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Galáxias distantes estão se movendo mais rápido que a luz

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Uma das primeiras coisas que aprendemos nas aulas de ciência é que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Essa é uma regra fundamental proposta por Albert Einstein em sua Teoria da Relatividade. Mas os físicos acreditam agora que pelo menos uma coisa pode quebrar esta regra, ou pelo menos parece quebrar – o próprio universo. Os astrônomos acreditam que há galáxias se afastando da nossa a uma velocidade maior que a velocidade da luz. Como resultado, provavelmente nunca conseguiremos vê-las. Há 13,78 bilhões de anos, nosso universo, que se concentrava em um ponto muito pequeno e denso, explodiu em um evento que chamamos de Big Bang. Após a explosão, o universo expandiu a uma taxa de 10¹⁶ em uma fração de segundo, durante um período de inflação que ocorreu a uma velocidade maior que a da luz. Depois disso, seria de se imaginar que o universo se expandiria a uma taxa constante ou mesmo diminuiria sua velocidade. Se a velocidade diminuísse, poderíamos ver até o li

Hubble detecta hélio na atmosfera de um exoplaneta pela primeira vez

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Astrônomos usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA detectaram hélio na atmosfera do exoplaneta WASP-107b.  Esta é a primeira vez que este elemento foi detectado na atmosfera de um planeta fora do sistema solar.  A descoberta demonstra a capacidade de usar espectros de infravermelho para estudar atmosferas estendidas de exoplanetas. A equipe internacional de astrônomos, liderada por Jessica Spake, estudante de doutorado na Universidade de Exeter, no Reino Unido, usou a Wide Field Camera 3 do Hubble para descobrir o hélio na atmosfera do exoplaneta WASP-107b.  Esta é a primeira detecção desse tipo. Spake explicou a importância da descoberta: "O hélio é o segundo elemento mais comum no universo após o hidrogênio. É também um dos principais constituintes dos planetas Júpiter e Saturno em nosso sistema solar. No entanto, até agora o hélio não foi detectado em exoplanetas - apesar das buscas por ele. " A equipe fez a detecção analisando o espectro infravermelho da a

Saiba tudo sobre a sonda InSight – que decola para Marte no sábado

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A nave da Nasa não está atrás de vida ou água: vai investigar os terremotos do planeta vermelho – e aprender mais sobre sua história de 4,5 bilhões de anos A  Nasa  está de malas prontas de novo. Será lançada da Califórnia na manhã do próximo sábado (5) a sonda InSight, projetada para detectar e analisar os terremotos de Marte. Os dados sismográficos servirão para investigar a crosta, o manto e o núcleo do planeta vermelho – e descobrir no que seu recheio é ou não parecido com o da Terra. Se tudo der certo, a  InSight decolará às 8h15 da manhã  (horário de Brasília) a bordo de um foguete Atlas V-401 da base aérea de Vandenberg, no meio do caminho entre São Francisco e Los Angeles, e levará seis meses para chegar a Marte. Será o primeiro lançamento interplanetário na costa oeste dos EUA – boa parte das missões não-tripuladas da Nasa saíram de Cabo Canaveral, na Flórida. O nome InSight é um trocadilho com a palavra inglesa  insight , que não tem uma tradução ideal em português

ESA e NASA em averiguações para trazer solo MARCIANO para a TERRA

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O nosso planeta vizinho, Marte, em 2016. Algumas características proeminentes do planeta são claramente visíveis: o antigo e inativo vulcão Syrtis Major; a brilhante e oval bacia Hellas Planitia; a região Arabia Terra no centro; as características escuras de Sinus Sabaeous e Sinus Meridiani ao longo do equador; e a pequena calote polar sul. Crédito: NASA, ESA e Equipa de Legado do Hubble (STScI/AURA), J. Bell (ASU) e M. Wolf (SSI) A ESA e a NASA assinaram no passado dia 27 de abril uma declaração de intenções para explorar conceitos para missões, de modo a trazer amostras de solo marciano para a Terra.   As naves espaciais em órbita e na superfície de Marte fizeram muitas descobertas emocionantes, transformando a nossa compreensão do planeta e revelando pistas para a formação do nosso Sistema Solar, bem como nos ajudam a compreender o nosso planeta natal. O próximo passo é trazer amostras para a Terra para análises detalhadas em laboratórios sofisticados, onde os resultados po

Monstros Nas Profundezas Do Oceano Cósmico

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Embora a brilhante galáxia em primeiro plano da esquerda seja atraente, está longe de ser o objeto mais intrigante nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA / ESA. Na parte superior do quadro, a luz de galáxias distantes foi borrada e torcida em formas de arcos e listras estranhas.  Esse fenômeno indica a presença de um aglomerado de galáxias gigante, que está dobrando a luz proveniente das galáxias por trás dele com sua monstruosa influência gravitacional.  Esse cluster, chamado SDSSJ0150 + 2725, fica a cerca de três bilhões de anos-luz de distância e foi documentado pela primeira vez pelo SDSS (Sloan Digital Sky Survey), daí seu nome. O SDSS usa um telescópio óptico de 2,5 metros localizado no Observatório Apache Point, no Novo México, para observar milhões de objetos e criar mapas 3D detalhados do Universo.  Este cluster em particular foi parte do Sloan Giant Arcs Survey (SGAS), que detectou aglomerados de galáxias com fortes propriedades de lente; sua gravidade e

GAIA Cria o mapa mais completo da nossa Galáxia – E mais além

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A missão Gaia da ESA produziu o catálogo de estrelas mais completo, até hoje, incluindo medições de alta precisão de aproximadamente 1,7 mil milhões de estrelas e revelando detalhes inéditos da nossa Galáxia. Avista-se no horizonte uma multidão de descobertas, após este tão aguardado lançamento, que é baseado em 22 meses de mapeamento do céu. Os novos dados incluem posições, indicadores de distância e movimentos de mais de um milhar de milhão de estrelas, juntamente com medições de alta precisão de asteroides dentro do nosso Sistema Solar e estrelas além da nossa galáxia Via Láctea. A análise preliminar destes dados fenomenais revela pequenos pormenores sobre a composição da população estelar da Via Láctea e sobre como as estrelas se movem, informações essenciais para investigar a formação e evolução da nossa Galáxia de origem. “As observações coletadas por Gaia estão a redefinir os fundamentos da astronomia” , diz Günther Hasinger, Diretor de Ciência da ESA. “Gaia é uma m

Megafusões de galáxias antigas

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ALMA e APEX descobrem enormes conglomerados de galáxias em formação no Universo primordial Os telescópios ALMA e APEX investigaram o espaço profundo — numa época em que o Universo tinha apenas um décimo da sua idade atual — e observaram enormes amontoados cósmicos em formação: colisões iminentes de jovens galáxias com formação estelar explosiva. Os astrônomos pensavam que estes eventos teriam ocorrido cerca de 3 bilhões de anos após o Big Bang, por isso ficaram surpreendidos quando estas novas observações revelaram estes fenômenos acontecendo quando o Universo tinha apenas metade desta idade! Pensa-se que estes sistemas antigos de galáxias estejam construindo as maiores estruturas conhecidas no Universo: os aglomerados de galáxias. Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e do Atacama Pathfinder Experiment (APEX), duas equipes internacionais de cientistas, lideradas por Tim Miller da Dalhousie University no Canadá e da Yale University nos EUA e