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Exoplaneta tem atmosfera girando na contramão

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O exoplaneta  Corot-2b é bombardeado constantemente por raios X  vindos de sua estrela.[Imagem: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (IPAC)] Direção dos ventos Astrônomos descobriram um planeta do tipo júpiter quente - planetas grandes como Júpiter, mas muito próximos de suas estrelas - cuja atmosfera está soprando na contramão. Os ventos sobre esses planetas parecem ser ditados pela órbita do planeta, muito próxima da estrela. Isto faz com que os planetas tenham uma rotação sincronizada, o que significa que eles ficam sempre com a mesma face virada para a estrela - como a nossa lua para a Terra. "É uma situação realmente extrema onde você tem um lado do planeta sendo explodido com radiação estelar e o outro lado está em uma noite perpétua. Você tem essa atmosfera gasosa que vai responder tendo um fluxo de ar quente do lado frio do planeta," explica Emily Rauscher, da Universidade de Michigan, nos EUA. Por isso, todos os júpiteres quentes estudados até agora têm atmosferas

Este é o universo conhecido inteiro em uma única imagem

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A imagem acima é uma concepção de escala logarítmica de todo o universo observável conhecido, com o nosso sistema solar no centro. A obra foi criada pelo músico e artista Pablo Carlos Budassi, baseando-se em mapas logarítmicos do universo reunidos por pesquisadores da Universidade de Princeton, nos EUA, bem como imagens produzidas pela NASA graças a observações de seus telescópios e sondas espaciais. Tudo Você pode não reconhecer à primeira vista, mas estão na imagem o sistema solar e seus planetas, o cinturão de Kuiper, a nuvem de Oort, a estrela Alpha Centauri, o Arco de Perseu, toda a Via Láctea, a galáxia de Andrômeda, outras galáxias próximas, a teia cósmica, a radiação de micro-ondas cósmica e o plasma invisível produzido nas extremidades do universo. Você pode ver uma versão em alta definição da imagem aqui. Mapas logarítmicos O belo “retrato do universo” foi baseado em mapas feitos pelos astrônomos J. Richard Gott e Mario Juric, da Universidade de Prin

Glória na escuridão

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Nesta imagem de grande angular vemos uma nuvem escura de poeira cósmica, iluminada pela luz brilhante de estrelas jovens. Esta nuvem densa é na realidade uma região de formação estelar chamada Lupus 3, onde estrelas extremamente quentes nascem a partir de massas de gás e poeira que estão colapsando. Esta imagem foi criada a partir de dados obtidos com o Telescópio de Rastreio do VLT e com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, tratando-se da imagem mais detalhada desta região obtida até hoje.   A região de formação estelar Lupus 3 situa-se na constelação do Escorpião, a apenas 600 anos-luz de distância da Terra. Faz parte de um complexo maior chamado Nuvens de Lupus, que retiram o seu nome da constelação adjacente do Lobo. As nuvens fazem lembrar fumaça ondulando contra um fundo de milhões de estrelas, no entanto o objeto é efetivamente uma nebulosa escura.   As nebulosas são enormes quantidades de gás e poeira situadas entre as estrelas, algumas prolongando-se ao longo de centena

Qual é a chance de haver vida na lua Europa?

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Analogias para a vida Pesquisadores brasileiros fizeram uma avaliação da probabilidade de existência de vida microbiana na lua Europa, de Júpiter. Para isso, eles usaram dados colhidos em ambientes análogos existentes na Terra. Europa tem sido um dos principais alvos de interesse da Astrobiologia por se mostrar um possível ambiente habitável para seres similares aos que vivem na Terra, devendo ser o primeiro alvo na busca por vida extraterrestre. Isso porque, debaixo de uma crosta de gelo com estimados 10 quilômetros de espessura, a lua parece possuir um oceano de água líquida com mais de 100 quilômetros de profundidade, mantida relativamente aquecida devido à interação gravitacional da lua com Júpiter. Thiago Ferreira e seus colegas da USP em São Carlos (SP) queriam saber qual é a probabilidade real de que uma sonda espacial possa encontrar sinais de vida na lua - a ESA está prestes a enviar uma sonda às luas de Júpiter, enquanto a NASA planeja enviar uma sonda para po

Comportamento estranho de estrela revela buraco negro solitário em aglomerado estelar gigante

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Com o auxílio do instrumento MUSE do ESO, montado no Very Large Telescope no Chile, astrônomos descobriram uma estrela no aglomerado NGC 3201 comportando-se de forma muito estranha. A estrela parece orbitar um buraco negro invisível com cerca de quatro vezes a massa do Sol — o primeiro buraco negro inativo de massa estelar a ser encontrado num aglomerado globular e o primeiro descoberto diretamente através da detecção do seu efeito gravitacional.  Esta importante descoberta tem um forte impacto na nossa compreensão da formação destes aglomerados estelares, buracos negros e origem de eventos de ondas gravitacionais.  Os aglomerados estelares globulares são enormes esferas de dezenas de milhares de estrelas que orbitam a maioria das galáxias. Estes objetos encontram-se entre os sistemas estelares mais velhos conhecidos no Universo, datando do início da formação e evolução galáctica. Atualmente, conhecem-se mais de 150 destes aglomerados pertencentes à Via Láctea. Um deles em

Por que estes dois buracos negros colidindo estão piscando?

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Quando os cientistas viram este par de buracos negros, encontraram uma rara oportunidade de observar buracos negros no processo de colisão. Logo, porém, conforme eles pareciam mais próximos, os pesquisadores tiveram que se fazer uma nova pergunta: o que é aquela luz piscando? A luz não é proveniente do par de buracos negros colidindo (nomeados PG 1302-102), que estão a 3,5 bilhões de anos-luz de distância de nós; ela está vindo da turbulência em torno deles. Isso não explica, porém, por que a luz tem “flashes” iluminando ritmicamente e regularmente. Assim, os pesquisadores Daniel D’Orazio, Zoltan Haiman e David Schiminovich, da Universidade de Columbia, nos EUA, construíram uma simulação e já têm com uma explicação para o que estamos vendo: é a órbita dos buracos negros. A colisão entre buracos negros não é um processo particularmente equitativo – um é mais forte, maior e mais poderoso do que o outro. O que significa que um buraco negro está causando muito mais turbulência

O que aconteceria se a Terra fosse realmente plana

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Bem-vindos a 2018. A Terra voltou a completar uma volta ao Sol. Mas não tão depressa. Se concorda com a ideia de uma Terra plana, então acreditará que tal não aconteceu, porque o Sol gira num círculo em redor do céu.  Os seres humanos sabem há muito tempo que o planeta é redondo, mas a crença numa Terra plana recusa-se a morrer. Há até uma organização dedicada a este tema. Vamos examinar, então, como os princípios bem conhecidos da física e da ciência funcionariam (ou não) numa Terra plana. A Gravidade Falha Em primeiro lugar, um planeta com a forma de uma panqueca não teria gravidade. Não está claro como é que a gravidade funcionaria neste mundo, afirma James Davis, geofísico do Observatório Lamont-Doherty da Universidade de Columbia. Isto é muito importante, já que a gravidade explica uma ampla gama de observações terrestres e cósmicas. A mesma força mensurável que faz com que uma maçã caia de uma árvore também faz com que a Lua orbite a Terra e que todos os planetas orbi

Gêmeas com diferenças

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Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra uma galáxia espiral, conhecida como NGC 7331. Registrada pela primeira vez, pelo grande caçador de galáxias William Herschel, em 1784, a NGC 7331, está localizada a cerca de 45 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pegasus. Ela se apresenta, parcialmente de lado, parcialmente de frente para nós, mostrando seus braços que giram como um redemoinho ao redor do centro brilhante. Os astrônomos fizeram essa imagem usando a Wide Field Camera 3 do Hubble, a WFC3, enquanto eles observavam uma extraordinária estrela que explodia, uma supernova, que pode ser vista ainda, de forma fraca como um pequeno ponto vermelho perto núcleo central amarelado da galáxia. Denominada de SN2014C, ela rapidamente se desenvolveu de uma supernova contendo muito pouco hidrogênio, para uma rica em hidrogênio, em apenas 1 ano. Essa metamorfose raramente observada foi luminosa nas altas energias e forneceu uma ideia únic

Um diamante bruto

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Deixe seus olhos semiabertos, ou talvez não consiga ver! Bem no centro desta imagem, obtida com o instrumento VIMOS montado no Very Large Telescope do ESO (VLT), podemos ver a forma azul tênue e turva de uma galáxia distante chamada Galáxia Anã Irregular do Sagitário. Descoberta em 1977 com o telescópio Schmidt de 1 metro do ESO, instalado no Observatório de La Silla do ESO, a galáxia anã de forma irregular — daí o seu nome — situa-se a aproximadamente 3 milhões de anos-luz de distância na constelação do Sagitário. Trata-se da galáxia mais distante pertencente ao Grupo Local de galáxias, do qual a Via Láctea faz parte. Ao contrário das galáxias normais, as galáxias anãs são tipicamente menores, abrigando um número relativamente pequeno de estrelas. A atração gravitacional de galáxias próximas distorcem frequentemente as formas em disco ou esféricas destas frágeis galáxias  — este processo pode aliás ser responsável pela forma ligeiramente retangular desta galáxia anã. C

Como vai ser o raro eclipse de 'superlua azul de sangue' em 31 de janeiro

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Uma rara coincidência de fenômenos celestes ficará visível no céu de algumas partes do mundo nesta quarta-feira (31): um eclipse total lunar, uma superlua, lua azul e a chamada lua de sangue. Segundo a Nasa, essa coincidência fará do 31 de janeiro um dia "especial". "É a terceira de uma série de 'superluas', quando a Lua está mais perto da Terra em sua órbita - algo conhecido como perigeu - e cerca de 14% mais brilhante do que o normal", diz comunicado da agência espacial americana. "É também a segunda lua cheia do mês, (fenômeno) conhecido como 'lua azul'. E a superlua vai passar pela sombra da Terra, com um eclipse total. Enquanto a Lua estiver na sombra terrestre, terá um aspecto avermelhado, algo conhecido como 'lua de sangue'." Aqui no Brasil, porém, só conseguiremos ver a superlua, explica à BBC Brasil Claudio Bevilacqua, astrônomo e físico do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Su

Primeiras galáxias do universo giravam como a Via Láctea

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Impressão de artista da rotação de uma galáxia no Universo jovem. Crédito: Instituto de Astronomia, Amanda Smith Os astrónomos olharam para trás no tempo, para uma época pouco depois do Big Bang, e descobriram gás turbulento em algumas das primeiras galáxias que se formaram no Universo. Estes "recém-nascidos" - observados como eram há quase 13 mil milhões de anos - giravam como um redemoinho, de modo semelhante à nossa própria Via Láctea. Uma equipe internacional liderada por Renske Smit do Instituto Kavli de Cosmologia da Universidade de Cambridge usou o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para abrir uma nova janela no Universo distante e identificou galáxias normais de formação estelar num estágio muito inicial da história cósmica. Os resultados foram divulgados na revista Nature e foram apresentados na 231.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana. A luz de objetos distantes leva tempo até alcançar a Terra, de modo que a observação d

Humanidade finalmente verá um buraco negro em 2018

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Os buracos negros já são parte do conhecimento popular há algumas décadas. Sabemos que eles são lugares no espaço de onde nada, nem mesmo partículas que se movem na velocidade da luz, consegue escapar. Sabemos também que há um buraco negro enorme no meio da nossa Via Láctea – assim como em outras galáxias. Mas apesar de sabermos deles teoricamente desde Einstein, nós nunca olhamos para um, mas, segundo os especialistas, 2018 será o ano em que isso finalmente vai acontecer. Albert Einstein previu a existência de buracos negros em sua teoria da relatividade geral, mas mesmo ele não estava convencido de que eles realmente existiam. E, até agora, ninguém conseguiu produzir evidências concretas de que eles de fato existem. A esperança dos cientistas para mudar isso está no Event Horizon Telescope (EHT). Apesar do nome, o EHT não é só um telescópio, mas uma rede de telescópios em todo o mundo. Trabalhando em conjunto, esses dispositivos podem fornecer todos os componentes necessários

Um filamento misterioso está saindo do enorme buraco negro no meio da nossa galáxia

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A imagem acima provavelmente não tem significado nenhum para a maioria de nós, mas é bastante emocionante para os astrônomos.  Ela mostra um filamento misterioso de 2,3 anos-luz de comprimento aparentemente saindo do buraco negro supermassivo Sagittarius A*, no centro da nossa galáxia. O que é emocionante sobre isso? Dentre várias possibilidades, pode provar uma teoria proposta na década de 1970. O filamento foi descoberto em 2012, mas a nova imagem revela que a longa linha parece ser bastante próxima do coração da nossa galáxia. Os pesquisadores produziram a fotografia usando dados do radiotelescópio Karl G. Jansky Very Large Array e aplicando uma nova técnica para destacar os detalhes. Embora encontrar fluxos de gás ou linhas de partículas brilhantes que se estendem por regiões do espaço não seja incomum, as origens destes filamentos são geralmente um mistério. Segundo o astrônomo Jun-Hui Zhao, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics em Cambridge (EUA), essa de

Moldados os primeiros segmentos do espelho principal do ELT

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Os seis primeiros segmentos hexagonais do espelho principal do Extremely Large Telescope do ESO acabam de ser moldados pela companhia alemã SCHOTT na sua fábrica principal em Mainz. Estes segmentos farão parte do espelho primário de 39 metros do ELT, o qual terá 798 segmentos no total. O ELT será o maior telescópio óptico do mundo, com primeira luz prevista para 2024.   O espelho primário de 39 metros de diâmetro do Extremely Large Telescope (ELT) do ESO será de longe o maior já construído para um telescópio óptico-infravermelho. Um gigante desses é grande demais para poder ser feito de uma única peça de vidro, por isso o espelho consistirá de 798 segmentos hexagonais individuais, cada um com uma dimensão de 1,4 metros e cerca de 5 cm de espessura.  Os segmentos trabalharão em conjunto como se fossem um único e enorme espelho, coletando dezenas de milhões de vezes mais luz que o olho humano é capaz.  Marc Cayrel, chefe de optomecânica do ELT, esteve presente nas primeiras mold