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Mais um passo foi dado no projeto do telescópio James Webb

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Você já deve ter ouvido falar do telescópio Hubble nas aulas de Ciências, certo? Agora, chegou a vez do sucessor dele. O telescópio espacial James Webb é um dos projetos mais ambiciosos da NASA, projetado para ter especificações técnicas que sejam ainda mais potentes do que aquelas em seus antecessores. Os espelhos do Webb, por exemplo, são sete vezes maiores do que os do Hubble, o que garante uma área bem maior de captura de imagens. O James Webb está com uma missão muito importante para completar no espaço. No ano que vem, quando for lançado, ele será considerado o telescópio mais potente já construído e deverá continuar a exploração a partir de onde o Hubble e o Spitzer, seus antecessores, pararam, para ajudar os cientistas a saber mais sobre os mistérios do Universo. Agora, o equipamento está finalmente passando pelos últimos testes antes de ser enviado para o espaço. Na prática, isso significa que o James Webb foi introduzido em uma câmara gigante com puro vácuo – si

A estrela LL ORI e sua interação com a nebulosa de ORION

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As estrelas podem criar ondas no mar de gás e poeira da Nebulosa de Orion. Essa imagem detalhada e estética das nuvens cósmicas e dos ventos estelares, mostra a estrela LL Orionis, interagindo com o fluxo da Nebulosa de Orion. À deriva no berçário estelar de Orion, e ainda nos anos de sua formação, a estrela variável LL Orionis, produz um vento mais energético do que o vento gerado por uma estrela de idade média como o Sol. À medida que o vento estelar rápido corre dentro do gás lentamente em movimento, uma onda de choque é formada, algo análogo ao que acontece om um navio se movendo na água ou um avião viajando à velocidades supersônicas. A bela, pequena e arqueada estrutura logo acima e à esquerda do centro é a onda de choque da LL Ori, medindo cerca de meio ano-luz de diâmetro. O gás mais lento está se movendo para longe do aglomerado central de estrelas da Nebulosa de Orion, o Trapézio, localizado no canto superior esquerdo, porém fora da imagem. Em três dimensões, a onda de ch

Naves e robôs espaciais poderão afundar se pousarem em lua de Júpiter

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Para ir além da camada superficial, a NASA está desenvolvendo um radar que estudará as profundezas das luas geladas de Júpiter.[Imagem: ESA/ATG/NASA/J. Nichols/JPL/Universidade do Arizona/DLR] Lua com densidade baixa demais Pode não ser tão simples como se esperava enviar uma sonda para pousar na lua Europa, de Júpiter. Europa parece ser tão porosa que um robô ou sonda espacial pode simplesmente afundar na superfície da lua antes de ter tempo de transmitir qualquer informação. Esta é a conclusão de uma equipe chefiada por Robert Nelson, do Instituto de Ciências Planetárias, nos EUA, depois de analisar cuidadosamente os dados que vêm sendo coletados ao longo dos anos das luas Io, Europa e Ganimedes, além de asteroides como o 44 Nysa e o 64 Angelina. Devido às grandes  chances de haver vida em Europa , a lua de Júpiter tornou-se o alvo número um na busca por vida extraterrestre  - uma  sonda espacial europeia será lançada rumo às luas de Júpiter  nos próximos anos, enquan

Novos modelos fornecem informações do coração da nebulosa Roseta

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A Nebulosa Roseta, com base em dados obtidos como parte do Levantamento Fotométrico H-alpha INT do Plano Galáctico Norte. Crédito: Nick Wright, Universidade Keele (Colaboração IPHAS) Uma nova investigação, liderada pela Universidade de Leeds, fornece uma explicação para a discrepância entre o tamanho e idade da cavidade central da Nebulosa Roseta e o tamanho e idade das suas estrelas centrais. A Nebulosa Roseta encontra-se na nossa Via Láctea, a aproximadamente 5000 anos-luz da Terra, e é conhecida pela sua forma de rosa e pelo seu distintivo orifício no centro. A nebulosa é uma nuvem interestelar de poeira, hidrogénio, hélio e outros gases ionizados com várias estrelas gigantes agrupadas num enxame dentro do seu coração. Os ventos estelares e a radiação ionizante destas estrelas massivas afetam a forma da nuvem molecular gigante. Mas o tamanho e a idade da cavidade observada no centro da Nebulosa Roseta são demasiado pequenas quando comparadas com a idade das suas estrelas

O cometa azul desfilando por uma bela paisagem cósmica

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O cometa PanSTARRS também conhecido como O Cometa Azul (C/2016 R2) está bem perto do canto inferior esquerdo dessa bela imagem feita no dia 13 de Janeiro de 2018. Se espalhando por quase 20 graus no céu, essa bela paisagem cósmica ela pode ser explorada com detalhe, graças ao tempo de exposição e aos frames bem processados a partir dos dados obtidos por uma câmera digital sensível. Ela mostra as nuvens coloridas e as nebulosas escuras e empoeiradas outrora muito apagadas para serem vistas a olho nu. Na parte superior direita , a Nebulosa da Califórnia, também conhecida como NGC 1499, tem a sua forma familiar.  Sua linha de costa tem mais de 60 anos-luz de comprimento e localiza-se a cerca de 1500 anos-luz de distância da Terra. O pronunciado brilho avermelhado da nebulosa é devido aos átomos de hidrogênio ionizados pela luminosa estrela azul Xi Persei, logo abaixo dela. Perto da parte central inferior, está o famoso aglomerado de estrelas das Plêiades, que está localizada a cerca d

Cientistas descobrem paradoxo do núcleo da Terra

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Os cientistas afirmam há muito tempo que o núcleo interno da Terra  se formou há cerca de um bilhão de anos, quando ele passou por um grande crescimento . A bola de metal líquido no centro do nosso planeta rapidamente cristalizou devido à redução das temperaturas, crescendo constantemente para fora até atingir o diâmetro de aproximadamente 1.220 quilômetros que, acredita-se, possui hoje. A questão é que, de acordo com um novo estudo, isso não é possível – ou, pelo menos, nunca foi facilmente explicado. No artigo, os pesquisadores dizem que o modelo padrão de como o núcleo da Terra se formou esquece de um detalhe crucial sobre como os metais cristalizam: uma queda obrigatória e maciça de temperatura que seria extremamente difícil de alcançar nas pressões do núcleo. Um material deve estar em ou abaixo da sua temperatura de congelação para ser sólido. Porém, para que um líquido comece a cristalizar, é necessária uma dose extra de energia. Quando queremos fazer gelo, por exempl

É rochoso ou Gasoso? Astrónomos desvendam mistérios das Super-Terras

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De acordo com uma nova investigação liderada por Johanna Teske, do Instituto Carnegie para a Ciência, uma estrela a cerca de 100 anos-luz de distância, na direção da constelação de Peixes, GJ 9827, hospeda o que poderá ser uma das super-Terras mais massivas e densas detetadas até à data. Esta nova informação fornece evidências que vão ajudar os astrónomos a melhor compreender o processo pelo qual os planetas se formam. A estrela GJ 9827 na realidade alberga um trio de planetas, descobertos pela missão Kepler/K2 da NASA, e todos os três são um pouco maiores do que a Terra. Este é o tamanho que a missão Kepler determinou serem os mais comuns na Galáxia com períodos que variam entre vários dias a várias centenas de dias. Curiosamente, não existem planetas deste tamanho no nosso Sistema Solar. Isto torna os cientistas curiosos acerca das condições sob as quais se formam e evoluem. Uma chave importante para a compreensão da história de um planeta é a determinação da sua composição.

O VLT do ESO trabalha pela primeira vez como um único telescópio enorme

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Primeira luz do instrumento ESPRESSO com os quatro Telescópios Principais do VLT O instrumento ESPRESSO montado no Very Large Telescope do ESO no Chile usou pela primeira vez a luz coletada pelos quatro Telescópios Principais de 8,2 metros. Ao combinar deste modo a luz coletada por estes telescópios, o VLT torna-se o maior telescópio óptico do mundo, em termos de área coletora. Um dos objetivos do design original do Very Large Telescope do ESO (VLT) era que os seus quatro Telescópios Principais trabalhassem em conjunto para formar um único telescópio gigante. Com a primeira luz do espectrógrafo ESPRESSO, instrumento que utiliza os quatro Telescópios Principais em conjunto, este marco foi agora alcançado. Após um período de preparações intensas por parte do consórcio ESPRESSO (liderado pelo Observatório Astronômico da Universidade de Genebra, na Suíça, com a participação de centros de pesquisa em Portugal, Itália, Espanha e Suíça) e do pessoal do ESO, o Diretor Geral

No coração da nebulosa do coração

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O que existe dentro da Nebulosa do Coração? Primeiro, a grande nebulosa de emissão, conhecida como IC 1805, parece, num todo, com um coração humano. Sua forma hoje é celebrada, porque nos EUA no dia 14 de Fevereiro é comemorado o chamado Valentine’s Day, ou seja, o dia dos namorados dele, e esse coração brilhando intensamente na luz vermelha emitida pelo elemento mais proeminente ali, o hidrogênio, talvez ficasse bem bonito num cartão de feliz dia dos namorados, pelo menos para quem gosta de astronomia. O brilho vermelho e a forma maior são criadas por um pequeno grupo de estrelas localizado no centro da nebulosa. No coração da Nebulosa do Coração existem estrelas jovens de um aglomerado aberto de estrelas conhecido como Melotte 15 que está erodindo para longe os pilares de poeira com sua luz e ventos energéticos. O aglomerado aberto de estrelas contém algumas estrelas brilhantes com cerca de 50 vezes a massa do nosso Sol, e outras apagadas que possuem apenas uma pequena fração da

Onde estão e de que são feitos os milhares de asteroides que povoam o Sistema Solar

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Concepção artística de um asteroide no cinturão de Kuiper, no limite do nosso Sistema Solar No dia 19 de outubro passado, os telescópios detectaram um visitante inesperado: o primeiro asteroide interestelar de que se tem notícia a passar pelo Sistema Solar. Com um formato que lembra um charuto, com cerca de 400 metros de cumprimento e 40 de diâmetro, ele foi batizado de Oumuamua, que em língua havaiana significa "mensageiro distante que chegou primeiro".  O asteroide - que deu meia volta depois de passar por dentro da órbita de Mercúrio e viaja agora em alta velocidade rumo à constelação de Pégaso - é o primeiro até agora a vir de outro sistema, mas não é o único a vaguear entre os planetas do Sistema Solar.  O espaço interplanetário está cheio de todo tipo de pedras grandes, cascalho, bolas de gelo, poeira e fluxos de partículas carregadas. Tanto que em sua órbita ao redor do Sol, a 30 quilômetros por segundo, a Terra passa por centenas de toneladas de meteoros, a

NEW HORIZONS Captura imagens recorde no cinturão de KUIPER

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Com o seu instrumento LORRI (Long Range Reconnaissance Imager), a New Horizons observou vários KBOs e planetas anões em ângulos de fase únicos, bem como Centauros em ângulos fase extremamente altos para procurar anéis ou poeira. Estas imagens em cores falsas, obtidas no mês de dezembro de 2017, dos KBOs 2012 HZ84 (esquerda) e 2012 HE85 são, por enquanto, as obtidas à maior distância da Terra por uma nave espacial. São também as imagens mais próximas de KBOs. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI A nave espacial New Horizons da NASA recentemente girou a sua câmara telescópica na direção de um campo de estrelas, captou uma imagem - e fez história.  A imagem de calibração rotineira do enxame aberto NGC 3532, feita pelo instrumento LORRI (Long Range Reconnaissance Imager) no dia 5 de dezembro, foi captada quando a New Horizons estava a 6,12 mil milhões de quilómetros (ou 40,9 unidades astronómicas) da Terra - tornando-a, por algum tempo, a imagem obtida à maior distância da Terra. A New

O passado violento do Oumuamua, o asteroide interestelar em forma de charuto

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O asteroide Oumuamua - "mensageiro de muito longe que chega primeiro", em havaiano - está girando caoticamente pelo espaço e pode continuar assim por mais de um bilhão de anos. Esta é a conclusão de uma pesquisa que analisou em detalhes o brilho gerado pelo objeto interestelar, que tem formato de charuto. Ele foi descoberto em 19 de outubro, e sua velocidade e trajetória sugerem que se originou em um sistema planetário que orbita ao redor de outra estrela, e não o Sol. "Em algum momento, houve uma colisão", diz Wes Fraser, da Queen's University, em Belfast, na Irlanda do Norte.  Inicialmente, pensava-se que o objeto podia ser um cometa, mas ele não apresenta características típicas desse tipo de corpo celeste, como uma cauda de partículas de gelo. Por outro lado, o Oumuamua apresenta todos os aspectos de um asteroide, com exceção do formato fora do comum, provocado, ao que tudo indica, por um passado "turbulento", com pelo menos uma grande co