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Atmosfera vazante ligada a planeta leve

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Impressão de artista (não à escala), idealizando como o vento solar forma as magnetosferas de Vénus (topo), Terra (meio) e Marte (baixo). Crédito: ESA A baixa gravidade do Planeta Vermelho e a falta de campo magnético tornam a atmosfera ultraperiférica um alvo fácil de ser levada pelo vento solar, mas novas evidências da nave Mars Express da ESA mostram que a radiação do Sol pode desempenhar um papel surpreendente na sua fuga.  A razão pela qual as atmosferas dos planetas rochosos, no Sistema Solar interno, evoluíram de forma tão diferente durante mais de 4,6 mil milhões de anos, é fundamental para entender o que faz um planeta habitável.  Enquanto a Terra é um mundo de água rico em vida, o nosso vizinho mais pequeno, Marte, perdeu muito da sua atmosfera no início da sua história, transformando-se de um ambiente quente e húmido para as planícies frias e áridas que observamos hoje. Em contrapartida, o outro vizinho da Terra, Vénus, embora hoje inóspito, é de tamanho comparáve

A Terra pode inverter os polos magnéticos a qualquer hora e nós não estamos prontos

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A Terra é envolvida por um campo magnético habilidoso o suficiente para inverter sua polaridade de tempos em tempos. Os polos trocam de lugar, com o norte virando sul e vice-versa. Nos últimos 20 milhões de anos, tivemos um padrão de inversão de polos magnéticos a cada 200.000 a 300.000 anos. Entre trocas bem-sucedidas, os polos às vezes até tentam reverter a inversão e voltar ao seu lugar. Cerca de 40.000 anos atrás, os polos fizeram tal tentativa, infrutífera.  A última inversão completa ocorreu cerca de 780.000 anos atrás – o que significa que estamos bastante atrasados para a próxima, com base no padrão estabelecido.  Isso, por sua vez, indica que tal inversão pode acontecer a qualquer momento e absolutamente não estamos preparados para as suas consequências. A mudança já começou O campo magnético do planeta já está mudando, o que significa que os polos estão se preparando para trocar de lugar. Ainda não podemos confirmar que uma inversão está para ocorrer, mas a possib

Cientistas preveem 'apagão' solar para meados deste século

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Um grupo de cientistas supõe que na primeira metade do século atual a atividade solar será mínima. O que fará com que menos calor chegue à Terra. Tal conclusão está contida na publicação do The Astrophysical Journal. Os cientistas do Instituto Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, analisaram dados recolhidos nos últimos 20 anos pelo Explorador Internacional de Luz Ultravioleta (IUE, na sigla em inglês) — um telescópio espacial orbital que opera na área desse tipo de raio. Ao medir a radiação emitida pelas estrelas do tipo solar, eles revelaram as condições que precedem as grandes temperaturas mínimas. Como resultado da investigação, eles descobriram que a diminuição da atividade solar pode ser prevista a partir da frequência da formação de manchas solares. De acordo com especialistas, a possibilidade da Terra enfrentar uma grande temperatura mínima no futuro próximo, é bastante alta. Não obstante, este resfriamento global nã

Esta é a mais detalhada simulação do universo já criada

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Nós provavelmente nunca vamos compreender plenamente o tamanho do nosso universo. Nós sabemos que ele é grande, mas é difícil para a mente humana mensurar algo infinitamente grande. Mas isso não quer dizer que nós não podemos tentar. Uma equipe internacional de astrofísicos acabou de lançar, com o auxílio de avanços computacionais, o melhor modelo do universo já criado. O projeto é a simulação de escala universal com mais informações já produzida. Os detalhes e a escala da simulação permitem que os cientistas estudem como as galáxias se formam, evoluem e crescem em conjunto com a formação de estrelas. “Quando observamos galáxias usando um telescópio, só podemos medir certas quantidades”, diz o astrofísico Shy Genel, do Centro de Astrofísica Computacional do Instituto Flatiron (CCA), nos EUA. “Com a simulação, podemos rastrear todas as propriedades de todas essas galáxias. E não apenas como a galáxia é agora, mas toda sua história de formação”, celebra. Genel diz que ma

Encontrada segunda estrela mais antiga da Via Láctea

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J0815+4729 teria surgido 300 milhões de anos depois do Big Bang Se você acha que o Sol é uma estrela velha, com 4,6 bilhões de anos, saiba que ele é um jovem serelepe perto de Jo815+4729. A estrela, descoberta por cientistas espanhóis, nasceu 300 milhões de anos depois do Big Bang e ostenta 13,5 bilhões de anos.  Se você está se perguntando como a descoberta foi feita (já que é falta de educação sair por aí perguntando a idade de pessoas e estrelas), os pesquisadores se basearam no tipo de elementos químicos que formam a estrela.  “Identificar e caracterizar quimicamente estes tipos de estrelas irá iluminar o entendimento sobre a evolução de materiais químicos da galáxia e sobre a natureza das primeiras estrelas”, escreveram os autores no paper publicado no periódico Astrophysical Journal Letters. O que determina a idade é a quantidade de elementos químicos pesados. Quanto mais o tempo passa, mais elementos leves e menos pesados. Jo815+4729 (ou ‘Jô’ para os íntimos), por

Cientistas detectam 2 mil planetas. Em outra galáxia.

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Não temos como descobrir muito mais do que isso sobre eles. Mas é a primeira vez que astrônomos identificam planetas fora da Via Láctea. Suas definições de zoom foram atualizadas: pesquisadores da Universidade de Oklahoma, nos EUA, conseguiram identificar um conjunto de 2 mil planetas em outra galáxia, a 3,8 bilhões de anos-luz da Terra. Eles tem tamanhos variados – qualquer coisa entre a Lua e Júpiter. Mas antes que você peça fotos, fica o aviso: não é possível observá-los diretamente. Mesmo exoplanetas muito próximos de nós – como Proxima B, localizado a “apenas” 4,2 anos-luz da Terra – são invisíveis para um telescópio convencional. A maneira mais fácil de encontrá-los e estudá-los é medir a sombra que eles fazem quando passam na frente das estrelas que os hospedam. Esse é, diga-se de passagem, o truque favorito do telescópio espacial Kepler, da Nasa. Quando os planetas que precisam ser identificados estão ainda mais longe – outra galáxia é longe o suficiente – aí nem

Toda complexidade da galáxia elíptica NGC 474

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O que está acontecendo com a galáxia NGC 474? As múltiplas camadas de emissão aparecem estranhamente complexas e inesperadas já que em imagens menos profundas essa galáxia elíptica quase não apresenta feição alguma visível. A causa das conchas não é conhecida, mas possivelmente caudas de maré relacionadas com detritos resultantes da absorção de numerosas galáxias pequenas nos últimos bilhões de anos. Outra hipótese é que as conchas podem ser como ondas num lago, onde a colisão que está acontecendo com a galáxia espiral vista logo acima está causando ondas de densidade que passam através da galáxia gigante. Independente de qual seja a causa das conchas, a imagem acima aumenta o consenso de que no mínimo algumas galáxias elípticas se formaram num passado recente, e que os halos externos da maior parte das grandes galáxias não são realmente suaves mas sim possuem complexidades induzidas por frequentes interações, e acreções com galáxias menores. O halo da nossa própria galáxia, a Via

Planetas TRAPPIST-1 são provavelmente ricos em água

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Primeira indicação da composição de exoplanetas do tamanho da Terra Um novo estudo determinou que os sete planetas descobertos em órbita da estrela anã ultra fria próxima de nós TRAPPIST-1 são todos constituídos principalmente por rochas, e alguns poderão potencialmente ter mais água que a Terra. As densidades dos planetas, agora conhecidas com muito mais precisão que anteriormente, sugerem que alguns destes corpos podem ter até 5% da sua massa sob a forma de água — cerca de 250 vezes mais que os oceanos da Terra. Os planetas mais quentes mais próximos da estrela têm provavelmente atmosferas densas de vapor e os mais distantes terão provavelmente superfícies geladas. Em termos de tamanho, densidade e radiação recebida da estrela, o quarto planeta a contar do interior é o mais semelhante à Terra. Parece ser o mais rochoso dos sete e tem potencial para ter água líquida em sua superfície. Os planetas que se encontram em órbita da tênue estrela vermelha TRAPPIST-1, situada a ape

Fusão de estrelas de nêutrons é muito mais louca do que os cientistas pensavam

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Os astrofísicos achavam que sabiam o que acontecia após a colisão de duas estrelas de nêutrons. Isso até GW170817 os confundir completamente.  Normalmente, uma fusão dessas leva a uma grande explosão. O que se espera de uma grande explosão? Que ela produza um flash brilhante, cuja luz diminui com o tempo. Certo? Não no caso de GW170817 que, contrariamente às expectativas, continua a se iluminar meses após o evento.  Um artigo sobre o fenômeno, estudado por uma equipe da Universidade McGill, no Canadá, foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters. A surpresa De acordo com dados do Observatório de raios-X Chandra, da NASA, as consequências dessa colisão são muito mais complexas e interessantes do que os pesquisadores esperavam.  Essa é a primeira vez que observamos diretamente uma colisão entre duas estrelas de nêutrons. Graças a avanços na detecção de ondas gravitacionais, os cientistas conseguiram apontar seus instrumentos espaciais a tempo de assistir o event

Maior simulação do Universo mostra cubo de 1 bilhão de anos-luz

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Visualização da intensidade das ondas de choque no gás cósmico (azul) em torno de estruturas de matéria escura colapsadas (laranja/branco). Semelhante a um estrondo sônico, o gás nessas ondas de choque é acelerado ao impactar nos filamentos cósmicos e galáxias.[Imagem: IllustrisTNG collaboration] Simulação do Universo Saíram os resultados da maior simulação do Universo já feita, que utilizou novos métodos computacionais em relação às simulações feitas anteriormente.  A simulação cobre uma porção do Universo equivalente a um cubo medindo 1 bilhão de anos-luz de aresta - o cubo da maior simulação anterior tinha 350 milhões de anos-luz. Foram utilizados 24.000 processadores rodando continuamente durante dois meses, resultando em mais de 500 terabytes de dados.  A nova ferramenta, batizada de IllustrisTNG, congrega novas informações sobre como os buracos negros influenciam a distribuição da   matéria escura - se é que ela existe mesmo   -, como os elementos químicos pesados são pro