Postagens

Tornados solares fazem girar a cabeça dos astrônomos

Imagem
Os tornados solares são belos espetáculos e assustadores pelo tamanho - mas não giram. [Imagem: NASA/SDO/GSFC] Tornados solares não giram Os tornados solares são estudados há décadas, mas  apareceram ante os olhos dos cientistas em toda a sua glória  graças a sondas espaciais como a SDO, da NASA.  Mas parece que muito do que se sabia - ou se acreditava que se sabia - sobre esses tornados solares está errado, a começar pelo seu nome.  O que acontece é que os tornados solares nem sequer giram, garantem Nicolas Labrosse e uma equipe das universidades de Glasgow (Escócia) e Toulouse (França), Academia Tcheca de Ciência e do Observatório de Paris. Tornados em 3D O grupo fez uma análise dessas estruturas enormes, cada uma medindo várias vezes o tamanho da Terra, e concluiu que os astrônomos vinham considerando que elas eram semelhantes a tornados porque se basearam apenas em imagens fotográficas comuns, em 2D. Quando usaram o efeito Doppler para adicionar uma terceira dimen

Entre local e Laniakea

Imagem
Numa primeira olhada essa imagem é dominada pelo vibrante brilho da galáxia espiral que pode ser observada na parte inferior esquerda do frame. Contudo, essa galáxia, está longe de ser a coisa mais interessante aqui, atrás dela está um belo aglomerado de galáxias.   As galáxias não estão aleatoriamente distribuídas no espaço, elas se aglomeram, se juntam e pela força da gravidade formam grupos e aglomerados. A Via Láctea é um membro do chamado Grupo Local, que é parte por sua vez, do Aglomerado de Virgo, e que ainda faz parte do Superaglomerado Laniakea que agrupa mais de 100 mil galáxias. O aglomerado de galáxias nessa imagem é conhecido como SDSS J033+0651. Aglomerados como esse podem ajudar os astrônomos a entender o universo distante. O SDSS J033+0651 foi imageado como parte de um estudo de formação de estrelas em galáxias distantes. As regiões de formação de estrelas não são normalmente muito grandes, elas se esticam por poucas centenas de anos-luz na sua maioria, assim é

Estação Espacial Internacional será o lugar mais frio do universo em alguns dias

Imagem
A NASA enviou hoje para o espaço uma nave cheia de equipamentos que irão auxiliar os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) e cientistas aqui na Terra a desenvolver novas pesquisas. A mais interessante delas é um experimento que irá “congelar” átomos com lasers, criando o ponto mais frio do universo. Esta super geladeira terá menos de um bilionésimo de grau acima do zero absoluto, a temperatura mais baixa possível. O Cold Atom Laboratory (CAL) (Laboratório do Átomo Frio, em tradução livre), é um instrumento compacto, do tamanho de um cooler de cerveja, que usa lasers para gerar um ambiente super-refrigerado 10 bilhões de vezes mais frio que o vácuo do espaço. É tão frio dentro da CAL que os átomos se tornam quase imóveis. Lá dentro, o instrumento usa ímãs para segurar os átomos quase imóveis para que os cientistas possam observar seus movimentos e como eles interagem. Experimentos parecidos já foram feitos aqui na Terra, mas sempre enfrentaram um desafio prati

O “último abraço” do VIMOS

Imagem
Nesta imagem , obtida pelo instrumento  VIMOS  montado no  Very Large Telescope  do ESO, podemos ver duas galáxias em espiral presas numa dança rodopiante. As duas galáxias em interação — NGC 5426 e NGC 5427 — formam em conjunto um intrigante objeto astronômico chamado Arp 271, o qual foi capturado pelo VIMOS antes deste ser desativado a 24 de Março de 2018.   O VIMOS, VIsible Multi-Object Spectrograph, esteve em operação no VLT durante impressionantes 16 anos. Durante este tempo, o instrumento ajudou os cientistas a estudar as  fases iniciais rebeldes da vida de galáxias massivas , observar  interações de galáxias triplas  e explorar questões cósmicas profundas, como por exemplo, como é que as galáxias mais massivas do Universo  cresceram tanto . Em vez de se focar apenas num único objeto, o VIMOS podia captar informação detalhada sobre centenas de galáxias de uma só vez.  Este instrumento muito sensível colectou espectros de dezenas de milhares de galáxias em todo o Universo

Uma formiga espacial dispara os seus lasers

Imagem
A Nebulosa da Formiga, fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, assemelha-se à cabeça e corpo de uma formiga. Na realidade, é o resultado da morte de uma estrela parecida com o Sol e de complexas interações de material no seu coração. Crédito: NASA, ESA e Equipa de Arquivo do Hubble (STScI/AURA) Um fenómeno raro, relacionado com a morte de uma estrela, foi descoberto em observações feitas pelo observatório espacial Herschel da ESA: uma emissão de laser incomum da espetacular Nebulosa da Formiga, que sugere a presença de um sistema duplo de estrelas escondido no seu coração.  Quando as estrelas de baixo a médio peso, como o nosso Sol, se aproximam do fim das suas vidas, tornam-se, eventualmente, estrelas anãs brancas e densas. No processo, expelem as suas camadas externas de gás e poeira para o espaço, criando um caleidoscópio de padrões intricados, conhecidos como uma nebulosa planetária. As observações do Herschel, no infravermelho, mostraram que a morte dr

Telescópio caçador de planetas faz sua primeira foto

Imagem
São cerca de 200.000 estrelas em apenas uma imagem - o TESS irá observar o céu inteiro.[Imagem: NASA/MIT/TESS] 200.000 estrelas O  telescópio caçador de exoplanetas TESS , da NASA, enviou sua primeira imagem de testes.  Lançado há cerca de um mês, ele estava próximo da Lua quando fez a foto - para estabilizar sua órbita final de 13,7 dias ao redor da Terra, o telescópio espacial está usando uma assistência gravitacional da Lua.  A imagem está distante dos primores apresentados pela equipe do telescópio Hubble, por exemplo, mas a qualidade do telescópio fica patente no fato de ela conter mais de 200.000 estrelas. O trabalho do telescópio será catalogar as estrelas - ele irá observar o céu inteiro - e depois monitorá-las em busca de variações no seu brilho, que podem indicar a presença de planetas - a luz da estrela sofre uma pequena variação quando um planeta passa à sua frente, uma técnica conhecida como trânsito planetário.  A imagem foi feita por uma das quatro câmeras d

10 incríveis fatos sobre o Planeta Nove

Imagem
No começo de janeiro de 2016, a notícia da descoberta de um possível novo planeta no sistema solar, o Planeta Nove, deixou a comunidade cientifica em polvorosa. Ainda temos muito a aprender sobre esse novo integrante da nossa família de planetas, mas sabemos que ele é gigante – com massa pelo menos 10 vezes maior que a Terra. Tão grande que seu apelido é “Gorducho” entre os astrônomos que o encontraram. Confira abaixo 10 fatos curiosos sobre o nosso caçula: 10. Ele foi descoberto pelo mesmo cara que rebaixou Plutão Você pode até não reconhecer o nome Mike Brown de cara, mas com certeza já ouviu falar nele. Em 2005, ele descobriu um objeto espacial chamado Eris, que foi brevemente um candidato à planeta. A descoberta causou uma discussão sobre o que de fato caracteriza um planeta, que resultou no rebaixamento de Plutão da posição de planeta para planeta anão. Ele até escreveu o livro “How I killed Pluto (and why it had it coming)”, ou “Como matei Plutão e porque ele mereceu”,

Novo objeto descoberto no sistema solar sugere que existe um Planeta 9

Imagem
Os astrônomos especulam há alguns anos que um nono planeta pode orbitar nosso astro-rei a uma grande distância, na fronteira do sistema solar. Embora não tenhamos encontrado evidências diretas de tal planeta ainda, mais uma descoberta fornece provas indiretas de sua existência. Recentemente, os cientistas analisaram um objeto planetário com uma órbita incomum, chamado 2015 BP519, que apoia o caso de um nono planeta não descoberto. 2015 BP519 pode ser tão grande quando um planeta-anão e orbita o sol em um ângulo de 54 graus em comparação com quase tudo no sistema solar interior. Uma das principais teorias para explicar isso é que o Planeta Nove é responsável por tal desvio. Influência gravitacional A caçada pelo “Planeta Nove” começou em 2016. Enquanto os pesquisadores observavam um punhado de objetos distantes no sistema solar, perceberam algo estranho: todos eles, mais longes do sol que Plutão, orbitavam a estrela em um ângulo distinto diferente dos planetas internos. As obse

DADOS antigos revelam evidências novas sobre as plumas de EUROPA

Imagem
Impressão de artista de Júpiter e de Europa (no plano da frente) com a sonda Galileo depois de passar pela pluma expelida da superfície da lua. Uma nova simulação de computador dá-nos uma ideia de como o campo magnético interagiu com a pluma. As linhas do campo magnético (em azul) mostram como a pluma interage com o fluxo ambiente de plasma joviano. As cores vermelhas das linhas mostram áreas mais densas de plasma. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade de Michigan Cientistas que reexaminavam dados de uma antiga missão desenterraram novas informações acerca da tentadora questão da habitabilidade da lua de Júpiter, Europa. Os dados fornecem evidências independentes de que o reservatório de água líquida à subsuperfície da lua pode estar a libertar plumas de vapor de água acima da sua camada de gelo. Dados recolhidos pela sonda Galileo da NASA em 1997 foram submetidos a modelos computacionais novos e avançados para desvendar um mistério - uma breve curva localizada no campo ma

O que são planetas órfãos?

Imagem
Com temperaturas próximas do zero absoluto, esses planetas não são muito atrativos para morar São corpos celestes com massa planetária que não orbitam uma estrela e se encontram soltos na galáxia.  Também chamados de errantes, interestelares e nômades, estes planetas se formam como os demais: dentro de discos protoplanetários de poeira e gás que se aglutinam e resultam, posteriormente, em planetas estáveis. Porém, como os discos – que sempre se formam em torno de uma estrela – apresentam colisões constantes entre os planetoides recém-formados, estes podem ser arrancados da órbita estelar e ganhar o status de órfãos.  É importante frisar, contudo, que esses planetas ainda orbitam o centro da galáxia, como os demais astros.   A localização desse tipo de corpo ainda é difícil, portanto sua incidência na galáxia é incerta: até o momento, os pesquisadores encontraram apenas 16 astros confirmados como planetas órfãos ou candidatos à posição. Os cinco maiores (em termos de massa) são

ALMA e VLT descobrem formação de estrelas apenas 250 milhões de anos após o Big Bang

Imagem
Esta imagem, obtida com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, mostra o aglomerado de galáxias MACS J1149.5+2223. A imagem inserida, obtida pelo ALMA, mostra a galáxia muito distante MACS1149-JD1, observada como era há 13,3 bilhões de anos atrás. A distribuição de oxigênio detectada pelo ALMA está assinalada em vermelho. C rédito:  ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), NASA/ESA Hubble Space Telescope, W. Zheng (JHU), M. Postman (STScI), the CLASH Team, Hashimoto et al. Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e do Very Large Telescope do ESO (VLT), astrônomos determinaram que a formação estelar na galáxia muito distante MACS1149-JD1 começou numa época surpreendentemente precoce, apenas 250 milhões de anos após o Big Bang. Esta descoberta também revelou o oxigênio mais distante já encontrado no Universo e a galáxia mais distante observada pelo ALMA ou pelo VLT até agora. Estes resultados serão publicados na revista Nature em 17 de Maio de 2018. Uma equipe inte

Astrônomos descobrem BURACO NEGRO de mais rápido crescimento

Imagem
Os astrônomos da ANU (Australian National University) descobriram o buraco negro de mais rápido crescimento conhecido no Universo, descrevendo-o como um monstro que devora uma massa equivalente ao nosso sol a cada dois dias.  Os astrônomos analisaram mais de 12 bilhões de anos até os primórdios da Idade das Trevas do Universo, quando estima-se que esse buraco negro supermassivo tenha o tamanho de 20 bilhões de sóis com uma taxa de crescimento de 1% a cada um milhão de anos. “Este buraco negro está crescendo tão rapidamente que está brilhando milhares de vezes mais do que uma galáxia inteira, devido a todos os gases que sugam diariamente que causam muita fricção e calor”, disse o Dr. Wolf, da Escola de Astronomia da ANU. “Se tivéssemos esse monstro no centro da nossa galáxia Via Láctea, ele pareceria 10 vezes mais brilhante que a lua cheia. Apareceria como uma estrela incrivelmente brilhante que quase apagaria todas as estrelas do céu.” O Dr. Wolf disse que a energia emitida

O campo magnético da Terra está se deslocando para o oeste e ninguém sabe por quê

Imagem
O campo magnético da Terra nos protege do vento solar, desviando as partículas carregadas.  E por alguma razão, o campo está se movendo para o oeste. Crédito: CLAUS LUNAU / Getty Temos medido o campo magnético da Terra por 400 anos. Em todo esse tempo, ele tem se deslocado inexoravelmente para o oeste. Não sabemos por que, mas uma nova hipótese sugere que ondas lentas e estranhas no núcleo externo da Terra podem ser as causadoras desse desvio. Chamadas de ondas de Rossby, elas surgem em fluidos rotativos. Também são conhecidas como “ondas planetárias” e são encontradas em muitos corpos grandes e giratórios, como nos oceanos e na atmosfera da Terra, em Júpiter e no sol. Ondas de Rossby O núcleo externo da Terra também é um fluido rotativo, o que significa que ondas de Rossby também circulam nesse núcleo. Enquanto as ondas oceânicas e atmosféricas de Rossby têm cristas que se movem para o oeste contra a rotação leste da Terra, as ondas de Rossby no núcleo do planeta se mo