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Cientistas descobrem paradoxo do núcleo da Terra

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Os cientistas afirmam há muito tempo que o núcleo interno da Terra  se formou há cerca de um bilhão de anos, quando ele passou por um grande crescimento . A bola de metal líquido no centro do nosso planeta rapidamente cristalizou devido à redução das temperaturas, crescendo constantemente para fora até atingir o diâmetro de aproximadamente 1.220 quilômetros que, acredita-se, possui hoje. A questão é que, de acordo com um novo estudo, isso não é possível – ou, pelo menos, nunca foi facilmente explicado. No artigo, os pesquisadores dizem que o modelo padrão de como o núcleo da Terra se formou esquece de um detalhe crucial sobre como os metais cristalizam: uma queda obrigatória e maciça de temperatura que seria extremamente difícil de alcançar nas pressões do núcleo. Um material deve estar em ou abaixo da sua temperatura de congelação para ser sólido. Porém, para que um líquido comece a cristalizar, é necessária uma dose extra de energia. Quando queremos fazer gelo, por exempl

É rochoso ou Gasoso? Astrónomos desvendam mistérios das Super-Terras

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De acordo com uma nova investigação liderada por Johanna Teske, do Instituto Carnegie para a Ciência, uma estrela a cerca de 100 anos-luz de distância, na direção da constelação de Peixes, GJ 9827, hospeda o que poderá ser uma das super-Terras mais massivas e densas detetadas até à data. Esta nova informação fornece evidências que vão ajudar os astrónomos a melhor compreender o processo pelo qual os planetas se formam. A estrela GJ 9827 na realidade alberga um trio de planetas, descobertos pela missão Kepler/K2 da NASA, e todos os três são um pouco maiores do que a Terra. Este é o tamanho que a missão Kepler determinou serem os mais comuns na Galáxia com períodos que variam entre vários dias a várias centenas de dias. Curiosamente, não existem planetas deste tamanho no nosso Sistema Solar. Isto torna os cientistas curiosos acerca das condições sob as quais se formam e evoluem. Uma chave importante para a compreensão da história de um planeta é a determinação da sua composição.

O VLT do ESO trabalha pela primeira vez como um único telescópio enorme

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Primeira luz do instrumento ESPRESSO com os quatro Telescópios Principais do VLT O instrumento ESPRESSO montado no Very Large Telescope do ESO no Chile usou pela primeira vez a luz coletada pelos quatro Telescópios Principais de 8,2 metros. Ao combinar deste modo a luz coletada por estes telescópios, o VLT torna-se o maior telescópio óptico do mundo, em termos de área coletora. Um dos objetivos do design original do Very Large Telescope do ESO (VLT) era que os seus quatro Telescópios Principais trabalhassem em conjunto para formar um único telescópio gigante. Com a primeira luz do espectrógrafo ESPRESSO, instrumento que utiliza os quatro Telescópios Principais em conjunto, este marco foi agora alcançado. Após um período de preparações intensas por parte do consórcio ESPRESSO (liderado pelo Observatório Astronômico da Universidade de Genebra, na Suíça, com a participação de centros de pesquisa em Portugal, Itália, Espanha e Suíça) e do pessoal do ESO, o Diretor Geral

No coração da nebulosa do coração

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O que existe dentro da Nebulosa do Coração? Primeiro, a grande nebulosa de emissão, conhecida como IC 1805, parece, num todo, com um coração humano. Sua forma hoje é celebrada, porque nos EUA no dia 14 de Fevereiro é comemorado o chamado Valentine’s Day, ou seja, o dia dos namorados dele, e esse coração brilhando intensamente na luz vermelha emitida pelo elemento mais proeminente ali, o hidrogênio, talvez ficasse bem bonito num cartão de feliz dia dos namorados, pelo menos para quem gosta de astronomia. O brilho vermelho e a forma maior são criadas por um pequeno grupo de estrelas localizado no centro da nebulosa. No coração da Nebulosa do Coração existem estrelas jovens de um aglomerado aberto de estrelas conhecido como Melotte 15 que está erodindo para longe os pilares de poeira com sua luz e ventos energéticos. O aglomerado aberto de estrelas contém algumas estrelas brilhantes com cerca de 50 vezes a massa do nosso Sol, e outras apagadas que possuem apenas uma pequena fração da

Onde estão e de que são feitos os milhares de asteroides que povoam o Sistema Solar

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Concepção artística de um asteroide no cinturão de Kuiper, no limite do nosso Sistema Solar No dia 19 de outubro passado, os telescópios detectaram um visitante inesperado: o primeiro asteroide interestelar de que se tem notícia a passar pelo Sistema Solar. Com um formato que lembra um charuto, com cerca de 400 metros de cumprimento e 40 de diâmetro, ele foi batizado de Oumuamua, que em língua havaiana significa "mensageiro distante que chegou primeiro".  O asteroide - que deu meia volta depois de passar por dentro da órbita de Mercúrio e viaja agora em alta velocidade rumo à constelação de Pégaso - é o primeiro até agora a vir de outro sistema, mas não é o único a vaguear entre os planetas do Sistema Solar.  O espaço interplanetário está cheio de todo tipo de pedras grandes, cascalho, bolas de gelo, poeira e fluxos de partículas carregadas. Tanto que em sua órbita ao redor do Sol, a 30 quilômetros por segundo, a Terra passa por centenas de toneladas de meteoros, a

NEW HORIZONS Captura imagens recorde no cinturão de KUIPER

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Com o seu instrumento LORRI (Long Range Reconnaissance Imager), a New Horizons observou vários KBOs e planetas anões em ângulos de fase únicos, bem como Centauros em ângulos fase extremamente altos para procurar anéis ou poeira. Estas imagens em cores falsas, obtidas no mês de dezembro de 2017, dos KBOs 2012 HZ84 (esquerda) e 2012 HE85 são, por enquanto, as obtidas à maior distância da Terra por uma nave espacial. São também as imagens mais próximas de KBOs. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI A nave espacial New Horizons da NASA recentemente girou a sua câmara telescópica na direção de um campo de estrelas, captou uma imagem - e fez história.  A imagem de calibração rotineira do enxame aberto NGC 3532, feita pelo instrumento LORRI (Long Range Reconnaissance Imager) no dia 5 de dezembro, foi captada quando a New Horizons estava a 6,12 mil milhões de quilómetros (ou 40,9 unidades astronómicas) da Terra - tornando-a, por algum tempo, a imagem obtida à maior distância da Terra. A New

O passado violento do Oumuamua, o asteroide interestelar em forma de charuto

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O asteroide Oumuamua - "mensageiro de muito longe que chega primeiro", em havaiano - está girando caoticamente pelo espaço e pode continuar assim por mais de um bilhão de anos. Esta é a conclusão de uma pesquisa que analisou em detalhes o brilho gerado pelo objeto interestelar, que tem formato de charuto. Ele foi descoberto em 19 de outubro, e sua velocidade e trajetória sugerem que se originou em um sistema planetário que orbita ao redor de outra estrela, e não o Sol. "Em algum momento, houve uma colisão", diz Wes Fraser, da Queen's University, em Belfast, na Irlanda do Norte.  Inicialmente, pensava-se que o objeto podia ser um cometa, mas ele não apresenta características típicas desse tipo de corpo celeste, como uma cauda de partículas de gelo. Por outro lado, o Oumuamua apresenta todos os aspectos de um asteroide, com exceção do formato fora do comum, provocado, ao que tudo indica, por um passado "turbulento", com pelo menos uma grande co

Atmosfera vazante ligada a planeta leve

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Impressão de artista (não à escala), idealizando como o vento solar forma as magnetosferas de Vénus (topo), Terra (meio) e Marte (baixo). Crédito: ESA A baixa gravidade do Planeta Vermelho e a falta de campo magnético tornam a atmosfera ultraperiférica um alvo fácil de ser levada pelo vento solar, mas novas evidências da nave Mars Express da ESA mostram que a radiação do Sol pode desempenhar um papel surpreendente na sua fuga.  A razão pela qual as atmosferas dos planetas rochosos, no Sistema Solar interno, evoluíram de forma tão diferente durante mais de 4,6 mil milhões de anos, é fundamental para entender o que faz um planeta habitável.  Enquanto a Terra é um mundo de água rico em vida, o nosso vizinho mais pequeno, Marte, perdeu muito da sua atmosfera no início da sua história, transformando-se de um ambiente quente e húmido para as planícies frias e áridas que observamos hoje. Em contrapartida, o outro vizinho da Terra, Vénus, embora hoje inóspito, é de tamanho comparáve

A Terra pode inverter os polos magnéticos a qualquer hora e nós não estamos prontos

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A Terra é envolvida por um campo magnético habilidoso o suficiente para inverter sua polaridade de tempos em tempos. Os polos trocam de lugar, com o norte virando sul e vice-versa. Nos últimos 20 milhões de anos, tivemos um padrão de inversão de polos magnéticos a cada 200.000 a 300.000 anos. Entre trocas bem-sucedidas, os polos às vezes até tentam reverter a inversão e voltar ao seu lugar. Cerca de 40.000 anos atrás, os polos fizeram tal tentativa, infrutífera.  A última inversão completa ocorreu cerca de 780.000 anos atrás – o que significa que estamos bastante atrasados para a próxima, com base no padrão estabelecido.  Isso, por sua vez, indica que tal inversão pode acontecer a qualquer momento e absolutamente não estamos preparados para as suas consequências. A mudança já começou O campo magnético do planeta já está mudando, o que significa que os polos estão se preparando para trocar de lugar. Ainda não podemos confirmar que uma inversão está para ocorrer, mas a possib

Cientistas preveem 'apagão' solar para meados deste século

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Um grupo de cientistas supõe que na primeira metade do século atual a atividade solar será mínima. O que fará com que menos calor chegue à Terra. Tal conclusão está contida na publicação do The Astrophysical Journal. Os cientistas do Instituto Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, analisaram dados recolhidos nos últimos 20 anos pelo Explorador Internacional de Luz Ultravioleta (IUE, na sigla em inglês) — um telescópio espacial orbital que opera na área desse tipo de raio. Ao medir a radiação emitida pelas estrelas do tipo solar, eles revelaram as condições que precedem as grandes temperaturas mínimas. Como resultado da investigação, eles descobriram que a diminuição da atividade solar pode ser prevista a partir da frequência da formação de manchas solares. De acordo com especialistas, a possibilidade da Terra enfrentar uma grande temperatura mínima no futuro próximo, é bastante alta. Não obstante, este resfriamento global nã

Esta é a mais detalhada simulação do universo já criada

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Nós provavelmente nunca vamos compreender plenamente o tamanho do nosso universo. Nós sabemos que ele é grande, mas é difícil para a mente humana mensurar algo infinitamente grande. Mas isso não quer dizer que nós não podemos tentar. Uma equipe internacional de astrofísicos acabou de lançar, com o auxílio de avanços computacionais, o melhor modelo do universo já criado. O projeto é a simulação de escala universal com mais informações já produzida. Os detalhes e a escala da simulação permitem que os cientistas estudem como as galáxias se formam, evoluem e crescem em conjunto com a formação de estrelas. “Quando observamos galáxias usando um telescópio, só podemos medir certas quantidades”, diz o astrofísico Shy Genel, do Centro de Astrofísica Computacional do Instituto Flatiron (CCA), nos EUA. “Com a simulação, podemos rastrear todas as propriedades de todas essas galáxias. E não apenas como a galáxia é agora, mas toda sua história de formação”, celebra. Genel diz que ma

Encontrada segunda estrela mais antiga da Via Láctea

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J0815+4729 teria surgido 300 milhões de anos depois do Big Bang Se você acha que o Sol é uma estrela velha, com 4,6 bilhões de anos, saiba que ele é um jovem serelepe perto de Jo815+4729. A estrela, descoberta por cientistas espanhóis, nasceu 300 milhões de anos depois do Big Bang e ostenta 13,5 bilhões de anos.  Se você está se perguntando como a descoberta foi feita (já que é falta de educação sair por aí perguntando a idade de pessoas e estrelas), os pesquisadores se basearam no tipo de elementos químicos que formam a estrela.  “Identificar e caracterizar quimicamente estes tipos de estrelas irá iluminar o entendimento sobre a evolução de materiais químicos da galáxia e sobre a natureza das primeiras estrelas”, escreveram os autores no paper publicado no periódico Astrophysical Journal Letters. O que determina a idade é a quantidade de elementos químicos pesados. Quanto mais o tempo passa, mais elementos leves e menos pesados. Jo815+4729 (ou ‘Jô’ para os íntimos), por