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Uma visão única no Sistema Solar

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Para nós e para a Terra, o Sol e a Lua são os astros mais importantes do Universo. Esses três astros estão ligados por forças gravitacionais e, por meio dela, realizam uma dança eterna. O Sol e a Lua são responsáveis por diversos fenômenos que ocorrem na atmosfera, nos oceanos e na crosta terrestre. É o Sol ainda o responsável por praticamente toda energia que sustenta os ciclos no nosso planeta: ciclo da água, ciclo do carbono, ciclo da vida e outros. A Lua é o quinto maior satélite do Sistema Solar em termos absolutos. Ganimedes, Calixto e Io, satélites de Júpiter e Titã de Saturno, são maiores que a Lua, mas se formos comparar esses satélites com os planetas em que orbitam, podemos dizer que a Lua é o maior satélite do Sistema Solar. A visão que temos da Lua aqui da Terra é maravilhosa. Em nenhum outro planeta do Sistema Solar, pode-se enxergar um satélite tão grande e tão próximo como nós enxergamos a Lua aqui da Terra. Até porque, os planetas que apresentam satélites maior

A Galáxia Escondida IC 342

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De tamanho semelhante às grandes e brilhantes galáxias espirais na nossa vizinhança cósmica, IC 342situa-se a apenas 10 milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Girafa. Um esplêndido universo-ilha, IC 342 seria, de outra forma, uma galáxia proeminente no nosso céu noturno, mas encontra-se escondida de vista e só pode observada através de um véu de estrelas, nuvens de gás e poeira ao longo do plano da nossa própria Galáxia, a Via Láctea. Embora a luz de IC 342 seja esmaecida por nuvens cósmicas intervenientes, esta nítida imagem telescópica traça a própria poeira obscurante da galáxia, enxames estelares azuis e regiões de formação estelar cor-de-rosa ao longo dos braços espirais enrolados em torno do núcleo da galáxia. IC 342 pode ter sofrido uma recente explosão de atividade estelar e está próxima o suficiente para ter influenciado gravitacionalmente a evolução do grupo local de galáxias e da Via Láctea.  Crédito: T. Rector (U. Alaska Anchorage), H. Schweiker, WIY

Primeira luz para Infraestrutura de Óptica Adaptativa de vanguarda

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Enorme melhoria na nitidez das imagens MUSE A junção da AOF com o MUSE proporciona uma maior nitidez e um maior alcance dinâmico quando observamos objetos celestes como nebulosas planetárias. Estas novas observações de IC 4406 revelaram cascas nunca antes vistas, além das já familiares estruturas escuras de poeira na nebulosa, as quais lhe renderam o nome de Nebulosa da Retina.Esta imagem mostra uma pequena fração dos dados coletados pelo MUSE usando o sistema AOF e demonstra as capacidades aumentadas do novo instrumento MUSE equipado com a AOF.  Crédito: ESO/J. Richard (CRAL) O Telescópio Principal 4 (Yepun) do Very Large Telescope do ESO (VLT) acaba de ser transformado num telescópio completamente adaptativo. Após mais de uma década de planejamento, construção e testes, a nova Infraestrutura de Óptica Adaptativa (AOF) viu sua primeira luz com o instrumento MUSE, tendo capturado imagens extraordinariamente nítidas de nebulosas planetárias e galáxias. A junção da infraestrutur

Próximo alvo da NEW HORIZONS acaba de ficar muito mais INTERESSANTE

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Impressão de artista do objeto da Cintura de Kuiper 2014 MU69, o próximo alvo da missão New Horizons da NASA. Esta imagem de um binário tem por base observações telescópicas feitas na Patagónia, Argentina, no dia 17 de julho de 2017, quando MU69 passou em frente de uma estrela. Os cientistas da New Horizons teorizam que poderá ser um único corpo com um grande bocado em falta, ou dois corpos perto um do outro ou até mesmo tocando-se.  Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI/Alex Parker Será que o próximo alvo da sonda New Horizons da NASA é na realidade dois alvos? Os cientistas da New Horizons procuram responder a essa pergunta enquanto analisam novos dados do distante objeto da Cintura de Kuiper 2014 MU69, objeto este que a nave espacial vai visitar no dia 1 de janeiro de 2019. Esse voo rasante será o mais distante da história da exploração espacial, a mais de mil milhões de quilómetros para lá de Plutão. Esta relíquia do Sistema Solar, que está a mais de 6,5 mil milhões de quilómet

Astrônomos encontram um planeta tão grande que ele é quase uma estrela

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Na semana  passada, uma equipe de astrônomos relatou a primeira descoberta potencial de uma exolua – um satélite girando em torno de um planeta perto de uma estrela. O mais impressionante na descoberta é  a escala deste possível sistema. Neste caso, a “lua” parece ser do tamanho de Netuno, enquanto o planeta que ela orbita tem cerca de 10 vezes a massa de Júpiter, ou cerca de 3.000 vezes a massa da Terra! Estas escalas desafiam os limites de como normalmente classificamos objetos no espaço e permite algumas questões sobre  onde estamos na escala das coisas. Qual é o maior planeta possível? Considerando toda a gama de possibilidades, a Terra é um planeta grande ou pequeno? Há duas maneiras de responder, dependendo do que queremos dizer com “grande”. Se pensamos sobre o tamanho de um planeta em termos de massa, então há uma resposta específica, mas bastante técnica. Os planetas são definidos como corpos que não geram sua própria energia a partir da fusão nuclear. Qualquer planeta

Núcleo do Sol gira quatro vezes mais rápido que superfície

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[Imagem: SOHO (ESA & NASA)] Núcleo rápido Usando dados da  sonda espacial SOHO , astrônomos finalmente identificaram modos de gravidade de vibração sísmica há muito procurados.  E os dados inéditos revelam que o núcleo do Sol gira quatro vezes mais rápido do que sua superfície.   As oscilações solares estudadas até agora são todas ondas sonoras, mas também deve haver ondas de gravidade no Sol, com movimentos ascendentes e descendentes, bem como horizontais, como ondas no mar," explicou Eric Fossat, da Universidade Côte d’Azur, na França. "Temos procurado por essas ondas evasivas no nosso Sol há mais de 40 anos e, embora as tentativas anteriores tenham dado indícios de detecções, nenhuma delas foi definitiva. Finalmente, descobrimos como extrair inequivocamente a sua assinatura." Heliossismologia Assim como a sismologia revela a estrutura interior da Terra pela forma como as ondas geradas pelos terremotos viajam através dela, os físicos solares usam a heli

NGC 5949 – Pequena mas significativa

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A imagem acima feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra a galáxia anã conhecida como NGC 5949. Graças a sua proximidade com a Terra, ela está a uma distância de cerca de 44 milhões de anos-luz de nós, a coloca dentro da vizinhança da Via Láctea, e faz com que a NGC 5949 seja um alvo perfeito para os astrônomos estudarem as galáxias anãs. Com uma massa equivalente a um centésimo da massa da Via Láctea, a NGC 5949 é um exemplo completo de uma galáxia anã. Sua classificação como anã vem do seu relativo baixo número de estrelas, mas seus braços espirais a classificam também como uma espiral barrada. Essa estrutura é visível nessa imagem, que mostra a galáxia como um redemoinho bem definido. Apesar de suas pequenas proporções, o fato da NGC 5949 estar relativamente próxima, faz com que sua luz possa ser captada por telescópios relativamente pequenos, e isso facilitou ela ter sido descoberta por William Herschel em 1801. Os astrônomos quando encontram uma galáxia anã como a NGC

Da residencia à Via Láctea

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Esta imagem mostra a estrada que vai da  Residencia  — a casa de hóspedes para os visitantes do Observatório do Paranal do ESO — “até” ao coração da  Via Láctea , a qual cobre todo o céu. Este local situa-se no Cerro Paranal, onde se encontra instalado o  Very Large Telescope  do ESO (VLT), um telescópio composto por quatro  Telescópios Principais  de 8,2 metros. O VLT funciona também como um interferómetro, o Interferómetro do VLT ou VLTI, ao colectar luz adicional com os quatro  Telescópios Auxiliares  mais pequenos, que podem ser deslocados de forma independente e colocados em  diferentes configurações . Podemos ver na imagem um destes Telescópios Auxiliares, que observa os céus com a sua cúpula completamente aberta. A estrada que vai do observatório à Residencia parece um fio brilhante tecido por entre os promontórios rochosos e as colinas da paisagem do deserto. O brilho amarelo é causado por ténues luzes de segurança — as luzes da estrada iluminam o menos possível, de

O anel interno da galáxia espiral NGC 1512

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A maior parte das galáxias não possuem anéis, por que então essa galáxia tem dois? Para começar, a banda brilhante perto do centro da NGC 1512 é um anel nuclear, um anel que circunda o centro da galáxia e brilha intensamente com estrelas recém-formadas. A maior parte das estrelas, e do gás e da poeira que as acompanham, contudo, orbita o centro galáctico num anel muito mais distante, visto aqui perto da borda da imagem. Esse anel é chamado, contra-intuitivamente de anel interno. Se você olhar com cuidado, verá que esse anel conecta as partes finais de uma barra central difusa que corta a galáxia horizontalmente. Essas estruturas de anéis, acredita-se sejam causadas pelas próprias assimetrias da NGC 1512 num processo chamado de evolução secular. A gravidade dessas assimetrias galácticas, incluindo a barra de estrelas, faz com que o gás e a poeira caiam do anel interno em direção ao anel nuclear, aumentando assim a taxa de formação de estrelas nesse anel. Algumas galáxias espirais,

Via Láctea e um metero explodindo sobre a Áustria

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A chuva de meteoros das Perseidas atinge seu pico no próximo final de semana. Os grãos de rocha congelada cruzarão o céu enquanto evaporam durante a sua entrada na atmosfera da Terra. Esses grãos eram parte do Cometa Swift-Tuttle. As Perseidas resultam da passagem anual da Terra através da órbita do Swift-Tuttle, e normalmente é a chuva de meteoros mais ativa do ano, isso para o hemisfério norte, para o hemisfério sul sua visão é prejudicada. Embora seja complicado prever o nível de atividade de qualquer chuva de meteoros, num céu claro é possível observar 1 meteoro por minuto. Esse ano, o pico das Perseidas acontece uma semana depois da Lua Cheia e isso pode prejudicar a visualização de meteoros mais apagados. Normalmente as chuvas de meteoros são observadas da melhor forma numa posição relaxada, longe das luzes da cidade. Na imagem acima, pode-se ver um meteoro explodindo na atmosfera da Terra, durante as Perseidas de 2015. A foto foi feita na Áustria e mostra a faixa central da

FTD Digital Arena promove mês da astronomia

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Agosto contará com diversas iniciativas sobre o tema, incluindo palestras com especialistas da área e atividades para grupos escolares O FTD Digital Arena começa agosto homenageando a astronomia. Durante todo o mês, quatro palestras serão ofertadas para professores, estudantes e comunidade em geral, com grandes nomes da área. Nos dias, os participantes poderão aprofundar os conhecimentos a respeito do Sistema Solar e curiosidades sobre o Universo. Para iniciar as atividades, no dia 10 o físico e pós-doutor em Astronomia pelo Observatório da Cote d'Azur, na França, Germano Bruno Afonso, irá falar sobre Astronomia Indígena. No encontro, o especialista abordará como os indígenas utilizam a astronomia no seu cotidiano. Felipe Braga Ribas, físico e doutor em Astronomia e Astrofísica pelo Observatório Nacional/Brasil e pelo Observatoire de Pairs/France será o segundo palestrante do mês de astronomia. No dia 17, ele esclarecerá sobre “Pequenos Corpos Gelados do Sistema Solar

Sondas Voyager completam 40 anos rumando às estrelas

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Se a vida começa mesmo aos 40, as históricas sondas Voyager estão para entrar na melhor fase de suas vidas: partindo definitivamente rumo às estrelas. [Imagem: NASA] Naves que inspiram As naves espaciais mais distantes e de maior longevidade já fabricadas pela humanidade, as Voyagers 1 e 2, completam 40 anos de operação e exploração neste mês de agosto e em setembro. Apesar de sua grande distância, elas continuam a se comunicar diariamente com a NASA, ainda examinando a nossa fronteira final - os pontos mais distantes do espaço já estudados pelo homem. Cada uma das sondas carrega um disco dourado com registros de sons, imagens e mensagens da Terra. Como elas teoricamente poderão durar bilhões de anos no espaço, essas cápsulas circulares do tempo poderão um dia ser um dos únicos vestígios da civilização humana. Esta é uma das razões pelas quais a história das Voyagers influenciou não apenas gerações de cientistas e engenheiros, mas também a cultura da Terra, incluindo film

Nova supernova do tipo Ia usando as incríveis lentes gravitacionais

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Usando o fenômeno de lente gravitacional, uma equipe internacional de astrônomos detectou mais uma supernova do tipo Ia.   A explosão estelar era desconhecida para a ciência, e foi encontrada atrás do aglomerado de galáxias conhecido como MOO J1014 + 0038. Lente gravitacional O fenômeno da lente gravitacional ocorre quando uma grande massa (como um aglomerado de galáxias) dobra o caminho da luz no espaço. O método é usado principalmente para detectar objetos, independentemente do brilho que eles emitem, pois oferece uma visão ampliada da alteração na frequência de ondas conhecida como desvio para o vermelho (redshift). Recentemente, uma equipe de pesquisadores liderada por David Rubin, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial em Baltimore, nos EUA, usou esse método justamente para revelar a presença de uma supernova do tipo Ia. Este tipo de supernova pode ser encontrado em sistemas binários em que uma das estrelas é uma anã branca. Ele é importante para a comunidade

Nós vivemos dentro de um gigantesco vazio cósmico?

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O Universo conforme simulado pela  Millennium Simulation , com seus filamentos e vazios. A Via Láctea está em um dos vazios da estrutura em grande escala do cosmos.[Imagem: Millennium Simulation Project] Subúrbio cósmico Cosmologicamente falando, a Via Láctea e sua vizinhança parecem estar em uma região remota, afastada e distante dos grandes centros cósmicos. Em um estudo observacional feito em 2013, Amy Barger e Ryan Keenan, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, concluíram que a nossa galáxia, no contexto da  estrutura em larga escala do Universo , reside em um enorme vazio - uma região do espaço que contém muito menos galáxias, estrelas e planetas do que a média. Agora, um novo estudo da mesma equipe não só dá suporte à ideia de que existimos em um dos buracos da estrutura parecida com um queijo suíço do cosmos, mas também ajuda a aliviar a discrepância entre as diferentes medições da  constante de Hubble , a unidade que os cosmólogos usam para descrever a  taxa