que se aproximaram lentamente, ou emergiram de duas estrelas em órbita? Juntamente com dois colegas de Amesterdão, Simon Portegies Zwart da Universidade de Leiden calculou que o segundo cenário é mais provável.  A sua publicação, com base em simulações de computador, foi aceite pela revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. No início de junho de 2017, foi novidade pela terceira vez: dois buracos negros em fusão provocaram uma explosão de ondas gravitacionais. Os astrónomos, porém, não concordam sobre a formação dos buracos negros duplos. Uma hipótese é que dois buracos negros se formam bem longe um do outro, aproximando-se lentamente e só depois começam a orbitar-se respetivamente. A segunda hipótese diz que duas estrelas gigantes orbitam-se uma à outra, explodem e colapsam para formar dois buracos negros. Mais

Dia Mundial do Asteroide é destaque no FTD Digital Arena

Imagem
Atividade contará com programação exclusiva, incluindo apresentação especial sobre o tema O Dia Mundial do Asteroide, comemorado no próximo dia 30, terá uma programação exclusiva no FTD Digital Arena. Uma sessão sobre “Asteroides e Chuvas de Meteoros”, será realizada no dia 1° de julho e estará entre as ações desenvolvidas pelo planetário. A atividade irá compor uma mobilização educativa realizada anualmente em diversos lugares do mundo. Quem participar da sessão também poderá ver o Pallasite de Fukang, pedaço de meteorito que foi encontrado na região Fukang - China. Com 1003kg, um pedaço do objeto foi dividido em 250 fatias e cada uma delas foi numerada. A fatia a ser exposta na sessão do FTD Digital Arena é a de número um. Realizada às 16h do mesmo dia, a sessão abordará curiosidades sobre asteroides e as chuvas de meteoros. Orientada pelo físico e professor de astronomia, João Carlos de Oliveira, a atividade explicará o surgimento do Dia Mundial do Asteroide, o que

O sistema estelar R AQUARII

Imagem
A estrela variável já bem conhecida e visível a olho nu, R Aquarii, é na verdade uma sistema estelar binário em interação, ou seja, duas estrelas que parecem ter uma relação simbiótica bem próxima. Localizado a aproximadamente 710 anos-luz de distância da Terra, o sistema consiste de uma estrela do tipo gigante vermelha fria e uma quente e densa estrela do tipo anã branca, que estão numa órbita mútua ao redor de um centro de massa comum.  A luz visível do sistema binário é dominada pela gigante vermelha, ela própria é na verdade uma estrela variável do tipo Mira de longo período. Mas o material no envelope estendido da estrela gigante está sendo puxado pela gravidade para a superfície da anã branca, menor, e mais densa, eventualmente disparando explosões termonucleares e ejetando assim material para o espaço. Os dados ópticos em vermelho na imagem acima, mostram o anel de expansão de detritos originado de uma explosão que deve ter sido observada no início dos anos 1770.  A evol

Magnetares, os misteriosos imãs gigantes do universo

Imagem
Os magnetares são um dos objetos mais extremos e misteriosos do espaço. Eles são surpreendentemente pequenos, incrivelmente densos e, como o próprio nome sugere, eles possuem uma atração magnética inacreditável. No estágio final da vida de uma estrela, ela explode em uma supernova. À medida que ela colapsa sobre si mesma, ofusca todas as suas vizinhas antes de desaparecer lentamente. Se a estrela viva fosse grande o suficiente, ela se transforma em uma estrela de nêutrons: uma estrela tão densa que, embora geralmente seja do diâmetro de uma cidade pequena, uma colher de chá de sua matéria pesa pelo menos um bilhão de toneladas. Enquanto isso, elas giram muito rapidamente. Centenas de vezes por segundo rápido. Toda essa densidade equivale a um campo magnético realmente poderoso – cerca de um trilhão de vezes mais poderoso que o da Terra. Magnetares, os cientistas não têm certeza do porquê, são uma forma especialmente magnética de estrela de nêutrons. Seus campos magnéticos são

Exoplaneta J1407b possui sistema de anéis 200 vezes maior do que Saturno

Imagem
Os astrônomos do Observatório de Leiden, na Holanda, e da Universidade de Rochester, nos EUA, descobriram que o sistema de anéis que eles observaram eclipsar a jovem estrela J1407 é de proporções enormes, muito maior e mais pesado do que o sistema de anéis de Saturno. O sistema – o primeiro de seu tipo a ser encontrado fora do nosso Sistema Solar – foi descoberto em 2012 por uma equipe liderada por Eric Mamajek, de Rochester. Uma nova análise dos dados, liderada por Matthew Kenworthy, de Leiden, mostra que o sistema de anéis consiste em mais de 30 anéis, cada um deles com dezenas de milhões de quilômetros de diâmetro. Além disso, eles encontraram lacunas nos anéis, que indicam que satélites (“exoluas”) podem ter se formado. “Os detalhes que vemos na curva de luz são incríveis. O eclipse durou várias semanas, mas você vê mudanças rápidas em escalas de tempo de dezenas de minutos como resultado de estruturas finas nos anéis “, diz Kenworthy. “A estrela está muito longe para obse

Um trio de satélites irá caçar ondas gravitacionais no espaço

Imagem
A caça por ondas gravitacionais está se aperfeiçoando em breve. Um detector espacial chamado de Laser Interferometer Space Antenna, ou LISA, foi uma das missões selecionadas para fazer parte do programa científico da ESA, como foi anunciado em 20 de Junho de 2017. O LISA irá consistir de três satélites idênticos arranjados numa forma triangular, que irá vagar pelo espaço numa órbita ao redor do Sol logo atrás da Terra. A sonda irá usar lasers para detectar mudanças na distância entre cada satélite. Essas mudanças podem indicar a passagem de ondas gravitacionais, as ondulações do espaço tempo que corpos massivos, como os buracos negros, geram ao se mover. A sonda foi originalmente planejada como uma missão conjunta entre a NASA e a ESA, mas a NASA saiu do projeto em 2011, devido a cortes no orçamento. Em Dezembro de 2015, a ESA lançou o satélite único, chamado de LISA Pathfinder, para testar o conceito, e tudo passou pelo teste.  O interesse no LISA aumento em 2016 depois que os

Nêmesis: Novas pistas de que o Sol teve uma irmã gêmea

Imagem
Imagem de um sistema estelar triplo na nuvem molecular Perseus. [Imagem: Bill Saxton/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/NRAO/AUI/NSF] Estrelas binárias Depois das previsões teóricas sobre o  Planeta Nove  e o  Planeta Dez , agora os astrônomos têm um novo alvo para seus telescópios: uma estrela gêmea do Sol. Cientistas afirmam que é "quase praticamente certo" que o nosso Sol teve um gêmeo quando nasceu há 4,5 bilhões de anos - embora não seja um gêmeo idêntico. Mais do que isso, o físico Steven Stahler, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Sarah Sadavoy, radioastrônoma do Observatório Astrofísico Smithsoniano, afirmam que praticamente todas as estrelas nascem aos pares - e muitas em ninhadas bem mais prolíficas. Estrela gêmea do Sol Muitas estrelas têm companheiras, incluindo nossa vizinha mais próximo, Alfa Centauro, um sistema trigêmeo. Os astrônomos têm procurado uma explicação para isso há muito tempo: Será que os sistemas de estrelas binárias e trinárias nascera