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Jatos cósmicos de partículas duplas em HERBIG-HARO 24 (HH 24)

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Os objetos Herbig-Haro (HH) são pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém nascidas, formados quando o gás ejetado pelas estrelas jovens colidem com nuvens de gás próximas a velocidades de milhares de km/s.  Estão presentes em regiões formadoras de estrelas, e muitos são comumente observados ao redor de uma única estrela, alinhado com seu eixo rotacional.  Objetos de Herbig-Haro constituem um fenômeno temporário, cuja duração não ultrapassa os milhares de anos. Eles podem evoluir visivelmente em períodos de tempo bastante curtos, na medida em que se distanciam rapidamente de suas estrelas rumo às nuvens de gás no espaço interestelar, o meio interestelar.  A imagem pode até parecer um sabre de luz de duas lâminas, mas esses dois jatos cósmicos realmente irradiam para fora de uma estrela recém nascida. Construído a partir dos dados da imagem do telescópio espacial Hubble, a cena deslumbrante abrange cerca de meio ano-luz em todo Herbig-Haro 24 (HH 24), a 1.300 a

Dione dramática

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Cassini capturou esta impressionante vista da lua de Saturno Dione em 23 de julho de 2012. Dione está a cerca de 1,8 mil quilômetros de distância.  A sua densidade sugere que cerca de um terço da lua é constituída por um núcleo denso (provavelmente rocha de silicato), sendo o restante do seu material o gelo da água.  À temperatura média de Dione de -304 graus Fahrenheit (-186 graus Celsius), o gelo é tão difícil que se comporta como rocha. A imagem foi tirada com a câmera de ângulo estreito de Cassini a uma distância de aproximadamente 260,000 milhas (418,000 km) de Dione, através de um filtro polarizado e um filtro espectral sensível à luz verde. A espaçonave Cassini terminou sua missão em 15 de setembro de 2017. A missão Cassini é um projeto cooperativo da NASA, da ESA (Agência Espacial Européia) e da Agência Espacial Italiana.  O Jet Propulsion Laboratory, uma divisão do California Institute of Technology em Pasadena, administra a missão da NASA's Science Mission

Espirais e supernovas

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Essa maravilhosa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra a grandiosa galáxia NGC 1015, encontrada na constelação de Cetus, a cerca de 118 milhões de anos-luz de distância da Terra. Nessa imagem é possível ver a NGC 1015 de frente, com seus belos e simétricos braços espirais e o brilhante bulbo central, uma imagem que lembra um tipo de fogos de artifício conhecido como Roda de Catarina. A NGC 1015 tem um centro grande e brilhante, uma barra central de estrelas, e braços espirais bem definidos. Essa estrutura toda faz com que a NGC 1015 seja classificada como uma galáxia do tipo Espiral Barrada, parecida com a Via Láctea. As barras são encontradas em aproximadamente dois terços de todas as galáxias espirais, e os braços dessa galáxia parecem surgir de um pálido anel amarelo que circula a própria barra. Os cientistas acreditam que um buraco negro localiza-se no centro das espirais barradas afunilando o gás e a energia dos braços externos para o centro através dessas bar

Os Mistérios da Matéria Escura

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A matéria escura é um dos principais componentes do Universo. Calcula-se que 26% de tudo que existe no Universo seja matéria escura, mas a humanidade jamais conseguiu detectar sua presença diretamente. Nós só sabemos que ela existe, devido à influência dela nas coisas a sua volta. Um bom paralelo mais mundano é comparar a matéria escura com o vento, pois mesmo não enxergando o vento balançar os galhos de uma árvore, nós sabemos que ela está lá. Por isso é que a humanidade sabe que a matéria escura existe, pois sua gravidade é vista em todos os lugares, mas ela nunca foi vista diretamente. EXTINÇÕES EM MASSA E A MATÉRIA ESCURA Da mesma maneira que a Terra gira em torno do Sol, nossa estrela gira em torno do centro da Via Láctea. Esse movimento do Sistema Solar leva 250 milhões de anos para completar uma volta. Mas toda essa movimentação não é perfeitamente plana, por isso, a cada trinta milhões de anos, o Sistema Solar passa por um lugar chamado disco galático, onde existe u

O que se passa com o universo?

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No dia 22 de janeiro, a NASA anunciou o resultado de uma pesquisa que vai mexer com a ideia que temos do nosso universo. É que uma equipe de astrônomos, usando o telescópio espacial Hubble, apresentou a melhor medida da taxa de expansão do universo jamais obtida. Essa taxa, chamada de constante de Hubble, começou a ser medida pelo próprio Edwin Hubble há uns cem anos e ela expressa a velocidade em que as galáxias se afastam umas das outras. Do jeito que ela é calculada a partir de medidas precisas da velocidade de galáxias, é possível obter a idade do universo. Desde que foi proposta nesses moldes, cosmólogos observacionais procuram obter o valor da constante de Hubble justamente para saber como o universo se expande e qual sua idade. O grande problema é com a precisão das medidas das distâncias até as galáxias. Durante muito tempo, o erro nessas medidas era muito alto, levando a dois valores possíveis: e um era o dobro do outro! Alguns astrônomos acharam 50 km/s por megaparse

A estação espacial da China vai cair na Terra – e ninguém sabe onde

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Tiangong-1, que está em órbita desde 2010 e pesa 8,5 toneladas, deve atingir o solo entre o fim de março e o começo de abril. Pode cair nos EUA – ou na própria China É um pássaro? É um avião? Não. É a estação espacial chinesa Tiangong-1 , com 8,5 mil quilos de metal. Para infelicidade geral, ela não está voando: está caindo, e vai atingir um ponto aleatório da superfície da Terra em alguma data entre 24 de março e 19 de abril. Tiangong-1 foi  lançada em 2010, e em 2012 foi palco de um momento histórico: uma visita da astronauta Liu Yang, a primeira mulher chinesa a participar de uma missão na órbita da Terra. Ela não é uma estação espacial no sentido da ISS. Está mais para um ônibus escolar. Tem 10 metros de comprimento e 3 de largura, e serviu de protótipo para um projeto maior, ainda em desenvolvimento. Em 2016, alguns anos após a data de validade prevista originalmente, saiu de operação. Logo depois a agência espacial chinesa  deu as más notícias: eles haviam perdido conta

Desequilíbrio atmosférico pode indicar vida em outros planetas

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Sinais de vida em outros planetas A Terra (superior esquerda) tem vários gases em sua atmosfera que revelam a presença da vida, principalmente oxigênio e ozônio. Mas a Terra antiga (inferior esquerda) tinha um sinal diferente para a vida que já emergia há bilhões de anos. [Imagem: NASA/Wikimedia Commons/Joshua Krissansen-Totton] Parece haver estratégias para procurar evidências de vida em outros planetas que são tão ou mais promissoras do que procurar apenas por oxigênio. Essa ideia de procurar oxigênio atmosférico como uma bioassinatura existe há muito tempo. E é uma boa estratégia - é muito difícil produzir muito oxigênio sem vida," detalha Joshua Totton, da Universidade de Washington, nos EUA. "Mas nós não queremos colocar todos os nossos ovos em uma única cesta. Mesmo que a vida seja comum no cosmos, não temos ideia se será vida que produz oxigênio. A bioquímica da produção de oxigênio é muito complexa e pode ser bastante rara." Ocorre que a Terra com a vida c

Aqui estão cinco maneiras em que o mundo poderia terminar esta semana

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Se você é daqueles que teme o fim do mundo constantemente, que está só sentado esperando este dia chegar, saiba que não está tão errado assim. Existem tragédias que não podemos controlar e que poderiam acabar com o planeta de repente. Por exemplo: Morte por asteroide/cometa/supernova Uma colisão com um cometa ou um asteroide poderia ter consequências devastadoras, não só para a raça humana, mas para o planeta como um todo. Como sabemos disso? A principal causa da extinção do Cretáceo-Terciário foi o asteroide de Chicxulub, com um diâmetro estimado de 10 quilômetros, que liberou energia equivalente a 2 milhões de bombas Tsar (a mais potente bomba atômica já criada) na Terra. A extinção afetou não só os dinossauros, mas 75% dos organismos presentes no planeta no momento. Um impacto como este solta uma grande quantidade de poeira e aerossóis para a atmosfera, reduzindo significativamente a luz solar disponível para a fotossíntese das plantas e baixando a temperatura ambiente

ALMA revela teia interna em maternidade estelar

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Novo dados obtidos com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e outros telescópios foram utilizados para criar esta imagem de uma teia de filamentos na Nebulosa de Orion. Vemos estas estruturas de cor vermelha forte, como se estivessem em chamas, mas na realidade são tão frias que os astrônomos têm que utilizar telescópios como o ALMA para as observar. Esta imagem incomum mostra parte da famosa Nebulosa de Orion, uma região de formação estelar situada a cerca de 1350 anos-luz de distância da Terra. Este mosaico combina imagens obtidas na região do milímetro pelo  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA) e pelo  telescópio IRAM de 30 metros  (em vermelho) com uma  vista no infravermelho , mais familiar, obtida pelo instrumento  HAWK-I  montado no  Very Large Telescope  do ESO (em azul). O brilhante grupo de estrelas azuis-esbranquiçadas — à esquerda — é o Aglomerado do Trapézio, composto por estrelas quentes jovens com apenas alguns milhões de anos d

Estrela dadora dá sopro de vida a companheira zombie

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Impressão de artista que ilustra ventos de uma gigante vermelha a impactar numa estrela de neutrões, produzindo uma emissão de raios-X prolongada. Um tal sistema é raro: não conhecemos mais que 10. O satélite INTEGRAL da ESA detetou um destes pares a "ativar-se" em agosto de 2017. Crédito: ESA O observatório espacial INTEGRAL da ESA testemunhou um evento raro: o momento em que os ventos emitidos por uma estrela gigante vermelha expandida reavivaram a sua companheira em rotação lenta, o núcleo de uma estrela morta, trazendo-a de volta à vida num flash de raios-X.  A emissão de raios-X foi detetada pelo INTEGRAL, pela primeira vez, a 13 de agosto de 2017, oriundo de uma fonte desconhecida na direção do centro lotado da nossa Via Láctea. A deteção repentina desencadeou uma série de observações de seguimento nas semanas seguintes a fim de identificar o culpado. As observações revelaram uma estrela de neutrões fortemente magnetizada e de rotação lenta que provavelmente a